segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sugestão de Pauta

Sugestão de Pauta

O dia 25 de julho foi escolhido como o dia da mulher negra afro latina e caribenha, esta é uma data comemorativa, por representar a luta pelo empoderamento das mulheres negras fora da África. A data reforça a necessidade urgente da implantação de políticas afirmativas para as mulheres negras da diáspora, já que esta tem sido ao longo de nossa história a maior vitima da profunda desigualdade racial vigente na sociedade.

Para possibilitar à reflexão e pensar as experiência de vida destas mulheres, o Núcleo de Estudos Gêneros e Raça Negra Oxum do Terreiro de Oxumarê e o Grupo Cultural Amuleto, realizam pelo V ano consecutivo seu seminário “Por uma questão de gênero e Raça” abordando a temática ancestralidade e resistência, mulher negra fazendo outra história. Este tema foi escolhido para homenagear mulheres negras na ancestralidade e as que dão continuidade ao seu legado nos tempos atuais, explicou a ekede da casa e organizadora do evento Rose Mary, Serão homenageadas mulheres negras de diferentes esferas e ramos de atuação para assim dar visibilidade a história e ações comunitária através dos pontos de vista e cada uma delas na busca de transformação social.

Para o Babalorixá da Casa de Oxumarê babá PC, este evento faz com que as mulheres negras do candomblé ou não, possibilite a mulheres negras na sociedade refletir sobre a necessidade de um reencontro com sua identidade, valorização da história e suas raízes, se assumindo enquanto afro-descendentes e agentes desse processo de democratização racial. Pois a prova da importância das mulheres negras pode ser vista dentro da própria casa de Oxumarê, onde estas ajudaram e ajuda a manter viva e equilibrada a história deste axé. “elas são guardiãs dos segredos, zeladoras da tradição e história, e dos principais atores responsáveis pela perpetuação da cultura e da reconstrução da identidade negra no axé sou muito grato a Ekedes,Egbomis e Yaos desta casa . Completou Babá PC.

O QUE: Seminário “Por uma questão de Gênero e Raça” Ancestralidade e Resistência, mulher negra fazendo outra história.

Quando: 31/ 07 / 2009

Quanto: Grátis

Horário: 18 horas

Onde: Terreiro de Oxumarê / Federação

Contato: 71-3331-0922 \ 8825-3142- Ekede Rose / 71 -8811-4656 –Ekede Iraildes

Parecer indica escola comum a deficientes

São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009




Parecer indica escola comum a deficientes

Segundo documento, que será analisado pelo MEC, atendimento especial deve ser complementar ao da rede regular

Sem força de lei, parecer orientará ações educacionais; para Apaes, escolas públicas são despreparadas para lidar com alunos com deficiência




ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Um parecer do Conselho Nacional de Educação -ainda não homologado pelo MEC- que interpreta como obrigatória a matrícula de alunos com deficiências em escolas comuns reacendeu no Brasil a polêmica sobre os limites da inclusão, opondo entidades de defesa de pessoas com deficiência.
O documento não tem força de lei, mas, caso homologado, servirá para orientar o MEC e os sistemas na interpretação da legislação já em vigor no país, especialmente no caso de distribuição de recursos do Fundeb (fundo de financiamento da educ

ação básica).
O parecer reforça a posição da Secretaria de Educação Especial do MEC que, apoiada por entidades, entende ser dever de pais e governo garantir matrícula de crianças deficientes em escolas comuns. O atendimento em especiais seria complementar, no contraturno, e não substituiria o da rede regular.
A Federação Nacional das Apaes divulgou na semana passada nota de repúdio ao parecer, dizendo que ele extrapola a legislação em vigor e que as escolas públicas ainda não estão preparadas para receber todos os alunos com deficiência.
O documento diz ainda que a Secretaria de Educação Especial do MEC agiu de forma "oportunista e tendenciosa" e que seu objetivo seria extinguir as escolas especiais.
Em resposta, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down fez abaixo assinado de apoio à resolução.
Um dos argumentos é que, sob o pretexto de que as escolas públicas não estão preparadas, a matrícula em escolas especiais reforça a segregação e adia o processo de inclusão dos deficientes em classes regulares.

Inclusão obrigatória
Pressionada pelas Apaes e outras entidades, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados pediu ao ministro Fernando Haddad que não homologasse o parecer.
"Somos a favor da inclusão, mas não pode ser obrigatória e do dia para a noite. Nem todas as famílias concordam e há casos de deficientes intelectuais severos que, quando incluídos na escola comum, são prejudicados em seu desenvolvimento", afirma o deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG), presidente da Federação Nacional das Apaes.
"Há muito a avançar no atendimento na rede pública, mas estamos melhorando e cabe à sociedade cobrar mais. O parecer apenas reforça um direito inquestionável, que está na Constituição e na convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência", diz Claudia Grabois, presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.
À Folha, o ministro Fernando Haddad afirmou que ainda não examinou o parecer, mas que não o homologará se entender que há conflito com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e com o decreto 6.571, de 2008, que trata do atendimento e financiamento da educação especial. "Estamos investindo neste ano R$ 200 milhões para preparar as escolas para receber esses estudantes", disse ele.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2707200914.htm

Cursinhos perdem até 80% dos alunos

São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009





Cursinhos perdem até 80% dos alunos

Auge foi nos anos 70 e 80, quando os vestibulares das principais universidades ainda valorizavam o chamado "decoreba"

Para consultor, expansão das faculdades particulares absorveu alunos menos preparados e ajudou a esvaziar os cursinhos



LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL
HÉLIO SCHWARTSMAN
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Com apogeu nos anos 70 e 80, quando eram uma etapa quase indispensável para os que tinham o objetivo de seguir estudos universitários, os cursinhos encolheram. Inexistem estatísticas oficiais sobre o setor, mas, após ouvir professores, empresários e consultores, a Folha apurou que os pré-vestibulares perderam de 70% a 80% das matrículas na comparação com a fase áurea.
O encolhimento é apenas a manifestação econômica da cultura que se constituía em elogio do saber enciclopédico, do chamado decoreba. Acabaram-se as aulas-show, em que professores inventavam paródias musicais para alunos memorizarem equações da cinemática, doenças causadas por protozoários, elementos químicos halógenos ou o número de pés no filo dos artrópodes.
Dono de uma consultoria educacional, Maurício Costa Berbel, aponta algumas causas. "Uma delas, certamente, foi o fato de os vestibulares das principais universidades e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terem aposentado a ideia de que o melhor candidato a uma vaga no ensino superior seja aquele com mais capacidade de memorização."
Em vez disso, passou-se a valorizar o raciocínio e a transdisciplinaridade "e essa é uma característica difícil de ser aprimorada em classes com mais de cem alunos, como era comum nos principais cursinhos", afirma o consultor.
Mas o fator principal da queda foi a proliferação dos cursos superiores particulares, que teve início em meados dos anos 90. Para dar uma ideia do tamanho da ampliação, há hoje 2.200 instituições de ensino superior nas quais ingressam por ano quase 1,5 milhão de alunos. No início dos anos 1970, as não mais de 200 universidades ofereciam 80 mil vagas por ano.
Realistas, alunos menos preparados se deram conta de que dificilmente entrariam nas disputadíssimas vagas de universidades públicas; era melhor ir direto para uma faculdade particular e poupar seis meses ou um ano de mensalidade de cursinho, afirma Berbel. Sintomaticamente, foram as turmas do período noturno, aquelas frequentadas pelo público obrigado a trabalhar durante o dia, as que mais sofreram com a mudança. Vários cursinhos já nem oferecem essa opção.
Em 2005, veio o ProUni (Programa Universidade para Todos), o qual, ao conceder vagas gratuitas em faculdades privadas para alunos de baixa renda, ampliando ainda mais a possibilidade de acesso ao ensino superior, trouxe mais dificuldades aos cursinhos. Desde sua criação, o ProUni já ofereceu 888 mil bolsas.
Outro fator que contribuiu para a queda foi o advento dos chamados "cursinhos populares", a partir dos anos 90. Gratuitos ou com mensalidades que chegam a 1/ 10 do cobrado pelos tradicionais, eles geraram uma guerra de preços que acabou canibalizando o setor.
Quem ainda se dá bem no negócio dos cursos pré-vestibulares acabou reduzindo o número e o tamanho das turmas, focando-se em um público abonado, disposto a lutar por disputadíssimas vagas das melhores instituições, como medicina, engenharia e direito das universidades públicas.
Jorge Ovando, gerente de marketing do Intergraus -900 alunos por ano, anuidades que em alguns cursos ultrapassam os R$ 10 mil-, explica que a aposta do grupo é em classes pequenas, extensas cargas horárias (mais de 44 horas por semana), tratamento personalizado. Opção idêntica fez, por exemplo, o curso Poliedro.
Esse movimento não significa que os grupos empresariais que mantinham os cursinhos estejam em extinção. Ao longo das últimas três décadas eles diversificaram suas atividades. Boa parte se expandiu para atender também o ensino médio e o fundamental. Alguns se tornaram universidades (são de proprietários de antigos cursinhos algumas das maiores universidades do país). Exemplo disso é a Unip, que nasceu do cursinho Objetivo, com suas 130 mil matrículas (a USP tem 86 mil). Procurado pela reportagem para falar sobre o encolhimento do cursinho, o Objetivo não quis se pronunciar


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2707200901.htm

Imigração e nacionalismo


São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009




LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA

Imigração e nacionalismo


Aos imigrantes não resta alternativa senão lutar para que o país respeite seu direito ao multiculturalismo

A EMIGRAÇÃO dos povos pobres para os países ricos é hoje fenômeno social global que mostra o caráter inescapável do nacionalismo. O mundo seria mais belo se fosse uma grande comunidade e não existissem nações, mas isso só acontecerá quando as desigualdades diminuírem a ponto de se estabelecer um Estado mundial.
Enquanto isso não ocorrer, o nacionalismo estará entre nós e tanto poderá significar a legitimação do poder dos povos mais poderosos sobre os demais (imperialismo) quanto a ideologia necessária para que os povos mais fracos se defendam. Tanto poderá ser um nacionalismo étnico e agressivo quanto um patriotismo defensivo.
O nacionalismo é a ideologia de formação do Estado-Nação. Alguém é nacionalista se preenche duas condições: primeiro, se entende que é obrigação do governo de seu país defender os interesses dos seus habitantes e, segundo, se considera que, ao tomar decisões, esse governo deve pensar por conta própria em vez de se submeter aos conselhos e pressões dos países mais ricos. Assim definido, o nacionalismo é econômico e pode ser apenas defensivo. Já o nacionalismo econômico agressivo caracteriza os países ricos que exploram os mais fracos, mas seus cidadãos acreditam que os estão ajudando ou bem orientando.
Quanto ao nacionalismo étnico, é o nacionalismo perverso das pessoas e povos que discriminam de acordo com o critério da raça, da religião ou da origem nacional. É o nacionalismo que afirma que cada conjunto étnico homogêneo deve ter seu próprio Estado-Nação; é o nacionalismo que, ao rejeitar a imigração, se confunde com o nacionalismo econômico.
O nacionalismo econômico é inevitável porque o mundo e cada indivíduo estão organizados em famílias, organizações e países que competem e colaboram entre si. Dificilmente será reeleito um governo de um país rico se não tomar decisões de acordo com os interesses nacionais. Nesses países, o nacionalismo hoje é econômico e étnico. Poucos são os cidadãos que têm dúvida de qual seja o papel de seu governo, poucos são os que reconhecem a exploração dos países mais fracos, e muitos são aqueles que discriminam e rejeitam os imigrantes.
Todos defendem seus salários que sofrem concorrência do trabalho barato dos imigrantes, e felizmente um número muito menor defende sua "pureza étnica". Na Europa e no Japão, existe um verdadeiro cerco contra os imigrantes. Nos EUA, o quadro é apenas um pouco melhor. Na Itália, uma nova lei acaba de classificar a situação de imigrante clandestino como crime.
Os imigrantes ficam sujeitos não apenas a serem extraditados mas, adicionalmente, a cumprir pena por terem imigrado.
Existem naturalmente aqueles que não estão de acordo com essa discriminação, como mostra um belo filme francês em exibição em São Paulo, "Bem-Vindo". Na Europa, os partidos de esquerda resistem a essa discriminação, mas essa é talvez a principal razão por que têm tido maus resultados eleitorais.
Em certos casos, a única defesa contra o nacionalismo dos outros é o nosso nacionalismo, é nos organizarmos como Estado-Nação. Mas essa alternativa não existe para os imigrantes. Não lhes resta alternativa senão, de um lado, se integrarem nas sociedades para onde emigram e, de outro, lutar para que o país respeite seu direito ao multiculturalismo. Ambos são processos sociais e políticos difíceis, plenos de contradições. Enquanto não se completarem, haverá muito sofrimento dos imigrantes e muita tensão social nos países ricos.

LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA, 75, professor emérito da Fundação Getulio Vargas, ex-ministro da Fazenda (governo Sarney), da Administração e Reforma do Estado (primeiro governo FHC) e da Ciência e Tecnologia (segundo governo FHC), é autor de "Macroeconomia da Estagnação: Crítica da Ortodoxia Convencional no Brasil pós-1994".

Internet: www.bresserpereira.org.br

bresserpereira@gmail.com


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2707200904.htm


Política externa forte dos EUA está de volta, diz Hillary

São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009






Política externa forte dos EUA está de volta, diz Hillary

Em entrevista a rede de TV americana, secretária de Estado defende histórico do presidente Obama em temas como Irã

Chefe da diplomacia afirma que ainda espera ver uma mulher eleita presidente no país, mas que não tem mais intenção de concorrer

JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

Com seis meses de governo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, fez um grande balanço de sua atuação no governo Barack Obama. Em entrevista à rede de TV NBC, Hillary deixou uma mensagem clara: a política externa forte americana está de volta.
"Esta foi minha mensagem quando fui para a Ásia: os EUA estão de volta, e nós estamos prontos para liderar", disse.
Na última semana, Hillary voltou ao noticiário sugerindo que o país pode armar os aliados na região do golfo Pérsico contra o Irã, caso ele persista com o programa nuclear. E foi alvo de críticas do governo da Coreia do Norte, que a classificou como "vulgar" e "pouco inteligente" após ela dizer que o país se comportava como uma criança em busca de atenção.
Hillary destacou como pontos principais nos primeiros seis meses o início do processo de retirada das tropas americanas do Iraque, a política de não proliferação nuclear, a criação de uma resposta conjunta com outras nações em relação às políticas adotadas pela Coreia do Norte e pelo Irã e o fortalecimento da relação com a Índia.
Segundo a secretária de Estado, a nova estratégia inclui a concentração de esforços em diversos assuntos importantes ao mesmo tempo.
"Nós estamos trabalhando em todos os lugares que podemos para deixar claro que os EUA não podem resolver todos os problemas do mundo sozinhos, mas o mundo não pode resolvê-los sem os EUA", disse.
Ela diz que os EUA querem negociar com a Coreia do Norte, mas que não pretendem recompensar meias medidas. "Eles se envolveram em uma série de ações de provocação nos últimos meses. O que nós, China, Rússia, Coreia do Sul e Japão e literalmente a unanimidade da comunidade internacional temos dito é que desta vez isso não vai funcionar." Para Hillary, Pyongyang representa uma ameaça para aliados como Japão e Coreia do Sul.
Ela comentou ainda sobre o "recomeço" das relações com a Rússia e a mudança de estratégia no Afeganistão.
Em relação ao Irã, disse que os EUA estão fazendo tudo que podem para evitar que o país desenvolva uma arma nuclear, mas não quis comentar se a proposta de armamento na região do golfo Pérsico, chamada de "guarda-chuva de defesa", seria necessariamente nuclear.
Questionada se não seria um contra-senso negociar com o governo do Irã, já que ele enfrenta críticas quanto a sua legitimidade, Hillary afirmou que na diplomacia não se escolhe com quem se negocia. Disse ainda que no passado os EUA já negociaram com governantes que não representavam a vontade do povo.

Mulher na Presidência
Hillary afirmou que ainda espera ver uma mulher eleita presidente nos EUA, mas disse que não tem mais intenção de concorrer. "Não tenho absolutamente nenhuma crença de que isso possa acontecer."
Ela se recusou a comentar as eventuais chances da republicana Sarah Palin, que deixou o cargo de governadora do Alasca, e disse que espera ver uma democrata eleita.
A secretária negou os rumores de ter sido ofuscada por Obama nos últimos meses. Disse ter uma troca aberta e justa na relação com o presidente e que deixou a eleição para trás. "Segui em frente, não sou alguém que vive focada no passado." Ela também apoiou a política interna do presidente, elogiando seu esforço para aprovar a reforma do sistema de saúde, e disse estar confiante na aprovação pelo Congresso.


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2707200906.htm