quinta-feira, 1 de julho de 2010

O negro no topo intimida

Nº. 25
EDITORIAL
O negro no topo intimida
Edson Lopes Cardoso
edsoncardoso@irohin.org.br
Comentando o filme “Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei”, Marcelo Coelho, articulista da “Folha de S. Paulo”, disse que, nos anos 60, a imagem de um negro no topo da pirâmide social intimidava os brasileiros ( edição de 03.06.2009).

Por que se assustavam os brasileiros, o que temiam ou receavam? Parece natural supor que os brasileiros que estavam no topo da pirâmide receassem simplesmente ficar fora dele. Deixar o topo da pirâmide social deve ser mesmo uma coisa assustadora.

Isso foi há cinqüenta anos, mas há evidências de que o referido temor não tenha ficado restrito ou localizado na década de 60 do século passado. “É esse debate alarmado e alarmista, pautado pelo racismo científico do século XIX, que acompanhamos ao longo desse livro”. Estas são palavras de Célia Maria Marinho de Azevedo, no Posfácio à 2ª edição do indispensável “Onda Negra, Medo Branco” (Annablume, 2004). Onda negra que se forma, na visão de senhores de escravos no século XIX, a partir das “ações anárquicas da ‘gente de cor’, as quais pretendem nivelar a sociedade com seu desrespeito à hierarquia social, à família, à propriedade” (p. 246).

O deputado federal Ìndio da Costa (DEM-RJ) participou do grupo de trabalho que discutiu reforma eleitoral na Câmara dos Deputados. Sua reação enfática à sugestão de inclusão do quesito cor/raça no projeto de lei então em elaboração baseou-se no argumento de que, se houvesse identificação da cor/ raça dos candidatos, os negros em seguida reivindicariam cotas na representação partidária. Uma reivindicação, como se sabe, que é expressão de desrespeito à hierarquização social e política. Com exceção de dois votos femininos, seu conselho de prudência foi acatado pelos demais parlamentares.

No dia 16 de junho, o deputado Carlos Santana (PT-RJ) encaminhou, por sugestão do Ìrohìn, uma indicação (INC 4349/2009) ao Tribunal Superior Eleitoral, propondo a introdução do quesito cor/raça, nos termos adotados pelo IBGE, nos formulários de registros de candidaturas eleitorais, e a ampla divulgação de informações sobre candidatos e eleitos, segundo cor/raça, a toda a sociedade brasileira.

É um caminho possível e o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do TSE, expressou ao deputado Carlos Santana, a Regina Adami, Graça Santos e ao representante do Ìrohìn seu interesse em discutir o processo de afirmação identitária no campo da política. Quantos negros, quantos índios se candidatam? Quantos se elegem?

A omissão, no registro das candidaturas, da cor dos candidatos é reveladora dos limites da democracia no Brasil. É expressão da dominação racial no campo da política e os partidos não parecem dispostos a negociar nada que possa alterar os desequilíbrios de poder entre brancos e não-brancos.

Em março, comentei no site do Ìrohìn (www. irohin.org.br) resultado de pesquisa do Ibope, segundo a qual “77% dos entrevistados afirmaram que votariam em um homem negro e 75% elegeriam uma mulher negra para qualquer cargo público, número maior dos que votariam em mulheres de qualquer raça”.

A pesquisa ilustrava a existência de pessoas dispostas a votar em candidatos que, a rigor, não existem. Semelhante concepção da identidade política poderia parecer estranha, mas o fato é que a mobilização política do negro passa mesmo ao largo dos partidos.

Se existe um critério objetivo para avaliar a abertura partidária para o tema da luta contra o racismo e a superação das desigualdades raciais, a partir do início dos anos 80, esse critério é a composição étnico-racial das bancadas federais, estaduais, municipais.

Pesquisa realizada pela revista Época e o Instituto FSB com 247 congressistas incluiu uma questão sobre a representatividade do negro no Congresso Nacional: Muito alta - 0,4%; Alta - 3,3%; Mediana - 16,7%; Baixa - 47,3%; Muito baixa - 32,2% (Época, edição de 6 de julho de 2009, nº 581, p.44). Embora cerca de 80% dos parlamentares considerem que o negro está mal representado no Congresso Nacional, isto não significa que estejam dispostos a alterar o grave quadro de exclusão. A argumentação do deputado Ìndio da Costa, como vimos, só encontrou a resistência de dois votos femininos e as mulheres são apenas 7% dos parlamentares.

Na noite da quinta-feira 29.05.2009, em intervalo do “Jornal Nacional”, da Rede Globo de Televisão, foi ao ar mais um programa do Partido dos Trabalhadores. Eram claros todos os personagens que tinham expressão partidária, institucional ou sindical. Eram escuros os representantes do povo agradecido e o apresentador do programa.

No “governo de todos”, a parte que representa o todo é clara. Os escuros, emocionados e dramáticos, agradecem as benfeitorias. O programa do partido mais “popular e democrático” tem a força da evidência que nenhuma manipulação verbal pode ocultar. Os negros não são visíveis nas propagandas partidárias, nem o são também no Congresso Nacional, em Assembléias e Câmaras. Menos ainda nos cargos executivos.

A pesquisa do Ibope revela uma dinâmica acentuada de parte da sociedade brasileira, que coexiste com persistentes limitações no seio dos partidos e nas estruturas do Estado quanto às formas de representação da diversidade étnicoracial. O negro é dimensão do eleitorado a ser levada em consideração ( na TV os apresentadores - modelos e atores - e o povo agradecido ou indignado expressam os limites da preocupação com o voto), mas deve ser excluído da participação política que lhe permitiria acesso ao poder. Como dizia Lima Barreto, em seu “Diário Ìntimo” (p. 82), “É singular essa República”.

http://www.irohin.org.br/imp/template.php?edition=25&id=212

terça-feira, 29 de junho de 2010

Netinho diz que aliança com petistas precisava de "escurecida"

Netinho diz que aliança com petistas precisava de "escurecida"
Cantor e apresentador Netinho de Paula roubou a cena durante a convenção do PT e enalteceu a candidatura de um negro ao Senado

Matheus Pichonelli. iG São Paulo | 26/06/2010 17:13Mudar o tamanho da letra:A+A-
O cantor e apresentador Netinho de Paula, vereador e candidato do PC do B ao Senado, roubou a cena neste sábado durante a convenção do PT que oficializou a candidatura de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, ao cantar para os cerca de 8 mil militantes presentes ao evento a música Cohab City, sua canção mais conhecida e que fez sucesso nos anos 1990 com o grupo Negritude Junior.

Antes de começar a cantar, o vereador pediu ajuda da bateria da Mancha Verde, que compareceu em peso à convenção para apoiar um candidato do PT do B apoiado pela torcida palmeirense. Quando voz e “percussão” se entenderam, ele entoou: “Vai ficar legal, pagode na Cohab no maior astral...”.


Foto: Agência Estado
Netinho de Paula rouba a cena em convenção do PT
Mercadante diz que o PT demorou a dialogar com São Paulo
Temer desdenha aliança com tucanos em São Paulo
Quebrando o protocolo, Netinho disse, em seu discurso, que não citaria o nome de todos os aliados presentes “porque aqui é tudo mano”. Em sua campanha, ele tem usado a ligação com a periferia, onde se criou, e o fato de São Paulo jamais ter eleito um candidato negro para o Senado para alavancar a campanha. Contou que, dois meses atrás, olhou para um painel com as fotos de Lula, Dilma Rousseff, Marta Suplicy e Mercadante e pensou que a campanha “estava precisando dar uma escurecida”.

“Como vai mudar se não tiver representação do povo do gueto. Por que o negro não pode [ser eleito senador]?”, questionou o cantor, que disse estar no meio do povo ao apontar um painel instalado no fundo do centro de convenções em que, afinal, aparecia na foto oficial ao lado das lideranças petistas.



Morumbi

Na mesma linha do companheiro de chapa, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy disse que São Paulo tem a chance neste ano de eleger pela primeira vez um negro e uma mulher para o Senado e para a Presidência. “Mal da garganta”, como explicou, ela usou parte do seu discurso para alfinetar o governo do PSDB, que há 16 anos governa o Estado de São Paulo.

Lembrou do episódio em que policiais civis e militares entraram em conflito durante uma greve promovida pelos primeiros durante a gestão Serra e disse que “ninguém mais acredita na situação da educação de São Paulo”. Até mesmo o fato de o Morumbi, que é um estádio privado (pertence ao São Paulo Futebol Clube), ter ficado de fora da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, foi usado por ela para ilustrar uma suposta decadência vivida pelo Estado. Quase no fim, disse para Mercadante: “você vai fazer nosso estádio acontecer em São Paulo. Eu e Netinho estaremos cuidando desse estádio no Senado”.

O jingle da campanha de Marta ao Senado diz: "Estou outra vez do seu lado, você tem estrela, é a nossa primeira mulher no Senado". A convenção ratificou também o presidente da Câmara de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues (PR), à suplência de Marta no Senado

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/netinho+diz+que+alianca+com+petistas+precisava+de+escurecida/n1237684537008.html

Michael vive Um ano após sua morte, cantor continua a vender milhões de discos

Sexta-feira, 25 de junho de 2010 - 02:49
Michael vive

Um ano após sua morte, cantor continua a vender milhões de discos


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Divulgação

Eterno Michael: a dança, as canções, o vestuário, enfim, o rei do pop
Marco Bezzi
Agência BOM DIA

Nesta sexta-feira, os passos de um bailarino que nasceu negro e morreu branco serão recordados por uma imensa comunidade em todo o mundo.

Neste mesmo dia, há um ano, as notícias desencontradas num fim de tarde davam conta que Michael Jackson havia morrido. O Rei do pop, que acabara de marcar seu retorno aos palcos para 50 shows em Londres, havia sucumbido a doses cavalares de medicamentos. Sua morte levantou suspeitas, dúvidas e polêmicas.

Mas, mais do que isso, amplificou o status da marca Michael Jackson em todo o mundo. Na época, o cantor vinha enfrentando uma baixa de popularidade.

Os 50 espetáculos marcados na Arena O2 seriam a maneira de Jackson levantar dinheiro e voltar ao centro dos holofotes. Os ingressos esgotados e o entusiasmo dos fãs pelos concertos foram o aperitivo do que estava por ocorrer após a sua morte inesperada, naquela quinta-feira no mês de junho de 2009.

Durante toda a semana, a TV brasileira foi bombardeada pelos passos de um mágico. Especiais, documentários, clipes e o filme “This Is It” foram atrações de diferentes canais da TV aberta e a cabo – e as homenagens continuam nesta sexta-feira e se estendem até domingo.

Números
O apelo popular que Michael Jackson mantém entre seus súditos pode ser medido pelos números que o cantor ostenta após sua morte. A Sony Music contabiliza estimadamente 31 milhões de discos vendidos por todo o mundo desde a sua morte.

No Brasil, só no ano passado, foram vendidas 600 mil cópias de seus discos em catálogo. Sua família espera arrecadar US$ 250 milhões entre a vendagem de discos e a arrecadação do filme “This Is It”, neste período de 12 meses após a morte.

São números que impressionam. E que devem continuar a compor a fortuna de Jackson e seus herdeiros, os filhos Prince Michael I, de 13 anos, Paris Michael, de 12, e Prince Michael Jackson II (Blanket), de 5.

Durante a última feira de videogames Exposición E3, a companhia Yves Guillemot confirmou que fechou um acordo com a família Jackson para lançar um jogo de Michael Jackson.

Era o que faltava para conquistar crianças e jovens que não foram expostos ao sucesso explosivo que Jackson protagonizou nos anos 80, especialmente com seu álbum “Thriller”, de 1982.

Homenagens
Em Los Angeles, no fim de semana do dia 25, diversas homenagens serãos prestadas ao cantor em hotéis e casas noturnas. De acordo com o site TMZ – o primeiro a noticiar sua morte –, em nenhum desses eventos sua família deverá comparecer.

No programa “O Melhor do Brasil” (Record), no dia 26, o apresentador Rodrigo Faro irá homenagear Jackson com três danças, em “Thriller”, “Beat It” e “Billie Jean”. Os canais Multishow, GloboNews, VH1 e MTV também dedicam horas e mais horas ao cantor – nascido no dia 29 de agosto de 1958, em Gary, Indiana —, durante toda esta semana.

Na MTV, Michael Jackson apareceu dando seu famoso passo Moonwalk na programação da semana inteira, por meio de especiais sobre a vida do cantor, muitas horas de clipes, a influência dele para mundo pop, além de quadros e matérias dentro da programação do canal.

Silêncio
Com relação a lançamentos e especiais, gravadoras e distribuidoras de filmes se mantiveram em silêncio. A Copa do Mundo foi um dos impedimentos para que novos produtos do Rei fossem divulgados agora – mas, com certeza, deverão surgir, e aos montes: afinal, estamos falando de Michael Jackson.

Sim, o mesmo menino que nasceu com suingue nos pés, foi criado por um pai austero e que cresceu infeliz. O eterno menino, que tinha medo de crescer.

Que virou o artista, o mito, e cravou seu nome na História, reverberando seu talento nos quatro cantos do mundo. Já sua morte foi seu renascimento na indústria da música e do cinema. É esperar pelos próximos passos.

http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Viva/23414/Michael+vive

Cotas na UFRJ: 10% das vagas e mil computadores para alunos carentes

29.06.10 às 01h15


Cotas na UFRJ: 10% das vagas e mil computadores para alunos carentes
Proposta será votada em agosto. Este ano, metade das chances serão garantidas pela nota do Enem
POR MARIA LUISA BARROS

Rio - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) deverá reservar 10% das vagas nos cursos de graduação para candidatos cuja renda familiar per capita não exceda um salário mínimo. Além das cotas, a instituição vai ampliar a política de apoio ao estudante carente oferecendo mil bolsas-auxílio, sendo 600 no primeiro semestre de 2011 e 400 a partir de julho.

Os mil novos alunos selecionados pelo critério de renda receberão bilhetes únicos eletrônicos para o transporte e netbooks. Os estudantes que chegam com deficiência em matérias do Ensino Médio terão, no primeiro ano do curso, disciplinas de reforço em Português, Inglês, Cultura Brasileira, Computação e Matemática.

Metade das vagas, já incluídas as cotas, deverá ser preenchida, a partir deste ano, pelos estudantes melhor colocados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os candidatos serão aprovados por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As vagas restantes continuarão sendo oferecidas pelo vestibular tradicional. A proposta do reitor Aloísio Teixeira ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Universitário da instituição (Consuni), que se reunirá em agosto.

Para concorrer em qualquer uma das duas modalidades, o candidato deverá estar inscrito no Enem deste ano — as inscrições vão até 9 de julho pelo site http://enem.inep.gov.br.

Candidatos a vagas na segunda chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já podem conferir a relação dos aprovados pela Internet (www.mec.gov.br). Os estudantes selecionados deverão comparecer à instituição de ensino para a qual foram selecionados nesta quinta e sexta-feira, para efetuar a matrícula.

A relação dos documentos pode ser consultada no boletim individual ou nas 15 universidades e 17 institutos federais que aderiram ao sistema. Se sobrarem vagas, haverá terceira chamada em 8 de julho.

http://odia.terra.com.br/portal/educacao/html/2010/6/cotas_na_ufrj_10_das_vagas_e_mil_computadores_para_alunos_carentes_92112.html

domingo, 27 de junho de 2010

Tribunal rejeita lista com nome de Hédio

Tribunal rejeita lista com nome de Hédio
Por: Redação - Fonte: Afropress - 25/6/2010

S. Paulo - Alegando que em três votações, nenhum dos integrantes atingiu o quórum suficiente, o Tribunal de Justiça de S. Paulo rejeitou a lista com o nome do advogado e ex-Secretário de Justiça, Hédio Silva Jr., uma das principais lideranças do Movimento Negro brasileiro, que disputava uma vaga de desembargador pelo quinto constitucional.

A Constituição Federal determina que um quinto dos lugares dos Tribunais deve ser composto por membros da advocacia e do Ministério Público indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de represetnação das respectivas classes.

Listas

Recebidas as indicações, o Tribunal compõe a lista tríplice e envia ao governador, que é quem indica o nome do desembargador de cada lista.

No final de maio, a OAB/SP havia entregue as quatro listas, cada uma contendo seis nomes de advogados candidatos a desembargadores pelo quinto constitucional. Entre os 24 nomes estavam os nomes de Hédio e da ex-secretária, professora Eunice Prudente, cuja lista também foi rejeitada.

Reunido na última quarta-feira, porém, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça, rejeitou duas listas – justamente as duas em que constavam os nomes de Hédio e Prudente – e escolheu três advogados de cada uma das outras duas aprovadas.

A alegação é de que na segunda e na terceira lista, nos três escrutínios, nenhum dos integrantes alcançou quórum suficiente. O Tribunal paulista vai devolver os nomes para a OAB.

Aprovados

Na primeira lista aprovada, o advogado Adem Bafti foi o mais votado (22 votos). Miguel Ângelo Brandi Júnior ficou em segundo lugar (21 votos), seguido por Mauro Abalen Sant'Ana (17). Na segunda lista aprovada, o nome mais lembrado pelos desembargadores foi o de Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho, que recebeu 21 votos. José Carlos Costa Netto obteve 15 votos e Hugo Crepaldi Neto, 13.

Na votação da segunda e da terceira lista (veja abaixo os nomes dos advogados) houve três escrutínios, mas nenhum dos seus integrantes alcançou quórum suficiente. O Tribunal paulista devolverá os nomes para a OAB-SP.
es de cada uma das quatro listas.

Veja as listas rejeitadas pelo Tribunal:

2ª Lista
1. Alberto Gosson Jorge Junior
2. Heitor Estanislau do Amaral
3. Hédio Silva Junior
4. Leo Marcos Bariani
5. Patrícia Rosset
6. Roseli Katsue Sakaguti

3ª Lista
1. César Eduardo Temer Zalaf
2. Ênio Moraes da Silva
3. Eunice Aparecida de Jesus Prudente
4. Maria Helena Cervenka Bueno de Assis
5. Martha Ochsenhofer
6. Sandra Maria Galhardo Esteves

http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?id=2262