quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Editora do 'Guardian' acusa 'Vanity Fair' de racismo

Polémica
Editora do 'Guardian' acusa 'Vanity Fair' de racismo
por DN.ptOntem


A revista norte-americana 'Vanity Fair' lançou uma edição especial dedicada às novas estrelas de cinema de Hollywood. No entanto, actrizes negras, asiáticas e latinas ficaram de fora. A polémica está instalada e a revista é acusada de racismo.


A mais recente edição da 'Vanity Fair', dedicada às actrizes que irão dominar Hollywood nos próximos tempos, está a causar polémica depois da editora de moda do 'The Guardian', Hannah Pool, ter estranhado a ausência de actrizes negras, asiáticas ou latinas nas fotografias.

As nove actrizes fotografadas (Abbie Cornish, Kristen Stewart, Carey Mulligan, Amanda Seyfried, Rebecca Hall, Mia Wasikowska, Emma Stone, Evan Rachel Wood e Anna Kendrick) são todas brancas, facto que fez com que Hannah Pool escrevesse um artigo onde pergunta: "Não acham que se passa alguma coisa estranha na capa da 'Vanity Fair'?". "Sim, garantidamente não há nenhum actor masculino na capa, mas vamos assumir que isso é intencional, o que eu estou a falar é da total ausência de melanina", disse.

A editora de moda do jornal britânico chega mesmo a estranhar a ausência na capa de pelo menos três jovens actrizes negras que estão a ter carreiras de sucesso em Hollywood como Zoë Saldana, Gabourey Sidibe ou Anika Noni Rose, ironizando que "A Vanity Fair olhou para a sua bola de cristal e decidiu que, no que toca a actrizes em ascensão e com honras de capa para a próxima década, o futuro é todo branco".

Para Hannah Pool, esta capa da 'Vanity Fair' pode levar a duas conclusões: ou a revista considera que "não há no planeta nenhuma actriz negra em ascenção merecedora de arruinar a estética de alabastro do alinhamento da capa, ou então repararam nisso e nem quiseram saber. Não sei qual das duas é pior", acrescentou.

Até ao momento, a 'Vanity Fair' não comentou as acusações de que é alvo.

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