segunda-feira, 11 de julho de 2011

Obama descarta acordo para o teto da dívida por apenas 90 dias

11/07/2011 - 12h31

Obama descarta acordo para o teto da dívida por apenas 90 dias


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que o fracasso em elevar o teto da dívida do país poderá detonar uma nova recessão e deixar milhões de trabalhadores desempregados.
Pablo Martinez Monsivais/Associated Press
O presidente Barack Obama fala, na Casa Branca, sobre as negociações do Orçamento e da dívida no Congresso
O presidente Barack Obama fala, na Casa Branca, sobre as negociações do Orçamento e da dívida no Congresso
Por isso, os Republicanos e Democratas terão que se comprometer em chegar a um acordo. O presidente insistiu que os dois partidos terão que aceitar o preço político de redução do deficit público.
Em um pronunciamento na Casa Branca, Obama acrescentou que não vai assinar um aumento do teto da dívida por 30, 60 ou 90 dias.
Ele cobrou do Congresso um acordo amplo, que reduza o deficit público do país e estabilize a dívida.
Apesar das declarações duras, ele mostrou confiança de que um acordo será alcançado.
"Não vamos arriscar uma moratória porque não podemos deixar a política de lado. Nós vamos resolver isso em um período razoável de tempo. Nós vamos conseguir bolar um plano que evitará o calote, estabilizará a economia e irá provar ao povo americano que nós podemos fazer as coisas", afirmou.
"Eu vou continuar pressionando os líderes americanos até alcançarmos o maior acordo possível", disse Obama em pronunciamento na Casa Branca.
"Vamos nos reunir todos os dias até resolver isso. Não é aceitável declarar moratória. Não podemos ameaçar a confiança dos mercados nos Estados Unidos", completou.
ACORDO AMPLO
Obama disse esperar que as discussões do deficit público e do teto da dívida levem a um acordo mais amplo sobre os gastos públicos e as reformas.
Obama afirmou que essas mudanças não devem ser apenas imediatas e sim, beneficiar as futuras gerações.
O teto da dívida dos Estados Unidos, de US$ 14,29 trilhões, foi alcançado em maio deste ano. Desde então, o governo não pode mais aumentar seu endividamento. Por causa da alta da receita fiscal, o governo calcula que terá caixa para honrar seus compromissos até 2 de agosto, prazo que o Congresso tem para aprovar o aumento da capacidade de endividamento americana.
Caso o novo teto da dívida não seja aprovado, os Estados Unidos correm o risco de deixar de pagar títulos da dívida que irão vencer, o que será uma moratória, mesmo que ocorra por um curto período. Nesta segunda-feira, Obama disse que os EUA "nunca 
deixaram nem deixarão de pagar sua dívida".


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