quinta-feira, 30 de abril de 2009
Cota para deficientes é aprovada na Câmara
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CLÓVIS ROSSI
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quarta-feira, 29 de abril de 2009
Christiane Torloni recebe advertência da TV Globo
“Tenho 34 anos de carreira e não sou barraqueira. Se fosse, isso já teria saído na imprensa. E eu preciso desligar porque estou vestindo um sari, que é algo complicadíssimo de se fazer.”
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terça-feira, 28 de abril de 2009
Ao menos 25 das 55 federais devem adotar o novo Enem
Previsão é que mudança seja implantada em outubro; universidades têm até dia 8 para aderir
MEC dá quatro opções para instituições usarem o novo Enem; a Unifesp usará o exame, mas alguns cursos poderão ter segunda fase
PABLO SOLANO e AFONSO BENITES
DA AGÊNCIA FOLHA
Ao menos 25 das 55 universidades federais deverão usar o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), previsto para outubro, como forma de seleção de seus alunos.Dessas, 14 tendem a utilizar somente o Enem para selecionar os estudantes. É o que mostra levantamento da Folha.Essa é uma das quatro alternativas para o novo Enem estabelecidas pelo MEC. As outras são: usar o exame como primeira fase da seleção (escolha feita por três universidades); usar a nota na prova para atribuir um percentual na avaliação final dos candidatos (opção de cinco delas); e usá-lo para preencher vagas remanescentes (escolha da UFSM, no RS).Outras duas optaram por um misto das alternativas. A Unifesp usará o Enem para todos os cursos, mas alguns poderão fazer segunda fase. E a UFBA fará vestibular para alguns cursos e só Enem para outros (veja a lista completa ao lado). Nas 25 universidades, serão disputadas ao menos 80 mil vagas.O prazo final para adesão ao novo Enem é 8 de maio. Um encontro do MEC com reitores das federais, em Brasília, discute o sistema unificado de seleção. O evento termina hoje.O novo Enem terá 200 questões, sobre quatro áreas de conhecimento (linguagens e códigos, ciências humanas, ciências da natureza e matemática). A prova será em dois dias.As decisões de aderir ou não ao novo Enem deverão ser tomadas pelas universidades após o encontro. O levantamento da Folha mostra que a proposta do MEC teve boa aceitação, afirma Reynaldo Fernandes, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).PreocupaçõesAs reitorias estão realizando reuniões conjuntas para discutir os impactos da proposta. Em Minas Gerais, onde há 11 federais, por exemplo, o Fórum das Comissões de Processos Seletivos se preocupa com uma "fuga de cérebros" para universidades com mais prestígio.Há preocupação ainda com um fenômeno inverso -a migração de estudantes de grande centros para regiões mais pobres. Assim, haveria menos vagas para os alunos locais nos cursos mais concorridos."Provavelmente estes jovens retornarão, após graduarem-se, aos seus Estados de origem, comprometendo o desenvolvimento econômico e social das regiões mais carentes", afirma o reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronaldo Tadeu Pena.O novo Enem permite que os estudantes concorram em até cinco universidades. Na inscrição, o aluno terá que ordenar suas preferências. Quem colocar um curso como primeira opção terá prioridade, mesmo com nota menor, sobre outro que escolha o mesmo curso como segunda opção e não seja aprovado na primeira escolha.Para o presidente do Inep, a mobilidade é positiva.
São Paulo, terça-feira, 28 de abril de 2009. Folha de São Paulo. cotidiano
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4136876562919514101
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Mudança pode tirar vaga de quem vive em área pobre, dizem reitores
Reitores de algumas federais dizem que a seleção de alunos apenas pelo Enem poderá criar distorções, como a migração de estudantes de grande centros para regiões mais pobres.O novo Enem permite que os estudantes concorram em até cinco universidades.Na inscrição, o aluno terá que ordenar suas preferências. Quem colocou um curso como primeira opção terá prioridade, mesmo que a sua nota tenha sido menor, sobre outro que escolheu o mesmo curso como segunda opção e não foi selecionado na primeira escolha.Apesar disso, os reitores dizem que a migração de estudantes pode reduzir o número de alunos locais nos cursos mais concorridos.Eles dizem que alunos que ingressam em instituições particulares do Sul e do Sudeste terão mais facilidade em obter uma vaga em federais do Norte e do Nordeste."Provavelmente esses jovens retornarão, após graduarem-se, aos seus Estados de origem, comprometendo o desenvolvimento econômico e social das regiões mais carentes", diz o reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronaldo Tadeu Pena.Opinião divergenteA mobilidade dos estudantes é elogiada pelo presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. "Qualquer boa universidade procura bons alunos."Antonio Osório, doutor em educação pela federal do Mato Grosso do Sul, diz que o aluno não pode ser impedido de estudar em outras universidades que não as de seu Estado.(AB e PS)
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DA AGÊNCIA FOLHA
Reitores de algumas federais dizem que a seleção de alunos apenas pelo Enem poderá criar distorções, como a migração de estudantes de grande centros para regiões mais pobres.O novo Enem permite que os estudantes concorram em até cinco universidades.Na inscrição, o aluno terá que ordenar suas preferências. Quem colocou um curso como primeira opção terá prioridade, mesmo que a sua nota tenha sido menor, sobre outro que escolheu o mesmo curso como segunda opção e não foi selecionado na primeira escolha.Apesar disso, os reitores dizem que a migração de estudantes pode reduzir o número de alunos locais nos cursos mais concorridos.Eles dizem que alunos que ingressam em instituições particulares do Sul e do Sudeste terão mais facilidade em obter uma vaga em federais do Norte e do Nordeste."Provavelmente esses jovens retornarão, após graduarem-se, aos seus Estados de origem, comprometendo o desenvolvimento econômico e social das regiões mais carentes", diz o reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronaldo Tadeu Pena.Opinião divergenteA mobilidade dos estudantes é elogiada pelo presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. "Qualquer boa universidade procura bons alunos."Antonio Osório, doutor em educação pela federal do Mato Grosso do Sul, diz que o aluno não pode ser impedido de estudar em outras universidades que não as de seu Estado.(AB e PS)
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:17 0 comentários
Prêmios sociais aceitam inscrições até junho
Estão abertas até 7 de junho as inscrições para o Prêmio Empreendedor Social 2009, promovido pela Folha e pela Fundação Schwab para identificar líderes sociais que atuem de forma inovadora, sustentável e com impacto na sociedade ou em áreas como ambiente, educação, infância e saúde.A partir deste ano, o Brasil será o único país latino-americano a ter, em nível nacional, o Prêmio Empreendedor Social.Desde 2005, o prêmio contabilizou 973 inscrições. Hoje, o Brasil é recordista mundial em inscritos. Só no ano passado, foram 345 inscritos de 24 Estados mais o Distrito Federal.Neste ano será realizado, pela primeira vez, o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, iniciativa exclusiva da Folha e apoiada pela Fundação Schwab. O concurso vai destacar líderes sociais que estejam há ao menos um ano e há no máximo três à frente de uma iniciativa inovadora e que necessitem de visibilidade para alcançar sustentabilidade e expandir seu impacto social.A Fundação Schwab implementará uma plataforma de comunicação para que empreendedores sociais de todo o mundo façam contato e incentivará maior participação de empreendedores sociais nas reuniões da organização.Os finalistas do prêmio terão perfis publicados na Folha e no UOL. O vencedor fará parte da rede mundial de Empreendedores Sociais de Destaque da Fundação Schwab e terá benefícios como bolsas de estudo para cursos de ensino executivo em instituições como Harvard Business School, Insead e Universidade de Stanford.Também será convidado a participar da reunião do Fórum Econômico Mundial para a América Latina -previsto para abril de 2010- e poderá fazer parte da Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
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segunda-feira, 27 de abril de 2009
Tribunais da raça
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:03 0 comentários
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domingo, 26 de abril de 2009
LINK DO TEXTO CONSENSADO ENTRE AS ENTIDADES SINDICAIS PRESENTES NA CONFERÊNCIA
ITUC INTERNATIONAL TRADE UNION CONFEDERATION
CSI CONFÉDÉRATION SYNDICALE INTERNATIONALE
CSI CONFEDERACIÓN SINDICAL INTERNACIONAL
IGB INTERNATIONALER GEWERKSCHAFTSBUND
E-mail info@ituc-csi.org http://www.ituc-csi.org
Declaración de la Confederación Sindical Internacional (CSI)
la Internacional de Servicios Públicos (ISP) y la Internacional de la Educación (IE) a la Conferencia de las Naciones Unidas para el examen de la Declaración y el Plan de Acción de Durban (Sudáfrica – 2001) respecto al racismo, la discriminación racial, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia
La Confederación Sindical Internacional (CSI), la Internacional de Servicios Públicos (ISP) y la Internacional de la Educación (IE) apoyan plenamente la celebración de esta Conferencia a la que conceden enorme importancia, particularmente en el contexto actual en que las discriminaciones de todo tipo se acentúan y tienen un impacto profundo sobre la vida de las trabajadoras y los trabajadores concernidos, pero también en el buen funcionamiento de la economía y de nuestras sociedades en general.
El movimiento sindical manifiesta su compromiso con el objetivo de la Conferencia de
erradicar el racismo, la discriminación y las formas conexas de intolerancia. La CSI, ISP
y la IE aprecian los desafíos y los esfuerzos constructivos desplegados para adoptar el
documento de resultados de la presente Conferencia de Seguimiento.
El movimiento sindical internacional continuará haciendo que los Estados asuman sus
responsabilidades a través de compromisos nacionales para combatir y erradicar el
racismo, la xenofobia y todas las formas de discriminación.
El movimiento sindical internacional deplora que ciertas categorías de personas,
vulnerables al racismo y la xenofobia, hayan recibido inadecuada atención a través del
proceso de esta Conferencia, especialmente aquellas personas discriminadas por
razones de casta, orientación sexual o género.
2
El movimiento sindical internacional observa que continúan existiendo importantes
brechas, particularmente ligadas a la discriminación en el mundo del trabajo, en tanto a
pesar del progreso legislativo en algunos países sobre temas de igualdad, la
discriminación en el trabajo continúa siendo la forma principal de discriminación racial.
Al movimiento sindical internacional le preocupa asimismo, el hecho de que los
Objetivos de Desarrollo del Milenio (ODM) no se presenten como el hilo conductor en el
establecimiento de medios de acción de lucha contra el racismo y la xenofobia. De no
superarse estas lagunas, se corre el riesgo de dejar de lado el asunto central de esta
Conferencia
Por estas razones y en la perspectiva de asegurar el respecto por los derechos
humanos y de aquellos vinculados al empleo, el movimiento sindical internacional
continuará abogando por la implementación de lo siguiente por parte de los Estados
miembros:
1. Debe predominar un enfoque universal, tanto en la identificación de problemas
como en la búsqueda de soluciones. Los gobiernos deben reafirmar sus
compromisos con los objetivos y principios de igualdad y no-discriminación
consagrados en la Declaración Universal de los Derechos Humanos. Los
gobiernos deben garantizar que todas las víctimas sean reconocidas y se
beneficien de las respuestas adecuadas a los problemas de discriminación que
enfrentan.
2. El respecto por el derecho universal al trabajo decente, buenas condiciones
laborales, igual salario e ingresos adecuados para cubrir sus necesidades
económicas y sociales básicas.
3. El reconocimiento del marco legal internacional existente y, sobre todo, un
énfasis en la importancia de la ratificación y aplicación concreta de estas
normas, en particular las normas de la OIT, a través de su transposición en las
legislaciones nacionales.
4. Un componente vital de todas las políticas para combatir el racismo, la xenofobia
y todas las formas de discriminación debe ser el enfoque preventivo.
El movimiento sindical internacional hace un llamado a los Estados miembros para que
usen el trabajo decente como un instrumento de lucha contra todo tipo de
discriminación, reafirmando su compromiso para la creación de economías sanas,
justas y equitativas, a través de la implementación de estrategias centradas en el
empleo productivo y pleno.
Ginebra, 21 de abril de 2009.
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Resultados finais confirmam Zuma como presidente da África do Sul
O ANC (Congresso Nacional Africano, da sigla em inglês), e o agora presidente Jacob Gedlevihlekisa Zuma, de 67 anos, reuniram 65,9% dos votos.
Criado em 1912, o ANC tinha o objetivo de lutar pela opressão do governo branco. O movimento que reunia negros de todas as áreas cresceu até, no ano de 1920, ganhar características militantes e, em 1994, finalmente, chegar ao poder na África do Sul. A pressão internacional e a luta de grupos ativistas antiapartheid, especialmente, a luta do próprio ANC, colocaram fim ao regime no ano de 1990. A transição durou quatro anos quando, oficialmente, Nelson Mandela tornou-se presidente, dando início a uma nova era para o país, governado até então pela população branca.
Duas décadas
O partido que deu a liberdade à África do Sul rompendo com o passado racista completa 15 anos no poder. Os mandatos legitimados pelo povo e, especialmente, o que começa hoje, dão ao ANC mais cinco anos de confiança rumo às duas décadas de monopólio político no país.
‘Risco revolucionário’
Enquanto grande parte da população de eleitores comemora a vitória do líder zulu, alguns temem o que pode ser feito à democracia sul-africana. Com vitória nessas eleições, o ANC fortifica o poder garantindo o reinado de duas décadas. Zuma estará, a princípio, até 2014 na presidência totalizando 20 anos de monopólio do partido. Segundo o advogado Paul Hofman, que trabalhou na investigação do acordo de armas (no qual Zuma foi um dos principais beneficiados com subornos), o maior problema do ANC no poder não é a corrupção, mas o que o próximo presidente pode fazer com a Constituição. “Sabemos que Jacob Zuma aponta os juízes, controla todos. A Constituição é suprema. O centro do poder é a Constituição e, para mim, o maior perigo no momento é de o Zuma e o ANC, com a maioria das cadeiras, provocarem uma revolução na política”, teme o advogado, lembrando que Zuma foi absolvido de todos os processos. No início do mês, Zuma declarou em entrevista ao jornal “Mercury” que pretende rever o status do Tribunal Constitucional porque os juízes eram bem capazes de cometer erros. Essas e outras declarações assustam Hoffman. Fazendo uma comparação com o passado e com o que pode acontecer em um futuro próximo, o advogado diz que, na administração, o pior de Mbeki era centralizar o poder nas mãos de poucos e que, com Zuma, pode ser bem pior. “Ele pode quebrar a democracia”, fala.
Segundo o advogado, Zuma não será um simples líder. O carisma e a força dele dentro da cultura pode ser uma combinação perigosa. “Acredito que ele não é a pessoa ideal para ser o presidente”, completa.
Preocupação também expõe a prefeita da Cidade do Cabo Helen Zille e líder do DA, que nesta eleição, ficou com 16,66% dos votos. Há tempos, Zille afirma publicamente que teme o controle cada vez mais centralizado do ANC. Os líderes do partido (agora do Zuma), em grande parte, são businessmen espalhados por importantes companhias do país. Desta forma, eles mantêm o controle da política e da economia com eles. “O problema não é só uma nova classe que surge, uma elite negra com dinheiro, mas sim, uma classe que vai monopolizar o poder”, respondeu a prefeita da Cidade do Cabo quando, ainda em 2007, perguntada em um debate sobre o porquê de tanto barulho quando se fala em BEE (Black Economic Empowerment). A briga dela contra o BEE permanece e é uma das questões sempre abordadas pela imprensa.
Regime para todos
Vitorioso e comemorando o novo cargo, o proximo presidente da Africa do Sul disse na tarde deste sabado que durante o seu mandato fará um regime para todos, sem qualquer distinção de cor ou raça. O novo presidente governará para todos os sul-africanos, declarou a imprensa mais cedo. Também neste sábado, Brigalia Bam, presidente da Comissão Eleitoral, elogiou o processo de votação dizendo que as eleições de 2009 correram bem expressando liberdade nas urnas. "Tenho muito orgulho em declarar que as eleições de 2009 foram justas e livres", disse
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sexta-feira, 24 de abril de 2009
ProUni na mira
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:12 0 comentários
São Jorge arrasta 200 mil pelo Centro do Rio
RIO - Jorge da Capadócia reuniu um exército de 200 mil cariocas quinta-feira em suas bases no Rio. Ainda caía a madrugada quando o séquito do santo guerreiro coloriu de vermelho e branco as avenidas ao redor das igrejas batizadas de São Jorge no Campo de Santana e Quintino. A multidão de homens, mulheres, crianças e idosos montava guarda até a alvorada, quando celebraram-se as primeiras missas em homenagem ao seu dia. Fogos nas mesmas cores iluminaram os céus da cidade quando os sinos tocaram para anunciar a entrada dos primeiros devotos.
No Centro, mais de 100 mil fiéis atravessaram os portões da igreja de São Jorge, na Praça da República.
Antes do amanhecer, a fila para rezar diante da imagem do santo já chegava à Avenida Passos. A Polícia Militar reforçou a segurança na região ainda na noite de quarta-feira. Até lá, também chegaram cerca de 100 motociclistas, que saíram juntos do Posto 6, em Copacabana, para homenagear o santo. As missas foram rezadas em um palco na Avenida Presidente Vargas, para possibilitar a participação de maior número de fiéis. No domingo, a festa continua com a procissão pelas ruas do Centro, a partir das 8h.
No Largo do Bodegão, em Santa Cruz (Zona Oeste), foi celebrada uma missa campal pela manhã. À tarde, uma procissão partiu da igreja de São Jorge, com cerca de 35 mil pessoas, além de 4 mil cavaleiros. Nova Iguaçu teve missas, procissão e o tradicional angu de São Jorge. E Duque de Caxias também celebrou uma missa depois da alvorada, na paróquia localizada na Praça da Glória, em Jardim Primavera. No Posto 6, em Copacabana (Zona Sul), também houve missa.
Devotos
Seja do campo das artes ou das ciências, São Jorge reúne devotos de igual fervor. Os homônimos do santo invariavelmente têm um histórico de fé. Além da devoção, o poeta e letrista Jorge Salomão tem simpatia pelo mito do guerreiro cristão da Capadócia, região onde quinta-feira fica a Turquia, que derrotou um dragão com uma lança.
– A gente tem que se ligar em alguma força. Eu acredito que parte dela está no meu nome. De vez em quando, digo para mim mesmo “São Jorge Salomão” – conta.
Jorge lembra de uma imagem de São Jorge bordada na fronha de um travesseiro que teve quando criança. A imagem ficou gravada na memória e veio à tona em um dos episódios mais importantes de sua vida, quando deixou a prisão onde foi torturado durante a ditadura. De tanto olhar para a imagem, acredita ter absorvido a tal “força”.
– A primeira coisa que falei ao ser solto foi “pela força de São Jorge, que essa gente toda que me bateu pague por isso” – lembra.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, também traz do berço a simpatia pelo guerreiro. O pai, também Jorge e médico, era devoto fervoroso, do tipo que mantinha acesa diariamente uma luz ao lado de uma imagem “enorme” do santo dentro de casa. Também ia com a família à missa da alvorada, na igreja do Campo de Santana:
– Essa idéia de matar o dragão é como nós, médicos, nos sentimos: matando um dragão todo dia. É uma luta permanente contra o mal, aquilo que causa sofrimento.
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:42 0 comentários
Plano de Ação Conjunta Brasil-Estados Unidos terá reunião em Washington
Representantes governamentais, da sociedade civil e do setor privado brasileiro e estadunidense
estarão reunidos em Washington na próxima semana (de 27 a 29) para definir novos
encaminhamentos do Plano de Ação Conjunta Brasil-Estados Unidos contra o Racismo e a
Discriminação Racial.
O governo brasileiro será representado pelo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, e pela
Assessoria Internacional da SEPPIR/PR. Serão realizadas reuniões formais e painéis sobre os
temas: intercâmbio cultural, acesso à justiça, educação multicultural, advocacia política e os meios
de comunicação, e responsabilidade social corporativa.
O evento servirá ainda para lançar a logomarca do Plano, que foi assinado em 21 de março de
2008, em Brasília, pelo ministro Edson Santos e a então secretária de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice. O principal objetivo do protocolo é a cooperação entre os dois países por meio
de intercâmbio e troca de experiências.
Mais informações:
Coordenação de Comunicação Social
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Presidência da República
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 9º andar - 70.054-906 - Brasília (DF)
Telefone: (61) 3411-3659 / 4977
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 19:41 0 comentários
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quinta-feira, 23 de abril de 2009
Confira o cronograma das etapas estaduais da II CONAPIR
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 19:13 0 comentários
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Durban+8: Brasil defende criação de índice para medir redução da discriminação
Chefe da delegação brasileira na Conferência de Revisão de Durban, que avalia e amplia o acordo contra a discriminação racial definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, defendeu na sede da ONU em Genebra (Suíça) a criação de um índice para avaliar a evolução das medidas de redução da discriminação racial.Na avaliação do ministro, a definição de um indicador, nos moldes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), permitiria o acompanhamento das políticas de promoção da igualdade racial. A implementação efetiva dos mecanismos anti-discriminação definidos pela ONU nos países é uma das principais demandas da sociedade civil. O indicador seria um mecanismo que mediria a evolução da sociedade na promoção da igualdade racial a partir dos mecanismos de discriminação positiva, de formação de jovens universitários, de acesso ao trabalho, saúde.De acordo com o diretor-executivo da Organização Não-governamental Agere Cooperação em Advocacy e secretário nacional de ações com a sociedade e governo da Comunidade Baháí Iradj Roberto Eghrari, nomeado relator da Conferência da ONU, a criação de um indicador específico para desigualdade racial ainda é alvo de negociação."Esse é o primeiro passo para depois falar de índices. Alguns paises estão distantes até da coleta de dados."A adoção de ações afirmativas também é defendida pela delegação brasileira, segundo Edson Santos. "Acreditamos que essas experiências para os segmentos vulneráveis do ponto de vista social são os mecanismos que abrirão oportunidades para qualificação e inserção nas carreiras mais sofisticadas do mercado de trabalho, comentou, em referência política de cotas de acesso a universidades públicas", analisa. O ministro acredita em uma convergência entre países ocidentais e orientais sobre os temas da reunião e afirmou que o Brasil deverá manter a postura de mediação adotada na Conferência de Durban em 2001. Nosso papel deverá ser de busca de consensos para garantir avanços em torno da agenda de Durban.Governo brasileiro reprova discurso de AhmadinejadA Conferência teve início na última segunda-feira (20/04) marcada pela polêmica, com um discurso do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que ao chamar o Estado israelense de racista, provocou protestos e a retirada coletiva dos representantes da União Europeia.Durante a conferência, a delegação do Brasil ouviu atentamente os ataques de Ahmadinejad e fez questão de demonstrar seu desagrado: “Quero frisar e deixar clara a posição da delegação brasileira, de condenação veemente da postura do presidente, que não condiz com o ambiente da Conferência, disse o ministro, que acrescentou: Ele esteve aqui com um discurso agressivo, de intolerância, que não reconhece fatos históricos condenados pela humanidade, a saber, o Holocausto”, afirmou o ministro Edson Santos.As delegações de vários outros países também se manifestaram, dentre as quais a Chancelaria argentina, país com a maior comunidade judaica da América Latina, que em nota rechaçou categoricamente as declarações de Ahmadinejad, considerando-as “inaceitáveis” e de “grande irresponsabilidade”.Veja a integra da nota do Itamaraty sobre o assunto:"O Brasil atribui grande importância à Conferência de Revisão de Durban sobre Discriminação Racial, que ocorre em Genebra entre 20 e 24 de abril. Para alcançar os objetivos da Conferência, o engajamento de todos no diálogo internacional é crucial. O Governo brasileiro tomou conhecimento, com particular preocupação, do discurso do presidente iraniano que, entre outros aspectos, diminui a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto. O Governo brasileiro considera que manifestações dessa natureza prejudicam o clima de diálogo e entendimento necessário ao tratamento internacional da questão da discriminação. O Governo brasileiro aproveitará a visita do presidente Ahmadinejad, prevista para o dia 6 de maio, para reiterar ao Governo iraniano suas opiniões sobre esses temas."
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 19:08 0 comentários
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Nota dos ministros do STF em apoio ao presidente da Corte
Oito ministros do STF, reunidos após a sessão plenária de hoje (22), reafirmam a confiança e o respeito ao presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes. A ministra Ellen Gracie não participou da sessão plenária desta quarta-feira.
NOTA
Os ministros do Supremo Tribunal Federal que subscrevem esta nota, reunidos após a Sessão Plenária de 22 de abril de 2009, reafirmam a confiança e o respeito ao Senhor Ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como Presidente do Supremo, lamentando o episódio ocorrido nesta data.
Ministro Celso de Mello
Ministro Marco Aurélio
Ministro Cezar Peluso
Ministro Carlos Ayres Britto
Ministro Eros Grau
Ministro Ricardo Lewandowski
Ministra Cármen Lúcia
Ministro Menezes Direito
Quarta-feira, 22 de Abril de 2009
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=106628&tip=UN
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 05:14 0 comentários
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Discussão no Plenário do Supremo Tribunal Federal - STF: Joaquim Barbosa X Gilmar Mendes
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:29 0 comentários
Ingresso de amigos da Corte só é possível até entrada do processo em pauta
Por seis votos a três, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu na tarde desta quarta-feira (22) que o ingresso de terceiros – os chamados amigos da corte (ou amici curiae) –, nos processos de controle concentrado de constitucionalidade (ADI, ADCs e ADPFs) só deve ser permitido até o momento em que o processo é encaminhado pelo relator para inclusão na pauta de julgamentos.
A decisão foi tomada no julgamento de um recurso (agravo regimental) interposto contra o arquivamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4071, ajuizada pelo PSDB contra o artigo 56 da Lei 9.430/96. Depois que o relator determinou o arquivamento da ação, três entidades pediram para ingressar no processo como amigos da Corte. O ministro Carlos Alberto Menezes Direito negou os pedidos, porque foram feitos depois que o processo havia sido apresentado em mesa para julgamento.
Os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Marco Aurélio acompanharam o entendimento do relator, no sentido de que em processos de controle concentrado de constitucionalidade, depois que é concluída a instrução, ouvida a Procuradoria Geral da República e encerrada a participação do relator, com o encaminhamento do processo para ser incluído em pauta, não cabe mais a entrada de terceiros na matéria.
"Se o interessado pode fazer antes (o pedido de ingresso), porque faz de última hora?", questionou o ministro Cezar Peluso, ressaltando que esse comportamento faz parte da cultura do brasileiro.
Divergência
Os ministros Carlos Ayres Britto, Celso de Mello e Gilmar Mendes discordaram desse entendimento. Para esses ministros, a participação de terceiros no processo, solicitado a qualquer instante, é um fator que legitima ainda mais as decisões do STF. Para Celso de Mello, “essa intervenção pluraliza o debate constitucional, com fundamentos e razões que podem muito bem orientar a Corte no desempenho de sua função constitucional”.
Mesmo concordando com a relevância da participação dos amigos da Corte, os ministros que formaram a maioria pelo indeferimento dos pedidos frisaram que a regra processual (que permite o ingresso de terceiros) tem que ter alguma limitação. Se não houver regra, pontuou o ministro Menezes Direito, o amicus curiae vai acabar se tornando o regente do processo, quando na verdade sua função é ajudar na instrução do processo. “No momento em que o julgador libera para pauta, encerra seu ofício. Não pode haver mais qualquer intervenção”, salientou o ministro.
No mérito, o Plenário desproveu o agravo, seguindo o voto do relator, que baseou sua decisão individual em dois precedentes da Corte, ambos de relatoria do ministro Gilmar Mendes, que reconheceu a constitucionalidade da norma questionada pelo PSDB.
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:25 0 comentários
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Programação para o dia de São Jorge
Programação para o dia de São Jorge
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:51 0 comentários
terça-feira, 21 de abril de 2009
A BAHIA PÓS-DURBAN
Elementos para pensar um modelo de desenvolvimento e igualdade para a Bahia
A Bahia desponta como um dos estados da Federação que possui altos índices de desigualdade, pobreza e racismo. Nas últimas décadas, nosso estado experimentou um modelo de desenvolvimento fundado numa concepção modernizadora com forte componente conservador e concentrador de renda. O retrato atual é um estado repartido e fragmentado, decorrente da lógica monocultural instituidora de identidades plasmadas em verdades e mitos que fomentam o desenvolvimento econômico desigual e injusto. Este texto visa refletir sobre a possibilidade de um desenvolvimento multicultural, atrelado à necessária tendência de construir arranjos estatais e privados que ponham em diapasão os desideratos do desenvolvimento e da igualdade. Posto que não há igualdade sem preservação de diversidades e identidade.
A história da Bahia, como no restante da Federação, reduziu-se a uma eterna promessa de Estado republicano e democrático que parece nunca ter chegado ao cotidiano da maioria da população. Por muito tempo, foi marcada por práticas de governos assistencialistas e relações opressivas em escala local. Ocorre que, na circunstância atual, as teses universitárias, os programas de governos, e as políticas internas das empresas privadas pautam a globalização e a pós-modernidade como centro das relações travadas entre ente público, empresas, e indivíduos. Eis que surge um novo modelo de desenvolvimento que deverá pautar as contradições étnico-culturais e as relações discriminatórias como dilemas que barram o crescimento da economia. O tratamento estratégico da questão étnico-racial, em conjunto com a participação política, a inclusão social e a democratização da riqueza, arma uma poderosa estratégia para o desenvolvimento do Estado.
Mangabeira Unguer, Ministro de Estado, desestimula o contraste entre orientação de mercado e direção governamental, e propõe organizar o pluralismo econômico, político e social, descentralizando a economia de mercado e superando velhos antagonismos. Para ele, setores emergentes, principalmente do nordeste brasileiro, podem protagonizar o ideário da justiça social e do crescimento com distribuição de renda.
Milton Santos (2001) e Mariategui (1928), em tempos e lugares distintos, já nos alertavam para a globalização homogeneizada do capitalismo tardio que molda rostos encarnecidos da umedecida negrura em sorrisos brancos e de olhos azuis republicanizados para todos. As diversas civilizações que compõem o cenário da desigualdade baiana precisam alcançar produtos razoáveis de convivência impondo a necessidade de não se confundir diferenças culturais e civilizatórias com arremedos institucionais de inferioridades e subalternidades.
Todos, seja o poder público ou privado, acabam pagando muito mais caro pela manutenção da ordem social sob as bases das desigualdades. Pois, os gastos com saneamento básico, educação, habitação, são, por exemplo, eixos básicos de políticas públicas que se ocupam em igualar os índices dos diferentes grupos sociais e raciais - pobres e negros ou ricos e brancos. Enquanto isso, experiências de gestão, tais como o "empreendedorismo social" tem demonstrado certo interesse com a responsabilidade social e a instituição da diversidade como garantidor de igualdades.
No Estado da Bahia, foram identificados pelo atual governo 26 territórios de identidade, que podemos entender como uma classificação geopolítica estratégica. Esta faz parte de um modelo de gestão pública que prega a diversidade e entende que só é possível haver integração regional quando aspectos individuais e culturais de um povo são levados em consideração na implementação das políticas públicas de desenvolvimento local. A recente criação do Núcleo de Desenvolvimento dos Territórios, denominado desafiadoramente de Milton Santos pelo governo do estado, pode se constituir numa esfera pública eficiente para pensar o futuro da Bahia.
A função igualitarista do Estado vem orientando as políticas públicas de igualdade racial e seguridade social, em nome de valores republicanos e democráticos, herdados do liberalismo e da social democracia que, agrupados sob um socialismo real reinventado, buscam um paradoxal atendimento universal e afirmativo de direitos. O que teria sido a agonia da tradição liberal, hoje, incentiva uma esquerda que revisita aspectos pragmáticos de uma inacabada utopia socialista.
Na correnteza destas ações com foco na responsabilidade social, temos o PAC, um programa do Governo Federal com recursos estimados de 24,7 bilhões de reais até 2010 - após 2010, 27,7 bilhões para o programa de desenvolvimento da Bahia. Este programa investe somente em logística 8 bilhões de reais (em acesso a energia elétrica/transporte de massa/sistema de esgotamento sanitário/despoluição da baia de todos os santos/aumento da oferta de água); em energética 13 bilhões (usinas/gasodutos/petróleo/refino) e mais 6 milhões em políticas social e urbana.
Os gastos com orçamento público devem também ter no seu escopo, como política transversal, a inclusão social e a preservação da diversidade cultural e étnica de uma população, pois não há como se pensar em desenvolvimento econômico de um Estado sem um resultado exitoso com altos índices na qualidade de vida dos beneficiários diretos dos projetos e programas.
A questão é como a maioria dos grupos vulneráveis participarão deste quinhão? Qual a contrapartida das empresas envolvidas na promoção social das populações localizadas nas regiões onde serão desenvolvidas tais obras?
Pois bem, é neste cenário, na busca de um modelo de desenvolvimento sustentável, por exemplo, que surgem projetos e iniciativas como a lei do Estatuto da Igualdade Racial do Estado da Bahia, de autoria do Deputado Walmir Assunção, um programa legislativo global com vistas a conformar uma política pública de longo alcance a uma parte excluída do bem público. Neste, são enfrentadas as questões dos conflitos que envolvem os povos e comunidades tradicionais, pela busca de seus direitos à moradia, saúde, educação, religiosidade, acesso à justiça, etc.
A polemizada Conferencia de Durban, realizada na África do Sul em setembro de 2001, e a sua revisão ocorrida no Brasil em 2008, para debater as diversas formas de racismo, xenofobia e intolerâncias correlatas, trouxeram proposições e medidas para se combater o racismo. O Brasil bem que poderia dar um exemplo ao mundo, através da Bahia, priorizando a implementação de suas resoluções.
Amartya Sen, vencedor do prêmio Nobel da Economia em 1998, sentencia: "O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de agente" (Sen, 2000: 10) - trazendo elementos que nos levam a refletir sobre o princípio da eqüidade - fissurando o Estado em sua trajetória esgotada em universalismos liberalizantes e esquerdizantes. Tratar os desiguais na medida das suas desigualdades para alcançar a igualdade material almejada. Assim, as ações afirmativas, a economia solidária, o micro crédito e a agricultura familiar firmam seus pilares e fornecem alguns dos ingredientes para a fórmula do desenvolvimento sustentável.
Não obstante a isso, os objetivos das metas de desenvolvimento do milênio (erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico fundamental, promover a igualdade entre os sexos e autonomia entre as mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental, e por fim, estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento) demonstram serem grandes os desafios ante o cenário que percorre a contramão do desenvolvimento e do senso de igualdade social e racial.
A alternativa de convivência com a diversidade e os altos índices de desigualdade parecem ainda mais urgentes no Estado da Bahia. A programação do orçamento público deve também ter no seu escopo a transversalidade da inclusão racial e de gênero junto á preservação da diversidade. A velha e nova questão racial precisa ser pautada sob o signo do desenvolvimento e da diversidade como sintoma da verdadeira igualdade. Parece que uma direção socializante e multicultural precisa sobreviver como esboço de múltiplas existências contraditórias neste continente chamado Bahia.
Isso só terá um sentido estruturante se aliarmos a luta contra a cultura científica do racismo com o debate do modelo de Estado e desenvolvimento que defina a estrutura de poder orçamentário envolto numa rede que beneficia a todos e a todas em todas as áreas da atividade humana. A democratização do dinheiro, aliada à luta igualitária são elementos poderosos para promover o desenvolvimento com igualdade.
Sérgio São Bernardo, Advogado, Mestre em Direito Público-UNB, Professor de Direito-UNEB, Presidente do Instituto Pedra de Raio e Coordenador Estadual do Programa Bolsa Família-Sedes.
Sérgio São Bernardo
Instituto Pedra de Raio - Justiça Cidadã
www.pedraderaio.org.br
sergiosaobernardo.blogspot.com
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Ahmadinejad ataca Israel e implode conferência sobre racismo
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 20:41 0 comentários
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CONFERÊNCIA DE PROMOÇÃO DE IGUALDADE RACIAL - MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Informo que a reunião no Cedim, anteriormente marcada para dia 22, às 13 horas, teve seu horário de início mudado por motivos operacionais. Novo horário: 16 horas.Att.,Paulo Roberto dos SantosSuperintendência de Igualdade Racial.
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segunda-feira, 20 de abril de 2009
Unesco lança biblioteca digital mundial nesta terça
da France Presse, em Bruxelas
A União Européia anunciou nesta terça-feira (23) a reabertura da biblioteca virtual Europeana, que havia saído do ar poucas horas após sua inauguração, na segunda quinzena de novembro. À época, o motivo dado a respeito do desligamento da biblioteca virtual foi o de que a página não suportou o acesso de 10 milhões de visitantes por hora.
O porta-voz da Comissão Européia, Martin Selmayr, disse que o website foi redefinido, a fim de que tivesse sua capacidade quadruplicada. Entretanto, o site diz que "o usuário pode não ter uma boa navegação nessa etapa de testes", e que o "número de usuários pode ser limitado quando houver excesso de visitantes".
Inspirado no mote da biblioteca de Alexandria --que desejava acolher todo o conhecimento mundial--, o projeto Europeana foi lançado com alarde no último dia 21 de novembro.
A biblioteca pretende tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural de todos os acervos nacionais do continente, como livros raros, antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, fotografias, músicas, manuscritos, mapas, jornais e documentos.
É possível acessar, por meio do site, obras literárias como "A Divina Comédia", do escritor italiano Dante Alighieri, ou musicais, como as sinfonias do compositor erudito alemão Ludwig Van Beethoven.
A primeira etapa do projeto envolve dois milhões de obras de arte estão acessíveis na Europeana. O objetivo é incorporar mais oito milhões até 2010.
"Esperamos que novos materiais sejam inseridos no decorrer de fevereiro de 2009, mas no momento, estamos apenas monitorando o tráfego da biblioteca", disse o porta-voz.
O site mantém uma equipe com 14 membros, e demanda custo anual de 2,5 milhões de euros (R$ 8,7 milhões).
Link: http://dev.europeana.eu/
23/12/2008 - 17h48 . fonte: Folha On line. Informática
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u482789.shtml
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Violência ameaça eleição na região central do Haiti
São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009. Folha de São Paulo. Mundo
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Mandela interrompe retiro e surge em comício de Zuma
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 09:07 0 comentários
EUA devem liderar pelo exemplo, diz Obama
No último dia de sua primeira visita à América Latina, o presidente Barack Obama elogiou o trabalho dos médicos cubanos e sugeriu que os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo e mandar mais do que armas à região e ao mundo como maneira de promover os interesses americanos. Disse que duvidava que dialogar com Venezuela e Cuba feriria os interesses estratégicos americanos.Ao fazer isso, Obama definiu o "obamismo" -literalmente. Instado a enunciar o que era a Doutrina Obama, o presidente brincou com o neologismo, mas cedeu ao pedido. O importante era reconhecer que, na interação de seu país com o resto do mundo, "o poderio militar é apenas um braço".Sob um sol inclemente, na varanda de um hotel afastado e para uma plateia de cerca de 30 jornalistas que o acompanharam no périplo, entre os quais a Folha, Obama elencou os pontos de sua doutrina como se numa palestra de faculdade.Três pontosBasicamente, começou, os EUA continuam a ser o país mais poderoso e rico do mundo, mas têm de ouvir, não só falar. "Problemas que enfrentamos, como os cartéis de drogas, mudança climática, terrorismo, o que você quiser, não podem ser resolvidos por um só país", disse, distanciando-se do unilateralismo do antecessor, o republicano George W. Bush.Segundo ponto, continuou: os EUA, em seus melhores momentos, representam um conjunto universal de valores e ideais que devem ser promovidos pelo exemplo, não pela força. "É a ideia de práticas democráticas, liberdade de expressão e religião, uma sociedade civil em que as pessoas são livres para perseguir seus sonhos", disse.Mas outros países têm culturas e perspectivas diferentes, ponderou. Assim, "se praticamos o que pregamos e, ocasionalmente, confessamos nos ter desviado de nossos valores e ideais, isso nos fortalece e nos permite falar com mais força moral e clareza a respeito dessas questões. Os povos do mundo apreciarão se falarmos que não vamos fazer sermão, mas mostrar por meio de nossas ações os benefícios desses valores e ideais".Como consequência de ouvir, concluiu, é preciso levar em conta interesses alheios. Esse pragmatismo, afirmou, pode mitigar o sentimento antiamericano e fazer com que a população dos países torne mais fácil para os governantes cooperarem com os EUA.Dessa maneira, conciliatória para o mandatário das mais poderosas Forças Armadas e da maior economia do mundo, Obama conclui seu périplo de quatro dias, que se iniciou na Cidade do México, na quinta, e terminou ontem, em Port of Spain, no encerramento da 5ª Cúpula das Américas, que reuniu líderes dos 34 países da região, com exceção de Cuba.Resposta a críticosNuma turnê que se destacou pela distensão entre os EUA e seus mais ferrenhos críticos regionais, mas notável também pela ausência de medidas concretas, o jovem presidente norte-americano passou a nova mensagem de Washington: queremos ouvir e conversar.Em relação a Cuba, terminou por citar um dos cartões-postais do regime castrista, o trabalho de médicos cubanos na região, elogiado por dirigentes latino-americanos. "São uma lembrança para nós, nos EUA, de que se nossa única interação com muitos dos países é o combate às drogas, nossa única interação é a militar, poderemos não desenvolver as conexões que, no longo prazo, podem aumentar nossa influência."Criticado pela oposição republicana e comentaristas conservadores nos EUA pelos contatos cordiais com o venezuelano Hugo Chávez durante a cúpula, Obama disse que não teme estender a mão a inimigos. "A ideia de que mostrarmos cortesia ou abrirmos diálogo com governos que antes eram hostis a nós seja uma demonstração de fraqueza não faz sentido", disse. "O povo americano não comprou essa ideia."Sobre a "ameaça" Chávez, disse: "A Venezuela é um país cujo orçamento de defesa é 1/600 do dos EUA. Eles são donos da Citgo [distribuidora de combustíveis nos EUA]. É improvável que, como resultado de eu apertar as mãos ou ter uma conversa educada com o senhor Chávez, estejamos pondo em risco os interesses estratégicos dos Estados Unidos".
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 09:01 0 comentários
Ban Ki-moon abre conferência sobre racismo criticando "quem nega o holocausto" e a islamofobia
No discurso de abertura, Ban Ki-moon condenou as pessoas que negam o Holocausto.
Também afirmou estar "profundamente decepcionado" com a ausência de certos países, ao mesmo tempo que persistem todas as formas de racismo.
"Estamos falando de encontrar uma nova unidade como pede nossa época. No entanto, seguimos frágeis e divididos como antes", disse Ban.
"Estou profundamente decepcionado com as recriminações mútuas e com alguns países que não estão aqui".
O secretário-geral da ONU afirmou ainda que a "islamofobia" é uma forma de racismo, assim como o antissemitismo.
Em consequência da presença do polêmico presidente iraniano, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Holanda, Itália, Israel e Polônia decidiram boicotar a conferência, que pretende dar sequência ao primeiro encontro contra o racismo, organizado em Durban (África do Sul) em 2001.
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 08:53 0 comentários
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Dissertação de mestrado realizado na USP aponta papel educativo do jornal Ìrohìn
Pesquisa mostrou como o Jornal Ìrohìn contribui efetivamente para a informação e formação da comunidade afro-descendente brasileira, desvelando o racismo que fica encoberto pela mídia tradicional.
Num país onde os monopólios midiáticos dão o tom de toda a cobertura jornalística, jornais produzidos e editados com temática específica do negro são cada vez mais importantes do ponto de vista educativo, pois atuam efetivamente na visibilidade de temas e no combate a preconceitos.
Essa é uma das conclusões da dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) sob o título Jornal Ìrohìn: estudo de caso sobre a relevância educativa do papel da imprensa negra no combate ao racismo (1996-2006). A tese defendida pelo sociólogo Ariovaldo Lima Junior, foi apresentada na última segunda-feira, dia 16 de março.
De acordo com o autor da dissertação, na medida em que o Jornal Ìrohìn traz o pensamento de intelectuais negros, por meio de artigos e entrevistas que não aparecem na cultura de massa em geral, o Jornal cumpre um papel pedagógico importante. “Nós temos o esforço de reunir essa produção negra para consulta, mas ela ainda é sofrível no Brasil. E nesse sentido, o Ìrohìn traz matérias do passado e do presente. Então ele é importante do ponto de vista pedagógico”, destacou Lima.
Para Sueli Carneiro, professora doutora em Educação e membro da Geledés (Instituto da Mulher Negra), o fato de as pesquisas realizadas na Universidade de São Paulo, incorporarem temas e objetos como o Jornal Ìrohìn, é fundamental para desvelar saberes que são invisibilizados pela grande mídia e pelos meios de comunicação em geral. “Acredito que ao se abrir para pensar temas como esse, a universidade cumpre um dever da sua missão pública que é de incorporar temas de relevância para a população brasileira em geral, e, no caso do Ìrohìn pela abrangência que tem ao recortar o universo dos negros, sistematicamente silenciado”, diz.
Além disso, a dissertação, que pelo tema pesquisado poderia ter sido defendida nos cursos de comunicação ou história, foi realizada na Faculdade de Educação, o que garante uma especificidade na forma de abordagem do objeto. Para o professor doutor em educação, Rafael dos Santos, da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), que fez parte da banca examinadora, “a importância de defender na Faculdade de Educação é de mostrar que a construção de conhecimentos fora da escola pode contribuir para produção de conhecimento dentro dela, e mostrar que educação se dá em todos os espaços”, disse. Segundo ele, a escola é o meio educativo convencionalmente instituído e é importante que as minorias tenham acesso à escola, onde o conhecimento é legitimado. Por outro lado, “existem outros mecanismos de produzir saberes que precisam ser valorizados”, ressaltou ao falar do Ìrohìn.
De fato, um dos pontos levantados durante o caloroso debate da defesa da dissertação foi a invisibilidade do tema nas coberturas jornalísticas em geral, ainda que haja uma demanda cada vez maior por publicações voltadas ao publico negro. Para Sueli Carneiro, a mídia brasileira ainda está calcada numa visão branca e eurocêntrica, sendo essa a visão hegemônica na maior parte das coberturas. Enquanto isso, “existe uma demanda que não é atendida. Há nichos editoriais que não são atendidos e a nossa gente está revelando isso, buscando criar canais de opinião, de reflexão, de entretenimento, de moda, de beleza, que dêem conta do universo negro”, ressaltou.
Desafios Assim como qualquer pesquisa acadêmica, existem desafios e dificuldades encontradas, tanto do ponto de vista metodológico, quanto do ponto de vista da abordagem do objeto que são intrínsecas ao processo. No entanto, no caso desta pesquisa em específico, outras dificuldades e desafios precisaram ser transpostos. A professora doutora em Educação, Roseli Fischman, que orientou todo o trabalho, apontou a carga histórica que pesa sobre os ombros dos estudantes negros, como um dos mais difíceis desafios. “Eu tenho orientado muitos estudantes negros e existe uma coisa que é permanente com todas essas pessoas, que é o fato de pesar uma carga histórica muito grande”, disse.
Segundo a professora, isso vem diminuído nos últimos 15 anos, mas ela ainda vê diferenças na orientação prestada aos estudantes negros em relação aos estudantes brancos e de outras etnias.
“No caso dos negros existe essa carga adicional, uma carga histórica, como que uma sentença proferida de que “Não vencerás!””, afirma. “Isso se torna pra mim uma questão filosófica é como aquela imagem que vem a cabeça em Entre o passado e o futuro, de Hannah Arendt: como se houvesse um passado empurrando, que quer que chegue logo o futuro e o futuro que também eima em não chegar, que resiste. A pessoa fica no meio [...] tudo que a pessoa gostaria era de sair e olhar de cima, deixar que passado e futuro se resolvessem. Mas não é assim que acontece”, completa.
Outras dificuldades encontradas ao longo da pesquisa foi o fato se encontrar pouquíssima bibliografia escrita sobre imprensa negra. “Existe uma tese ou outra, mas não existem fontes abundantes, modelos prévios de metodologia”, disse Roseli. “A curta vida dos outros jornais de imprensa negra acabou deixando que algumas coisas se perdessem no tempo”. Além disso, houve certa dificuldade também para se estabelecer uma estrutura, o arcabouço da pesquisa. “Mas o Ariovaldo sistematizou tudo e deu conta”.
Para Roseli, orientar um trabalho sobre o Jornal Ìrohìn além de ser uma contribuição do ponto de vista da produção acadêmica, de garantir material para pesquisas futuras, foi também uma satisfação do ponto de vista pessoal. “Acredito que o Ìrohìn é um grande exemplo de uma luta não violenta, dentro da tradição do Luther King do combate não violento. Ao invés de ir para uma briga no braço, usa essa coisa do argumento, tenta convencer”, concluiu.
Por Ana Claudia Mielki
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 08:31 0 comentários
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domingo, 19 de abril de 2009
Soweto, símbolo da resistência, se divide em mansões e casas com teto de zinco
Mártir da luta contra o apartheid, Chris Hani, morto em 1993 por extremistas brancos, dá nome à avenida que corta o distrito do Soweto, dividindo-o em duas metades distintas.Para o sul, está o Soweto gravado no imaginário coletivo mundial, de grandes favelas com casas de teto de zinco e chão de terra alaranjada. Para o norte, intercalado com shoppings, escolas e hospitais, há um lugar com casas de tijolo de muro alto, jardins com grama cortada e eventualmente uma BMW virando a esquina. E que também se chama Soweto.Nenhum lugar na África do Sul adquiriu o simbolismo desse distrito de 1 milhão de pessoas (na verdade, uma coleção de 87 subdistritos), ao sudoeste de Johanesburgo, na resistência à segregação racial. Nelson Mandela e o arcebispo Desmond Tutu mantêm casas ali.Nos últimos anos, Soweto perdeu muito de sua homogeneidade, embora continue sendo quase 100% habitado por negros. Diepkroof, um subdistrito, surgiu no final do apartheid para abrigar negros com alguma escolaridade. Hoje lembra um condomínio fechado.Ali vivem profissionais liberais que trabalham no centro de Johanesburgo ou em Pretoria, a capital do país, a 50 km de distância. "As pessoas pensam nesse lugar como uma área de classe alta, e não como Soweto", diz Reabetswe Mogatusi, 19, estudante universitária.Diepkroof fica no alto de uma colina, de onde se avista a Soweto tradicional, de favelas intermináveis. O governo do CNA afirma ter construído 2,7 milhões de casas populares, algumas visíveis no local.Mas nada disso chegou, por exemplo, a Mutswalete, que tem o título de subdistrito, mas pode ser chamado de favela.Há luz nas vielas de chão de terra, mas não dentro das casas. "Usamos baterias de carro para ligar um radinho ou acender uma lâmpada", diz Innocent Sithole, 26. O maior problema é o desemprego. "Os empregos que aparecem são muito ruins", diz Floyd, 25, que vende cabritos para sobreviver.Mesmo assim, não há dúvida em quem Soweto vota. "CNA: poder para as pessoas!", responde Floyd. Ele é paciente: "O estrago de 50 anos [de apartheid] não tem como ser desfeito rapidamente". (FZ)
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 19:56 0 comentários
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Eleição sul-africana coroa ciclo turbulento
A eleição sul-africana da próxima quarta-feira coroa quatro anos de turbulência no país. O monolito político que era o Congresso Nacional Africano (CNA), partido que liderou a luta contra o apartheid e que capturou o poder desde o fim do regime, espatifou-se em uma ácida disputa entre o ex-presidente Thabo Mbeki e o virtual futuro presidente, Jacob Zuma."Superpotência" econômica e militar africana, a África do Sul dita os rumos do continente, e por isso a eleição vem sendo acompanhada de perto pelos países vizinhos.A guerra entre Mbeki e Zuma, vencido por este, teve um componente pessoal, de dois homens que passaram as três últimas décadas rivalizando à sombra do ícone Nelson Mandela, primeiro presidente pós-apartheid.No ano passado, após Mbeki ser alijado por Zuma primeiro da liderança do partido e depois da Presidência, parte de seus aliados promoveu o primeiro racha sério desde os anos 60 no quase centenário CNA.BispoFormaram o Cope (Congresso do Povo), que lançou o bispo metodista Mvume Dandala como candidato presidencial. Pela primeira vez, o CNA não pode mais se caracterizar como o partido dos negros contra uma oposição saudosista da discriminação racial.Não apenas Dandala é negro, mas seu partido é formado por pessoas com impecáveis credenciais antiapartheid."Esta eleição é tão importante quanto a de 1994 [que encerrou o apartheid]. É uma segunda transição política", afirma Justin Sylvester, analista do Instituto para a Democracia na África do Sul. A comparação pode ser exagerada, mas essa é uma eleição como nenhuma outra na história sul-africana. Mandela, hoje com 90 anos, apoia Zuma, e é esperado hoje num comício do candidato em Johanesburgo. (FÁBIO ZANINI)
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 19:53 0 comentários
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