domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil

31/10/2010 20h07 - Atualizado em 31/10/2010 20h29

Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil

Com 92,53% dos votos apurados, ela não pode ser alcançada por Serra.
Engajamento do presidente Lula impulsionou campanha da candidata.

Do G1, em Brasília e em São Paulo
Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presidente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 20h04, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não pode mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava 44,57% - confira os números da votação. Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, anunciou oficialmente a vitória da candidata do PT.
Na campanha eleitoral, Dilma contou com o engajamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo registrou recordes de aprovação – na pesquisa Datafolha do último dia 27, a avaliação positiva do governo alcançava 83%.
Lula participou de vários comícios e declarou repetidamente o apoio à candidata, o que inclusive rendeu a ele multas por propaganda eleitoral antecipada.

Antes da deflagração da campanha, o presidente também se empenhou em montar uma grande aliança política, que, além da adesão de aliados históricos do PT, como PSB e PC do B, incluiu o PMDB, um dos maiores partidos do país.
O PMDB indicou o vice de Dilma, o deputado federal Michel Temer, presidente da Câmara. Nos últimos dias da campanha do primeiro turno, Lula chegou a dizer que esteve em mais eventos do que quando ele próprio foi candidato e disputou a reeleição, em 2006.

No segundo turno, a aliança contava com 11 partidos: PT, PMDB, PC do B, PR, PDT, PRB, PSC, PSB, PTC,PTN e PP, o último a anunciar apoio.
Biografia
A presidente eleita nasceu em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte (MG). Durante o regime militar, integrou organizações de esquerda clandestinas, foi presa e torturada.
No Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Filiou-se ao PT em 2001. Formada em economia, Dilma foi secretária de estado no Rio Grande do Sul.
Como ministra da Casa Civil, Dilma assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe do governo. Foi apelidada por Lula de 'mãe do PAC’.
Na Casa Civil, ela sucedeu, em 2005, José Dirceu, homem forte do governo, que deixou o cargo atingido pelo escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido dinheiro para votar a favor de projetos do governo – ele sempre negou participação no suposto esquema.
No governo, Dilma também ocupou o cargo de ministra das Minas e Energia. Quando Lula se elegeu presidente para o primeiro mandato, sucedendo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ela participou da equipe que formulou o plano de governo do PT na área energética e do governo de transição.
Antes de tornar-se candidata, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto em abril de 2009 a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial.
Dilma concluiu o tratamento de radioterapia e disse estar curada. Ela chegou a raspar o cabelo devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses. Boletim médico de agosto deste ano indicou que o estado de saúde da presidente eleita é considerado “excelente”.
Evolução nas pesquisas
Em fevereiro deste ano, o instituto de pesquisa Ibope apontou Dilma com 25% das intenções de voto contra 36% de seu principal adversário, José Serra.
Após o início oficial da campanha eleitoral, quando ela passou a ter a imagem colada à do presidente Lula, a candidatura decolou. No fim de agosto, ela atingiu 51% das intenções de voto contra 27% do tucano, o que indicava uma vitória no primeiro turno para a petista.
Em setembro, duas denúncias atingiram a campanha da petista. No começo do mês, foi divulgado um esquema de vazamento de dados sigilosos na Receita Federal de pessoas ligadas ao PSDB. Veronica Serra, filha do principal adversário de Dilma, teve o imposto de renda acessado. A oposição culpou a campanha de Dilma pelo fato, mas ela negou relação e defendeu investigações sobre o assunto.

Duas semanas depois, às vésperas da votação em primeiro turno, surgiu uma nova denúncia: foram divulgadas suspeitas de tráfico de influência na Casa Civil, antes comandada por Dilma Rousseff.
Sua sucessora, Erenice Guerra, indicada por Dilma, foi o alvo principal das acusações. Um empresário disse que o filho de Erenice cobrou propina para intermediar um contrato e indicou que o dinheiro iria para campanha da petista. Ela negou que houvesse vínculo entre as supostas irregularidades e sua campanha.

Após os escândalos, Dilma chegou a oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto. Os episódios foram usados pela campanha do adversário José Serra. Se, no começo do horário eleitoral, Serra usou imagem de Lula na televisão e chegou a utilizar o nome do presidente em um jingle, o tucano passou a relembrar fatos críticos para o PT, como o escândalo do mensalão.
Figura importante do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quase não apareceu na campanha de Serra. Na reta final, o PSDB colocou na internet vídeos com ataques a Dilma.

Durante toda a campanha, a estratégia de Dilma foi afirmar que, caso eleita, daria continuidade ao governo do presidente Lula. Ela propôs ampliar programas que se tornaram populares no atual governo, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Prouni.
Como propostas de governo, Dilma registrou no TSE, de início, um documento polêmico, aprovado em convenção do Partido dos Trabalhadores, que previa tributação de grandes fortunas, fim da criminalização de movimentos sociais, defesa da jornada de trabalho de 40 horas e combate ao monopólio dos meios de comunicação.
No mesmo dia, o programa foi trocado por um mais ameno, exatamente o mesmo, mas sem os trechos que provocaram questionamentos.

Aborto

A polêmica sobre o aborto foi convertida em tema central da campanha durante o segundo turno, ocupando espaço em debates e na propaganda dos candidatos. A campanha petista acusou os adversários de promoverem uma campanha de difamação contra Dilma.
A petista reafirmou ser pessoalmente contra o aborto, mas defendeu que o tema seja encarado como questão de saúde pública. Bispos se manifestaram contra candidatos favoráveis ao aborto e panfletos contra o PT pagos pela Diocese de Guarulhos chegaram a ser apreendidos pela Justiça Eleitoral. Na semana da eleição, Bento XVI reafirmou o direito dos líderes católicos emitirem juízos morais em questões políticas.
Em busca dos quase 20 milhões de votos obtidos por Marina Silva no primeiro turno, a petista apresentou 13 compromissos de sua política ambiental. Oficialmente, o PV declarou neutralidade, embora representantes do partido tenham participado de ato em apoio a Dilma. Em outro evento no segundo turno, a presidente eleita também recebeu apoio de um grupo de artistas e intelectuais, entre eles Chico Buarque e o teólogo Leonardo Boff.
A seis dias do segundo turno, a candidata apresentou um documento com 13 “compromissos programáticos”, que chamou de diretrizes de governo. Os 13 itens são: fortalecer a democracia política e econômica; expansão do emprego e renda; projeto que assegure sustentável transformação produtiva; defender o meio ambiente; erradicar a pobreza absoluta; atenção especial aos trabalhadores; garantir educação para a igualdade social; transformar o Brasil em potência tecnologia; garantir a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS); prover habitação e vida digna aos brasileiros; valorizar a cultura nacional; combater o crime organizado; e defender a soberania nacional.


http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/dilma-rousseff-e-primeira-mulher-eleita-presidente-do-brasil.html

CÂMARA DE VEREADORES DE PIRACICABA - PROÍBE O USO E O SACRIFÍCIO DE ANIMAIS EM PRÁTICAS DE RITUAIS RELIGIOSOS NO MUNICÍPIO DE PIRACICABA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Número: 0202/2010 Data: 24/06/2010 Processo: 1294/2010

Autor: LAÉRCIO TREVISAN JR Situação:

Assunto: PROÍBE O USO E O SACRIFÍCIO DE ANIMAIS EM PRÁTICAS DE RITUAIS RELIGIOSOS NO MUNICÍPIO DE PIRACICABA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Tramitação


Seq. Envio Destino Resposta Arquivos

001 24/06/2010 D.L. ENTRADA NA REUNIÃO

002 29/06/2010 DL - ALINE AUTUADO

003 29/06/2010 DL - ALINE ENCAMINHADO PARA C.L.J.R.

004 06/08/2010 CLJR PAR. FAV. C/ EMENDA 1 AO P.L.

005 10/08/2010 C.L.J.R ENCAMINHA AO DL C/ PAR FAV A EMENDA 01 AO PL

006 11/08/2010 DL - MARIANE COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE - RECEBER

007 16/08/2010 DL - MARIANE RECEBIDO PELA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE

008 30/08/2010 DL - MARIANE PARECER FAVORÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE

009 30/08/2010 DL - MARIANE COMISSÃO DE FINANÇAS - RECEBER

010 03/09/2010 DL - MARIANE RECEBIDO PELA COMISSÃO DE FINANÇAS

011 09/09/2010 DL - MARIANE PARECER FAVORÁVEL COMISSÃO DE FINANÇAS

012 10/09/2010 DL - MARIANE PROJETO APTO

013 23/09/2010 APROVADO EM 1A. C/ EMENDA 01 DL ENC. A C.L.J.R.

014 24/09/2010 C.L.J.R. NOVA REDAÇÃO AO PL

015 01/10/2010 C.L.J.R. ENCAMINHA AO DL

016 01/10/2010 DL - MARIANE PROJETO APTO

017 07/10/2010 APROVADO EM 2A. C/ NOVA REDAÇÃO DL FAZER AUTÓGRAFO

018 08/10/2010 DL - JAMES AUTOGRAFO

019 19/10/2010 DL - AGUARDANDO NUMERO DE LEI



COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

PARECER N.º 387 /10

REFERENTE AO PROJETO DE LEI N.º 202/10


O Projeto de Lei n.º 202/10, de autoria do vereador Laércio Trevisan Junior, que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos, no município de Piracicaba e dá outras providências, submetido à análise, esta Comissão concluiu que:

Quanto aos dispositivos regimentais, nada temos a opor, pois nota-se que a propositura preenche todos os requisitos necessários.

No entanto, para melhor adequação do projeto em pauta às disposições vigentes do nosso ordenamento jurídico, apresentamos a seguinte Emenda:


EMENDA Nº 01 AO P. L. Nº 202/10


O art. 2º do P. L. nº 202/10 passa a vigorar com a seguinte redação:


“Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada reincidência.”

Isto posto, somos de Parecer favorável à presente propositura.


Sala das Comissões, 09 de agosto de 2010.

Marcos Antonio de Oliveira

- Presidente -



Márcia G.C.C.D. Pacheco José Pedro Leite da Silva

- Relatora - - Membro Designado -

 



CÂMARA DE VEREADORES DE PIRACICABA


Estado de São Paulo

 
Piracicaba, 14 de outubro de 2010.


Departamento Legislativo

Ofício nº 1806/10

Ref.: Autógrafo nº 256/10


Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal,


Para fins de sanção e promulgação, remetemos a Vossa Excelência o Autógrafo em epígrafe, resultante da aprovação dada por esta Edilidade ao Projeto de Lei nº 202/10, de autoria do vereador Laércio Trevisan Júnior, que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e dá outras providências.



Atenciosas saudações.



JOSÉ APARECIDO LONGATTO

Presidente da Câmara de Vereadores


A Sua Excelência o Senhor

Barjas Negri

Prefeito do Município de

P I R A C I C A B A - SP



AUTÓGRAFO Nº 256/10

Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos, no Município de Piracicaba e dá outras providências.



Art. 1º Fica proibido o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba.



Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrada a cada reincidência.



Parágrafo único. A multa a que se refere o caput deste artigo será reajustada anualmente, com base no índice do INPC - IBGE, adotado pelo Poder Executivo através de Lei.



Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



Câmara de Vereadores de Piracicaba, 14 de outubro de 2010.

JOSÉ APARECIDO LONGATTO

Presidente


CARLOS GOMES DA SILVA CARLOS ALBERTO CAVALCANTE

1o Secretário 2o Secretário

 
 
http://www.camarapiracicaba.sp.gov.br/siave/status.asp?op=1&tabela=TRPLLEGI&codigo=20100202&tit=Projeto de Lei&tbprop=PROLEIVER&dirdoc=PLLEGI

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Conselho de Educação quer vetar livro de Monteiro Lobato em escolas

29/10/2010 - 09h32


Conselho de Educação quer vetar livro de Monteiro Lobato em escolas


ANGELA PINHO

JOHANNA NUBLAT

DE BRASÍLIA



Monteiro Lobato (1882-1948), um dos maiores autores de literatura infantil, está na mira do CNE (Conselho Nacional de Educação). Um parecer do colegiado publicado no "Diário Oficial da União" sugere que o livro "Caçadas de Pedrinho" não seja distribuído a escolas públicas, ou que isso seja feito com um alerta, sob a alegação de que é racista.



Com computadores, alunos não aprendem a pesquisar em livros

Livro distribuído a escolas indica site com mulheres nuas

Mais de 220 municípios não receberão livros didáticos em 2011

Material escolar deverá ter selo de segurança e qualidade



Para entrar em vigor, o parecer precisa ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. O texto será analisado pelo ministro e pela Secretaria de Educação Básica. O livro já foi distribuído pelo próprio MEC a colégios de ensino fundamental pelo PNBE (Programa Nacional de Biblioteca na Escola).



Em nota técnica citada pelo CNE, a Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC diz que a obra só deve ser usada "quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil".



Publicado em 1933, "Caçadas de Pedrinho" relata uma aventura da turma do Sítio do Picapau Amarelo na procura de uma onça-pintada. Conforme o parecer do CNE, o racismo estaria na abordagem da personagem Tia Nastácia e de animais como o urubu e o macaco.



"Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano", diz a conselheira que redigiu o documento, Nilma Lino Gomes, professora da UFMG.



Entre os trechos que justificariam a conclusão, o texto cita alguns em que Tia Nastácia é chamada de "negra". Outra diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".



Em relação aos animais, um exemplo mencionado é: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens".



Por isso, Nilma sugere ao governo duas opções: 1) não selecionar para o PNBE obras que descumpram o preceito de "ausência de preconceitos e estereótipos"; 2) caso a obra seja adotada, tenha nota "sobre os estudos atuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura".



À Folha Nilma disse que a obra pode afetar a educação das crianças. "Se temos outras que podemos indicar, por que não indicá-las?"



Seu parecer, aprovado por unanimidade pela Câmara de Educação Básica do CNE, foi feito a partir de denúncia da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Presidência, que a recebeu de Antonio Gomes da Costa Neto, mestrando da UnB.



 
http://www1.folha.uol.com.br/saber/822230-conselho-de-educacao-quer-vetar-livro-de-monteiro-lobato-em-escolas.shtml

Conselho responsabiliza diretora por bullying e racismo

Conselho responsabiliza diretora por bullying e racismo

Estudantes de escola estadual de Campo Grande sofreram agressões e discriminação racial

iG São Paulo | 28/10/2010 14:11

A diretora da Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, de Campo Grande (MS), foi responsabilizada por “bullying associado à discriminação racial” cometido contra dois alunos de 13 e 15 anos, em parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE). A decisão, que aguarda homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
De acordo com o parecer da conselheira e relatora Nilma Lino Gomes, Antonesia Maria dos Santos da Costa, mãe das vítimas, registrou um Boletim de Ocorrência no qual afirmava seus filhos sofreram injúria e agressões feitas pelos alunos da escola. Segundo Antonesia, os jovens eram alvos de agressões de cunho racista, como “o seu cabelo é feito pra fazer Bombril”, “sua pele é para fazer carvão e a carne para fazer comida de porco”, “pretos fedidos” e “urubu”.
Ainda de acordo com a versão da mãe, a direção da escola “fez pouco caso da situação”. Após a divulgação do caso na imprensa local, Antonesia e a diretora “tiveram uma reunião tensa na qual as duas se exaltaram”. O caso foi encaminhado ao CNE pela Presidência da República/Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
O CNE avalia que existiu “bullying associado à prática de discriminação racial” no caso e exige que a direção da escola preste esclarecimentos ao Colegiado Escolar, ao Conselho Tutelar, ao Conselho Estadual de Educação, ao Conselho Estadual dos Direitos do Negro e à Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso Sul. As explicações devem ser dadas também à Antonesia, autora da denúncia, feita em julho deste ano.
O parecer indica ainda que a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul e o
Conselho Tutelar verifiquem a situação escolar da adolescente de 15 anos, filha de Antonesia, que abandonou os estudos após as agressões. O documento também orienta a Secretaria e todas as escolas do Estado a realizarem práticas pedagógicas, envolvendo os profissionais da educação, estudantes e comunidade escolar na implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
O Conselho determina ainda que a Secretaria de Educação apoie a Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos no desenvolvimento de “um processo de formação em serviço e continuada dos professores, que focalize a discussão sobre diversidade e respeito às diferenças, o combate ao racismo e o fenômeno do bullying nas escolas”.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul ainda não se manifestou sobre o caso.


http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/conselho+responsabiliza+diretora+por+bullying+e+racismo/n1237813833178.html

Negado habeas corpus a homem condenado por racismo contra a filha de uma empregada

27/10/2010 - 14h39
DECISÃO
Negado habeas corpus a homem condenado por racismo contra a filha de uma empregada
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso em habeas corpus em que um homem condenado por racismo no Ceará pedia o trancamento da ação penal por ausência de justa causa.

O homem foi condenado por incitar discriminação racial contra uma adolescente que residia no mesmo condomínio que ele. A menina era filha de empregada doméstica e morava no apartamento onde a mãe trabalhava. A jovem fez amizade com outras adolescentes que moravam no mesmo condomínio e passou a frequentar a piscina do prédio.

O denunciado, que exercia a função de síndico, informou ao morador do apartamento em que a menina vivia que não era permitido aos empregados usar a piscina. Ele afirmou que isso era proibido pelo fato de a garota ser filha de uma empregada doméstica. Na ocasião, um funcionário encerrou o acesso à piscina antes do horário habitual.

A mãe da menina resolveu registrar um boletim de ocorrência quando soube das restrições impostas pelo então síndico. No depoimento da jovem e de testemunhas, consta que o homem se referia à vítima como “aquela negrinha” e que ele teria alertado algumas mães sobre a inconveniência de permitirem que as filhas tivessem amizade com a filha da empregada doméstica.

O homem foi condenado a um ano de reclusão em regime aberto. A pena foi substituída por uma restritiva de direitos – prestação de serviço à comunidade.

Para o relator, ministro Jorge Mussi, o trancamento da ação pela via de habeas corpus só é admissível quando a ausência de indícios que fundamentam a acusação é demonstrada sem a necessidade de exame do conjunto fático ou probatório.

O ministro afastou a alegação de carência de justa causa por entender que os elementos de informação produzidos no inquérito policial davam base adequada à denúncia. Jorge Mussi ressaltou ainda que o argumento foi enfraquecido, também, pela existência de posterior sentença condenatória.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=99610&tmp.area_anterior=44&tmp.argumento_pesquisa=

Papa pede que clero no Brasil reaja em debate político sobre aborto e eutanásia Bento 16 pediu que padres brasileiros emitam juízos sobre temas políticos para 'defender a vida'.

Papa pede que clero no Brasil reaja em 

 

 

debate político sobre aborto e eutanásia

 

 

Bento 16 pediu que padres brasileiros emitam juízos sobre temas políticos para 'defender a vida'.



Para Bento 16, padres devem alertar fiéis sobre importância do voto
O papa Bento 16 pediu nesta quinta-feira no Vaticano, em um discurso a um grupo de bispos do Brasil, que os membros do clero brasileiro se manifestem publicamente sempre que a descriminalização do aborto ou da eutanásia se tornar objeto de debate político.
"Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases", afirmou o papa.
"Portanto, caros irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo."
A audiência com o papa contou com a presença de 14 bispos que atuam no Maranhão e que, até o sábado, estão em visita ao Vaticano.
Defesa da vida
Segundo Bento 16, ao formular seus juízos quanto a temas políticos, os padres e bispos devem levar em conta os preceitos que declaram inaceitável a escolha de uma ação "intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa".
"Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até a morte natural. Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal?"
O papa afirmou que o clero tem o dever de colaborar com a construção de uma sociedade justa e fraterna e que padres e bispos devem lembrar aos cidadãos "o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum".
Bento 16 ainda defendeu que se ensine religião nas escolas públicas brasileiras e a manutenção de símbolos religiosos em instituições públicas nacionais ("Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história").
"Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a Baía da Guanabara, que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo?", disse o papa.
O pontífice se pronunciou sobre relatórios que lhe foram entregues pelo grupo de bispos. "Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança", afirmou.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/papa-pede-que-clero-no-brasil-reaja-em-debate-politico-sobre-aborto-e-eutanasia.html

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Apesar de empate, STF confirma validade da Lei da Ficha Limpa -Após placar de 5 a 5, ministros decidem que deve vigorar decisão do TSE - Com isso, deputado federal Jader Barbalho perde registro de candidatura.

27/10/2010 21h07 - Atualizado em 27/10/2010 21h07


Apesar de empate, STF confirma validade da Lei da Ficha Limpa

Após placar de 5 a 5, ministros decidem que deve vigorar decisão do TSE.

Com isso, deputado federal Jader Barbalho perde registro de candidatura.

Débora Santos

Do G1, em Brasília



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Ministro Joaquim Barbosa, relator do recurso do

deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) contra

a Lei da Ficha Limpa, no julgamento desta quarta

(Foto: José Cruz / Agência Brasil)O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (27) que a Lei da Ficha Limpa vale para as eleições deste ano e se aplica a casos de renúncia de políticos a mandato eletivo para escapar de processo de cassação, mesmo nas situações ocorridas antes da vigência da lei. Diante do impasse causado pelo empate em 5 a 5, os ministros optaram por manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a norma.



O STF analisou nesta quarta o recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), barrado na disputa a uma vaga de senador pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Mesmo com registro indeferido, Jader Barbalho recebeu 1.799.762 de votos e, caso não tivesse sido barrado, seria eleito em segundo lugar para uma vaga no Senado.



O deputado teve a candidatura questionada porque renunciou ao mandato de senador, em 2001, para evitar um processo de cassação em meio às investigações do caso que apurava desvios no Banpará e também por denúncias de envolvimento no desvio de dinheiro da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).



O candidato sempre negou irregularidades. Sua defesa afirma que a renúncia não representou atentado à moralidade pública porque o então senador foi alvo apenas de denúncias publicadas na imprensa.



Com a decisão do Supremo, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará pode convocar novas eleições para o Senado no estado. A soma dos votos obtidos pelo deputado Jader Barbalho e pelo terceiro colocado na disputa – o petista Paulo Rocha, também barrado pela ficha limpa – ultrapassam 50% dos votos válidos. Nesse caso, os votos são anulados, o que, pela legislação eleitoral, abre a possibilidade de realização de novas eleições.



"O que me preocupa agora é o processo do mesmo estado em relação à mesma vaga de senador", disse o presidente do STF, Cezar Peluso.



Regimento do Supremo

A alternativa dos ministros do STF, de manter a decisão contrária ao recurso de Jader, está prevista no regimento interno do Supremo e já havia sido sugerida na primeira vez que o tribunal analisou a ficha limpa, em setembro.



De acordo com o artigo 205 do regimento interno do STF, “havendo votado todos os ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado”.



A possibilidade já havia sido aventada quando o STF analisou o recurso do ex-candidato do governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC). Ele também teve o registro negado pelo TSE por ter renunciado ao mandato de senador, em 2007, para escapar de cassação. Na apelação ao STF, o julgamento terminou empatado e Roriz desistiu da disputa eleitoral.



O STF está com um integrante a menos desde agosto, quando o ministro Eros Grau se aposentou. A indicação de um novo ministro é feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que não tem data para ocorrer.



Solução para o impasse

Após o empate no julgamento, o advogado de Jader, Eduardo Alckmin, propôs ao plenário a suspensão da análise do recurso para que ele fosse analisado na mesma sessão que vai decidir sobre recurso de Paulo Rocha.



Por 7 votos a 3, os ministros decidiram concluir o julgamento, mas a sugestão levou a uma discussão generalizada no plenário. "A questão já foi amplamente debatida. Durante 11 horas no primeiro julgamento e, agora, mais cinco [horas] e a proposta é que adie mais uma vez? Nós estamos aqui a brincar?", questionou o relator do recurso, Joaquim Barbosa.



Em meio ao debate, a ministra Ellen Gracie pediu que Marco Aurélio Mello concluísse o voto sobre a proposta da defesa. Ele respondeu em tom de ataque. “Vossa Excelência está presidindo este tribunal? Ministra, não me cobre definição. Se há alguém que se posiciona com coerência sou eu. Ou Vossa Excelência tem viagem marcada?”



http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/apesar-de-empate-stf-confirma-validade-da-lei-da-ficha-limpa.html

SÃO LUÍS - Morre Dona Celeste vodúnsi da Casa das Minas

25/10/2010 - 14h53


Morre Dona Celeste vodúnsi da Casa das Minas

Dona Celeste tinha 86 anos e era a responsável pela Festa do Divino na Casa das Minas.



Imirante

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Foto: De Jesus/O Estado

SÃO LUÍS - Morreu nesta segunda-feira (25), aos 86 anos, vítima de uma parada cardíaca, Dona Maria Celeste Santos, vodúnsi da Casa das Minas Jeje, em São Luís. Segundo informações, Dona Celeste que usava marca-passo passou mal em casa e foi levada para o hospital Socorrão I, no Centro de São Luís, mas já teria chegado ao local sem vida. O corpo de Dona Celeste foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e vai ser velado na Casa das Minas que fica na Rua São Pantaleão, no bairro Madre Deus. O enterro vai ser amanhã (26), às 16h, no cemitério do Gavião.





Dona Maria Celeste Santos começou a frequentar a Casa das Minas ainda jovem, em 1950, ao tempo da famosa mãe Andresa, foi iniciada vodúnsi-he.





Dando continuidade a uma tradição que vem do século XIX, em 1968, Dona Celeste assumiu a responsabilidade pela organização da festa do Divino na Casa das Minas. Como especialista no assunto, ajudou a organizar essa e muitas outras festas, em várias casas e terreiros de São Luís e Alcântara. Era considerada uma das grandes conhecedoras da Festa do Divino no Maranhão.





Na missa campal que celebrou no aterro do Bacanga, quando visitou o Maranhão em 1991, o papa João Paulo II recebeu presentes típicos das mãos de diversos representantes do povo maranhense. Dona Celeste ofereceu ao papa uma pomba branca, símbolo dessa devoção, que em São Luís é assumida principalmente pela religião afro-brasileira.





Em 1993, quando visitou o Benim, a convite de Pierre Verger, participando da cerimônia de inauguração de um monumento que assinalava o local do embarque dos escravos em Ouidah, Dona Celeste entoou cântico da Casa das Minas, que foi reconhecido e acompanhado pelos mais velhos, conhecedores do culto, que estavam presentes.





Dona Maria Celeste dos Santos nasceu em 13 de abril de 1924.

http://imirante.globo.com/noticias/2010/10/25/pagina257476.shtml

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Luxemburgo barra pastor de jogadores do Flamengo

26.10.10 às 01h05

Luxemburgo barra pastor de jogadores do Flamengo

Técnico suspende cultos evangélicos que eram realizados nas vésperas dos jogos no Rio



POR JANIR JÚNIOR



Rio - Desde que chegou ao Flamengo, Vanderlei Luxemburgo mudou o time, testou jogadores, conseguiu uma vitória e dois empates e fez uma barração religiosa: o técnico suspendeu os cultos evangélicos que eram realizados nas vésperas dos jogos no Rio, quando o Pastor Fernando, da comunidade evangélica Até Aqui Nos Ajudou o Senhor, fazia uma roda de oração com palavras motivacionais no hotel que serve de concentração para o time. Com isso, o encontro agora acontece numa Igreja e com o auxílio da tecnologia, com mensagens de texto de celular e através da Internet.



“Quando muda o técnico, os jogadores pedem autorização. O Diego (Maurício) chegou a falar com o Isaías (supervisor de futebol)... O Vanderlei disse que liberando a presença de um pastor, daqui a pouco vão querer levar pai de santo, padre... Eu entendi, ele foi coerente, quis organizar”, afirma o pastor Fernando.



O veto acontece justamente no momento em que mais jogadores passaram a buscar conforto e apoio nas palavras de Deus e conversas motivacionais. Juan e Correa são os novos integrantes do grupo, que já contava com Marcelo Lomba, Diego Maurício, Diogo, Paulo Vitor, Deivid e Val Baiano, entre outros. Na base da fé e da confiança que ganhou de Luxemburgo, Val Baiano fez gols e desencantou.



“Os encontros estão acontecendo na Igreja. Depois do culto, reservo um momento em separado para os jogadores do Flamengo, com orações e conversa”, revela o pastor.



Apesar da proibição de Luxemburgo, o religioso não cria polêmica e elogia o treinador rubro-negro. “Ele é o cara, um fera, técnico de verdade mesmo”, afirma Fernando.



Além dos encontros na Igreja, o pastor troca mensagens pela Internet e SMS de celulares com os jogadores. “Às vezes, quando eles estão no ônibus da delegação indo para o jogo, mandam um SMS dizendo que estão com Deus”, destaca o pastor.



Os jogadores que buscam forças na palavra evangélica costumam escrever mensagens religiosas no Twitter para propagar sua fé. Mas o pastor Fernando faz um alerta. “Digo que não tem essa de Deus faz tudo... os jogadores têm que fazer a parte deles”, ressalta.

 
http://odia.terra.com.br/portal/ataque/flamengo/html/2010/10/luxemburgo_barra_pastor_de_jogadores_do_flamengo_119695.html

Obama -Discurso sobre religião e aborto (legendado)

Obama -Discurso sobre religião e aborto (legendado)


Dada a crescente diversidade das populações nos Estados Unidos, os riscos de sectarismo sãos maiores que nunca. O que quer que nos tenhamos sido nós não somos mais uma nação cristã. Pelo menos não somente. Somos também uma nação judaica, uma nação muçulmana, uma nação budista, uma nação indu e uma nação de descrentes.




E mesmo que tivéssemos só cristãos entre nós, se expulsássemos todos os não cristãos dos Estados Unidos da América, o cristianismo de quem ensinaríamos nas escolas? Seria o de James Dobson? Ou de Al Sharpton? Que passagem das escrituras deveriam instruir nossas políticas públicas? Deveríamos escolher o Levítico que sugere que a escravidão é aceitável? E que comer frutos do mar é uma abominação? Ou poderíamos escolher o Deuteronômio, que sugere apedrejar seu filho se ele se desviar da fé. Ou deveríamos ficar apenas com o Sermão da Montanha, uma passagem tão radical que é de se duvidar que o nosso próprio Departamento de Defesa sobrevivesse à sua aplicação.



Nós… Então antes de nos empolgamos vamos ler as nossas Bíblias agora. As pessoas não tem lido a Bíblia, o que me traz ao meu segundo ponto: que a democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais, ao invés de específicos de uma religião. O que eu quero dizer com isso? Ela requer que as propostas delas estejam sujeitas a discussão e sejam influenciadas pela razão. Eu posso ser contrário ao aborto por razões religiosas, para tomar um exemplo, mas se eu aprovar uma lei proibindo esta prática eu não posso simplesmente recorrer aos ensinamentos de minha igreja ou invocar a vontade divina. Eu tenho que explicar porque o aborto viola algum princípio que é acessível a pessoas de todas as fés, incluindo aqueles sem fé alguma.



Agora isto vai ser difícil para alguns que acreditam na inerrância da Bíblia, como muitos evangélicos acreditam, mas em uma sociedade pluralista nós não temos escolha. A política depende das nossas habilidades de persuadir uns aos outros de objetivos comuns com base em uma realidade comum. Ela envolve negociação, a arte daquilo que é possível. Em algum momento fundamental, a religião não permite negociar; é a arte do impossível. Se Deus falou, então espera-se que os seus seguidores vivam de acordo com os éditos de Deus, a despeito de suas conseqüências. Agora, baseados na vida de uma pessoa em compromissos tão inegociáveis pode ser sublime, mas basear nossas decisões políticas em tais compromissos poderia ser perigoso. E se você duvida disso, deixe-me dar um exemplo. Nós todos conhecemos a história de Abraão e Isaque. Abraão foi ordenado por Deus a sacrificar seu único filho. Sem discutir ele leva seu filho Isaque montanha acima até o topo e o amarra ao altar. Levanta a sua faca. Prepara-se para agir… como Deus ordenara. Agora nós sabemos que as coisas não deram certo; Deus envia um anjo para interceder bem no último minuto. Abraão passa no teste da devoção a Deus.



Mas é justo dizer que se qualquer um de nós, ao sair desta igreja, visse Abraão no telhado de um prédio levantando sua faca, nós iríamos, no mínimo, chamar a polícia. E esperaríamos que o Departamento de Serviços à Criança e Família tirasse a guarda de Isaque de Abraão. Nós faríamos isso porque nós não ouvimos o que Abraão ouve, nós não vemos o que Abraão vê. Então o melhor que podemos fazer é agir de acordo com aquelas coisas que todos nós vimos, e que todos nós ouvimos.



A jurisprudência é o bom senso básico. Então nós temos algum trabalho para fazer aqui, mas eu tenho esperança que nós podemos transpor o hiato que existe e superar os preconceitos que todos nós, em maior ou menor grau, trazemos a este debate.



Eu tenho fé que milhões de americanos querem que isto aconteça. Na importa quão religioso eles possam ser, ou não ser, as pessoas estão cansadas de ver a fé ser utilizada como ferramenta de ataque. Elas… elas não querem que a fé ser usada para diminuir ou dividir porque elas vêem a fé em suas próprias vidas.

Fonte: http://oferrao.atarde.com.br/?p=5335



VEJA O VÍDEO:

http://www.youtube.com/watch?v=wY9h09h0BQ0&feature=player_embedded

domingo, 24 de outubro de 2010

Estagiário registra queixa por assédio moral contra presidente do STJ


Estagiário registra queixa por assédio moral contra presidente do STJ

Rapaz registrou queixa na polícia; boletim de ocorrência foi enviado ao STF



O delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, Laércio Rossetto, encaminhou nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) boletim de ocorrência em que o estudante universitário Marco Paulo dos Santos, 24 anos, afirma ter sofrido assédio moral do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, na fila da agência do Banco do Brasil, dentro da sede do tribunal.

A assessoria de imprensa do STJ informou que o presidente está no Rio Grande do Sul e somente dará entrevista sobre o caso na próxima segunda-feira (25), quando retornar de viagem.

Santos trabalhava como estagiário na Coordenadoria de Pagamento do STJ. Ele disse que foi demitido na última terça-feira (19), menos de uma hora depois do episódio envolvendo o ministro. O estudante avaliou a agressão como assédio moral e disse que tudo aconteceu quando ele estava na fila dos caixas eletrônicos para realizar um depósito.

Ele declarou que, ao chegar ao banco, foi informado por um funcionário que apenas o caixa que Pargendler estava usando funcionava para depósitos. O estagiário disse que ficou atrás da linha que demarca o início da fila, aguardando a vez, quando foi abordado pelo ministro, que teria pedido para que ele deixasse o local.

O estudante diz que não sabia quem era o ministro e argumentou que apenas aquele caixa estava funcionando. Segundo Santos, Pargendler teria feito gestos bruscos e mandado ele sair de perto.

“Não tinha a menor noção de quem ele era. Achei uma falta de educação, mas não reagi, apenas fiquei parado onde estava, olhando, quando ele disse: ‘Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e vocês está demitido. Isso aqui acabou para você’”, relatou o estudante.

De acordo com Santos, o presidente do STJ arrancou seu crachá, terminou a operação bancária e foi diretamente pedir a demissão do estagiário. Ele conta ainda que duas testemunhas assistiram à cena, que também teria sido gravada pelo circuito interno de câmeras da agência bancária.
“Me senti discriminado, agredido verbalmente e fisicamente. Acredito que se fosse servidor, se estivesse melhor vestido, o tratamento seria diferente. Pior é que eu contava com esse trabalho, com o dinheiro. Fiquei em prejuízo”, afirmou Santos, que mora em Valparaíso, cidade do entorno do Distrito Federal a cerca de uma hora do centro da Capital. Ele recebia R$ 750 por mês.

G1


http://jornale.com.br/portal/brasil/44-03-brasil/8854-estagiario-registra-queixa-por-assedio-moral-contra-presidente-do-stj.html

Enviado por Erich Decat -
22.10.2010
|
21h45m

Quem é Marco, o estagiário demitido pelo presidente do STJ

Alvo de momento de fúria do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, o estudante Marco Paulo dos Santos, 24 anos, nasceu na Grécia, filho de mãe brasileira e pai africano (Cabo Verde).
Aos dois anos de idade, após a separação dos pais, Marco veio para o Brasil com a mãe e o irmão mais velho. Antes de começar a estagiar no Tribunal fazia bicos dando aulas de violão.
Segundo ele, a oportunidade de estagiar no Tribunal surgiu no início deste ano. O estágio foi seu primeiro emprego.
“Não sei bem se foi em fevereiro ou março. Mas passei entre os 10 primeiros colocados e fui convocado para a entrevista final. O meu ex-chefe foi quem me entrevistou”, relembra.
Marco passou a receber uma bolsa mensal de R$ 600 e mais auxílio transporte de R$ 8 por dia.
“Trabalhava das 13h às 19h. Tinha função administrativa. Trabalhava com processos, com arquivos, com informações da área de pagamentos”, explica.
No período da manhã, ele freqüenta a Escola de Choro Raphael Rabello, onde aprende violão desde 2008.
À noite, atravessa de ônibus os 32km que separam a cidade de Valparaíso de Goías, onde mora, da faculdade, em Brasília, onde cursa o quinto semestre de Administração.
Sobre sua demissão do STJ, parece atônito: “Ainda estou meio sem saber o que fazer. Tudo aconteceu muito rápido. Mas já tinha planos de montar uma escola de música na minha região onde moro".



http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/10/22/quem-marco-estagiario-demitido-pelo-presidente-do-stj-334867.asp

A importancia do Negro

A importancia do Negro

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Essa é a história de um garoto chamado
Theo que acordou um dia e perguntou a sua mãe:
"Mãe, o que aconteceria se não
existissem pessoas negras no mundo?"
Sua mãe pensou por um momento e então falou:
"Filho, siga-me hoje e vamos ver como
seria se não houvesse pessoas negras no mundo".
E, então, disse:
"Agora vá se vestir e nós começaremos".
Theo correu para seu quarto e colocou suas roupas e sapatos.
Sua mãe deu uma olhada nele e disse: "Theo, onde estão seus sapatos?
E suas roupas estão amassadas, filho, preciso passá-las".
Mas quando ela procurou pela tábua de passar, ela não estava mais lá.
Veja, Sarah Boone, uma mulher negra, inventou a tábua de passar roupa.
E Jan E. Matzelinger, um homem negro, inventou a máquina de colocar
solas
nos sapatos
"Então... - ela falou -
Por favor vá e faça algo em seu cabelo."
Theo decidiu apenas escovar seu cabelo,
mas a escova havia desaparecido.
Veja, Lydia O. Newman, uma
mulher negra, inventou a escova.
Ora, essa foi uma visão...
nada de sapatos, roupas amassadas,
cabelos desarrumados.
Mesmo o cabelo da mãe, sem as invenções
para cuidar do cabelo feitas por Madame C. J. Walker...
Bem, vocês podem vislumbrar...
A mãe disse a Theo: "Vamos fazer nossos
trabalhos domésticos e, então, iremos ao mercado".
A tarefa de Theo era varrer o chão.
Ele varreu, varreu e varreu.
Quando ele procurou pela pá de lixo, ela não estava lá.
Lloyde P. Ray, um homem
negro, inventou a pá de lixo.
Ele decidiu, então, esfregar o chão,
mas o esfregão tinha desaparecido.
Thomas W. Stewart, um homem
negro, inventou o esfregão.
Theo gritou para sua mãe:
"Não estou tendo nenhuma sorte!"
Ela responde:
"Bem, filho, deixe-me terminar de lavarestas roupas e prepararemos a lista do mercado".
Quando a lavagem estava finalizada, ela foi
colocar as roupas na secadora, mas ela não estava lá.
Acontece que George T. Samon,
um homem negro, inventou a secadora de roupas.
A mãe pediu a Theo que pegasse papel e
lápis para fazerem a lista do mercado.
Theo correu para buscá-los, mas percebeu
que a ponta do lápis estava quebrada.
Bem... ele estava sem sorte, porque John Love,
um homem negro, inventou o apontador de lápis.
A mãe procurou por uma caneta,
mas ela não estava lá, porque William
Purvis, um homem negro, inventou a caneta-tinteiro.
Além disso, Lee Burridge inventou a máquina
de datilografia e W. A. Lovette,
a prensa de impressão avançada.
Theo e sua mãe decidiram, então, ir direto para o mercado.
Ao abrir a porta, Theo percebeu que a grama estava muito alta.
De fato, a máquina de cortar grama foi inventada por um homem negro,
John Burr.
Eles se dirigiram para o carro, mas
notaram que ele simplesmente não sairia do lugar.
Isso porque Richard Spikes, um homem
negro, inventou a mudança automática
de marchas e Joseph Gammel inventou o s
istema de supercarga para os
motores de combustão interna.
Eles perceberam que os poucos carros que
estavam circulando, batiam uns contra os
outros, pois não havia sinais de trânsito.
Garret A. Morgan, um homem negro,
foi o inventor do semáforo.
Estava ficando tarde e eles, então, caminharam
para o mercado, pegaram suas compras e voltaram para casa.
Quando eles iriam guardar o leite, os ovos
e a manteiga, eles notaram que a
geladeira havia desaparecido.
É que John Standard, um homem negro, inventou a geladeira.
Colocaram, assim, as compras sobre o balcão.
A essa hora Theo começou a sentir bastante frio.
Sua mãe foi ligar o aquecimento.
Acontece que Alice Parker, uma mulher negra,
inventou a fornalha de aquecimento.
Mesmo no verão eles não teriam sorte, pois
Frederick Jones, um homem negro,
inventou o ar condicionado.
Já era quase a hora em que o pai de
Theo costumava chegar em casa.
Ele normalmente voltava de ônibus.
Não havia, porém, nenhum ônibus, pois
seu precursor, o bonde elétrico, foi inventado
por outro homem negro, Elbert R. Robinson.
Ele usualmente pegava o elevador para
descer de seu escritório, no vigésimo
andar do prédio, mas não havia nenhum
elevador, porque um homem negro,
Alexander Miles, foi o inventor do elevador.
Ele costumava deixar a correspondência do escritório em uma caixa de
correio
próxima ao seu trabalho, mas ela não estava mais lá, uma vez que foi
Philip Downing, um homem negro, o inventor da caixa de correio para a
colocação de cartas e William Berry inventou a máquina de carimbo e de
cancelamento postal.
Theo e sua mãe sentaram-se na mesa da cozinha com as mãos na cabeça.
Quando o pai chegou, perguntou-lhes:
"Por que vocês estão sentados no escuro?".
A razão disso?
Pois Lewis Howard Latimer, um homem
negro, inventou o filamento
de dentro da lâmpada elétrica.

Theo havia aprendido rapidamente como
seria o mundo se não existissem as pessoas negras.
Isso para não mencionar o caso de que
pudesse ficar doente e necessitar de sangue.
Charles Drew, um cientista negro, encontrou
uma forma para preservar e estocar o sangue,
o que o levou a implantar o
primeiro banco de sangue do mundo.

E se um membro da família
precisasse de uma cirurgia cardíaca?
Isso não seria possível sem o Dr.
Daniel Hale Williams, um médico negro,
que executou a primeira cirurgia aberta de coração.
Então, se você um dia imaginar como Theo,
onde estaríamos agora sem os Negros?
Bem, é relativamente fácil de ver.
Nós ainda estaríamos na ESCURIDÃO.

http://www.geledes.org.br/ciencias/a-importancia-do-negro/itemid-148.html

A criação do universo à luz dos africanos

Quarta-feira, 20/10/2010, 04h00

A criação do universo à luz dos africanos

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O grupo Afaia Bambaré – Arte e Cultura Negra apresenta o espetáculo teatral “Èmí – A concepção yorubana do universo”, que estreou em 1990 e agora ganha remontagem. A volta aos palcos foi possível com recursos do I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Fundação Palmares e o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon), com patrocínio da Petrobras.

“Èmí”, na linguagem yorubá, significa “vida” e o grupo pretende mostrar justamente como todo o cosmos foi criado, a partir dos preceitos do povo Yorubá, que crê nas trocas que ocorrem entre os seres vivos e a natureza ao redor.

A nova versão do espetáculo foi reescrita, com textos do babalorixá e compositor Edson Catendê, e algumas adaptações contextuais também foram reformatadas. O objetivo é mostrar a concepção do universo tal como acredita o povo yorubá, natural da Nigéria, na África.

“Muitas pessoas não conhecem a concepção elaborada pelos africanos, com os princípios e tradições de lá”, diz Edson.

O assistente de direção Amilton Sá Barretto destaca o que mudou no espetáculo. “Procuramos esquecer a primeira versão. Então, contextualizamos cenas, cortamos uma parte do texto, fizemos outros figurinos e pensamos em trilha sonora e cenários diferenciados”, expõe.

Na peça, não há, contudo, menções explícitas à religiosidade dos yorubás. Os rituais e processos religiosos dos africanos foram suprimidos do roteiro do espetáculo propositalmente, para preservar a ideia de religião.

“Não levamos o aspecto ritualístico religioso para o palco, para não folclorizar a crença. Preferimos abordar o lado filosófico e fugimos um pouco também da questão histórica para explorar os elementos cósmicos, o universo, as energias”, diz o assistente de direção, afirmando que o mais importante é retratar como essas energias formadoras do universo criaram também o homem.

Resgatar as origens dessa crença também é importante para o grupo. “Ninguém procura retratar o mundo a partir da África. Queremos mostrar a história e a tradição de um povo, respeitar a diversidade”, diz Edson Catendê.

O caráter transcendental da crença é o destaque na peça, já que Olodumare, o senhor criador de todas as essências, permite que os seres aprendam um com outro, na medida que cada um faz parte de um todo e os ciclos de nascimento, desenvolvimento e morte não dependem apenas de um ser, mas sim da interação de todos os elementos. “Mostramos a insurgência dos seres, a forma como eles receberam o universo harmônico e perfeito, mas não souberam aproveitar”, completa Amilton.

SERVIÇO
Estreia do espetáculo “Èmí – A concepção yorubana do universo”. Amanhã (21), às 20h, no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur (Av. Gentil Bittencourt, 650, Nazaré). Dia 22 e de 26 a 29/10, a peça será encenada no Teatro da Fundação Curro Velho (Rua Prof. Nelson Ribeiro, 287, Telégrafo). Entrada franca. Informações: 3248-5828. (Diário do Pará)

http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-116467-A+CRIACAO+DO+UNIVERSO+A+LUZ+DOS+AFRICANOS.html

ONU busca combater o racismo e resgatar importância dos afrodescendentes

ONU busca combater o racismo e resgatar importância dos afrodescendentes

Conceição Freitas
Publicação: 18/10/2010 08:13
Vista de longe, de um vago senso comum, a América Latina é uma região com forte presença de negros no Brasil, de índios na Bolívia, no Peru e no Equador e de brancos na Argentina, no Uruguai e no Chile. Esse esboço de retrato da etnia latino-americana foi construído ao longo dos séculos, desde a colonização espanhola e portuguesa no século 16. Mas o surgimento e o avanço da ideia de diversidade cultural e de respeito aos direitos humanos ampliaram a presença na foto dos afrodescendentes e estão reconstituindo a história dos escravos negros que ajudaram a colonizar a região de uma ponta à outra, do México à Patagônia.

A chegada de africanos a esse pedaço do continente se deu de modo e intensidade específicos, mas todos vieram em grandes levas. Nova corrente migratória aconteceu depois do fim da Guerra Fria. A forte crise econômica que se abateu na África trouxe outra leva de africanos para a América Latina, nos anos 1990, especialmente para países que estavam no caminho dos barcos que saíram do continente africano rumo aos Estados Unidos e à Europa. Muitos negros ficaram na costa da América Central e do Caribe.

Revisitando a história oficial, pesquisadores e instituições internacionais estimam que na América Latina e no Caribe existam 150 milhões de afrodescendentes, quase 30% de todos os habitantes da região. Ou seja, o sangue negro corre em quase um terço da população latino-americana. Em países como Brasil, Colômbia, Cuba e Panamá, a presença negra é maior. Mais de metade da população brasileira é constituída de pretos e pardos — 51,1%, segundo estimativas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em países como Equador, Peru, Venezuela e Uruguai, eles representam entre 3% e 6% da população. Mas estão também na Argentina, no Chile e no Uruguai, ainda que essas nações, em menor ou maior grau, resistam à ideia da presença negra na sua história. O certo é que os afrodescendentes de toda a América Latina têm uma marca em comum: são vítimas da pobreza, da exclusão social e da discriminação racial.

Para provocar a discussão do tema na mídia desses países, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) convidou jornalistas latino-americanos para uma oficina (ou um workshop, em inglês, ou um taller, em espanhol) de um dia em Manágua, Nicarágua, na qual a eles foi apresentada a publicação Derechos de la población afrodescendiente de América Latina: desafíos para su implementación, que reúne estudos sobre a implementação dos pactos e dos convênios internacionais para defesa e promoção dos direitos das populações afrodescendentes. A ideia do encontro, explicou Silvia García Savino, coordenadora do projeto População Afrodescendente da América Latina, foi a de esclarecer os convidados sobre os “clichês discriminatórios que continuam a existir na relação entre populações afrodescendentes e jornalistas” (veja entrevista). Silvia lembrou que ninguém nasce racista. “O racismo se aprende em casa, na escola, no trabalho, com a imprensa.”

Falaram aos jornalistas representantes de conjuntos agrupados de países da América Latina. O antropólogo afrocolombiano Jhon Antón Sánchez pegou pesado ao fazer um relato da situação dos descendentes de negros na Colômbia, no Equador, no Peru e na Venezuela. Disse que o comportamento dos governos em relação ao tema é uma “falácia democrática, um liberalismo multicultural enganoso”. Os afrodescendentes, ressaltou Sánchez, vivem uma realidade “de flagrante violação dos direitos humanos”. O representante brasileiro no encontro, Marcelo Paixão, coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Laeser), disse que, apesar dos avanços institucionais brasileiros, que têm servido de exemplo à região, o país está longe de praticar a justiça social. “As desigualdades entre brancos e negros se mantêm muito profundas.”

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/18/mundo,i=218540/ONU+BUSCA+COMBATER+O+RACISMO+E+RESGATAR+IMPORTANCIA+DOS+AFRODESCENDENTES.shtml
 

Visão do 'diabo' faz 11 pularem pela janela na França - "O homem em questão, de origem africana"

Visão do 'diabo' faz 11 pularem pela janela na França

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 23/10/2010 20:51 Atualização:
Onze pessoas pularam pela janela de um apartamento em Versailles, subúrbio de Paris, após acreditarem ter visto o diabo, em um incidente ocorrido neste sábado e que terminou com a morte de um bebê de quatro meses, informou a polícia.

O pânico tomou conta dos moradores do apartamento, no segundo andar de um prédio, quando um homem sonolento que andava nu pela casa foi confundido com o diabo.

O incidente ocorreu de madrugada, e ao que parece, o homem levantou para alimentar o filho que chorava na cama.

"Treze pessoas estavam no apartamento do segundo andar e por volta das três da manhã um dos ocupantes ouviu o filho chorar", explicou à AFP Odile Faivre, da promotoria de Versailles. "O homem em questão, de origem africana, se levantou para alimentar o filho e como estava totalmente nu, foi confundido com o diabo".

"O grupo atacou o homem e o feriu com uma facada na mão, antes de expulsá-lo do apartamento, mas ele tentou voltar e foi aí, que tomados pelo pânico, pularam pela janela", revelou Faivre.

No incidente, um bebê de quatro meses morreu e outras sete pessoas sofreram traumatismos múltiplos.


http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2010/10/23/interna_internacional,187714/visao-do-diabo-faz-11-pularem-pela-janela-na-franca.shtml

sábado, 23 de outubro de 2010

Partido Conservador suspende político que se fantasiou de Hitler

23/10/2010 07h20 - Atualizado em 23/10/2010 07h33


Partido Conservador suspende político que se fantasiou de Hitler

Mike Gardner, do norte da Inglaterra, reclama de decisão e diz que 'apenas se divertia'.

Da BBC



Mike Gardner afirma apenas se divertia em uma festa a

fantasia (Foto: BBC Brasil)O líder da administração regional de Harrogate, em Yorkshire, norte da Grã-Bretanha, foi suspenso por seu partido depois de ter sido fotografado fantasiado de Adolf Hitler.



O conservador Mike Gardner, no entanto, prometeu continuar a presidir a administração de Harrogate como independente.



Gardner aparece em fotos fantasiado e fazendo a saudação nazista, afirmou que se vestiu como o ditador alemão "por diversão".



"Não havia nada de errado, foi apenas boa diversão. Era uma festa a fantasia, só isso", disse.



O partido Conservador britânico, entretanto, abriu um inquérito para apurar a conduta do político.



'Enojado'

As fotos foram retiradas de uma página do site de relacionamentos Facebook. Gardner disse considerar o episódio uma "total violação da minha privacidade".



"Estou enojado pelo que os Conservadores decidiram fazer. Eu sirvo ao povo de Harrogate e, aliás, o sirvo muito bem."



Gardner disse ainda que se tiver feito algo errado, ele pede desculpas ao povo de Harrogate, "caso tenha o ofendido de alguma forma".



Um porta-voz da administração regional afirmou que Gardner permanecerá como líder, mas nenhum outro representante da casa se pronunciou a respeito.


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/10/partido-conservador-suspende-politico-que-se-fantasiou-de-hitler.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Em Uganda, jornal publica lista de gays com o título ‘enforque-os’. Nos EUA, governo recorre à Justiça para manter proibição de homossexuais no Exército

Dois países diferentes dão provas de que preconceito está longe do fim


Em Uganda, jornal publica lista de gays com o título ‘enforque-os’. Nos EUA, governo recorre à Justiça para manter proibição de homossexuais no Exército



Washington e Kampala - Dois países completamente diferentes deram provas ontem de que a luta dos gays contra o preconceito ainda está muito longe do fim no mundo inteiro. Em Uganda, um jornal publicou lista com “os 100 gays e lésbicas com maior destaque” do país africano, revelando fotos e endereços deles, com os dizeres “enforque-os” ao lado. Nos EUA, o governo federal apresentou um recurso na Justiça para manter o veto ao alistamento de gays e lésbicas assumidos nas Forças Armadas.



A lista do ‘Rolling Stone’ de Uganda, que não tem qualquer relação com a revista americana, foi publicada dia 9. Desde então, vários das pessoas mencionadas na relação sofreram ataques. Num dos casos, o dono de um dos nomes listados teve a casa apedrejada por vizinhos.



No ano passado, um legislador do país africano apresentou um projeto de lei que pode impor pena de morte para alguns atos homossexuais e prisão perpétua para outros.Após forte pressão internacional, a ideia foi arquivada.



Nos EUA, o governo apresentou o recurso um dia depois de o Exército anunciar que está pronto para aceitar em suas fileiras integrantes abertamente homossexuais pela primeira vez na história.



Os militares fizeram o anúncio após decisão judicial que havia garantido o fim da controversa lei que proibia o recrutamento de gays assumidos. Até então, a política conhecida por “Don't Ask, Don't Tell” previa a baixa de qualquer militar que se declarasse abertamente homossexual.



Defesa afirma que príncipe não era gay



Na corte britânica, o príncipe saudita Saud bin Abdulaziz bin Nasir al Saud foi condenado ontem à prisão perpétua pelo assassinato do empregado Bandar Abdullah Abdulaziz, com quem teria um caso.



Advogados do réu gastaram boa parte do julgamento tentando provar que ele não era gay. O homossexualismo pode ser punido com a morte na Arábia Saudita. O crime foi num hotel londrino. O príncipe terá que permanecer por pelo menos 20 anos na prisão.



http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/10/dois_paises_diferentes_dao_provas_de_que_preconceito_esta_longe_do_fim_118596.html

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Presidente da CNBB defendeu debate sobre aborto nas eleições.

21/10/2010 15h37 - Atualizado em 21/10/2010 18h16


CNBB diz que bispo de Guarulhos agiu dentro da 'normalidade'

Dom Geraldo Lyrio Rocha destacou que acima do bispo só está o papa.

Presidente da CNBB defendeu debate sobre aborto nas eleições.


O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Gealdo Lyrio Rocha, afirmou nesta quinta-feira (21) em entrevista na sede da entidade, em Brasília, que está “dentro da normalidade” a ação do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, de distribuir panfletos contra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Dom Geraldo destacou que cada bispo tem o direito de orientar os fiéis de sua diocese como desejar e que a CNBB não tem qualquer poder de interferência em dioceses.




“Ele (bispo de Guarulhos) tem o direito e até o dever de, de acordo com sua consciência, orientar seus fiéis do modo que julga mais eficaz mais conveniente. Ele está no exercício de seus direitos como bispo diocesano de Guarulhos e cada instância fala só para o âmbito de sua competência, tanto que ele não se dirigiu à nação brasileira. Este procedimento está absolutamente dentro da normalidade no modo como as coisas da Igreja se encaminham”, afirmou Dom Geraldo.




O presidente da CNBB afirmou que não cabe à entidade “censurar” qualquer ação de bispos que se manifestem sobre política. Ele destacou que a posição nacional sempre é dada pela CNBB, mas que na diocese o bispo tem autonomia, sendo sujeito apenas à autoridade do papa. “Acima do bispo só existe uma autoridade, o papa. A CNBB não é um organismo para interferir nas dioceses, dar normas para os bispos, repreender”.




Dom Geraldo destacou que a CNBB não dá nenhuma orientação de voto em candidatos, mas apenas indica princípios. “A CNBB não aponta candidatos nem partido, ela indica critérios para que o cidadão cristão, orientado nesses critérios, possa exercer o voto.”




Ele considerou positivo que o tema aborto esteja sendo discutido na eleição. Ele reconheceu que há posições “reduzidas” sobre o tema, mas afirmou que as discussões sobre “valores” não podia ficar fora da eleição. “Acho que a moeda sempre tem dois lados, se há inconvenientes de um lado, há uma vantagem enorme do outro. O tema (aborto) foi colocado em pauta e não se podia entrar em um processo eleitoral sem trazer à tona temas dessa natureza de máxima relevância”.



O presidente da CNBB afirmou ainda que o fato de o Brasil ser uma “Estado laico” não impede o debate sobre temas ligados à religião nas eleições. “Estado laico não é sinônimo de estado ateu, antireligioso ou areligioso. O estado brasileiro é laico, mas a sociedade brasileira não é laica, é profundamente religiosa, não estou dizendo só católica, mas evangélica, afro, dos cultos indígenas”.



Ele afirmou que a Igreja tem sim direito de se posicionar no processo político. “Se Estado laico for entendido como um que não permite com posições diferentes, não será estado laico será ditadura laica. (...) Não se pode querer silenciar a Igreja como se não pudesse manifestar sua posição. Todos são respeitados quando falam, todas as minorias, mas a Igreja quando fala é acusada de estar se intrometendo, por isso este argumento é falso”.

Crédito sem fiador para universitários - FIES

Crédito sem fiador para universitários

Novidade valerá para estudantes de licenciatura e de renda familiar baixa

Brasília - Estudantes de licenciatura e de renda mensal de até um salário mínimo e meio (R$ 765) por membro da família podem financiar o curso pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) sem a necessidade de fiador. Bolsistas parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni) também terão oportunidade, a partir do próximo ano letivo, de recorrer ao fundo para custear a mensalidade do curso superior.

As novidades foram anunciadas oficialmente ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em cerimônia com com o ministro da Educação, Fernando Haddad, Lula apresentou o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, que ganhou a abreviação impronunciável Fgeduc. É este fundo que extingue a necessidade de fiador para alguns universitários inscritos no Fies. No caso dos bolsistas parciais do ProUni, é necessário verificar se a instituição está inscrita no Fgeduc.

CONTRATOS ANTIGOS

Para quem já tem contrato antigo do Fies, Lula anunciou ontem a possibilidade de renegociação com a prorrogação do prazo de quitação. Quem tiver vínculo com o Fies firmado até 14 de janeiro deste ano pode pedir revisão do prazo para até três vezes o período de utilização do financiamento acrescido de mais 12 meses. Os contratos firmados em janeiro, quando foram publicadas as mudanças, já têm novo vencimento. O prazo pode ser renegociado por estudantes que pagam prestação maior que R$ 100, inclusive os inadimplentes.

As mudanças

NO LUGAR DO FIADOR
Entra o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc), modalidade que favorece os contratos futuros a serem firmados a partir de janeiro.

TÊM DIREITO
Estudantes matriculados em cursos de licenciatura; os que tenham renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio e os bolsistas parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni) que optem por inscrição no Fies no mesmo curso em que são beneficiários da bolsa. 

COMO OPTAR
No momento da inscrição, o estudante deve verificar se a instituição na qual pretende ingressar também aderiu ao Fgeduc.