Quinta-feira, 27 de maio de 2010 - 22:30 LUCIANO CAVENAGUI http://diariosp.com.br/Noticias/Diaadia/6222/Mestrado+de+major+diz+que+PM+e+racistaMestrado de major diz que PM é racista
Pesquisa aponta que 51% dos negros no Brasil declararam que já sofreram discriminação durante abordagens policiais
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TAHIANE STOCHERO
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Quando o motoboy Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos foi morto dentro de um quartel na Zona Norte, sua mãe não teve dúvidas em dizer que o filho foi morto por ser negro. Duas semanas depois, a conclusão da mãe do entregador de pizza Alexandre Menezes dos Santos foi a mesma: a abordagem policial terminou em assassinato devido ao racismo.
Uma dissertação de mestrado feita por um membro da própria corporação afirma que a discriminação é um traço marcante dos policiais militares. O estudo foi elaborado pelo major Airton Edno Ribeiro, chefe da divisão de ensino do Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES), espécie de escola de pós-graduaçao da PM para oficiais com altas patentes.
O major, que é negro, se tornou mestre em Educação das Relações Raciais após a dissertação “A Relação da Polícia Militar Paulista com a Comunidade Negra e o Respeito à Dignidade Humana: a Questão da Abordagem Policial”, apresentada no final de 2009 na Universidade Federal de São Carlos, a 255 quilômetros da capital. O trabalho, de 129 páginas, elenca diversos livros sobre o tema, pesquisas de institutos e levantamentos próprios do major. Foram ouvidos 50 cabos e soldados, que admitiram que, antes de entrarem na PM, achavam que havia preconceito contra negros. Após o ingresso, tiveram certeza.
Para o major, uma das principais razões para o preconceito nas abordagens é a “cultura organizacional” da instituição. “Não foram poucos os relatos dos participantes da pesquisa sobre a herança histórica de perseguição aos negros pela polícia”, disse .
De acordo com Ribeiro, o racismo só irá diminuir, lenta e gradualmente, quando a formação do policial mudar. “É preciso dar ênfase no respeito à dignidade humana dos negros nas abordagens, o que exige mudança do modelo conceitual de gestão educacional”, afirmou.
Para atestar o racismo na PM, Ribeiro citou o último estudo de abrangência nacional sobre o tema, a pesquisa “Discriminação racial e preconceito de cor no Brasil”, realizada em 2003 pela Fundação Perseu Abramo, instituição ligada ao PT. O estudo mostrou que 51% dos negros declararam que já sofreram discriminação da polícia. O percentual caiu para 15% quando a mesma pergunta foi feita aos brancos. Dos negros vítimas de preconceito, 78% disseram que foram discriminados por policiais brancos. Foram ouvidas 5.003 pessoas com 16 anos ou mais em 266 municípios. As entrevistas foram feitas nas residências dos consultados, com duração média de 60 minutos.
Outro índice que relaciona violência e racismo é o Mapa da Violência 2010, em que foram analisados homicídios entre 1997 e 2007. Com base no estudo, é possível projetar que, em nível nacional, um negro tem 107,6% mais chance de morrer do que uma pessoa branca. Em São Paulo, segundo último levantamento do Departamento Penitenciário Nacional, feito em dezembro de 2009, os negros são maioria nas prisões, com o índice de 50,46%. Para efeitos estatísticos desta pesquisa, os pardos (mulatos, caboclos, cafuzos, mamelucos ou mestiços de negro com pessoa de outra raça) são considerados negros.
'Pobreza diz mais que raça'
Para o sociólogo e doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), Demétrio Magnoli, ainda não há evidências de racismo nos últimos casos de violência em São Paulo. “A questão econômica é mais forte do que a racial. Os pobres sofrem mais com a polícia do que os ricos. Ninguém comenta os crimes cometidos contra brancos pobres”, avaliou o sociólogo e geógrafo.
De acordo com Magnoli, o Brasil não tem um Estado racista nem uma nação com preceitos racistas, pois não há leis com conceitos segregacionistas. “O preconceito contra negros existe no país, assim como temos outros tipos de discriminação envolvendo homossexuais e pessoas gordas, por exemplo. Não podemos dizer que a questão racial é predominante”, argumentou o intelectual.
A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Íris Rodrigues de Oliveira, especializada em questões raciais, afirma que o problema está na violência policial.
“Considero que a polícia, em vez de racista, padece mais de falta de educação. Diversas pessoas brancas são tratadas de forma brutal durante as operações, assim como os negros. No Brasil, o racismo dissimulado pode ser mais grave do que o declarado”, afirmou Íris.
Defendendo uma posição oposta à de Magnoli, o antropólogo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Acácio Almeida dos Santos afirmou que o Brasil tem um Estado racista e, por consequência, a polícia também é igual. “Existe racismo embutido em todas as esferas de poder no país. Historicamente, conceitos de purificação racial tomaram força no Brasil e contaminaram diversos setores da sociedade”, afirmou.
Negro, corregedor diz que tese exagera
Para o novo corregedor da PM, coronel Admir Gervásio Moreira, a corporação não é racista. “É um exagero e seria leviano afirmar que os policiais abordam de maneira diferente as pessoas negras. Isso não existe. Se isso ocorrer, é errado e fora das instruções e treinamentos dados”, diz Gervásio.
O oficial, ele próprio negro, acredita ser “hipocrisia” afirmar que não há racismo no país. “Racismo existe, mas isso depende das pessoas, não das instituições”, afirma o corregedor.
O coronel entende que não houve racismo no caso em que um motoboy que foi morto agredido por PMs na Zona Sul da capital. “Ele estava usando capacete e era noite. Não o perseguiram porque era negro. Não vejo uma escolha direcionada de postura de racismo. Foi uma coincidência”, acredita.
Gervásio diz desconhecer o estudo do major Airton Edno, mas afirma não concordar com a visão de que os policiais maltratam ou abordam de maneira diferente negros. “Só pela possibilidade de ser abordado por uma viatura, estando cometendo um crime ou não, um negro pode se sentir constrangido. Muitos podem reclamar até mesmo se o PM for um irmão de cor”, diz o coronel. Nos casos recentes dos motoboys mortos pela PM em SP, as famílias denunciaram racismo.
sábado, 29 de maio de 2010
Mestrado de major diz que PM é racista
Quinta-feira, 27 de maio de 2010 - 22:30Mestrado de major diz que PM é racista
Pesquisa aponta que 51% dos negros no Brasil declararam que já sofreram discriminação durante abordagens policiais
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 08:47 0 comentários
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sexta-feira, 28 de maio de 2010
Começa no Brasil Encontro Afro-latino
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:38 0 comentários
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Casa Branca apoia proposta de permitir que gays assumidos atuem como militares
24/05/2010-22h51
Casa Branca apoia proposta de permitir que gays assumidos atuem como militares
DA REUTERS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
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A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira sua decisão de apoiar uma proposta que pressiona os EUA a aceitar gays e lésbicas assumidos a servir militarmente o país. A proposta foi tema de negociações envolvendo a Casa Branca, o Pentágono, o Congresso e grupos de direitos dos gays.
A atual política, chamada "Don't ask, don't tell' ["não pergunte, não conte", em tradução livre], impede os gays de servirem ao Exército assumindo abertamente sua sexualidade. A política, instituída em 1993, foi um compromisso entre aqueles que queriam que gays pudessem servir abertamente no serviço militar e aqueles que queriam uma proibição completa aos gays.
Essa política continuaria em vigor até que o Pentágono termine um estudo sobre o assunto, em dezembro.
As negociações foram mantidas em um momento em que a Câmara dos Representantes deve votar, no final desta semana, um projeto de orçamento para o Departamento de Defesa que provavelmente inclui uma emenda para rejeitar essa política, com restrições.
O governo Obama endossou a emenda à proposta nesta segunda-feira em carta aos líderes do Congresso, em nome de Peter Orszag, Diretor do Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca.
Orszag escreveu aos três membros do Congresso envolvidos nas negociações que o governo "é da opinião de que a emenda à proposta atende às preocupações levantadas pelo secretário de Defesa e o chefe da Junta de Chefes de Equipe".
Os três membros são o chefe do Comitê de Serviços Armados no Senado, o democrata Carl Levin; o senador independente Joe Lieberman; e o deputado democrata Patrick Murphy.
Obama declarou-se contrário à política "não pergunte, não conte" ainda no final do ano passado, e prometeu eliminá-la durante um discurso para milhares de gays e lésbicas durante um evento do maior grupo gay do país, o Human Rights Campaign, em Washington, em 2009
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/740210-casa-branca-apoia-proposta-de-permitir-que-gays-assumidos-atuem-como-militares.shtml
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:35 0 comentários
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Negros latino-americanos pedem plano de apoio à UE
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Organizações de afrodescendentes latino-americanos pediram à União Europeia (UE) e a outros organismos internacionais que deixem de considerá-los uma minoria em suas estratégias de desenvolvimento. Os afrodescendentes da América Latina "devem de ser tirados desse status de 'outras minorias'", já que "somos 150 milhões, ou seja, 30% da população total. Não somos minoria", disse à Agência Efe nesta quarta-feira em Budapeste o peruano Oswaldo Bilbao, diretor-executivo do Centro de Desenvolvimento Étnico (Cedet). Bilbao participa de uma conferência do Grupo Internacional para os Direitos das Minorias, organizada na capital húngara, sobre "o papel das minorias e povos indígenas na cooperação para o desenvolvimento". "Pedimos à UE e a outras organizações multinacionais uma estratégia dirigida aos afrodescendentes, como povo, como povos autônomos, sujeitos a direitos diferentes aos das povoações indígenas", disse, por sua parte, Joel Campbell, do Centro de Direitos Humanos, Cidadãos e Autônomos da Nicarágua (Cedehca). O ativista lembrou à Efe que a UE está investindo em educação na América Latina. No entanto, considerou que os fundos que chegam "não estão bem direcionados. Ou seja: a UE destina 80% da cooperação aos Estados e 20% à sociedade civil". "Isto deveria ser um pouco mais equilibrado", porque é a sociedade civil que fiscaliza "o uso dos fundos e denuncia a corrupção dentro dos países", acrescentou Campbell. Ele assinalou que a ONU escolheu o ano de 2011 como o dos afrodescendentes, e adiantou que se está trabalhando em uma declaração destes povos, para detalhar quem são, quais são seus direitos fundamentais e suas particularidades. Participaram da conferência organizada em Budapeste delegados de ONGs de 10 países da América Latina, Ásia e África. Fonte: Google Noticias http://www.geledes.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5805&Itemid=340 |
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:25 0 comentários
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Biquínis, modelos negras e cubos marcam primeiro dia de Fashion Rio
27/05/2010 22h46 - Atualizado em 27/05/2010 23h33
Biquínis, modelos negras e cubos marcam primeiro dia de Fashion Rio
Carol Trentini e Ana Claudia Michels foram destaque na Salinas.
Evento teve ainda Mara Mac, Walter Rodrigues e Acquastudio.
Alícia Uchôa Do G1 RJ
(Foto: Lucíola Villela)
As tops Carol Trentini e Ana Claudia Michels foram as primeiras a mostrar o que vamos encontrar nas areias do próximo verão carioca. As duas desfilaram pela Salinas nesta quinta-feira (27), primeiro dia de Fashion Rio.
A 17a edição do evento começou com Walter Rodrigues e seu elenco 100% negro. No desfile, as modelos entravam e saíam por portas multicoloridas espalhadas ao longo da passarela, exibindo a inspiração meio africana, meio pernambucana do estilista.
Cubos caíram na passarela
Outra que apostou não só em peças com cortes refinados e detalhes artesanais nas aplicações, mas sobretudo no cenário foi a Mara Mac.
Desenhada por Bia Lessa, a passarela tinha cubos vermelhos suspensos no teto que, no meio do desfile, caíam de propósito, deixando apenas a modelo no destaque, dando um susto e tanto na platéia. Depois, as caixas voltavam para o topo, formando um novo modelo de mosaico.
O dia teve ainda Nica Kessler, R.Groove e Acquastudio, que apresentou um desfile conceitual destacando cores como o nude e o coral.
- Walter Rodrigues (clique no link para ver a galeria de fotos)
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:24 0 comentários