domingo, 7 de fevereiro de 2010

Vanity Fair acusada de racismo por Nelma Viana, Publicado em 04 de Fevereiro de 2010

Vanity Fair acusada de racismo
por Nelma Viana, Publicado em 04 de Fevereiro de 2010

“Uma nova década, um novo Hollywood”. À primeira vista é um título inofensivo que não ofende ninguém. Mas ao que parece, ofendeu. No banco dos réus, senta-se a Vanity Fair, acusada de racismo.
A capa da edição de Março da revista está ilustrada com uma fotografia primaveril com as protagonistas Kirsten Stweart (Crepúsculo), Carey Mullingan (Brothers) e Evan Rachel Wood (True Blood). O artigo que completa a ilustração destaca a carreira das três actrizes e de outras colegas profissão que, segundo a revista, vão estar em destaque na próxima temporada. Mia Wasikowska, a próxima protagonista de Tim Burton no filme “Alice no país das maravilhas” é uma delas, a par com Amanda Seyfried, do êxito “Mamma Mia” e Rebecca Hall, de “Vicky Cristina Barcelona”.
A publicação foi acusada de racismo por não contemplar no artigo nenhuma mulher latina, afro-americana ou asiática. Na linha da frente da acusação está o diário The Guardian, que satirizou a revista numa notícia intitulada de “O futuro é todo branco”, “incluindo a roupa”. O artigo faz questão de lembrar o público da afro-americana Gabourei Sidibe, candidata ao Oscar de Melhor Actriz, pelo papel em “Precious”, e que foi totalmente esquecida pela lista de talentos promissores da Vanity Fair

PROF.DOUTOR CARLOS MOORE ESTARÁ EM SÃO CARLOS DIA 30 DE NOVEMBRO LANÇANDO SEU LIVRO " RACISMO E SOCIEDADE "

SÁBADO, 24 DE NOVEMBRO DE 2007

PROF.DOUTOR CARLOS MOORE ESTARÁ EM SÃO CARLOS DIA 30 DE NOVEMBRO LANÇANDO SEU LIVRO " RACISMO E SOCIEDADE "

CONFIRA ENTREVISTA DO PROF.DOUTOR CARLOS MOORE CEDIDA A GAZETA MERCANTIL


16 de Novembro de 2007 - O principal objetivo de "Racismo e Sociedade", novo livro de Carlos Moore, doutor pela Universidade Paris VII, é desmontar a estrutura simbólica do racismo. "O racismo é algo que permeia toda a sociedade. As relações interpessoais são o reflexo do racismo, elas refletem o que é dominante na sociedade", defende o autor, na entrevista a seguir, concedida com exclusividade a este jornal: Gazeta Mercantil - O senhor diz que "o racismo é prejuízo para o racista". O Brasil vive hoje uma realidade repleta de desigualdade. O senhor alia essas desigualdades ao racismo? Sim. O racismo é algo que permeia toda a sociedade. As relações interpessoais são o reflexo do racismo, elas refletem o que é dominante na sociedade. São as relações interpessoais, elas por si, que são o refúgio exclusivo do racismo. É uma, metaconsciência que permeia toda a sociedade. Gazeta Mercantil - A idéia de um mundo "democraticamente racial" é mito? É claro que é mito. A mestiçagem é um fator dominante na sociedade. Quando se está cantando todos os hinos à mestiçagem, é um hino à violência, ao estupro massivo das índias e das africanas. Você está falando de mestiçagem, mas você esquece como o mestiço surge nas sociedades violentadas e complexadas. Ou seja, é a inseminação violenta das fêmeas do grupo dominado pelo macho do grupo dominante e a eliminação física dos machos do grupo dominado-conquistad o. O hino à mestiçagem está dizendo "nós não conseguimos conviver com o negro como negro, temos que diluí-lo para aceitá-lo, temos que mudar o seu fenótipo". A mestiçagem é isso e toda a ideologia da "democracia racial" é essa: "Vamos mudar o fenótipo do negro, não mudar o fenótipo do branco. Vamos aproximar o fenótipo do negro ao fenótipo ariano". Gazeta Mercantil - Entre preconceito e racismo o senhor faz uma diferenciação clara. Qual é? Racismo é algo histórico, uma forma de consciência. Preconceito é qualquer coisa. Eu posso ter preconceitos contra as pessoas que eu considero como feias e essas pessoas não têm que ser brancas ou negras. Podem ser de qualquer cor porque se eu tenho um padrão fenotípico na cabeça, este é o padrão que eu considero bom. Por exemplo, Gisele Bündchen, eu posso considerar que seja o padrão e geralmente esse é o padrão para o mundo ocidental. Ele padronizou e estabeleceu a imagem normativa, que é ariana. Eu posso discriminar e ter preconceito com qualquer pessoa que se afaste dessa imagem normativa dominante. O racismo é uma questão de querer exterminar o outro. Aqui neste País, depois de 1888, a decisão foi mestiçar os negros. Inundaram o País de branco, de "sangue branco" como eles diziam e acabavam com eles assim. Não se podia matar 70% da população. Isso também foi feito em outros países da América Latina. Na Republica Dominicana, em 1935, milhares de negros foram exterminados, o que evidencia essa decisão de não compartilhar recursos. É muito importante saber que racismo se elabora em torno da partilha de recursos. Os negros sempre têm que ser os vetados. Veja, por exemplo, a discussão sobre a cota para negros nas universidades públicas. Porque se eles entram, a classe média negra vai surgir, vai se expandir. Se a classe média se expande vão surgir novas demandas pela repartição dos recursos neste País. Gazeta Mercantil - E quando o senhor fala em "desracializaçã o", o que o senhor quer dizer com isso? Desracializar quer dizer, em primeiro lugar, tirar o fenótipo do lugar onde ele está. O fenótipo está normatizando as relações. Entre os negros se pratica esta maneira de eugenismo, de se casar com as pessoas de pele mais clara, de escolher pessoas com o cabelo mais liso, de escolher um tipo de nariz que seja leptorino, com um septo alto. Os narizes que eles chama de "chato" não são privilegiados nesta sociedade. Os lábios carnosos não são privilegiados e os cabelos crespos não são privilegiados e a pele bem preta não é privilegiada. Há uma espécie de eugenismo individual em que as pessoas já foram programadas para escolherem parceiros cujo fenótipo se aproxima ao fenótipo do padrão estabelecido que é um padrão ariano, nórdico, de loiros, cabelos lisos, loiros e olhos verdes. Desracializar é destruir esta imagem normativa. O fenótipo dita quem vai ser o seu parceiro. Os próprios pais negros ensinam que seus filhos precisam "adiantar a raça". A sociedade é a grande professora. Gazeta Mercantil - Como o senhor pensa que vai ser a recepção de seu novo livro no Brasil e no mundo?Os racistas vão receber um golpe duro. Eles se aproveitam da ignorância para fazer avançar as redes deles. Quanto mais ignorância há na sociedade, mais os racistas ficam contentes. O Brasil é contrário as correntes progressistas que estão aí no mundo. Então, podem existir monstruosidades como essa idéia da "democracia racial". O branco brasileiro normal está convencido de que vive no melhor País do mundo e que os negros estão contentes. Tudo aqui está feito para que aconteça uma catástrofe. É por isso que felizmente uma parte dessa elite tem chegado a compreender que eles vão ter que mexer no sistema porque se eles não mexerem no sistema vão perder o País. E ninguém quer, ninguém que seja sensato quer que o Brasil se desintegre, que termine no caos como terminou a União Soviética. Gazeta Mercantil - O senhor afirma que a história da humanidade é uma história de imperialismos, de massacres, de genocídio, de opressão e de ódio. Conseguiremos reverter tudo isso? Constantemente, a sociedade está sendo atravessada por duas correntes diferentes e opostas. Uma corrente de barbárie, regressão e animalização e, outra corrente, que está constantemente chamando a atenção para outra maneira de viver, na busca de uma sociedade ideal. É uma luta. Mas, há outro caminho para o ser humano, não para negros ou para brancos. Não há caminhos separados. Esta bifurcação racial foi criada historicamente, mas se você olhar de maneira bem objetiva e concreta a História, a finalidade da espécie é única. Não há outro caminho.
POSTADO POR FORUM PAULISTA DE JUVENTUDE NEGRA ÀS 05:31

http://forumpaulistajuventudenegra.blogspot.com/2007/11/profdoutor-carlos-moore-estar-em-so.html

sábado, 6 de fevereiro de 2010

"Precious", o pequeno filme com grandes aspirações

05/11/2009 - 07h00

"Precious", o pequeno filme com grandes aspirações

ANA MARIA BAHIANA
Especial para o UOL Cinema, de Los Angeles

Todo ano há um pequeno filme independente que dispara na frente, enfrentando os grandes da temporada-ouro. Este ano a vaga parece ter sido ocupada por "Precious", a adaptação do livro "Push", de Sapphire, sucesso de crítica e público em 1996.

A jornada de livro e filme têm muito em comum, na verdade. Ramona Lofton, também conhecida pelo pseudônimo Sapphire , é uma poeta e artista performática nascida na Califórnia e integrada na cena novaiorquina desde o final dos anos 1980. "Push" é seu único livro de ficção, a versão criativa de sua experiência como atendente em um abrigo para mulheres do Harlem, e foi publicado às custas da própria autora, sem grande repercussão. Foi preciso o endosso de uma poderosa agente literária algum tempo depois, para que ele fosse lançado comercialmente, criando um dos maiores frisson literários de 1996.



"Precious" também nasceu como um esforço individual - do produtor Lee Daniels ("Monster's Ball", "The Woodsman") que levantou sozinho o minúsculo (para Hollywood) orçamento de 10 milhões de dólares para o que viria a ser seu segundo projeto como diretor (o primeiro, "Shadowboxer", de 2005, foi um atípico e estranho filme de ação com Helen Mirren e Cuba Gooding Jr.). Inscrito no festival de Sundance de 2009, "Precious" (que então se chamava "Push") levou o grande prêmio e atraiu a atenção de Oprah Winfrey, que imediatamente tornou-se a fada madrinha do projeto, empurrado-o para além do esquecimento que muitas vezes pode acabar com os triunfos indie.

Num ano em que a indústria está completamente focada em filmes-espetáculo e comédias, "Precious" vem na contramão com a história de Claireece Precious Jones (interpretada pela estreante Gabourey "Gabby" Sidibe) uma adolescente obesa, analfabeta e grávida do segundo produto do incesto cometido por seu pai alcóolatra.

Espancada pela mãe (a comediante Mo'nique, numa atuação espantosa) e basicamente ignorada pelo mundo à sua volta, Precious tem uma segunda chance graças a uma assistente social (Mariah Carey, quase irreconhecível) que a encaminha para uma escola experimental. Com um visual que oscila entre o realismo que em geral associamos a esse tipo de tema e a estilização que se esperaria de um videoclipe, "Precious" prende a atenção mesmo quando irrita e deprime, em grande parte por conta de suas inusitadas, mas eficientes escolhas de elenco. "Dou toda a liberdade a meus atores", diz Daniels. "Eles, como eu, tinham paixão pelo livro de Sapphire, e se dispuseram a entrar comigo nesse mundo. Foi um trabalho feito com muito esforço e muito entusiasmo. Mas valeu."

http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/11/05/ult4332u1337.jhtm

Mandela celebra 20 anos de libertação

05/02/10 - 10h46 - Atualizado em 05/02/10 - 10h45


Mandela celebra 20 anos de libertação

Da France Presse
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O primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, convidou um de seus antigos carcereiros para celebrar o 20º aniversário de sua libertação da prisão, durante um jantar em família e com amigos, informa a agência SAPA.



O prêmio Nobel da Paz passou 27 anos detido sob o regime do apartheid, principalmente na peniteciária de Robben Island, perto da Cidade do Cabo.



A libertação, em 11 de fevereiro de 1990, marcou o início da transição democrática da África do Sul.



Nelson Mandela, 91 anos, desenvolveu durante anos uma relação de amizade com Christo Brand, um dos carcereiros de Robben Island, convidado para o jantar de quarta-feira na residência do ex-presidente.



A ex-esposa Winnie Madikizela-Mandela, a filha Zindzi Mandela e antigos militantes da luta contra o apartheid também estavam presentes.



gs/fp

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1478048-5602,00-MANDELA+CELEBRA+ANOS+DE+LIBERTACAO.html

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cinema: Barcelona exige cota de filmes em Catalão

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Cinema: Barcelona exige cota de filmes em Catalão
Do M&M Online

Salas de cinema se posicionam contra lei que obriga 50% de filmes com legenda ou dublagem em catalão; além disso, cabeleireiros se posicionam contra cobrança por exibição pública de música.

Na segunda-feira, 1º de fevereiro, 525 dos 795 cinemas da Catalunha, ou cerca de 66% do total, não abriram suas portas. A razão: algumas das principais redes de cinema estão protestando contra um projeto de lei aprovado pela assembleia local que obriga 50% dos filmes que serão exibidos nos próximos cinco anos a ter dublagem ou conter legendas em catalão.
A língua local é um símbolo dos movimentos separatistas que contrapõem a região ao governo central espanhol.
Em posição contrária à dos membros do legislativo local, as redes de cinema temem que a procura por filmes diminua, já que embora o catalão e o castelhano sejam línguas oficiais na comunidade autónoma da Catalunha, nem todos os habitantes conhecem suficientemente bem a língua local, ou tem interesse em ver filmes no idioma. Hoje, apenas 3% dos filmes exibidos estão dublados ou legendados em catalão.

http://chicosantannaeainfocom.blogspot.com/2010/02/cinema-barcelona-exige-cota-de-filmes.html