sábado, 25 de junho de 2011

Sociólogo explica as causas da 'preguiça' paraense



25/06/2011 08h02 - Atualizado em 25/06/2011 08h44

Sociólogo explica as causas da 'preguiça' paraense

Éfrem Galvão diz que calor e umidade do ar obrigam a fazer sesta. 
Segundo ele, descanso após refeições faz parte da cultura amazônica.

Glauco AraújoDo G1, em São Paulo
O calor e a elevada umidade do ar em Santarém (PA) fazem com que a sesta seja um hábito para a população, o que muitas vezes provoca interpretações equivocadas para quem não conhece a cultura local. Para evitar uma visão preconceituosa a ponto de chamar os paraenses de "preguiçosos", o sociólogo Éfrem Galvão explica as razões culturais e climáticas para o costume da chamada "parada técnica" após as refeições.
"Isso vem desde os primeiros viajantes que passaram aqui no Norte, de origem europeia. Eles estranharam a rotina de vida aqui no Pará. O povo, que era tipicamente indígena, passava muitas vezes dias e mais dias remando pelos rios. Depois, ficavam meses deitados nas redes e fazendo filho, evidentemente. Isso chamava a atenção dos navegantes, que não conheciam os hábitos da região", disse Galvão.

Segundo ele, há outras motivações a serem levadas em consideração para a tal preguiça. "Essa parada que se faz aqui após o almoço é necessária. Isso é feito aqui por causa do calor, que chega a ser sufocante em determinado período do dia. Quem vem de fora sofre mais ainda. Não é só o calor intenso, mas é a umidade do ar que faz o mormaço. Isso, na  minha opinião, faz com que os indígenas tenham se caracterizado por essa indolência. Nós caboclos também temos sangue indígena na composição étnica amazônica."
Galvão considera que o efeito da sesta paraense no imaginário de turistas tenha virado uma lenda urbana. "Credito essa fama a uma espécie de lenda. Essa preguiça entre aspas é normal. Temos de lembrar que os índios são capazes de caçar, pescar e de dormir apenas três horas por noite. Eles ficam o restante do dia remando pelos rios. Ainda há muitas comunidades que ainda vivem de atividades primárias como essas. Muitos não são mais considerados indígenas natos, mas têm componentes culturais do índio."
O sociólogo disse que se o clima do Sudeste fosse igual ao do Pará o hábito da soneca após as refeições seria mais comum. "De certa forma, olho isso como um modus vivendi. Diferente das pessoas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. Nestas cidades não existe mais essa coisa de ir almoçar em casa. Aqui, saímos do quintal e vamos almoçar em casa."
Galvão, bem humorado, avisa que os turistas devem maneirar na gastronomia local quando visitarem Santarém. "O caboclo da Amazônia não é preguiçoso, é um trabalhador, apenas aprendeu a lidar com as condições climáticas desfavoráveis. São cerca de seis meses de calor intenso. Se o sujeito abusar na comida gordurosa ele vai ter de descansar depois. A temperatura aqui é terrível e o nosso ambiente é úmido. Aqui na Amazônia você fica cozinhando. Essa paradinha técnica é essencial", disse o sociólogo, que tem 76 anos e faz a sesta diariamente.





http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/06/sociologo-explica-causas-da-preguica-paraense.html

Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) Casamento coletivo de gays terá homem com buquê e mulher de calça


25/06/2011 07h12 - Atualizado em 25/06/2011 07h12

Casamento coletivo de gays terá homem com buquê e mulher de calça

Oito casais masculinos e quatro femininos participarão de cerimônia em SP.
Noivos vão se casar no religioso e terão reconhecimento de união estável.

Kleber TomazDo G1 SP
Noivas vão realizar sonho do casamento (Foto: Daigo Oliva/G1)Noivas Daniele e Patrícia vão realizar sonho do casamento (Foto: Daigo Oliva/G1)
Este sábado (25) será o grande dia para 12 casais homossexuais em São Paulo. Alguns homens já ensaiaram como vão entrar segurando o buquê. Outros fizeram uma inovação ao terno: pediram às costureiras para improvisar uma cauda longa. Parte das mulheres preferiu optar por uma vestimenta mais discreta: calças sociais. Nem todas gostam de véu, grinalda ou maquiagem exagerada.

Pelo terceiro ano seguido, a Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) em São Paulo, que aceita homossexuais e se intitula cristã evangélica, vai realizar um casamento coletivo de gays na véspera da 15ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

Desta vez, quatro casais femininos e oito masculinos vão unir seus votos de matrimônio durante uma cerimônia religiosa que ocorrerá no final desta tarde, a partir das 18h, no salão nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP (Universidade de São Paulo), no Centro da capital paulista.

Alguns dos casais que aceitaram conversar com o G1 afirmaram que irão vestidos como se sentem melhor.
Buquê e cauda“Vamos nos casar de casaco inglês. Meu companheiro vai todo de preto. O meu é um pouco modificado, feito de prata. Vai até o chão e terá uma cauda de 1,5 metro. Vou usar um buquê de copo de leite. Com certeza, numa comparação com uma cerimônia heterossexual, eu seria a noiva”, brinca o professor e músico Alexander Lucas Evangelista, de 30 anos, sobre os preparativos para o seu casamento com o tecnólogo Roberto Salvador Júnior, de 22 anos.
"Somos membros praticantes da igreja e também cantamos nos cultos. Somos normais como qualquer um. Chega de homofobia, chega de intolerância. Nossa união e a dos outros casais têm esse intuito também", diz Alexander, que conheceu Roberto na escada rolante do Metrô Sé. "Foi amor à primeira vista."
Lista de esperaO casamento gay comunitário já é tradição antes da Parada do Orgulho Gay, que ocorre neste domingo (26) na Avenida Paulista. Neste ano, no entanto, o número de casais é o dobro do registrado em 2010. Em 2009, quatro casais participaram da primeira cerimônia feita pela ICM.

“A celebração será coletiva e aberta ao público, sem qualquer discriminação. O objetivo do casamento é mostrar o apoio da igreja às relações homoafetivas. Todos são iguais perante Deus. Homossexualidade não é doença”, diz Cristiano Valério, que é gay e reverendo da Igreja da Comunidade Metropolitana. A ICM está ligada à Fraternidade Universal das Igrejas da Comunidade Metropolitana (FUICM), fundada em 1968 nos Estados Unidos.
Segundo o reverendo, mais de 20 casais estão na lista de espera para se casar pela ICM. "Realizamos casamentos todos os anos, desde 2006, quando a igreja surgiu em São Paulo. Mas na véspera da Parada sempre fazemos casamentos coletivos", afirma Valério.

União estávelEnquanto pastores vão consagrar o casamento religioso, representantes de um cartório da capital paulista estarão no local para registrar a união estável entre os casais do mesmo sexo, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 5 de maio, o STF reconheceu a união homossexual como entidade familiar.

“A gente decidiu fazer a união estável porque adquirimos um imóvel. Estamos juntos há dez anos. Eu não quero amanhã saber que eu morri e um projeto que foi meu e de meu companheiro seja tirado dele por um familiar. Existe a necessidade desse reconhecimento legal, por conta de bens que temos construído em conjunto, igual a qualquer casal heterossexual”, diz o enfermeiro José Luiz Viana da Silva, de 49 anos, que mora com o companheiro há oito anos no estado do Rio de Janeiro.
“Antes da decisão do STF em reconhecer a união estável entre gays tudo era mais difícil. Sorte a minha que meu patrão já havia aceitado incluir meu companheiro como dependente no plano de saúde. Pena que nem todos pensam como ele”, afirma o enfermeiro Viana da Silva.
Provisorio (Foto: provisorio)O casal Roberto Salvador Júnior, de 22 anos, e Alexander Lucas Evangelista, de 30, se conheceu na escada rolante do metrô da Sé; 'vou usar um buquê de copo de leite', diz Evangelista (Foto/ Divulgação)

Noivas e mãesPara as noivas Daniele Fabiana de Paula Galvão da Silva, de 29 anos, e Patrícia Elaine Oliveira Batista, de 31, que moram juntas há dois anos, o casamento gay e o reconhecimento da união estável da qual elas irão participar contará com o apoio de seus filhos.

“Todo mundo está eufórico aqui. Eu, minha noiva e nossos três filhos. Na verdade, são dois filhos da minha companheira, de 6 anos e 11 anos, que eu considero como meus filhos também. E uma sobrinha de 11 anos da Patrícia que é como se fosse nossa filha. A menina perdeu a mãe e estou tentando entrar na Justiça com um pedido de guarda compartilhada. A união estável nos ajudará com isso. Será a realização de um sonho. De uma família feliz”, diz a monitora de segurança Daniele.

Assim como Patrícia, Daniele também teve um relacionamento heterossexual no passado, quando esteve casada com um homem. “Mas gay nasce gay. Eu sempre fui gay, mas só me descobri gay depois de um tempo”, diz a monitora, que afirma não interferir na sexualidade das crianças. "Elas moram conosco e aceitam bem nosso relacionamento. Quando elas olham um casal igual, elas não têm a malícia do sexo, coisa que acontece com alguns adultos.”

Segundo Daniele, o que a está deixando mais preocupada agora é a hora do ‘sim’. “Estou ansiosa. Quero ficar bem linda para minha amada. Não vamos usar vestido. Isso não combina com a gente. Vamos usar uma calça social, um blazer. O menino menorzinho é quem vai levar as alianças. Meu coração está a mil.”
Noivas vão contar com o apoio dos filhos (Foto: Daigo Oliva/G1)Noivas vão contar com o apoio dos filhos (Foto: Daigo Oliva/G1)



http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/06/casamento-coletivo-de-gays-tera-homem-com-buque-e-mulher-de-calca.html

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Russos se desculpam, mas Roberto Carlos diz não querer mais jogar Lateral já sofreu racismo em duas oportunidades desde sua chegada ao país europeu


Russos se desculpam, mas Roberto Carlos diz não querer mais jogar

Lateral já sofreu racismo em duas oportunidades desde sua chegada ao país europeu

Gazeta 23/06/2011 20:48
Os russos fizeram a sua parte para tentar se redimir da banana atirada contra Roberto Carlos, nessa quarta-feira, durante a vitória por 3 a 0 do Anzhi Makhachkala sobre o Krylia Sovetov. Até a Embaixada da Rússia no Brasil pediu desculpas ao lateral esquerdo. Mas o veterano se disse desmotivado para continuar jogando.

No final do jogo, quando o placar já estava definido, Roberto Carlos viu uma banana ser atirada em sua direção, a pegou do chão, mostrou ao árbitro e logo tirou sua braçadeira de capitão, deixando o campo. Na saída, apontou para as arquibancadas fazendo o sinal de "dois" com os dedos, lembrando que um torcedor do Zenit já havia lhe oferecido uma banana em março."Estou profundamente chateado. Não tenho nenhuma vontade de voltar a jogar", disse Roberto Carlos ao jornal russo Sport Express. "Estou indignado pelo asqueroso comportamento do torcedor que, com sua ação, não só me insultou, mas também a todos em campo e a todo o futebol russo. Atos deste tipo não deviam ser tolerados em países civilizados", continuou.
"Saí porque me senti desapontado, não tinha mais o desejo de permanecer no jogo. Eu faria o mesmo se estivesse outro placar. Já é o segundo caso similar em um curto período de tempo que jogo na Rússia. Isso também me machuca muito porque a maioria das pessoas no país é acolhedora e benevolente com os jogadores, incluindo os estrangeiros. Infelizmente, existem também esses idiotas", continuou.
Roberto Carlos abandona o jogo. Assista
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O jogador exige que as autoridades do futebol em todo o mundo tomem atitudes contra atos racistas. "Espero que a Federação Russa, a Uefa e a Fifa tenham a reação adequada para este incidente desagradável. Coisas assim não devem ser toleradas em países civilizados", reforçou.
Sergey Fursenko, presidente da Associação Russa de Futebol, já se manifestou. "Roberto Carlos é um dos mais importantes nomes que já chegaram à Rússia para elevar o nível do campeonato e do interesse do público. Ele foi ofendido de uma forma absolutamente descarada. A punição será a mais severa possível", prometeu o dirigente.


O Krylia Sovetov diz já ter identificado o autor do ato. "Identificamos o vídeo do incidente e é possível ver quem é o criminoso. Não sabemos o nome, a identidade não pode ser comprovada ainda. Esperamos que não aconteça novamente. Samarava é uma cidade benevolente e tolerante, visto nossa indignação sincera. A direção da equipe Krylia Sovetov fará todo o possível para identificar e castigar o canalha que cometeu o ato racista", disse o clube em nota no site oficial.
Do Brasil, a Embaixada Russa emitiu comunicado dizendo compartilhar "o constrangimento e a indignação de todas as pessoas civilizadas da Rússia, do Brasil e de todo o mundo, causados com o ato ofensivo e provocador. [...] As medidas para procurar o responsável por esse gesto bizarro e totalmente inaceitável que jamais pode ser chamado de torcedor já estão sendo tomadas. Condenamos com veemência quaisquer manifestações dessa natureza e temos certeza de que esse ato lamentável, que deixou envergonhada toda a comunidade dos torcedores russos e todas as pessoas do bem no nosso país, não afetará as relações de amizade e respeito mútuo entre os povos da Rússia e do Brasil."

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Terreiro de Oxumarê, Salvador, Bahia: falecimento de Cidinho de Oxalá


A casa de Oxumarê vem comunicar que perdemos mais um pouco de nossa história, faleceu  um dos ogans antigo da casa. Cidinho de Oxalá, seu enterro será hoje ás 15 horas no Cemitério Municipal no Bairro de Brotas.

Ogan Cidinho foi escolhido para cuidar da Nana de Egbomy Marieta como esta veio a falecer antes de sua confirmação, ele se recusou a ser confirmado em outros momentos. Para  Ogan Erenilton de Omolu o axé perde um grande nome .

Ogan Cidinho faleceu com 77 anos, deixando lembranças para as novas gerações da casa de Oxumarê. Em momentos diversos ele demonstrava seu descontentamento pela forma como o candomblé é tratado hoje segundo ele “No passado nada se escrevia, tudo era passado de boca a ouvido, escrever mostrava desrespeito, não só a religião como aos próprios orixás”, Ele afirmava que candomblé se aprende na pratica, no cotidiano dos terreiros.

Para Egbomy Soninha de Oxalá filha de Ya Nilzete, Ogan Cidinho era um homem carinhoso com todos da casa. Quando ela fez santo ele foi uma das pessoas que o recebeu com muito carinho, pois além das palavras de conforto e de prosperidade ele tinha muito carinho com meu santo  adorava cantar para Oxalá  e os demais orixás da casa ”. Completou

Informações: 71-3231-0922 - Terreiro de Oxumarê \ Luciane Reis – 71-9959-2350 \ 8782-779 – Yaó de Oxumarê

23/06/2011 08h02 - Atualizado em 23/06/2011 08h02 Polícia apreende pés de maconha em seita que defende o uso da droga


23/06/2011 08h02 - Atualizado em 23/06/2011 08h02

Polícia apreende pés de maconha em seita que defende o uso da droga

Apreensões foram feitas em Americana, no interior de São Paulo.
Polícia acredita que parte da droga tenha sido comprada de traficantes.

Do G1 SP
A polícia apreendeu em Americana, no interior de São Paulo, 26 mudas de pés de maconha na sede de uma seita que defende o uso da droga, nesta quarta-feira (22). O representante da igreja conhecida como rastafári é procurado pela polícia. Esta é a segunda vez que ele é indiciado por tráfico.
Na chácara onde funciona a seita, a polícia também encontrou outros seis pés de maconha cultivados em um jardim, dois pés já secos, 600 gramas de maconha prontos para o consumo e óleo de cereais usados no preparado da droga.
A polícia acredita que parte do entorpecente tenha sido comprada de traficantes.