quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Divulgada lista dos habilitados a participar da audiência pública no STF sobre cotas na educação



O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou a lista dos habilitados a participar da audiência sobre políticas de ação afirmativa de acesso ao ensino superior, marcada para o período de 3 a 5 de março de 2010. No total, 38 especialistas e representantes de instituições (lista abaixo) envolvidos com o tema participam da audiência convocada pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, que questiona a criação de cotas para negros na Universidade de Brasília (UnB), e do Recurso Extraordinário (RE) 597285, interposto contra a reserva vagas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em despacho, o ministro explicou que os critérios adotados para a seleção tiveram como objetivos garantir, ao máximo, a participação dos diversos segmentos da sociedade, bem como a mais ampla variação de abordagens sobre a temática das políticas de ação afirmativa de acesso ao ensino superior. Ele ressaltou, no entanto, “que todos os requerentes, habilitados ou não, poderão enviar documentos com a tese defendida para o endereço eletrônico acaoafirmativa@stf.jus.br”. Os participantes que desejarem utilizar recursos audiovisuais deverão enviar os arquivos da apresentação em meio digital (CD ou DVD) para a Assessoria de Cerimonial do Tribunal até o dia 10 de fevereiro de 2010.

Será a quinta vez na história que a Corte Suprema do país ouve a sociedade civil em audiência pública. O evento será transmitido pela TV Justiça e pela Rádio Justiça e demais emissoras interessadas. Os pedidos para transmissão devem ser encaminhados para a Secretaria de Comunicação Social.

Relação dos habilitados

I. Alan Kardec Martins Barbiero - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). II. Antônio Sergio Alfredo Guimarães (Sociólogo e Professor Titular da Universidade de São Paulo) ou José Jorge de Carvalho (Professor da Universidade de Brasília - UnB. Pesquisador 1-A do CNPq. Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa - INCT) - Universidade de Brasília (UnB). III. Carlos Alberto da Costa Dias - Juiz Federal da 2ª Vara Federal de Florianópolis. IV. Carlos Eduardo de Souza Gonçalves - Vice-Reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). V. Carlos Frederico de Souza Mares. Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná/PR - Fundação Nacional do Índio (FUNAI). VI. Carlos José de Carvalho Pinto - Diretor de Gestão e Desenvolvimento Acadêmico Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). VII. Cledisson Geraldo dos Santos Junior – Diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) - União Nacional dos Estudantes (UNE). VIII. Denise Fagundes Jardim. Professora do Departamento de Antropologia e Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). IX. Ministro Edson Santos de Souza - Ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (SEPPIR). X. Eduardo Magrone – Pró-reitor de Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). XI. Erasto Fortes de Mendonça. Doutor em Educação pela UNICAMP e Coordenador Geral de Educação em Direitos Humanos da SEDH - Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH). XII. Eunice Ribeiro Durham – Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), Professora Titular do Departamento de Antropologia da USP e atualmente Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. XIII. Fábio Konder Comparato/Frei David Santos - Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (EDUCAFRO). XIV. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva - Juíza Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro - Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE). XV. Flávia Piovesan. Professora Doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) - Fundação Cultural Palmares. XVI. George de Cerqueira Leite Zahur – Antropólogo e Professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. XVII. Giovane Pasqualito Fialho - Recorrente do Recurso Extraordinário 597.285/RS – Representado por seu Advogado. XVIII. Helderli Fideliz Castro de Sá Leão Alves - Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (MPMB) e Associação dos Caboclos e Ribeirinhos da Amazônia (ACRA). XIX. Ibsen Noronha. Professor de História do Direito da Universidade Nacional de Brasília (UnB) – Associação de Procuradores de Estado (ANAPE). XX. João Feres. Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP. Mestre e Doutor em ciência política pela City University of New York (CUNY) - Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). XXI. Jorge Luiz da Cunha - Pró-Reitor de Graduação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). XXII. José Carlos Miranda - Movimento Negro Socialista. XXIII. José Roberto Ferreira Militão – Conselheiro do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra do Governo do Estado de São Paulo (1987-1995). XXIV. José Vicente ou representante - Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural (AFROBRAS). XXV. Kabengele Munanga. Professor da Universidade de São Paulo (USP) - Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo (USP). XXVI. Leonardo Avritzer. Foi Pesquisador Visitante no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Participou como amicus curiae do caso Grutter v. Bollinger – Professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). XXVII. Luiz Felipe de Alencastro. Professor Titular da Cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne - Fundação Cultural Palmares. XXVIII. Marcos Antonio Cardoso - Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN). XXIX. Maria Paula Dallari Bucci – Doutora em Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da Fundação Getúlio Vargas. Secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC). XXX. Mário Lisboa Theodoro. Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). XXXI. Oscar Vilhena Vieira. Doutor e Mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Direito pela Universidade de Columbia. Pós-doutor pela Oxford University. Professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV/SP) - Conectas Direitos Humanos (CDH). XXXII. Renato Hyuda de Luna Pedrosa/Professor Leandro Tessler - Coordenador da Comissão de Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). XXXIII. Roberta Fragoso Menezes Kaufmann. Mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) - Democratas (DEM). XXXIV. Serge Goulart - autor do livro “Racismo e Luta de Classes”, Coordenador da Esquerda Marxista – Corrente do PT, editor do jornal Luta de Classes e da Revista teórica América Socialista. XXXV. Sérgio Danilo Pena – Médico Geneticista formado pela Universidade de Manitoba, Canadá. Professor da UFMG e ex-professor da Universidade McGill de Montreal, Canadá. XXXVI. Sérgio Haddad. Mestre e Doutor em História e Sociologia da Educação pela Universidade de São Paulo. Diretor Presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos – Coordenador da Ação Educativa. XXXVII. Sueli Carneiro. Doutora em Filosofia da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais. Foi Conselheira e Secretária Geral do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo - Geledés Instituto da Mulher Negra de São Paulo. XXXVIII. Yvone Maggie – Antropóloga, Mestre e Doutora em Antropologia Social pela UFRJ - Professora de Antropologia da UFRJ.

Comunicação Social da SEPPIR /PR

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

NOTA PÚBLICA



NÓS DA REDE RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA DO SUBÚRBIO (RREMAS [1]), VIMOS A PÚBLICO MANIFESTAR NOSSA INDIGNAÇÃO DIANTE DE MAIS UMA BRUTALIDADE QUE A IGNORÂNCIA POPULAR ATRIBUI A NÓS COMO PRÁTICA RELIGIOSA. MAIS AINDA, NOS INDIGNAMOS COM O FATO EM SÍ QUE VITIMOU UM SER PEQUENINO NO TAMANHO, MAS GRANDE EM SUA ESSÊNCIA, INOCENTE E POR TUDO ISSO SAGRADO PARA NÓS: UMA CRIANÇA (QUE ATÉ O NOME ESQUECERAM E QUE ESTÁ SENDO CHAMADO “MENINO DAS AGULHAS”); VÍTIMADA PELA INSANIDADE DE PESSOAS VISIVELMENTE DESCOMPENSADAS.

TÃO PASMOS COMO TODA POPULAÇÃO, TEMOS ACOMPANHADO AS REPORTAGENS ESPERANDO PARA ELE UM DESFECHO POSITIVO E QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ACORRAM ÀS NOSSAS LIDERANÇAS RELIGIOSAS PARA ALGUMA DECLARAÇÃO, COMO É DE PRAXE SE FAZER, EM CIRCUNSTÂNCIAS COMO ESTA, QUANDO UM IMPORTANTE SEGMENTO DA SOCIEDADE É CITADO OU RESPONSABILIZADO.

VIMOS A FALA DO MÉDIUM DIVALDO FRANCO, POR QUEM DEVOTAMOS RESPEITO; CONTUDO, NÃO PODE SER CONSIDERADA COMO BASTANTE A PONTO DE NÃO SE BUSCAR OUVIR OUTROS SEGMENTOS ESPIRITUALISTAS, PRINCIPALMENTE, O CITADO PELO RÉU-CONFESSO.

PREOCUPADOS COM O CRESCIMENTO DA CALÚNIA, ESTAMOS NOS ANTECIPANDO, PARA QUE NÃO CRESÇA SOBRE NÓS A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, OU PIOR, O ÓDIO RELIGIOSO, JÁ TÃO FORTEMENTE DISSEMINADO POR DETERMINADOS SETORES NEOPENTECOSTAIS, ATRAVÉS DE SUAS TÃO PÚBLICAS E “NOTÓRIAS” ATIVIDADES MERCADOLÓGICAS.

PORTANTO, DECLARAMOS QUE NUNCA HOUVE E NÃO HÁ EM NENHUMA DAS NAÇÕES RELIGIOSAS, DE CULTO ÀS ANCESTRALIDADES AFRICANA E BRASILEIRA, AS QUAIS CHAMAMOS DE “RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA”, RITUAL, DE QUALQUER OBJETIVO, ENVOLVENDO SACRIFÍCIO DE VIDA HUMANA, SEJA QUAL FOR A FAIXA ETÁRIA, MUITO MENOS HAVERIA DA INFANTIL, QUE É POR NÓS TÃO RESPEITADA.

VALE RESSALTAR, QUE NÃO HÁ EM NENHUM DOS SACRIFÍCIOS RITUAIS QUE REALIZAMOS COM ANIMAIS, REQUINTES DE CRUELDADE. AS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CONSOMEM TODOS OS DIAS, TONELADAS E MAIS TONELADAS DE CARNE ANIMAL SEM QUESTIONAR QUAIS OS MÉTODOS ADOTADOS PARA ABATÊ-LOS E, PODEMOS GARANTIR QUE NÃO SÃO NADA GENEROSOS, BOA PARTE DELES SÃO EXTREMAMENTE CRUÉIS. A DISPEITO DO QUE TRATAMOS AQUI, CONSIDERAMOS UMA RESSALVA IMPORTANTE, POIS QUE COMPLETA A INFORMAÇÃO E SE ANTECIPA AS ARGUMENTAÇÕES, HIPÓCRITAS E AMORAL EM SUA MAIORIA, DE QUE SACRIFICAMOS ANIMAIS.

AINDA VALE OUTRA RESSALVA, PARA O FATO DE QUE MESMO SE UMA DAS ACUSADAS FOSSE IYÁLÒRIXÁ (“MÃE DE SANTO”), NÃO SE PODERIA CONDENAR O CANDOMBLÉ; POIS QUE QUANDO UM MÉDICO ERRA, NÃO SE CONDENA TODA A MÉDICINA. ASSIM COMO O ERRO DE LÍDERES RELIGIOSOS, NÃO SE ATRIBUE ÀS SUAS MATRIZES RELIGIOSAS.

NÃO HÁ HISTÓRICO NEM LUGAR PARA ESTA MONSTRUOSIDADE QUE INSISTEM EM DAR VISIBILIDADE NO DISCURSO IGNORANTE E NÃO INOCENTE (PORQUE BUSCA SE EXIMIR DA RESPONSABILIDADE), DO CRIMONOSO, DE QUE UMA DAS ACUSADAS USAVA “OS CABOCLOS E ORIXÁS”, PARA SUA PRÁTICA ASSASSINA E DOENTIA. OS CABOCLOS, ORIXAS, VODUNS E INQUICES, DE CERTO VÃO COBRAR DELE E DE QUEM MAIS AFIRMAR TAL BARBARIDADE. ELES SÃO SERES DE LUZ E NA LUZ, RESPONSÁVEIS PELO EQUILÍBRIO DA TERRA, DAS PESSOAS E DE SUAS RELAÇÕES.

POR FIM, CONCLAMAMOS A TODAS AS ORGANIZAÇÕES DOS “POVOS DE SANTO” A QUEM PREFERIMOS CHAMAR DE “POVOS DE TERREIRO”, DA BAHIA E DE TODO O PAÍS, A SE MANIFESTAREM, PARA QUE MAIS ESTA INJUSTIÇA _ QUE ALIÁS, JÁ DESPONTA EM OUTROS ESTADOS, A EXEMPLO DO MARANHÃO, COMO “MAGIA NEGRA” E, AÍ AUTOMATICAMENTE AFIRMAM AUTORIA A NÓS _ NÃO SE ATRIBUA A NOSSA TÃO BONITA RELIGIÃO. EMBORA, DIGA-SE DE PASSAGEM, NADA TEM HAVER O TERMO “MAGIA NEGRA” COM O CONHECIMENTO DA MAGIA AFRICANA, PASSADA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO HÁ MILHARES DE ANOS, QUE MANIPULA OS ELEMENTOS DA NATUREZA PARA NOS EQUILIBRAR DIANTE DELA E NOS RELIGAR A ANCESTRALIDADE, LEMBRANDO QUE A HUMANIDADE SURGIU NA ÁFRICA. VALE DESTACAR, QUE MAGIA NEGRA é COISA DE SÉCULOS REMOTOS DA EUROPA.

AXÉ.


comiteba_congressonacionalnegrasenegros@grupos.com.br

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vídeo sobre 'racismo' de webcam já foi visto mais de um milhão de vezes

25/12/09 - 11h29 - Atualizado em 25/12/09 - 11h55



Clip colocado no YouTube sugere que software de reconhecimento facial da HP não funciona para rostos negras.

Da BBC
Tamanho da letra
A- A+
Um vídeo que sugere que software que opera câmeras de reconhecimento facial para laptops HP não detectam rostos negros teve mais de um milhão de acessos no site YouTube.



O vídeo, colocado no site em meados deste mês, mostra "Black Desi" ("Negro Desi") e sua colega "White Wanda" ("Branca Wanda").



Quando Wanda, uma mulher branca, fica diante da tela, a câmera faz zoom no rosto dela e se movimenta na medida em que ela se movimenta.



Mas quando Desi, um homem negro, faz a mesma coisa, a câmera não reage da mesma forma - não acompanha os movimentos dele.



O clip tem um tom bem humorado mas traz o título "computadores HP são racistas".



"Black Desi" também diz que o computador é "racista".



"E o pior é que eu comprei um para o Natal", diz ele. "Eu espero que a minha mulher não veja este vídeo do YouTube, mas eu comprei o mesmo computador e nós não podemos nem usar."



Um porta-voz da empresa disse à BBC: "A HP foi informada de um problema potencial com o software de reconhecimento facial, inclusive em alguns de seus sistemas, que parece ocorrer quando a iluminação na parte da frente é insuficiente."



"Nós levamos isso a sério e estamos examinando o problema junto aos nossos parceiros."


http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1426350-6174,00-VIDEO+SOBRE+RACISMO+DE+WEBCAM+JA+FOI+VISTO+MAIS+DE+UM+MILHAO+DE+VEZES
.html

Kwanzaa, uma celebração da cultura afro-americana ofuscada pelo Natal

De Agencia EFE – há 4 dias

Washington, 24 dez (EFE).- Quando as luzes do Natal se apagam e o Ano Novo se aproxima, muitos afro-americanos festejam o Kwanzaa, uma desconhecida celebração da cultura negra.

A festa mais familiar é o Natal e a mais famosa o Reveillon, mas para milhões de famílias negras dos Estados Unidos, o dia mais esperado é 26 de dezembro, quando tiram a poeira de um grande candelabro e colocam três velas verdes à esquerda, três vermelhas à direita e uma preta no centro.

Todas as manhãs, de 26 de dezembro a 1º de janeiro, as famílias acenderão uma delas, que representam os sete princípios do Kwanzaa, uma festa criada em 1966 pelo professor e ativista negro Malulana Karenga.

A tradição, cujo nome significa "primeiros frutos" em swahili, tentou reviver durante mais de 40 anos o sentimento da comunidade negra dos Estados Unidos em torno de suas raízes e a cultura da África.

No entanto, cada vez são menos as crianças afro-americanas escutam as histórias de seus pais sobre o significado das sete velas e sobre aquele continente distante de onde seus ancestrais vieram.

Segundo Keith Mayes, autor de um livro sobre a celebração, 2 milhões de americanos festejam hoje o Kwanzaa, uma proporção muito pequena comparada com os 40 milhões registrados no último censo como afro-americanos.

Não é segredo para ninguém, nem sequer para seus mais fortes seguidores, que a tradição viveu seu esplendor durante suas duas primeiras décadas, e que, desde então, os níveis de participação caíram substancialmente.

A chave do sucesso estava no movimento de libertação negra que tomou força na década de 70 e que serviu como motor para a celebração, criada expressamente para reforçar a identidade de uma comunidade em busca de progresso.

Mas a agitação foi se enfraquecendo e a decadência foi inevitável.

O profundo desconhecimento da tradição em nível mundial é refletido no documentário "The Black Candle", dirigido por M. K. Asante Jr, em 2008.

"Quando perguntei aos jovens de EUA, África, Europa e Caribe se sabiam o que era o Kwanzaa, as respostas iam desde 'é o Natal' ou 'algo relacionado com o amor' até 'não tenho nem ideia. O que é?", conta Asante em seu filme.

No primeiro natal da família do presidente americano, Barack Obama, cujo pai era queniano, o líder não celebrará o Kwanzaa, mas deve emitir uma mensagem por escrito simpática à tradição.

Obama não é o único afro-americano que tem orgulhos de suas raízes, mas que não abraça a tradição. Milhões de negros se negaram a celebrá-la, inclusive quando ele se tornou moda, indignados por seu caráter pagão ou pela controvertida figura de Karenga, seu criador, um radical ex-convicto.

Quando o Kwanzaa foi criado, Karenga costumava promovê-lo como uma alternativa ao Natal, qualificando o cristianismo de religião branca e convocando os negros a repeli-la.

No entanto, a celebração foi mudando na medida em que ganhou mais adeptos, e seus promotores afirmam agora que não se trata de uma tradição religiosa, mas cultural, e que não é, portanto, incompatível com o Natal ou com o Hannukah judeu.

Concorra ou não com o Natal, o Kwanzaa tem seu próprio "Papai Noel": o "Umoja", um contador de histórias que narra lendas africanas. Os presentes, por outro lado, continuam sendo responsabilidade do bom velhinho.

Quando a última vela é acesa, começa o esperado karamu, uma festa de Ano Novo que honra a memória dos escravos, com a exuberante gastronomia africana e o irresistíveis ritmos do continente.

© EFE 2009. Está expresamente prohibida la redistribución y la redifusión de todo o parte de los contenidos de los servicios de Efe, sin previo y expreso consentimiento de la Agencia EFE S.A.




http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5ho8DC54IsjhEqLp2rvy5EdVUJUVw

sábado, 26 de dezembro de 2009

Rede Record faz mais uma reportagem tendenciosa contra religiosidade afro-brasileira

Por Helio Ventura*

Na manhã de segunda-feira, dia 21 de dezembro, eu assistia a uma reportagem na Rede Record sobre o caso do menino de 2 anos que teve dezenas de agulhas inseridas em todo o corpo por seu padrasto, Roberto Carlos Magalhães Lopes, de 30 anos, e sua amante Angelina, em Ibotirama / BA. Assistia normalmente, quando percebi que havia algo a mais naquela reportagem que somente informar os telespectadores. Usando a expressão "magia negra", a reportagem atribuía o fato a um ritual sugerido por uma Yalorixá (a reportagem se referiu a ela como "mãe-de-santo"). Maria Nascimento, conhecida como Bia, está à frente de uma Casa chamada Terreiro de Ogum. A reportagem tendenciosamente atribuiu a responsabilidade do ocorrido ao Orixá que dá nome á Casa. Segundo o padrasto do menino, "Senhor Ogum e Orixá `baixavam´ na mulher (Bia) e faziam isso (introduziam as agulhas no menino)".

Destaco que foi dito na reportagem que eram imagens exclusivas de uma conversa informal com Roberto. Para quem sabe como agem muitos repórteres, dá para imaginar que ele deve ter sido induzido a frisar alguns termos em sua fala, como "Orixá" e "Senhor Ogum". E mais: a reportagem desrespeitou e violou mais um terreiro, pois mesmo com Bia detida temporariamente na delegacia, filmaram no interior do terreiro, ao qual atribuíram os adjetivos de "escuro e sombrio". Havia fixada em uma das paredes uma afiliação à Federação de Umbanda e Candomblé dos Cultos Afro-Brasileiros de Feira de Santana.

Somente depois de mais da metade da reportagem, foi colocada a parte em que Roberto diz que foi a amante quem introduziu as agulhas, quando o subconsciente já havia internalizado as primeiras informações, que culpava a Yalorixá Bia e o Orixá Ogum. Somente quando vi pela segunda vez a reportagem, na Internet, é que percebi que havia "entendido errado", que Roberto não atribuiu toda a culpa à Bia e Ogum, o que mais uma vez evidenciou a tendenciosidade da reportagem, que fez com que eu e sabe lá quantos mais entendêssemos o que era de interesse da emissora. Então antes eu havia "entendido certo", na perspectiva da emissora!

Na única vez que foi dada a chance da Yalorixá Bia falar, ela negou conhecer Roberto e a criança, e disse que eles jamais foram à sua Casa. Também tentou explicar que é uma benzedeira e que não faz "magia negra". Já o delegado que cuida do caso disse que, em depoimento, Roberto confessou ter inserido ele mesmo as agulhas no menino. É contradição demais para uma reportagem só: na versão da emissora, foi a Yalorixá em ritual de "magia negra"; falando informalmente com a reportagem, sabe-se lá como e sem nenhum valor investigativo, Roberto disse ter sido "Senhor Ogum e Orixá", e depois culpou a amante; já a versão oficial, informada pelo delegado que recolheu o depoimento de Roberto, diz que foi o próprio Roberto o autor. O advogado e Doutor em Psicologia, Jacob Goldberg, disse que os acusados não podem atribuir o fato a nenhuma questão religiosa, pois revela mais a má índole dos envolvidos, que ele definiu como "formação de quadrilha", enfatizando que há quem se reúne para supostamente fazer louvores a Deus, mas que na verdade escondem uma tendência criminosa.

A produção da reportagem foi de Fabiano Falsi, Inês Salles e Ricardo Andreoni, e a edição de Claudia Dominguez e Fabio Harnbacher. Ela pode ser vista na íntegra no endereço http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/menino-que-teve-agulhas-retiradas-do-corpo-esta-estavel-20091221.html

Reportagens como essas não podem ser veiculadas livremente sem que sejam minimamente chamadas à responsabilidade pela ética. Gostaria de ver a emissora respondendo por este ataque gratuito à religiosidade de matriz africana. Estou indignado.

*Helio Ventura é Cientista Social e músico (helioventura@...).

--
Postado por Helio Ventura no Helio Ventura - Cientista Social e Músico em 12/21/2009 11:14:00 PM

FONTE - Publicada em: http://helioventura.blogspot.com/2009/12/rede-record-faz-mais-uma-reportagem.html



--
Afroabraços,

Helio Ventura - (21) 9193-1094 / 2533-1171 (CAD / Escritório Operativo do CONNEB - trab.)
E-mails: helioventura@... / helioventura@...
MSN: helioventurapvnc@...

VISITE SEMPRE O BLOG: http://helioventura.blogspot.com

SIGA-ME NO TWITTER:
http://twitter.com/helioventura

MY SPACE:
http://www.myspace.com/helioventura

FACEBOOK:
http://pt-br.facebook.com/people/Helio-Ventura/100000487016864

ORKUT: Helio Ventura, Cientista Social e Músico
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=9737291656859499222






publicado em 21/12/2009 às 12h58:
Menino que teve agulhas retiradas do corpo está estável
Boletim médico diz que a criança respira sem aparelhos e já está se alimentando

Do R7, com Agência Estado.Texto: ..
Confira também
Médicos adiam nova cirurgia para retirar agulhas


Veja a confissão do padastro


Menino pode ter sido vítima de ritual macabro
..O menino de dois anos e sete meses que foi submetido a uma cirurgia na sexta-feira (18) para retirada de quatro agulhas do corpo está em estado estável. O boletim médico divulgado nesta segunda-feira (21) informa que ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica, mas respira sem aparelhos, não tem febre e já está se alimentando.

As agulhas foram retiradas do coração e do pulmão. A equipe médica do Hospital Ana Neri, em Salvador (BA), decidiu aguardar um pouco mais para submeter o menino a uma nova operação, que inicialmente estava prevista para este domingo (20).

O menino teve cerca de 30 agulhas introduzidas em seu corpo pelo padrasto Roberto Carlos Magalhães. Uma boa parte delas encontra-se na região abdominal. Segundo o médico Francisco Reis, existe uma agulha na bexiga e em algumas alças intestinais do aparelho digestivo que precisam ser removidas. O menino passará por uma terceira intervenção, na coluna, com data ainda não definida.

A primeira cirurgia foi considerada um sucesso pela equipe médica. O procedimento confirmou que os objetos retirados estavam mesmo provocando infecções no corpo do pequeno M.S.A, tendo em vista que começavam a oxidar. A partir de então, os processos infecciosos cederam.

A equipe reafirma que algumas agulhas permanecerão no corpo do menino. A preocupação no momento são apenas os objetos que podem impor riscos à vida dele.

O auxiliar de serviços gerais Roberto Carlos Magalhães, padrasto da criança, confessou ser o responsável por inserir os objetos no corpo do garoto durante supostos rituais de magia negra, informou a polícia. Magalhães, de 30 anos, chegou a ficar desaparecido depois de prestar um primeiro depoimento. Apontado como principal suspeito, ele foi localizado em um hospital do município



http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/menino-que-teve-agulhas-retiradas-do-corpo-esta-estavel-20091221.html

Diárias de servidores consomem R$ 697 milhões

25.12.2009 às 10:04

De mais de R$ 697 milhões de diárias pagas por órgãos da administração direta e indireta, 36 ministros receberam R$ 924 mil. A maior parte, mais de R$ 687milhões, foi distribuída entre cerca de 200 mil funcionários públicos em todo o País. O valor gasto com diárias em 2009 é quase 30% (29,5%) maior do que o total do ano passado, R$ 538 milhões. O ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos, foi o que mais recebeu diárias, com R$ 67 mil, seguido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, com R$ 60,5 mil . Em julho deste ano, o governo federal instituiu o pagamento de diárias nacionais para os ministros, entre R$ 458 e R$ 581. Informações do jornal A Tarde.





http://www.politicalivre.com.br/2009/12/diarias-de-servidores-consomem-r-697-milhoes/

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vídeo acusa webcam da HP de racismo

Enviado por Gabriel Pondé - 23.12.2009| 17h12m


Um vídeo que está bombando no Youtube acusa a nova webcam da HP de racismo. O autor do post é o americano Desi Cryer, que garante que o recurso de reconhecimento de faces da ferramenta não identifica pessoas negras. Ele mostra a falha com a ajuda de uma colega de trabalho, Wanda Zamen, que é branca. O sistema deveria seguir os movimentos do rosto do usuário. No caso de Cryer, a câmera continuou parada. Mas quando Wanda apareceu na frente do computador, automaticamente, o recurso começou a funcionar.

Um dia depois que o vídeo entrou no ar, a HP soltou uma nota em seu blog oficial. A empresa disse que o problema pode ter sido ocasionado pela falta de luminosidade entre o rosto de Cryer e o computador. A HP também disponibilizou no blog informações para a melhor configuração da webcam.



http://extra.globo.com/blogs/delanemlan/posts/2009/12/23/video-acusa-webcam-da-hp-de-racismo-252321.asp


video:
http://extra.globo.com/lazer/video/2009/16073/

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

DOM HELDER CAMARA, CNBB, NEGROS: INVOCAÇÃO À MARIAMA



Mariama, Nossa Senhora Mãe de Cristo e Mãe dos Homens! Mariama Mãe dos Homens de todas as raças, de todas as cores, de Todos os cantos da Terra. Pede ao teu Filho que esta festa não termine aqui, a marcha final vai ser linda de viver.

Mas é importante, Mariama, que a Igreja de Teu Filho não fique em palavra, não fique em aplauso. O importante é que a CNBB, a Conferencia dos Bispos, embarque de cheio na causa dos negros, como entrou de cheio na Pastoral da Terra e na Pastoral dos Índios. Não basta pedir perdão pelos erros de ontem. É preciso acertar o passo hoje sem ligar ao que disserem.

Claro que dirão, Mariama, que é política, subversão, que é comunismo.É Evangelho de Cristo, Mariama. Mariama, Mãe querida, problema de negro, acaba se ligando com todos os grandes problemas humanos. Com todos os absurdos contra a humanidade, com todas as injustiças e opressões. Mariama, que se acabe, mas se acabe mesmo a maldita fabricação de armas. O mundo precisa fabricar é Paz. Basta de injustiças, de uns sem saber o que fazer com tanta terra e milhões sem um palmo de terra onde morar. Basta de uns tendo de vomitar pra poder comer mais e 50 milhões morrendo de fome num ano só. Basta de uns com empresas se derramando pelo mundo todo e milhões sem um canto onde ganhar o pão de cada dia.

Mariama, Nossa Senhora, Mãe querida. Nem precisa ir tão longe como no teu hino. Nem precisa que os ricos saiam de mãos vazias e os pobres de mãos cheias. Nem pobre nem rico. Nada de escravos de hoje ser senhor de escravos amanhã. Basta de escravos. Um mundo sem senhor e sem escravos. Um mundo de irmãos.

De irmãos não só de nome e de mentira. De irmãos de verdade, MARIAMA.

Dom Hélder Câmara


http://conteudoeliberdade.blogspot.com/2009/04/tributo-dom-helder-camara.html

Brasil terá Dia da Imigração Judaica

Quarta-feira, 16 de dezembro de 2009 às 10:22


O dia 18 de março ficará no calendário brasileiro como sendo também o Dia da Imigração Judaica. E, para oficializar a data, o presidente em exercício, José Alencar, sanciona, nesta quarta-feira (16/12), às 16h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), lei que trata deste tema. A partir do Projeto de Lei 4153/08, de iniciativa do Legislativo, a data escolhida tem como referência a reinauguração da Sinagoga Kahal Kadosh Zur Israel (Santa Comunidade Rochedo de Israel), no Recife, evento ocorrido em 18 de março de 2002. O Dia da Imigração Judaica homenageia a contribuição dessa comunidade na formação da cultura brasileira, especialmente nos campos artístico, político, diplomático, da indústria, do comércio e das finanças.


http://conteudoeliberdade.blogspot.com/2009/04/tributo-dom-helder-camara.html




Lei 12124/09 | Lei Nº 12.124, de 16 de dezembro de 2009
Dispõe sobre a instituição do dia 18 de março como data comemorativa do Dia Nacional da Imigração Judaica e dá outras providências.


O VICE - PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei::

Art. 1o Esta Lei tem por objetivo instituir data para a comemoração da contribuição do povo judeu na formação da cultura brasileira.

Art. 2o Fica instituído o dia 18 de março como o Dia Nacional da Imigração Judaica.

Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 16 de dezembro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

João Luiz Silva Ferreira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 17.12.2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

MEC fecha quatro cursos de Direito Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas (RJUniversidade Paulista (Unip), câmpus Manaus, Universidade Castelo B)

Cursos

Outros cinco terão processos de encerramento abertos, mas a sanção pode ser transformada em redução de vagas se cumprirem o restante das determinações
22/12/09 às 20:34 Agência Estado

O Ministério da Educação (MEC) determinou o fechamento de quatro cursos de Direito que não cumpriram medidas de melhoria após supervisão de mais de um ano. Outros cinco terão processos de encerramento abertos, mas a sanção pode ser transformada em redução de vagas se cumprirem o restante das determinações.

No total, serão fechadas imediatamente 1.803 vagas em vestibulares nas faculdades Universidade Paulista (Unip), câmpus Manaus, Universidade Castelo Branco (RJ), Universidade Metropolitana de Santos e Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas (RJ). Outras 8.785 estão nos cursos que podem vir a sofrer sanções - Unip, câmpus São Paulo, Universidade 9 de Julho (Uninove, SP), Centro Universitário Nilton Lins (AM), Faculdades Integradas Três Lagoas (MG) e Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Diamantino (MT). Mais de 25 mil estudantes podem estar frequentando cursos que serão fechados em um futuro próximo. A reportagem não conseguiu contatar as instituições.

O processo de supervisão da área de Direito começou no final de 2007, quando o MEC decidiu cruzar as notas do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) com os das provas da Ordem dos Advogados do Brasil. No final, 79 instituições tiveram processos de supervisão abertos e assinaram termo de compromisso para sanear as deficiências apontadas.

O relatório apresentado nesta terça-feira (22) mostra que, ao final de um ano, cinco instituições tiveram seus processos arquivados, mas terão de manter a redução de vagas determinada há um ano. As quatro que serão fechadas não poderão mais fazer nenhum vestibular. Os atuais alunos terão o direito de concluir seus estudos ou pedir transferência. As outras cinco também não poderão aceitar novos estudantes, mas terão prazo de defesa antes de ser determinado seu fechamento definitivo.

De todas as nove instituições punidas, as duas maiores ficam em São Paulo. A Unip tem, hoje, 6.063 vagas no vestibular; no início do processo, tinha 10.120. A Uninove tem 2.406 vagas e tinha 5 mil.


http://www.bemparana.com.br/index.php?n=130896&t=mec-fecha-quatro-cursos-de-direito

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tem carta de renúncia na praça, quem não leu ainda?

OPINIÃO
20/12/2009
Edson Lopes Cardoso
edsoncardoso@irohin.org.br

Não sei se o ministro Edson Santos pretende se unir ao grupo de ministros que se antecipará ao prazo legal de desincompatibilização. Sugerimos que considere seriamente essa alternativa. Os desdobramentos da intervenção desastrada, sua e de sua equipe, na tramitação do Estatuto da Igualdade Racial no Congresso não pedem menos do que isso.
Esta coluna de opinião comentou em 08/11 o artigo em que Santos anunciava triunfante o resultado de amplo acordo costurado na Câmara dos Deputados, que ele definia como “a mais importante ferramenta para os negros alcançarem a igualdade real de oportunidades” (O Globo, p. 7).

Alertávamos então o ministro de que era grave erro político imaginar que, sempre que o assunto envolvesse negros, não haveria elementos suficientes para permitir a distinção entre verdade e mentira. Dias depois (26/11) avisávamos também de que o processo seria muito mais doloroso no Senado. Insinuamos até umas imagens chulas, mas o caso era de fato obsceno, fazer o quê?

Curiosamente, o senador Paulo Paim, que aparecia em primeiro plano na foto de comemoração da aprovação do acordo na Câmara, somente agora busca acentuar seus inconvenientes. Inês é morta. Na hora de peitar, todos – ou quase todos cantaram ‘o sorriso negro e o abraço negro’ e repetiam que era o ‘primeiro passo’. Para onde mesmo?

A situação do ministro é mais delicada porque, enquanto Paim simula contrariedade tardia e sonsa com o resultado das negociações na Câmara, Santos não tem um subalterno para responsabilizar nessa hora amarga. Ele pessoalmente conduziu o processo de negociação na Câmara. O líder do governo na Casa, pelo que se pode depreender, estava ocupado com matérias relevantes para o Executivo.

No jornal “O Globo” de hoje ( 20.12.2009, p. 9), o repórter Evandro Éboli afirma que “O governo acompanha com lupa, bem de perto, todos os projetos que tramitam no Congresso Nacional. O zelo é tanto que cada ministério emite parecer semanal sobre as propostas mais importantes de sua área”. É verdadeiro isso, excetuando-se, é claro, aqueles projetos que digam respeito diretamente ao negro. Qual a posição de ministérios e da bancada do governo, na Câmara e no Senado, sobre o Estatuto? Posso assegurar que ninguém se importa. Essa é uma das razões que explicam porque um partido minoritário e desmoralizado como o DEM cresce tanto pra cima de preto bobo.

No Senado, a divisão é clara: o ministro entra por uma porta, para suplicar clemência ao Demonstro da Torre, e o senador Paim, com uma entourage de ocasião, sai pela outra. A propósito, o que eles negociam mesmo?

É lamentável que nunca tenhamos uma controvérsia sobre quem afinal foi autorizado (Quando? Onde? Por quais instâncias coletivas?) a participar de negociações dessa natureza. Talvez entrem na sala do monstro da torre com uma Bíblia e se fundamentem na verdade das Escrituras, que sei eu?

Por via das dúvidas, Paim foi ajeitar as coisas no Sul e sempre terá à mão o Estatuto do Idoso, do Caminhoneiro ou outra peça qualquer de campanha. Vai botar a fatura na conta dos deputados e, eventualmente, nas costas do DEM.

O ministro Edson Santos, deputado licenciado e líder da equipe que confundiu CNA – Confederação Nacional da Agricultura com CNA – Congresso Nacional Africano, já está muito mal na fita. Seus eleitores do Rio estão doidos para botar a mão na ferramenta, aquela que ele anunciou que iria demolir a obra da escravidão. Uma coisa é ser derrotado numa votação, defendendo interesses legítimos. Outra coisa é ser humilhado numa negociação e ainda sair cantando vitória (“O sorriso negro...”).

Reynaldo Fernandes assumiu a responsabilidade pelos erros na prova do Enem, e renunciou ao cargo de presidente do Inep. Tem carta de renúncia na praça, quem não leu ainda?


http://www.irohin.org.br/onl/new.php?sec=news&id=4974

domingo, 20 de dezembro de 2009

A seguir transcrevo nota da pastoral afro:

Morreu nesta madrugada, o pároco da Paróquia Santo Antônio da Granja Viana, Antonio Aparecido da Silva, o padre Toninho.
O religioso, que já vinha com a saúde bastante debilitada devido a conseqüências de diabetes e na fila por um transplante de rins, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, no sábado (12) enquanto visitava familiares.
O corpo será velado e enterrado em Parapuã, região de Marilia, onde o Padre tem familiares.
Padre Toninho completou 61 anos no último dia 28 de novembro. Nasceu em Lupércio, uma pequena
cidade no interior de São Paulo, em 1948, data que consta nos registros oficiais, mas, aparentemente, teria nascido um mês antes; detalhe que não tem importância diante de sua trajetória. Foi ordenado padre em 1976. Por dez anos foi pároco da Igreja Nossa Senhora da Achiropita e hoje, além de influente Diretor Provincial da Congregação PadreOrionitas é pároco da Paróquia Santo Antonio da Granja Viana.
Mas é como um dos mais atuantes
e formidáveis agentes de combate à discriminação racial que Padre Toninho se destaca. Foi fundador da Pastoral do Negro e um dos idealizadores das missas afros, onde os rituais católicos misturam-se às tradições afro-brasileiras, formando um comovente ritual, capaz de sensibilizar até mesmo aqueles que não nutrem muita simpatia pela religião católica (Portal Afro)


Pe. Xavier Cutajar xacute@...
Site : http://xacute.sites.uol.com.br
Site da Paróquia: www.pnsaparecidahm.hpg.com.br

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

IV COPENE: CHAMADA PARA TRABALHOS

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(AS)

“AFRO-DIÁSPORA, SABERES PÓS-COLONIAIS, PODERES E MOVIMENTOS SOCIAIS”

26 a 29 JULHO de 2010

Rio de Janeiro - Brasil






VI COPENE

O VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores( as) Negros(as) debaterá sobre “Afrodiáspora: saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais”, a fim de apresentar e discutir os processos de produção/difusã o de conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pela populações negras nas Diásporas Africanas, nos espaços de religiosidades, nos quilombos, nos movimentos negros organizados, na imprensa, nas artes e na literatura, nas escolas e universidades, nas organizações não-governamentais, nas empresas e nas diversas esferas estatais, que resistem, reivindicam e propõem alternativas políticas e sociais que atendam às necessidades das populações negras, visando a constituição material dos direitos.

Difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil implica no esforço de identificar no cenário sociocultural brasileiro, conhecimentos, manifestações e formas de pensar/estar no mundo, concepções, linguagens e pressupostos não hegemônicos, construídas pela multiplicidade de sujeitos que constituem as populações negras, focalizando essa população como produtora de conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.

Essa temática também propõe uma reconfiguração dos quadros da memória, no que tange a experiência histórica da população negra no Brasil, que respeite a presença da ancestralidade e tradições africanas, mas, ao mesmo tempo, considere as composições, traduções e recriações realizadas nos movimentos da diáspora.

A escolha dessa temática para orientar os debates e proposições do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as), leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos-polí ticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional, o que tem implicado na exigência e na urgência de ampliar o campo de discussão e produção de conhecimentos sobre as populações negras.

Em suma, traremos à tona estudos e debates sobre a realidade das populações negras, principalmente as questões ligadas ao racismo, às reconstruções culturais diaspóricas, às resistências e (re)existências negras. A disseminação de conhecimentos e o debate sobre tais questões, a busca de alternativas que possibilitem a equidade social, farão parte dos trabalhos de intelectuais negros e negras no VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores( as) Negros(as).

Estimamos que sejam beneficiados( as) diretamente pelo VI COPENE cerca de 2000 participantes, de todas as Unidades da Federação e do exterior. Além disso, espera-se que na realização deste congresso, assim como nas edições anteriores, tenhamos um crescimento quantitativo e qualitativo da produção científica.






Recebimento dos resumos e propostas - de 02 de janeiro a 10/02/2010






Mais informações: http://www.abpn.org.br

Novo estudo conclui que o racismo prevalece na Europa

12/12/2009


Para grupos de minorias morando na Europa, tarefas diárias como fazer compras ou visitar o médico frequentemente são afligidas por discriminação. De acordo com um novo relatório da UE, o racismo está profundamente enraizado -e, ainda mais preocupante, muitas vezes não é denunciado.

Para muitas minorias étnicas e imigrantes, o racismo e a discriminação são um fato triste da vida diária, de acordo com um novo relatório da Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia.

Leia outras notícias
Norte-americanos devem menos, mas isso não é totalmente uma boa notícia
Uma história de amor entre uma saariana e um espanhol
Ativista em greve de fome causa tensão diplomática entre Espanha e Marrocos
Na China não há "nem socialismo nem capitalismo, e sim 'corrupcionismo'", diz artista chinês
Cúpula África-França entra em conflito com o Sudão
Colapso nos títulos gregos coloca zona do euro em alerta
Chanceler diz que México acolherá Zelaya para acabar com crise hondurenha
Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?

Em certa época, os europeus fugiram em grandes números da Europa em busca de um futuro mais promissor em outras partes. Gradualmente, contudo, a UE emergiu como imã de imigrantes. A experiência das minorias étnicas e dos recém chegados muitas vezes não é nada cor de rosa, de acordo com uma nova pesquisa.

Entre uma série de conclusões estarrecedoras, ela revelou que em média, um em cada dois romas (ciganos) e mais de um terço dos entrevistados africanos subsaarianos foram discriminados por sua etnia ao menos uma vez no último ano.

Dúvidas em relação à polícia local
Impressionantemente, eles também descobriram que entre os que enfrentaram discriminação nos últimos 12 meses, 82% não denunciaram suas experiências às autoridades, em geral por desconfiarem da polícia local.

O estudo em toda a UE é o primeiro do tipo, e entrevistou 23.500 pessoas de várias minorias e grupos de imigrantes em torno dos 27 Estados membros em 2008. Para avaliar a extensão do problema, usou uma série de questões sobre a discriminação em várias esferas da vida diária, inclusive no trabalho, na busca por trabalho e acomodação, em serviços de saúde e sociais, em escolas e lojas, assim como ao tentar abrir uma conta de banco ou obter um empréstimo.

O relatório concluiu que os romas enfrentam mais discriminação por causa de sua origem do que outros grupos. Em média, cada entrevistado roma foi discriminado cerca de 4,6 vezes no ano passado. Após os romas, os povos subsaarianos foram os mais discriminados, seguidos dos norte-africanos.

Ameaças motivadas pela raça
A organização também dividiu suas descobertas país a país, ressaltando as zonas de alto nível de preconceito na UE. Os que mais sofreram com o racismo foram os romas na República Tcheca, seguidos pelos romas na Hungria e na Grécia. Quase igualmente maltratados foram os africanos subsaarianos na Irlanda e os norte-africanos na Itália.

Em um esforço para diferenciar entre tipos de discriminação, o relatório também estudou os números de ataques e ameaças contra as minorias, e alguns somalis na Finlândia tiveram os mais altos incidentes na Europa. De cada 100 entrevistados, 74 disseram ter passado por um ataque ou ameaça. Em termos de provocações sérias, houve 174 incidentes para cada 100 romas na Grécia.

Enquanto os romas, os subsaarianos e muçulmanos consistentemente denunciaram os mais altos níveis de racismo, uma exceção foram os brasileiros morando em Portugal. Eles falaram de altos níveis de sentimento anti-imigração.

Na Europa como um todo, uma em cada quatro pessoas de uma minoria foi vítima de crime nos últimos anos -uma descoberta amargamente irônica, já que estes mesmos grupos são muitas vezes estereotipados como criminosos.

Entre os entrevistados, os mais jovens denunciaram maior violência. Por exemplo, entre os imigrantes norte-africanos, a maior parte dos ataques foi registrada pelos mais jovens (um terço das pessoas com 24 anos ou menos tinha sido vítima, além de 30% das com 25 a 39 anos). No grupo de 55 anos ou mais, apenas 12% foram afetados.

Desconfiança da polícia
De forma interessante, o relatório não encontrou diferenças significativas no gênero das vítimas, em contraste com pesquisas anteriores.

Algumas comunidades entrevistadas viam a polícia como parte do problema. Entre os norte-africanos na pesquisa, um em cada cinco achava que tinha sido revistado pela polícia devido a sua etnia.

Similarmente, o relatório apontou para uma desconfiança prevalecente entre imigrantes e minorias étnicas em relação às forças policiais locais. Um total de 82% dos indivíduos que disseram ter tido uma experiência recente de discriminação no último ano não prestaram queixa à polícia, em grande parte porque "nada ia acontecer" ou porque isso "acontece o tempo todo".

"Essa falta de denúncia indica que os números oficiais sobre o racismo constituem a ponta do iceberg", disse o relatório, acrescentando que o contraste entre as estatísticas oficiais e a alta frequência de incidentes revelada pela pesquisa "é evidência suficiente de que muito mais precisa ser feito."

Tradução: Deborah Weinberg



http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2009/12/12/ult2682u1426.jhtm

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Athletic Bilbao deve estrear seu 1º jogador negro nesta 4ª

16 de dezembro de 2009 • 09h25 Comentários

Notícia

Athletic Bilbao terá o primeiro jogador negro de sua história

20 de setembro de 2009

Foto: EFE

Reduzir Normal Aumentar Imprimir A partida da tarde desta quarta-feira entre Athletic Bilbao e Werder Bremen, às 18h05 (de Brasília), significa muito mais do que a primeira colocação do Grupo L da Liga Europa. O jogo é um marco histórico do clube espanhol, que terá, pela primeira vez, um jogador negro vestindo sua camisa.

O lateral Jonás Ramalho, 16 anos, deverá começar a partida como titular, segundo o jornal El País . A partida é muito mais símbólica do que decisiva, uma vez que ambos os clubes já estão classificados para a próxima fase da competição europeia.

Ainda de acordo com o jornal espanhol, Jonás lembra, devido a sua força física, um jogador francês, como Thuram ou Viera.

O Athletic é um clube conservardor da cidade de Bilbao, no País Basco. Visando a preservação de uma identidade basca, o Athletic não permite que atletas não nascidos ou não desenvolvidos no País Basco vistam sua camisa.

Junto a Real Madrid e Barcelona, o Athletic Bilbao é um dos clubes que jamais caíram à segunda divisão do Campeonato Espanhol.



http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2009/noticias/0,,OI4160170-EI14099,00-Athletic+Bilbao+deve+estrear+seu+jogador+negro+nesta.html

Cabeça de negro da Microsoft é "mico de Photoshop do ano"

Quinta, 17 de dezembro de 2009, 11h26



O site BuzzFeed listou os 25 usos mais ridículos do Photoshop em 2009, mostrando fotos que ilustram o mau uso do famoso editor de imagens. O primeiro lugar ficou com o mico da Microsoft que, em agosto, trocou a cabeça de um modelo negro em um anúncio colocando um homem branco - mas esqueceu a mão (negra) sobre a mesa.

» Veja imagens de 'micos' do Photoshop
» Microsoft pede desculpas após trocar cabeça de negro em foto
» Corpo de Demi Moore em revista pode ser de modelo polonesa
» Terra Listas: crie seus rankings e espalhe pela web
» Siga o Terra no Twitter

Outros usos ridículos também envolveram colocar ou retirar pessoas negras das fotos. Em 11º lugar está o site da Universidade Médica de Lublin (que substituiu um negro por um branco), em 2º está o Fun Guide de Toronto (que colocou um homem negro na foto) e, em 23º, o cartaz do filme Couples Retreat (Encontro de casais, em português), em duas versões: com e sem um casal negro.

A seleção inclui ainda o mundo da moda (com as modelos inacreditavelmente magras dos comerciais da Ralph Lauren), e também das celebridades: Madonna em look rejuvenescido, Beyoncé com um coto de dedo a mais em uma capa de revista, Mariah Carey com uma "mão gigante", além de comerciais e sites.

A lista completa com todas as fotos pode ser vista pelo atalho http://tinyurl.com/ycqto8u.

Redação Terra



http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI4162648-EI4802,00-Cabeca+de+negro+da+Microsoft+e+mico+de+Photoshop+do+ano.html

Morales diz que "Obama é pior que Bush; só mudou a cor do presidente"

De Agencia EFE – Há 5 horas

Copenhague, 17 dez (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira, em Copenhague, que "Obama é pior que Bush", seu antecessor na Casa Branca, e que "só mudou a cor do presidente" dos Estados Unidos.

Morales justificou à Agência Efe sua afirmação sobre o presidente americano, Barack Obama, citando seu anúncio "com estardalhaço" do fechamento da prisão americana na base de Guantánamo, em Cuba, para depois mudar de opinião.

Também criticou sua postura com relação ao golpe de Estado em Honduras, que, segundo, ele foi instigado na verdade por Washington.

O ocorrido em Honduras é uma "advertência e uma ameaça" para países que queiram se somar à Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) - formada por Cuba, Venezuela, Bolívia, Honduras, entre outros - segundo Morales, que está em Copenhague para participar da Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15).

O líder boliviano também criticou Obama por ter vetado unilateralmente as preferências tarifárias com a Bolívia, duvidou de que os EUA estejam comprometidos realmente a avançar rumo a uma economia "verde" e ironizou com a "vergonha" a concessão do prêmio Nobel da Paz ao presidente americano este ano.

"Nunca vamos ganhar o Nobel da Paz, porque nunca vamos mandar tropas" a algum lugar, disse Morales, que está na lista de candidatos ao prêmio há anos.

Morales fez um balanço pessimista sobre o transcurso da COP15 e das possibilidades de alcançar um acordo.

"Tenho muitas dúvidas se vamos chegar a acordos aqui para defender a vida, a humanidade, o planeta Terra. Há profundas diferenças, por exemplo, na aplicação do Protocolo de Kioto, que os países ricos querem anular", declarou.

Morales não acredita que entre hoje e amanhã, encerramento da cúpula, seja possível conseguir um avanço significativo nas negociações e criticou os responsáveis pela conferência por envolver-se em discussões sobre os procedimentos para seguir o debate, o que é uma "perda de tempo", segundo ele.

Morales criticou os países ocidentais por falarem unicamente dos efeitos da mudança climática, mas não de suas causas, que o líder abribui ao sistema capitalista.

"Enquanto não dissermos a verdade sobre as causas é impossível resolver o tema da vida, porque o responsável principal por este desastre natural é o capitalismo. A luta ainda será longa, mas estou convencido de que o movimento popular e, especialmente, o movimento indígena, vai derrotar cedo ou tarde o capitalismo", afirmou.

Morales também se referiu ao opositor boliviano Manfred Reyes Villa, que foi seu principal rival nas últimas eleições, e insistiu em que fugiu do país, embora ele tenha afirmado o contrário.

"Dá vergonha apoiar um candidato como ele, que foge do país. Estou quase seguro de que já está no Peru ou no Brasil", disse Morales, que hoje deve participar com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em um ato popular da Alba em Copenhague, fora do espaço da COP15, antes de deixar a Dinamarca.

© EFE 2009. Está expresamente prohibida la redistribución y la redifusión de todo o parte de los contenidos de los servicios de Efe, sin previo y expreso consentimiento de la Agencia EFE S.A.



http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5h8DZppuV-U40BTlGn5NPYMXf-MGg

Morales diz que "Obama é pior que Bush; só mudou a cor do presidente"

De Agencia EFE – Há 5 horas

Copenhague, 17 dez (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira, em Copenhague, que "Obama é pior que Bush", seu antecessor na Casa Branca, e que "só mudou a cor do presidente" dos Estados Unidos.

Morales justificou à Agência Efe sua afirmação sobre o presidente americano, Barack Obama, citando seu anúncio "com estardalhaço" do fechamento da prisão americana na base de Guantánamo, em Cuba, para depois mudar de opinião.

Também criticou sua postura com relação ao golpe de Estado em Honduras, que, segundo, ele foi instigado na verdade por Washington.

O ocorrido em Honduras é uma "advertência e uma ameaça" para países que queiram se somar à Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) - formada por Cuba, Venezuela, Bolívia, Honduras, entre outros - segundo Morales, que está em Copenhague para participar da Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15).

O líder boliviano também criticou Obama por ter vetado unilateralmente as preferências tarifárias com a Bolívia, duvidou de que os EUA estejam comprometidos realmente a avançar rumo a uma economia "verde" e ironizou com a "vergonha" a concessão do prêmio Nobel da Paz ao presidente americano este ano.

"Nunca vamos ganhar o Nobel da Paz, porque nunca vamos mandar tropas" a algum lugar, disse Morales, que está na lista de candidatos ao prêmio há anos.

Morales fez um balanço pessimista sobre o transcurso da COP15 e das possibilidades de alcançar um acordo.

"Tenho muitas dúvidas se vamos chegar a acordos aqui para defender a vida, a humanidade, o planeta Terra. Há profundas diferenças, por exemplo, na aplicação do Protocolo de Kioto, que os países ricos querem anular", declarou.

Morales não acredita que entre hoje e amanhã, encerramento da cúpula, seja possível conseguir um avanço significativo nas negociações e criticou os responsáveis pela conferência por envolver-se em discussões sobre os procedimentos para seguir o debate, o que é uma "perda de tempo", segundo ele.

Morales criticou os países ocidentais por falarem unicamente dos efeitos da mudança climática, mas não de suas causas, que o líder abribui ao sistema capitalista.

"Enquanto não dissermos a verdade sobre as causas é impossível resolver o tema da vida, porque o responsável principal por este desastre natural é o capitalismo. A luta ainda será longa, mas estou convencido de que o movimento popular e, especialmente, o movimento indígena, vai derrotar cedo ou tarde o capitalismo", afirmou.

Morales também se referiu ao opositor boliviano Manfred Reyes Villa, que foi seu principal rival nas últimas eleições, e insistiu em que fugiu do país, embora ele tenha afirmado o contrário.

"Dá vergonha apoiar um candidato como ele, que foge do país. Estou quase seguro de que já está no Peru ou no Brasil", disse Morales, que hoje deve participar com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em um ato popular da Alba em Copenhague, fora do espaço da COP15, antes de deixar a Dinamarca.

© EFE 2009. Está expresamente prohibida la redistribución y la redifusión de todo o parte de los contenidos de los servicios de Efe, sin previo y expreso consentimiento de la Agencia EFE S.A.



http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5h8DZppuV-U40BTlGn5NPYMXf-MGg

Presos acusados de colocar agulhas em menino

/ edição do dia 17/12/2009 RSS O Portal de Notícias da Globo

17/12/09 - 20h38 - Atualizado em 17/12/09 - 20h38


O ex-padrasto e mais duas mulheres são suspeitos de introduzir dezenas de agulhas no corpo da criança de dois anos.

Tamanho da letra
A- A+


A Justiça da Bahia decretou a prisão temporária dos três acusados de envolvimento no caso do menino de dois anos perfurado com dezenas de agulhas: o ex-padrasto da criança e duas mulheres.

Moradores revoltados com o crime foram nesta quinta-feira à delegacia de Ibotirama, mas não tiveram acesso aos presos. Por segurança, Roberto Carlos Magalhães, ex-padrasto do menino, já havia sido transferido para uma cidade não revelada pela polícia.

Em depoimento, o auxiliar de serviços gerais contou que comprava as agulhas e as entregava à Angelina Ribeiro, que ele diz ser amante dele.

Afirmou ainda que Angelina levava o material para ser benzido pela mãe de santo Maria dos Anjos Nascimento, que teria sugerido o ritual.

Ainda de acordo com o depoimento do ex-padrasto, ele levava o menino para a casa de Angelina. Segundo o suspeito, o ritual era praticado quando filhos e netos dela não estavam em casa. Eles faziam o menino beber a água e espetavam as agulhas no corpo da criança. Roberto Carlos contou à polícia que foram várias sessões durante um mês.

"Ele fez com o objetivo de matar a criança como forma de vingança, pelo fato de brigar muito com a companheira, que é mãe da criança", afirmou o delegado Helder Santos. "Por parte da Angelina, seria o objetivo de ficar com Roberto Carlos", completa.

As duas negam envolvimento. "Jogaram a culpa em cima de mim, mas eu não devo", disse Angelina.

A história assustou a cidade de 26 mil habitantes à margem do Rio São Francisco. E teve repercussões até no exterior. As TVs e sites americanos divulgaram o caso nesta quinta-feira.

O estado de saúde do menino ainda é considerado grave. A equipe médica de Barreiras decidiu transferir a criança para um hospital de Salvador, referência em tratamentos cardíacos. A mãe acompanhou o filho em um avião-UTI.

Um exame feito nesta quinta-feira revelou que uma agulha atingiu o coração e provocou uma infecção. O menino está tomando antibióticos e os médicos vão acompanhar o quadro clínico durante dois dias. Só depois vão decidir sobre uma possível cirurgia.

“Todas infecção que envolve coração já é considerada uma infecção sistêmica, uma infecção que facilmente já atinge a corrente sanguinea. Vamos ter que fazer a cirurgia em algum momento. A gente está procurando esse melhor momento para tratar a criança”, explicou o diretor do hospital Roque Aras.


http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1419538-10406,00-PRESOS+ACUSADOS+DE+COLOCAR+AGULHAS+EM+MENINO.html

Governo brasileiro já pode doar recursos para construção de fábrica em Moçambique (Atual.)

África 21 - DF
15/12/2009 - 14:45
Cooperação
A produção local está prevista para começar em meados de abril de 2010, sob a supervisão de técnicos brasileiros.

Da Redação, com Agência Brasil

Brasília - O governo brasileiro vai doar a Moçambique R$ 13,6 milhões para a primeira fase de instalação de uma fábrica de medicamentos contra a aids/ sida no país. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (15).

Os planos de construção foram idealizados em 2003, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à África. Moçambique está entre os países mais afetados pela aids no mundo. Estima-se que 500 novos casos da doença sejam registrados todos os dias, de acordo com levantamento da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Inicialmente, a fábrica vai apenas empacotar antirretrovirais produzidos no Brasil. A produção local está prevista para começar em meados de abril de 2010, sob a supervisão de técnicos brasileiros.

A doação foi autorizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado e comemorada pelo coordenador de Projetos Industriais e Internacionais de Farmanguinhos/Fiocruz, Roberto Camilo Catrignani, futuro diretor da fábrica em Moçambique. "Estamos acompanhando essa história desde o início e ficamos muito felizes com a aprovação da doação, pois agora poderemos ver as coisas começarem a acontecer", disse.


http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=9294965&canal=402

Deputados criam comissão para tentar anular decreto de terras quilombolas

11/12/2009




Manaira Medeiros


Uma comissão composta pelos deputados estaduais Eustáquio de Freitas (PSB) e Paulo Roberto (PMN), representantes de entidades da agricultura e pelo bispo do norte e nordeste do Estado, Dom Sanoni, vai buscar apoio da bancada federal capixaba, para anular o Decreto 4.778/2003, que dispõe sobre o direito dos remanescentes das comunidades quilombolas. Este foi o resultado da audiência pública realizada em São Mateus, norte do Estado, na noite desta quinta-feira (10).

Ao contrário do que havia sido divulgado anteriormente, segundo o convite do próprio parlamentar que propôs a audiência, deputado Freitas (PSB), o superintendente regional do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), José Gerônimo Brumatti, participou do encontro. Já os quilombolas do antigo território do Sapê do Norte, formado pelos municípios de São Mateus e Conceição da Barra, não foram convidados.

Segundo o superintendente, o tom dos discursos dos presentes à audiência foi defender a inconstitucionalidade do decreto e as terras serem reconhecidas como de propriedade coletiva, mobilizando a comunidade contra as ações do Incra no território.

Brumatti explicou a legislação que reconhece o território quilombola, assim como os critérios adotados no processo de titulação, cuja auto-identificação é o principal, mas não o único, não sendo possível qualquer pessoa se intitular remanescente de escravos. “É necessário ter a certidão da Fundação Palmares, e são realizados estudos do território, com relatórios antropológico, cartorial, histórico, além de entrevistas às famílias”, pontuou.

Para ele, se a comunidade julga necessário estabelecer qualquer processo de negociação, isso deve ser feito envolvendo todos os atores, com intensa discussão. “Os discursos e a pressão psicológica acabam forçando uma postura de acuação”, apontou, lembrando que o decreto estabelece direitos aos quilombolas. “É uma maneira de reparar uma injustiça histórica”, ressaltou.

O superintendente lembrou da Constituição Federal de 1988, que reconhece tais direitos. “Esta demanda não veio do nada, e sim da luta das próprias comunidades e das organizações negras, sendo um marco na nossa Constituição. Para regulamentar o processo, foi publicado o decreto federal, em 2003”, disse.

A campanha dos deputados - que conta também com Atayde Armani (DEM) - contra a titulação do território quilombola começou em novembro último, após o Incra ter publicado a Portaria n° 329, declarando serem tradicionalmente quilombolas as terras da Comunidade Remanescente de Serraria/São Cristóvão, em São Mateus.

O processo era aguardado desde julho. Mas a espera dos negros é de décadas. Desde a ditadura militar, quando a transnacional Aracruz Celulose se instalou na região, as famílias quilombolas lutam pela recuperação de seu território. A empresa se instalou com favores dos governos da época, quando usurpou grande parte das terras dos descendentes de escravos, ou as tomou à força ou por processo de sedução, com falsas promessas.

Os deputados apontam argumentos que ignoram a existência dos verdadeiros donos das terras e da própria história da região. As terras quilombolas foram ocupadas ilegalmente, processo que se estendeu aos atuais proprietários, que receberão indenização em espécie pela expropriação da terra e das benfeitorias existentes no local, com base em valores de mercado. Eles têm até janeiro próximo para desocupar a área.

Com a portaria, 45 famílias poderão viver e garantir sua sustentabilidade, em 1.129 hectares. Elas foram cadastradas durante a elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), que garantiu a legitimidade dos direitos quilombolas e a forma como as terras foram ocupadas.

Com o processo de titulação, o Incra cumpre o artigo 68 da Constituição Federal, o Decreto n° 4.887/2003 – que regulamenta a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades quilombolas – e a Instrução Normativa/Incra nº 20/2005.

A campanha liderada pelos parlamentares atende aos desejos do Movimento Paz no Campo (MPC), que defende os interesses do latifúndio monocultor de ruralistas em relação às grandes corporações, como a própria Aracruz Celulose – agora Fibria.

No norte do Estado, a entidade existe para minar a implementação da lei que reconhece o território quilombola. Denúncias da Rede Alerta Contra o Deserto Verde apontam para lobbies nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, notadamente sobre os órgãos públicos responsáveis pelas políticas e direitos territoriais das comunidades quilombolas.

As ações do Movimento Paz no Campo geram tensão e violência na região, com prática de racismo contra os negros. O MPC já foi denunciado por ameaçar de morte os quilombolas e funcionários do Incra, e de coação, com apoio da segurança armada da ex-Aracruz Celulose. E ainda por invadir uma reunião entre a comunidade e a Comissão Especial de Monitoramento das Violações do Direito Humano e à Alimentação Adequada, como uma forma de intimidação.

O território dos negros do Estado é de cerca de 50 mil hectares, ocupados em sua maioria pela transnacional, mas também por fazendeiros, posseiros e grandes produtores. Ao todo, 38 comunidades quilombolas vivem em Sapê do Norte. Sem suas terras e vítimas dos impactos ambiental, social e econômico causados pela monocultura do eucalipto, e ainda de violência praticada pela ex-Aracruz, os negros encontraram na produção de carvão o único meio de subsistência.

Além do reconhecimento, este ano, do território de São Cristóvão/Serraria, em São Mateus, e de Retiro, em Santa Leopoldina (região serrana), o Incra executa oito processos de identificação de propriedades quilombolas: duas em São Mateus, três no município de Conceição da Barra e uma na cidade de Ibiraçu.

Os quilombolas têm direito à propriedade da terra por determinação do artigo 68 da Constituição Federal. E o direito à autoidentificação das comunidades quilombolas pelo Decreto 4.887/03, e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), fixada pelo Decreto Nº. 6.040, de 7 de fevereiro de 2007. O direito à autoidentificação é garantido, ainda, pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Além dos deputados e do bispo, integram a comissão formada na audiência, representantes da Federação dos Agricultores do Estado, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Mateus, Secretaria Municipal de Agricultura, Movimento Paz no Campo, Federação de Agricultura, Centro de Cultura Negra do Norte e Nordeste do Espírito Santo e Movimento Quilombola.

http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=4642

Andrade é mantido no Fla para 2010 Treinador aceita proposta abaixo do salário de ponta que almejava

16/12/09 - 20h46 - Atualizado em 16/12/09 - 22h40



Rodrigo Benchimol
Rio de Janeiro
Tamanho da letra
A- A+

Andrade faz sinal de positivo na coletiva A negociação foi demorada, mas teve final feliz: Andrade continua no Flamengo em 2010. O anúncio oficial foi feito na noite desta quarta-feira, na Gávea, depois de reunião do treinador com Patrícia Amorim, Hélio Ferraz e Marcos Braz.



O acordo chega no momento em que o relacionamento de Andrade com os dirigentes estava perto de um rompimento sem volta. Tanto que o nome de Rogério Lourenço, técnico da última seleção brasileira sub-20 e que trabalha nas divisões de base do Flamengo, chegou a ser levado por Marcos Braz a Patrícia Amorim na noite de terça-feira. Rogério fará parte da nova comissão técnica, como segundo auxiliar (o primeiro é Marcelo Sales, filho do ex-lateral Marco Antônio, reserva de Everaldo na Copa de 70). A ideia é fazer a integração dos juniores com os profissionais através do ex-zagueiro.



Andrade queria inicialmente algo em torno de R$ 250 mil mensais. Como campeão brasileiro, achava que era o momento de receber como tal, mesmo sendo recém-promovido. A diretoria entendia que era mais do que suficiente um salto de R$ 50 mil, seu antigo salário, para R$ 110 mil. Os valores finais não foram divulgados, mas cogita-se que o treinador receberá algo próximo de R$ 150 mil.



Segundo Marcos Braz, a reunião desta quarta-feira serviu apenas para que fossem decididas as premiações para o treinador em caso de novas conquistas.



- Tudo acabou bem. Agora, estamos pensando só em 2010. Vamos ver o que o clube pode fazer em termos de contratações. Disputaremos competições importantes - disse Andrade, que passará as festas de fim de ano no Rio, à disposição da diretoria para discutir eventuais nomes.



Andrade concedeu entrevista separado do vice de futebol Marcos Braz, mas garantiu que o relacionamento não ficou estremecido.



- É normal se discutir. Às vezes ele tem uma ideia e eu tenho outra diferente. Ele puxa pelo lado do clube e eu vejo o meu lado também. Mas no final deu tudo certo. Quem me deu a oportunidade foi ele, jamais vou ser ingrato. No final, acabou acontecendo do jeito que eu esperava e dentro da realidade do Flamengo. Esse contratempo desgastou um pouco, mas no fim foi tudo resolvido. Tive sondagens, mas nada de concreto. Sempre fui claro quanto a isso, nunca recebi nada oficial. Concreto mesmo, só a proposta do Flamengo. A parte financeira não pesou tanto, até porque minha preocupação nunca foi dinheiro. Trabalhei em 2004 com o time na zona de rebaixamento e não pensei nisso. Não ia ser agora - comentou o treinador.



Marcos Braz, no entanto, deixou escapar uma alfinetada no treinador. Esta semana, depois de uma conversa frustrada com Braz, Andrade afirmou que se entenderia melhor com Patrícia Amorim, em uma conversa de ex-atleta para ex-atleta.


- Após longa discussão, todas as arestas foram aparadas. Tive uma última conversa com o Andrade, que não foi de ex-atleta para ex-atleta. O que permaneceu foi a fase financeira que o clube atravessa. Ele entendeu isso - disse o dirigente, para em seguida negar qualquer problema com o comandante. - Sou profissional, temos um bom relacionamento e vamos continuar tendo. Se não fosse assim, ele não teria nem ficado. Existem fases na vida, como um namoro, um casamento. Mas tenho respeito por ele como ídolo e como profissional correto e honesto que sempre foi.

Andrade não terá multa rescisória em seu novo contrato. Ele continua como funcionário do clube, com carteira assinada.



http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL1417673-9865,00-ANDRADE+E+MANTIDO+NO+FLA+PARA.html

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

MÍDIA & PRECONCEITO : O racismo que é só um branco na cabeça

Por Carlos Brickmann em 15/12/2009


O Flamengo ganhou o título, tendo no comando o grande Andrade. Imediatamente começou o noticiário vagamente ideológico sobre como os negros, embora sempre se destacassem no futebol, nunca chegaram a ser técnicos. Depois a coisa se sofisticou um pouco: admitiu-se a existência anterior de técnicos afrodescendentes e Andrade passou a ser apenas o primeiro negro a ganhar o título brasileiro. Pesquisa? Isso não, que dá trabalho.

É certo dizer que, no universo dos técnicos brasileiros, poucos são negros ou mulatos. Mas é falha de memória esquecer que Didi, por exemplo, foi técnico da seleção peruana; que Oto Glória, depois de vitoriosa carreira no Brasil, foi técnico da seleção portuguesa (aquela que nos eliminou da Copa de 1966); que Gentil Cardoso, o Moço Preto, cansou de ser campeão carioca numa época em que praticamente só havia torneios regionais no país (e chegou a dirigir a seleção brasileira por alguns jogos). Baltazar, o Cabecinha de Ouro, foi técnico; Serginho Chulapa é técnico; Zizinho e Coutinho foram técnicos de grandes clubes. Lula Pereira faz sucesso, especialmente no Nordeste. Cilinho, que montou excelentes times, é mulato; Bauer, O Monstro do Maracanã, era mulato, filho de suíça e africano; e mulato clarinho, mas longe de ser sueco, é Vanderlei Luxemburgo, que ganhou títulos brasileiros bem antes de Andrade (aliás, os dois jogavam no mesmo time, na década de 1980, época em que Vanderlei era Wanderley e ficava na reserva de Junior).

Foi Gentil Cardoso o autor de uma frase fantástica, válida no futebol e na vida: "Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência." É dele também um pedido clássico, ao assumir a direção do Fluminense, em 1946: "Se me derem o Ademir eu lhes darei o campeonato." Deram-lhe Ademir Queixada, o grande ponta de lança, e o Fluminense ganhou o campeonato.

Racismo havia, e há: o número de técnicos negros é muito menor que o de brancos. Racismo já houve em maior intensidade: em 1960, Gentil Cardoso foi o primeiro negro a ser contratado por um clube que não aceitava negros, o Náutico do Recife. O que não há é, como se cansou de salientar o noticiário, a ausência total de negros em cargos de comando. Não são muitos, quando muitos teriam condições de exercê-los; mas existem e não é de hoje.



Força estranha

É interessante assistir ao futebol, hoje, e ver um negrão defendendo a seleção inglesa (como era fantástico ver Rudy Gullit na seleção holandesa). No Brasil, a presença do negro no futebol já foi muito contestada, e não faz tanto tempo assim. Friendereich, mulato de olhos verdes, não teve problemas; mas times como o Santos e o Palmeiras, por exemplo, demoraram a desistir das restrições raciais. O Santos, com seus uniformes brancos e jogadores brancos, chegou a ser conhecido como "As Melindrosas". No Palmeiras, fundado em 1914 com o nome de Palestra Itália, o primeiro negro foi Og Moreira, um craque, o regente do time, contratado em 1942. Depois viria o fantástico lateral Djalma Santos, já no fim da década de 1950; e só então se abririam de vez as portas do clube. Os três times do Recife rejeitaram negros até a década de 1960 (e o próprio técnico Gentil Cardoso só foi contratado pelo Náutico porque o presidente tinha dado plenos poderes aos diretores de futebol, e quando soube do caso e quis voltar atrás não havia mais jeito). Na seleção brasileira campeã do mundo em 1958, tentou-se ao máximo evitar negros no time titular – com exceção de Didi, cujo reserva, Moacir, também era negro, e Dida ou Pelé, que fosse quem fosse o titular seria preto. Já Garrincha e Djalma Santos entraram com o torneio em andamento.

A conquista do Flamengo (que, como o Corinthians, era chamado pejorativamente por algumas torcidas adversárias de "time de pretos"), e com um técnico negro no comando, poderia ter motivado os meios de comunicação para reportagens sobre o que resta de racismo no futebol. Nada de adjetivos, nada de ideológico, nem de conclusões apressadas sobre "o primeiro negro", essas coisas: reportagem mesmo. Nas peneiras dos clubes, há restrições a negros ou mulatos? E os salários da média dos jogadores (não, não vale colocar na lista ídolos como Adriano), variam conforme a cor da pele?

Andrade ganha bem menos que a média dos técnicos.




http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=568CIR001

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Video Convite Yalorixás no Século XXI

Bom dia queridos e queridas,
Agora é pra valer nosso projeto Yalorixás no Século XXI acontecerá dia 15 de dezembro, preciso do apoio de tosdos e todas na divulgação, espermos lotar a Biblioteca Central, comto com a presença de todos e com uma força na divulgação vejam video (link) abaixo e convite anexo.
Muito obrigado

Alberto Lima
71 - 33342948 - 99593975

www.youtube.com/watch?v=wtRuXAkFo0o

Clubes da Itália são multados por fogos e atitude racista

Esportes Violência Criado 08/12/2009 02h00

Avalie 1 2 3 4 5 .
not-231784-1not-231784-2not-231784-3not-231784-4not-231784-5.Obrigado por avaliar.
Redação
redacao@odiariomaringa.com.br Roma e Lazio foram multadas nesta segunda-feira, em 40 mil euros cada uma, por causa de fogos de artifício atirados em campo pelos seus torcedores, que causaram a paralisação por cerca de dez minutos do clássico entre os dois times, realizado no último domingo, pelo Campeonato Italiano.

O árbitro Nicola Rizzoli parou o confronto aos 13 minutos do primeiro tempo, por causa das explosões provocadas pelos fogos. Também houve confronto entre torcedores e seis pessoas acabaram presas. No fim, a Roma ganhou da Lazio por 1 a 0.

Também nesta segunda-feira, a Juventus foi multada em 25 mil euros por causa do uso de fogos de artifício por parte de seus torcedores e por ofensas racistas ao atacante Mario Balotelli, da Internazionale, no clássico do último sábado, quando o time de Turim venceu por 2 a 1.


http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/231784

Ilê Aiyê promove Festival de Música Negra

15/12/2009 - 9h21m
*Da Redação, com informações de assessoria
redacao@portalibahia.com.br

O bloco Ilê Aiyê promove, neste sábado (19), a partir das 22 horas, na Senzala do Barro Preto, a finalíssima do Festival de Música Negra. O objetivo principal é escolher as músicas que animarão o desfile carnavalesco do bloco em 2010, que terá como tema central Pernambuco, uma nação africana.

Além das músicas concorrentes, o festival apresenta como atrações o cantor Beto Jamaica, Reinaldo (Terrasamba), Band`Aiyê, Da Cor do Samba e Jair Sete Cordas. Os ingressos custam R$30 (camarote) e R$15 (pista).

Vinte composições disputam a finalíssima do festival: 10 na categoria poesia e 10 na categoria música tema. Além da consagração como destaques no carnaval do Ilê Aiyê, as músicas vencedoras ganham a oportunidade de constarem no Caderno de Educação, que é utilizado nas diversas atividades pedagógicas da instituição.



http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=219797&id_secao=151

MÍDIA & PRECONCEITO : "Sim, é necessária uma nova Abolição"


Por Milena Almeida e Angélica Basthi em 15/12/2009


"Cabe lembrar que `nova Abolição´ é um lema que, apesar de ter sido elaborado na década de 1920, não está totalmente obsoleto. Os afro-descendentes ainda se encontram em posição de desvantagem em relação às pessoas brancas no Brasil." (Petrônio Domingues)

Em 27 de outubro, o professor-doutor Muniz Sodré publicou um artigo no site Observatório da Imprensa cujo título era "É necessária uma nova Abolição?". No artigo, Sodré critica o tratamento tendencioso da grande imprensa na cobertura sobre Ações afirmativas – mais especificamente as cotas universitárias – e questiona a opção dos "jornalões" em favorecer a publicação de conteúdo contrário ao sistema.

Ocorre que, no dia 03 de novembro, Demétrio Magnoli, colunista de veículos conceituados como a revista Época e o jornal Folha de S. Paulo, publicou uma "resposta" desrespeitosa intitulada "Matem os escravistas" onde ataca Sodré com ironia. Com um discurso enviesado, Magnoli deprecia os argumentos de Sodré e o árduo trabalho que vem sendo construído pelo movimento negro brasileiro na luta contra o racismo ao longo da história do Brasil. Numa suposta tentativa de criticar o "método" utilizado por Sodré, Magnoli menospreza a "consistência interna" do texto de Muniz, segundo ele, causado pelo seu posicionamento ideológico, e classifica o discurso de Sodré como "violência verbal".

Melhores argumentos

É no mínimo espantoso reconhecer que alguém que ostenta um título acadêmico como o Sr. Demétrio Magnoli nega para si mesmo e para a opinião pública a existência de injustiças originadas pelo racismo enraizado na estrutura da sociedade brasileira. Reza a máxima que o título acadêmico deveria garantir maior capacidade de análise dos fatos sociais.

É igualmente espantosa a cegueira que o Sr. Demétrio representa – e hoje é seu principal porta-voz – ao negar sistematicamente a existência do desequilíbrio no caráter dos artigos e no conteúdo das reportagens publicadas nos veículos da grande imprensa brasileira.

Em sua "resposta", o Sr. Demétrio desafia Sodré a provar este suposto desequilíbrio. Magnoli ignora o fato de que determinados veículos da grande mídia propõem uma agenda-setting unilateral e, com isso, contribuem para o desaparecimento do princípio da imparcialidade na imprensa, tão caro à sociedade brasileira. É impossível acreditar hoje em dia que os veículos de comunicação são unanimemente éticos e imparciais. Um dos grandes problemas desta premissa é encobrir o fato de que algumas opiniões editoriais invadem o campo das matérias e reportagens, que deveriam ser imparciais. Ao invés destes veículos de comunicação terem como foco o serviço de utilidade pública, acabam se transformando em juízes e algozes da realidade que nos cerca.

Se antes de escrever vorazmente contra as ações afirmativas – e duvidar da veracidade e do compromisso ético de acadêmicos dignos de todo respeito como Muniz Sodré –, o Sr. Magnoli deveria ter recorrido às pesquisas acadêmicas que estão sendo realizadas neste momento. Talvez assim ele apresentasse melhores argumentos para duvidar da existência de um posicionamento parcial de alguns setores da grande imprensa no Brasil.

Trata-se ou não de desequilíbrio?

Os pesquisadores João Feres e Veronica Daflon, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), por exemplo, realizaram recentemente uma análise dos textos publicados pela revista Veja sobre as ações afirmativas entre 2001 e 2009. Foram analisados 66 textos e artigos sobre o tema de janeiro de 2001 a junho de 2009, sendo 39% colunas assinadas e 38% reportagens.

Deste total, 77% continham avaliações negativas sobre as ações afirmativas raciais e apenas 14% favoráveis. Se tivesse feito essa consulto, o Sr. Demétrio descobriria, por exemplo, que deste universo, 19 reportagens são contrárias às ações afirmativas e apenas três são favoráveis. Em relação às colunas na revista Veja no período, 20 foram contrárias e apenas quatro favoráveis. Trata-se ou não desequilíbrio?

Feres e Daflon identificaram que a partir de 2005, quando as políticas de cotas estão consolidadas no ensino superior público do país, as raras manifestações favoráveis às ações afirmativas simplesmente desapareceram da revista Veja.

Feres e Daflon analisaram ainda os títulos e suas mensagens explícitas na revista neste período. Um dos exemplos são os títulos "O grande salto para trás" e "Cotas para quê?", ambos publicados em 2005. Ou ainda a reportagem em 2007 sobre o caso de um professor da Universidade de Brasília acusado de racismo, cujo título era "A primeira vítima".

Todos os títulos já evidenciavam a parcialidade nua e crua da revista Veja. O artigo do colunista Diogo Mainardi, cujo título era "O quilombo do mundo", demonstra a sua dita "criatividade" a serviço da intolerância como "o Brasil macaqueou o sistema de cotas raciais dos Estados Unidos" ou sobre "a chance para acabar de vez com o quilombolismo retardatário que se entrincheirou no matagal ideológico das universidades brasileiras". Trata-se ou não de desequilíbrio?

Nomenclatura de assuntos investigados

Vamos agora aos "jornalões". Um estudo realizado pelo pesquisador Kássio Motta para o Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) analisa o caso do jornal O Globo no período de março de 2002 a julho de 2004. De acordo com o levantamento, no total foram publicados 55% de textos negativos e 15% de textos positivos sobre as cotas. Neste contexto estão 34% de matérias negativas contra 6% positivas, e 66% de editoriais e artigos negativos contra 34% positivos. Outra vez questionamos: trata-se ou não de um desequilíbrio?

Outra pesquisa, desta vez encomendada pelo CEERT ao Observatório Brasileiro de Mídia, observou os jornais Folha, Estado e Globo, dos quais se extraiu 972 textos publicados entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2008, além de 121 textos veiculados pelos semanários Veja, Época e IstoÉ, totalizando, portanto, 1.093 escritos – incluindo reportagens, editoriais, artigos e colunas.

Os assuntos investigados foram agrupados a partir da seguinte nomenclatura: cotas nas universidades; ação afirmativa; quilombolas; estatuto da igualdade racial; diversidade racial (incluindo racismo, discriminação racial, etc.) e religiões de matriz africana.

Leitura indispensável

Fechando o foco nos textos de jornais, cinco tópicos merecem especial atenção:

1) desagregando-se o tema das cotas nas universidades, os textos opinativos somaram, no caso da Folha, cerca de 28% do total de ocorrências, sendo evidente a freqüência mais alta das reportagens em comparação com as opiniões;

2) examinando-se os textos opinativos da Folha sobre cotas nas universidades, 46,7% posicionaram-se abertamente contrários, número elevado, mas não configuram a totalidade das opiniões;

3) o Globo sobressai em relação aos seus concorrentes no que se refere a uma orientação anticotas mais organizada e institucionalizada, tendo sido o único jornal em que os textos opinativos foram mais freqüentes do que as reportagens – 53,1% e 28,1% respectivamente, quando o assunto é cotas nas universidades;

4) as pesquisas ocupam apenas 5% dos textos e são aludidas quase que exclusivamente nas reportagens (83%), aparecendo muito raramente nos textos opinativos (8,3%);

5) a parcialidade da mídia impressa suscita preocupação inclusive nos seus próprios mecanismos internos de fiscalização, o que pode ser ilustrado por uma manifestação emblemática do ombudsman da Folha publicada em meados de 2006.

Portanto, quando Sodré questiona sobre uma nova Abolição, não se trata de um "pressuposto factual falso", como diz o Sr. Demétrio. Provavelmente, este Sr. desconhece toda leitura indispensável para construir um argumento com seriedade, tais como o livro A nova Abolição (2008), do historiador Petrônio Domingues. Na obra, é possível aprender que a expressão foi citada pela primeira vez no dia 13 de maio de 1924, como manchete principal do primeiro número do jornal O Clarim da Alvorada, importante veículo da história da imprensa negra no período.

A luta pelos direitos fundamentais

Já naquela ocasião a defesa de uma nova Abolição propunha uma transformação radical na sociedade brasileira para garantir a justiça e a igualdade racial. Quase 90 anos depois, essa expressão mantém sua mensagem viva. O Brasil continua com o desafio de garantir a justiça e a igualdade de direito para todos.

Vale lembrar também que Muniz Sodré está amparado por uma clarividência histórica acompanhando por extensa lista de pensadores, pesquisadores e intelectuais como Kabenguele Munanga, Abdias Nascimento, Sueli Carneiro e tantos outros.

É por isso que nós, afro-descendentes, integrantes do movimento negro, profissionais de imprensa, intelectuais e acadêmicos declaramos publicamente que Muniz Sodré desfruta do nosso total apoio neste posicionamento em favor da pluralidade de opiniões e reportagens nos "jornalões" e demais veículos de comunicação sobre as ações afirmativas, em especial, sobre as cotas nas universidades públicas. Lembrando que resta ainda uma longa caminhada até atingirmos a plenitude do princípio da igualdade no Brasil. Jamais haverá igualdade onde as pessoas se encontram em condições desiguais na luta pelos seus direitos fundamentais.

***

[Este artigo é endossado por Julio Tavares, doutor em Antropologia - University of Texas at Austin; Roberto Martins, ex-presidente IPEA no governo FHC; Carlos Alberto Medeiros, jornalista, mestre em ciências jurídicas e sociais e coordenador CEPPIR-RJ; Amauri Mendes Pereira, professor sociologia da UEZO-RJ; Frei Davi Santos, OFM e diretor executivo Educafro; Diva Moreira, cientista política; Alexandre Nascimento, professor FAETEC/RJ; Jonicael Cedraz Oliveira, professor UFBA; Fabiana Lima, doutoranda UFBA; Claudia Miranda , doutora em educação UERJ; Uelington Farias Alves, jornalista e escritor; Daise Rosas Natividade, psicóloga e doutoranda da UFRJ; Humberto Adami, Ouvidor-Geral Seppir; Luis Fernando Martins da Silva, advogado e professor de Direito e membro IAB; Maria da Consolação Lucinda, doutoranda Antropologia Social Museu Nacional/UFRJ; Augusto Bapt, músico; Marcos Romão, cientista social e diretor da Rádio Mamaterra, Hamburgo; Marcelo Barbosa, mestrando em educação UERJ; Vera Daisy Barcellos, jornalista/ RS; Zilda Martins, mestranda comunicação e cultura ECO/UFRJ; Ana Cristina Macedo de Souza, mestranda políticas públicas FGV-RJ/EBAPE; Carlos Nobre, professor PUC/RJ; Nilo Sergio S. Gomes, jornalista; Jacques Edgard François; Flavio Gomes; Jorge da Silva; Claudia Fabiana Cardoso; Carlos Douglas Martins P. Filho; CEPPIR –RJ; CEERT; COMDEDINE; EDUCAFRO; ABRAÇO; Cojira-Rio; Cojira-DF; Cojira-BA; Cojira-AL; Cojira-PB; Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul; Movimento Novos Rumos; Fórum Paraibano Promoção Igualdade Racial; Agência Afro-Latina-Euro-Americana de Informação (ALAI); Associação Brasileira de Pesquisadores/as pela Justiça Social (ABRAPPS); Comitê de Luta pela Igualdade Racial e Democratização da Comunicação do FNDC-BA; Fórum Mulheres Negras DF; Movimento Negro Unificado DF; Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô; Coletivo Entidades Negras (CEN)]


Fonte:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=568JDB007


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CONVITE NANDYALA - Minicursos e Lançamento do livro

escritos sobre os sentidos de democracia e justiça social no Brasil
Amauri Mendes Pereira e Joselina da Silva (Organizadores)

Textos de Alex Ratts, Amauri Mendes Pereira, Amílcar Araújo Pereira, Fátima Aparecida Silva, Joselina da Silva, Maria Aparecida de Oliveira Lopes, Petrônio Domingues e Sales Augusto dos Santos


18/12/2009, sexta-feira, 16h - Minicursos gratuitos

- CURSO 1: "O Ensino de História da África no universo da consciência negra" (4h/a) - PROF. DR. AMAURI MENDES PEREIRA (UEZO/RJ)

- CURSO 2: O movimento de mulheres negras tem história... (4h/a)
PROFA. DRA. JOSELINA DA SILVA (UFC)


18/12/2009, sexta-feira,20h

Lançamento de livro, Confraternização AFRONatal,

Jantar/Culinária Africana e Feira de Artesanato Afro.

Local: NANDYALA Livraria & Editora
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: (31)3281-5894 ou eventos@nandyalalivros.com.br
Av. do Contorno, 6.000 - Loja 01 - Savassi - Belo Horizonte - MG

SOS Racismo: La nueva Ley de Extranjería amplía el racismo institucional

SOCIEDAD

EFE - 26/11/2009 19 : 50

Barcelona, 26 nov (EFE).- La organización humanitaria SOS Racismo ha denunciado que la nueva Ley de Extranjería, aprobada hoy por el Congreso, amplía el racismo institucional y consolida el "apartheid" jurídico, al recortar y vulnerar derechos, crear nuevas categorías de inmigrantes y aumentar el régimen sancionador.

El Congreso ha aprobado hoy la nueva ley de Extranjería con 180 votos a favor, 163 en contra y tres abstenciones, gracias al apoyo del PSOE, CiU y Coalición Canaria.

Tras la aprobación de esta normativa -que ha sufrido su cuarta reforma-, SOS Racismo ha convocado esta tarde una concentración de protesta en la plaza de Sant Jaume de Barcelona, donde varios activistas llevaban pancartas en contra de la nueva ley y denunciaban que vulnera derechos de los inmigrantes.

En declaraciones a Efe, la portavoz de SOS Racismo en Cataluña, Isabel Martínez, ha señalado que el texto aprobado en el Congreso amplía el "racismo institucional" y consolida el sistema de "apartheid jurídico", ya que mantiene una política de extranjería "discriminatoria, injusta y eficaz".

Como ejemplo, ha denunciado que el nuevo texto vulnera el derecho fundamental a la vida en familia y a la unidad familiar, vulnera los derechos humanos al ampliar el tiempo de internamiento de 40 a 60 días e incrementa la desigualdad de derechos al crear la figura de residente de larga duración y la figura de extranjero con tarjeta azul.

Durante la protesta, SOS Racismo ha repartido un manifiesto en el que se denuncia que la ley aprobada hoy supone "un paso más en la división entre la población autóctona y los inmigrantes, fomentando la fractura social", en un contexto de crisis económica en el que se tendrían que combatir las "injusticias sociales". EFE jf/mg/br


http://foro.elconfidencial.com/ultima-hora/racismo-nueva-extranjeria-amplia-racismo-institucional-20091126.html

Defensoria Pública do Estado de São Paulo - Núcleo Especializado de Combate a Discriminação, Racismo e Preconceito



Defenda-se



O que é a Defensoria Pública?
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo é uma instituição permanente cuja atribuição, como expressão e instrumento do regime democrático, é oferecer, de forma integral e gratuita, aos cidadãos necessitados a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos, em todos os graus, judicial e extrajudicial.


Quem pode usar o serviço da Defensoria Pessoas que não têm condições financeiras de arcar por serviços jurídicos e assim o declararem.


Para comprovar essa situação, o Defensor Público irá perguntar sobre a renda familiar, patrimônio e gastos mensais, e poderão ser pedidos documentos para comprovar as informações.


Em geral são atendidas pessoas que ganham menos que três salários mínimos.



Quem são os Defensores Públicos?


São formados em Direito e que prestaram um concurso público específico para realizar as atribuições da Defensoria Pública nas áreas cível, família, infância e juventude, criminal e execução criminal.




O que é Direito à Igualdade?



A Constituição Federal afirma que as pessoas nascem livres e iguais.

As leis valem para todos e é proibido discriminar, sendo que todas as pessoas devem ser tratadas de forma igual, por quem quer que seja e pelo Estado.


O direito à igualdade, no entanto, também é o direito à diferença.



O que é Direito à Diferença?


É a possibilidade que todos têm de ser e viver segundo a sua própria cultura e suas características pessoais sem ser discriminado por isso.
O direito à igualdade e o direito à diferença são as faces de uma sociedade plural.



O que é uma Sociedade Plural?



É uma sociedade como a brasileira, que é formada com a contribuição das mais diversas culturas.
Deve-se respeitar as pessoas e também as diferentes manifestações culturais para que todos tenham o mesmo tratamento dos demais.
Nunca se pode esquecer que todos são seres humanos e é respeitando e aprendendo com as diferenças que se cresce como pessoa e como povo brasileiro.


Mas enquanto as pessoas aprendem a viver em uma sociedade plural, podem ocorrer discriminações, justamente por quem não tem essa consciência.


Caso isso aconteça, o que pode ser feito?




O que fazer em caso de discriminação



Quem já sofreu discriminação sabe que tal ato dói fundo porque o desrespeito é muito grande.


Nada pagará a humilhação sofrida. Mas não adianta discutir violentamente com o ofensor.
Embora seja difícil, é preciso manter a calma e pensar no que pode ser feito para que o direito à igualdade e à diferença sejam efetivados.


Uma dica que pode ser útil é tomar nota, mesmo que mentalmente, de todos os detalhes, com a máxima precisão.


Se puder, é importante anotar o nome, endereço, telefone do ofensor e das pessoas que presenciaram o ocorrido, assim como, detalhes do local onde aconteceu a discriminação (não tem problema faltarem alguns dados).


Dependendo da forma da discriminação, deve -se ainda guardar documentos como nota fiscal, anúncio, propaganda, fotos, reportagens,
que podem ajudar na hora de denunciar.


Com as informações e eventuais documentos, deve-se ir à Delegacia de Polícia, mais próxima do local onde ocorreu a discriminação ou da
residência da pessoa que foi discriminada, para pedir que se faça um boletim de ocorrência (BO). Antes de sair da Delegacia, não esqueça de pedir uma cópia do BO.


Após, é necessário procurar um advogado ou, caso não tenha condições de arcar com os custos, a Defensoria Pública para propositura
das medidas jurídicas cabíveis.



Por que devemos denunciar a discriminação sofrida

Todos sabem que qualquer punição ou indenização não será suficiente para curar a dor sofrida com a discriminação.


Mas as pessoas não devem se calar em situações tão graves. É preciso denunciar para combater a discriminação e contribuir para efetivação dos direitos à igualdade e à diferença e para consolidação de uma sociedade verdadeiramente plural.




Dispositivos legais aplicáveis aos casos de discriminação racial



Injúria qualificada prevista no Código Penal Artigo 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:


Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.


§ 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora
de deficiência.


Pena - reclusão, de um a três anos e multa.


Lei 7.716/89:
Esta lei define os crimes e punições resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial

(Ratificada pelo Decreto 65.810/69)
Para mais informações sobre os dispositivos legais consulte:
www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/discriminacao



Locais de atendimento


Além das Delegacias de Polícia, pode-se buscar
atendimento nos seguintes locais:


DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
(Núcleo de combate a discriminação, racismo e preconceito)
Avenida Liberdade, 32 — 7º andar, sala 06 - Centro
CEP: 01502-000
Telefone: 3105-5799

núcleo.discriminaçã o@dpesp.sp.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Rua Riachuelo, 115 — Centro - CEP: 01007-904
Telefone: 3119-9000


OUVIDORIA DA POLÍCIA DE SÃO PAULO
Rua Japurá, 42 - Bela Vista - CEP:01319-030
Telefone: 3291-6006 / 0800-177070


MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Rua Peixoto Gomide, 768 - Cerqueira Cesar - CEP: 01409-000
Telefone: 3269-5000


DELEGACIA DE CRIMES RACIAIS E DELITOS DE
INTOLERÂNCIA - DECRADI
Rua Brigadeiro Tobias, 527 - 3º andar - Luz
Telefone: 3311-3556 / 3315-0151 ramal 248


SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA E DEFESA DA
CIDADANIA
Pátio do Colégio, 148-184 - Centro
CEP: 01016-040
Telefone: 3291-2600


SOS RACISMO - DISQUE DENÚNCIA
(Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa

do Estado de São Paulo)
Telefone: 0800-7733886




http://www.geledes.org.br/defenda-se-textos-relacionados/defensoria-publica-do-estado-de-sao-paulo-nucleo-especializado-de-combate-a-discriminacao-racismo-e-preconceito-2.html