domingo, 2 de maio de 2010

A lesão nos olhos roubou o noticiário envolvendo Neymar.

A lesão nos olhos roubou o noticiário envolvendo Neymar.

Só por isso uma frase solta em uma entrevista para o Estadão escapou.

Não teve a repercussão que merecia.

Nem a colunista social que o entrevistou a destacou.

Questionado, no meio da conversa, se já foi vítima de preconceito racial, Neymar respondeu, sem pensar.

“Nunca. Nem dentro, nem fora do campo. Até porque não sou preto, né?”

Pena que faltou coragem à colunista social para explorar mais o assunto com o talentoso atacante.

Basta possuir uma vista só para ver que ele é mulato.

O brasileiro é fruto da mistura, da miscigenação.

Neymar respondeu como se o preconceito se justificasse se fosse preto.

Uma grande bobagem.

Perdoável em qualquer garoto de 18 anos.

Não em um ídolo de todo o país.

Quantas pessoas leram o Estadão querendo saber mais sobre Neymar?

O estudo fica em último lugar na carreira de qualquer jogador de futebol.

Principalmente quando ele tem um talento impressionante.

Nem há duas semanas, Danilo do Palmeiras chamou Manoel do Atlético Paranense de macaco.

A torcida do Coritiba voltou a chamar Manoel de macaco na final do Campeonato do Paraná.

Exemplos de preconceito acontecem a toda hora.

Alguém precisa urgentemente orientar Neymar.

Sua ignorância a respeito da delicada questão dói, machuca seus fãs.

Qual o problema em ser negro, mulato, mestiço, branco, vermelho?

Uma pena que a reportagem preferiu o caminho mais suave.

Destacar seu desejo por carros importados…

Se houvesse coragem poderia ter exposto de maneira mais clara o quanto Neymar está despreparado para a vida.

Talvez porque a entrevista tenha sido feita por uma colunista social, habituada às futilidades do mundo dos ricos, que ela frequenta.

Alguém precisa acordar Neymar para a vida.

Não vai ser essa colunista…

http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/2010/04/27/neymar-qual-o-problema-em-ser-preto/

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