domingo, 2 de maio de 2010

Judeus celebram aniversário de 150 anos do fundador do sionismo

02/05/2010 10h10 - Atualizado em 02/05/2010 10h43

Judeus celebram aniversário de 150 anos do fundador do sionismo
Nascimento de Theodor Herzl é comemorado em Budapeste e Viena.
Para historiadores, sua atuação foi fundamental para a criação de Israel.
Agencia EFE
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As cidades de Viena e Budapeste lembram neste domingo o 150º aniversário do nascimento do jornalista e escritor austro-húngaro Theodor Herzl, criador do sionismo político e 'pai intelectual' do Estado de Israel.

Herzl, que viveu até os 17 anos em Budapeste e o resto de sua vida em Viena, ocupa um lugar de destaque na historiografia judaica.

"(Herzl) é um dos maiores. É uma espécie de Moisés moderno. Ele mudou totalmente a autoestima dos judeus", declarou à Agência Efe em Viena o historiador e escritor Doron Rabinovici.

A teoria de Herzl era de que, com a existência de um Estado próprio, os judeus poderiam ser fortes, algo "revolucionário" para um povo que tinha sofrido violentas perseguições durante séculos.

Com a chegada do sionismo, "os judeus se transformaram em protagonistas da história e deixaram de ser indefesos. Esta foi a grande conquista de Herzl", explica o autor austro-israelense.

Para lembrar Herzl e sua visão de um lar nacional para os judeus, as comunidades hebraicas de Viena e Budapeste realizam atos em suas respectivas sinagogas centrais neste domingo.

Theodor Herzl nasceu em 2 de maio de 1860. Ele fazia parte de uma família judia de Budapeste que falava alemão em casa e apenas participava da vida religiosa da comunidade judaica local.

Em 1877, Herzl se mudou para Viena, onde estudou Direito e sentiu na pele o crescente antissemitismo austríaco, não só religioso, mas político e racial.

Apesar disso, em seus anos de estudante, esteve ligado a setores pan-germanistas, foi um admirador fervoroso de personagens como Martinho Lutero, Otto von Bismarck e Richard Wagner, além de ser um convencido defensor da assimilação dos judeus.

No entanto, ao terminar seus estudos universitários, viu que, como judeu, não poderia fazer carreira na administração pública, como desejava, e por isso decidiu se dedicar ao jornalismo.

Em 1891, aceitou a oferta de se mudar para Paris como correspondente do jornal "Neue Freie Presse", de Viena, então um dos diários de maior prestígio da Europa.

Na capital francesa, Herzl experimentou uma nova forma de antissemitismo, mais sutil do que a de Viena, o que fez amadurecer nele a ideia de elaborar uma solução revolucionária para o que er chamado então de "questão judia".

Um ponto de inflexão para o jornalista foi o processo em 1894 contra o militar judeu francês Alfred Dreyfus, acusado de espionagem e condenado com provas falsas e calúnias antissemitas.

Após seu retorno a Viena, Herzl se dedicou a elaborar sua ideia do sionismo. Em 1896, publicou "O Estado Judeu - Tentativa de uma Solução Moderna para a Questão Judaica".

Sua obra, de apenas 85 páginas, teve uma recepção que oscilou entre o grande entusiasmo e a mais cética rejeição.

Apesar das críticas, Herzl insistiu em sua visão de criar um Estado judeu, fosse na América, África ou Palestina, e convocou para agosto de 1897 o primeiro Congresso Sionista Mundial.

Nesta reunião, realizada em Basiléia (Suíça), Herzl apresentou pela primeira vez suas ideias para um grande público. "Queremos lançar a pedra fundamental para uma casa que aloje a nação judaica", afirmou então.

Sua visão era a de um Estado moderno, secular e poliglota, que seria um modelo para o resto de mundo.

"Ele era um nacionalista liberal e se irritava com os nacionalistas que queriam erradicar a relação com os árabes", explica o historiador húngaro Attila Novák, autor de uma biografia de Herzl.

Após o sucesso do primeiro Congresso Sionista, passou a viajar pela Europa e à Palestina para tentar convencer políticos, comunidades judaicas e também aos árabes das vantagens de um Estado judeu no Oriente Médio.

Em seus últimos anos de vida, Herzl sofreu revezes como o de ver sua ideia rejeitada pelo Império Otomano, então responsável pelo território da Palestina.

A alternativa de um estado judeu na Argentina ou em Uganda causou uma rebelião dentro do movimento sionista, que no final acabou por concentrar-se na Palestina como único lugar possível para satisfazer o nacionalismo judeu.

Herzl continuou sendo o líder do movimento sionista, mas seu intenso ritmo de trabalho acabou contribuindo para sua precoce morte em 1904, aos 44 anos de idade, devido a problemas cardíacos.

Sua visão se tonrou realidade quase 50 anos depois do congresso de Basiléia, quando a ONU decidiu dividir a Palestina em um estado judeu e outro árabe.

E como tinha antecipado o próprio Herzl em suas obras, os judeus tiveram que passar por um desastre maior para reconhecer a necessidade de criar seu próprio país.

"O paradoxo do Estado de Israel é que, para sua fundação, o Holocausto teve que acontecer primeiro", assegurou Novak.

O impacto psicológico da mera existência de Israel é enorme para os judeus, apesar dos graves problemas do país, tanto internamente como na relação com seus vizinhos árabes.

"Se um judeu vive hoje em Nova York, Paris ou Moscou, já não está no exílio como antes. A diáspora deixou de ser um exílio. O exílio e sua maldição terminaram", conclui Rabinovici.

Polícia de Nova York desarma bomba em carro na Times Square

02/05/2010 04h12 - Atualizado em 02/05/2010 07h55

Polícia de Nova York desarma
bomba em carro na Times Square
'Poderia ter sido um evento bastante mortal', afirmou o prefeito de NY.
Região segue interditada no começo da madrugada de domingo (2).

Do G1, com agências internacionais*

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A Polícia de Nova York informou na madrugada deste domingo (2) que desarmou a bomba que estava dentro de um carro encontrado na região de Times Square na noite deste sábado, sem a necessidade de explosões.

Estava na região da Times Square na hora? Mande fotos e vídeos ao VC no G1


Em entrevista coletiva dada no local no começo da madrugada, o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, afirmou que a bomba colocada na van estacionada entre a Rua 45 e a 7ª Avenida aparentemente foi feita de "maneira amadora". Uma explosão, no entanto, poderia ser fatal, e a polícia evitou uma tragédia, disse o prefeito.

Poderia ter sido um evento bastante mortal. Não temos ideia de quem fez isso e por quê"Michael Bloomberg, prefeito de NY"Poderia ter sido um evento bastante mortal. Não temos ideia de quem fez isso e por quê", afirmou Bloomberg, ressaltando que a polícia trabalhará para identificar os responsáveis pelo carro-bomba. Imagens de câmeras de segurança foram analisadas, mas nenhum suspeito foi apontado.Outras câmeras serão verificadas.

O prefeito contou ainda que um vendedor que trabalha na região avisou a polícia por volta das 18h30 locais (19h30 no horário de Brasília), depois de ver fumaça saindo do veículo. O fato de que a placa não coincidia com o modelo do automóvel fez com que a polícia evacuasse e isolasse imediatamente o perímetro entre as ruas 42 e 47.

No fim da noite, um oficial do Corpo de Bombeiros de Nova York afirmou a agências de notícias que a van continha explosivos, gasolina, propano e fios queimados.

O chefe do Departamento de Polícia de Nova York, Raymond Kelly, detalhou na mesma entrevista coletiva de Bloomberg que no interior do veículo havia cilindros de gás propano e galões de gasolina, assim como fogos de artifício de consumo doméstico, dois relógios, cabos e outros materiais, e qualificou a bomba de "improvisada".


Parte da Times Square foi esvaziada às pressas na noite deste sábado (1º), enquanto esquadrão antibombas trabalhava no local para inspecionar veículo suspeito (Foto: Cary Horowitz/Reuters)Por volta da meia-noite no horário local, o porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York Paul Browne havia confirmado que se tratava de um carro-bomba. O esquadrão antibombas trabalhou durante toda a noite para desarmar o artefato e procurar outros explosivos na região. Robôs foram usados na operação.

Segundo Browne, o carro suspeito soltava fumaça e um bombeiro viu um clarão de luz em seu interior. De acordo com a Reuters, um bombeiro teria presenciado uma "miniexplosão" no interior do carro uma hora e meia antes da interdição da rua.

Ação foi elogiada por Obama


Quadras da Times Square foram evacuadas (Foto:
Craig Ruttle/AP)Os clientes dos teatros e restaurantes da região – que abriga o famoso circuito de musicais da Broadway – foram instruídos a permanecer no interior dos locais ou deixar a área. No entanto, apenas policiais e bombeiros puderam entrar no perímetro isolado, por volta das 21h locais (20h em Brasília).

No começo da madrugada, o presidente Barack Obama elogiou a "rápida ação" da polícia no caso. Um comunicado emitido pela Casa Branca disse que o Departamento de Polícia de Nova York havia feito um "trabalho excelente", em resposta ao incidente.

O documento diz ainda que o governo federal está disposto a oferecer ajuda para a investigação do caso.

*Com informações da EFE e da Reuters

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/policia-de-nova-york-desarma-bomba-em-carro-na-times-square.html

Mais de 100 mil protestam nos EUA contra lei anti-imigração do Arizona

01/05/2010 20h32 - Atualizado em 01/05/2010 20h34

Mais de 100 mil protestam nos EUA contra lei anti-imigração do Arizona
Lei prevê que polícia interrogue suspeitos de estarem no país ilegalmente.
Estado é o principal ponto de entrada de imigrantes ilegais nos EUA.

Do G1, com agências internacionais

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Centenas de milhares de pessoas realizaram manifestações em mais de 70 cidades dos Estados Unidos, neste sábado (1º), para protestar contra polêmica lei anti-imigração introduzida no estado do Arizona.


Protesto contra nova lei no Arizona toma ruas de Los Angeles, nos EUA. (Foto: Richard Vogel/AP)O maior protesto ocorreu em Los Angeles, onde a cantora de origem cubana Gloria Estefan e o arcebispo Roger Mahoney lideraram uma marcha que contou com cerca de 100 mil pessoas, segundo a polícia.

A nova lei prevê que a polícia do Arizona aborde e interrogue qualquer pessoa suspeita de estar no país ilegalmente. Manifestantes dizem que a legislação pode tornar alvos cidadãos de origem hispânica, além de inflamar a tensão racial.


Manifestantes carregam faixa com dizeres "todos somos o Arizona" em protesto. (Foto: Richard Vogel/AP)"Todos os homens nascem iguais"
"É o direito de todo americano proteger o lugar onde vivem. Mas isso não lhes dá um motivo para impor uma lei que pode criar racismo e discriminação", disse Gloria Estefan à multidão reunida em Los Angeles.

Os manifestantes seguravam cartazes pedindo um boicote ao Arizona ou até com a imagem do governador republicano Jan Brewer como Adolf Hitler. Manifestantes gritavam frases como "Vergonha para Arizona" e "Todos os homens nascem iguais".

Muitos presentes acenavam a bandeira americana e outros gritavam frases pedindo a intervenção do presidente Barack Obama.


No total, mais de 70 passeatas foram convocadas para em todo território dos EUA. (Foto: Richard Vogel/AP)A nova legislação foi assinada no início de abril por Brewer, que disse que ela "protege todos os cidadãos americanos". Aqueles que apoiam a lei dizem que ela ajudará a controlar a imigração ilegal no Arizona.

O estado é o principal ponto de entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos e abriga cerca de 460 mil deles.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/mais-de-100-mil-pessoas-protestam-nos-eua-contra-lei-anti-imigracao-do-arizona.html

sábado, 1 de maio de 2010

Uma das vozes da América do séc. XXI

Geração
Uma das vozes da América do séc. XXI
29 Abril 2010

O significado de uma artista como Alicia Keys para a pop americana do século XXI não pode ser dissociado da pujança que a dita música negra conseguiu obter na última década.

"Aluna" de mestres como Stevie Wonder ou Prince, é, por assim dizer, uma das vozes contemporâneas da América negra, no mesmo comprimento de onda que uma Beyoncé ou um Jay-Z (com quem gravou recentemente um dos clássicos do biénio 2009/2010, Empire State of Mind).

Alicia Keys está para os dias de hoje como uma Lauryn Hill esteve para a década de 90 ou, recuando um pouco mais no tempo, como uma Janet Jackson para o final de 80, ainda que a sua filiação estética se situe ainda mais atrás, pelo menos no que à ideologia artística diz respeito.

Números, prémios e reconhecimento distinguem-na das artistas do "momento" que acabam reduzidas a um vácuo. Mais de trinta milhões de álbuns, vinte e cinco milhões de singles, doze Grammys e cinco American Music Awards, conquistados durante uma dezena de anos, defendem uma carreira que também teve os seus momentos. Canções como Fallin', No One ou o mais recente Doesn't Mean Anything são as canções que quem compra bilhete para ver um concerto de Alicia Keys espera ouvir.

A relação com as grandes produções da pop americana é especialmente notada em palco. Alicia Keys não dispensa uma grande produção com guarda-roupa sempre à mão, luzes e um palco diferente a cada digressão. Há dois anos, a sua entourage era composta por cerca de cem pessoas.

http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1555770&seccao=M%FAsica

USP - Estudo da ECA avalia presença do negro na publicidade

USP - Estudo da ECA avalia presença do negro na publicidade
Qui, 29 de Abril de 2010 07:43



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Pesquisa da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP aponta o crescimento da presença do negro na publicidade nos últimos anos, mas sem que houvesse grandes avanços na direção de uma representação mais positiva. O estudo do pesquisador Carlos Augusto de Miranda e Martins mostra que os negros ainda são associados a estereótipos negativos surgidos no século XIX, quando as teses do racismo científico foram introduzidas no Brasil.
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Além de identificar a participação dos negros na publicidade, a pesquisa investigou a origem histórica das formas de representação. Foram analisados anúncios publicados na revista “Veja” entre 1985 e 2005. “Houve uma mudança quantitativa e qualitativa no período”, aponta Martins, formado em História. “A presença do negro na publicidade aumentou de 3% em 1985, para 13% em 2005”.

Em termos qualitativos, houve mudanças nas representações mais comuns encontradas nos anúncios. “Perderam força estereótipos como o da mulata, ligado ao Carnaval, e o do negro primitivo, associado a uma visão idealizada da África”, conta o pesquisador. “Outras representações, como a do negro artista, atleta ou carente social, cresceram no período.”

Enquanto aconteceu um aumento de anúncios neutros, houve poucos avanços no que diz respeito a peças publicitárias que valorizem o negro. “Poucas vezes, eles aparecem em posições valorizadas ou de destaque como executivos, donos de negócios, professores ou jornalistas”, aponta Martins. “Ao mesmo tempo são comuns representações do negro como trabalhador braçal, tais como doméstica, operário, carregador, além dos estereótipos já mencionados.”

Imagem
A origem da representação atual dos negros, não apenas na publicidade mas em toda a mídia, remonta ao século XIX. “Até 1850 não se falava em raça, e o negro poucas vezes era tema da literatura ou de trabalhos científicos”, diz o pesquisador. “A situação se modifica com a introdução do racismo científico no Brasil, que leva a formação de uma imagem depreciativa, que chegou até a produção cultural e aos meios de comunicação.”

Martins cita como exemplo o anúncio de uma empresa de eletricidade, onde aparecem vários funcionários. “Aqueles que aparecem de terno e gravata são todos brancos, enquanto o negro é um operário de macacão e capacete”, relata. “Fica a impressão de que os cargos executivos na empresa estão reservados exclusivamente para os brancos.”

Segundo o pesquisador, apesar de todas as ações do movimento negro, dos intelectuais e do governo, ainda é tímido o crescimento da participação do negro na publicidade brasileira. “Ao mesmo tempo, embora diminua a presença de alguns estereótipos, há uma tendência de neutralização da imagem, sem que haja crescimento do número de anúncios em que o negro é valorizado”, afirma.

A persistência de imagens do século XIX também é ressaltada por Martins. “O estereótipo do atleta vem da valorização da força física do negro, em prejuízo da inteligência”, observa. “A imagem do carente social está diretamente ligada a questão da pobreza, a ideia de que o negro não conseguiria sobreviver sem ajuda do branco, um dos argumentos utilizados para justificar a escravidão.” A pesquisa, descrita na dissertação de Mestrado ”Racismo anunciado: o negro e a publicidade no Brasil (1985-2005)”, teve orientação da professora Solange Martins Couceiro, da ECA.

Assessoria de Comunicação ECA USP


http://www.planetauniversitario.com/index.php?option=com_content&view=article&id=13710:usp-estudo-da-eca-avalia-presenca-do-negro-na-publicidade&catid=27:notas-do-campus&Itemid=73