domingo, 25 de janeiro de 2009
A má abolição
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:28 0 comentários
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SOB NOVA DIREÇÃO / IMPÉRIO EM XEQUE
Militarismo e declínio econômico fizeram com que "bolha de poder" dos EUA, assim como a imobiliária, se rompesseNo seu discurso de posse, presidente disse que país está "preparado para liderar novamente", contrariando adeptos do multilateralismo.
"E, assim, dizemos a todos os povos e aos governos que nos estão assistindo hoje, desde as capitais mais grandiosas até o pequeno povoado em que meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de cada país e cada homem, mulher e criança que busca um futuro de paz e de dignidade, e saibam que estamos preparados para liderar novamente."São 60 palavras de um parágrafo solto no meio do discurso de posse de Barack Obama como presidente dos EUA, na terça-feira, mas são as que mais barulho vêm fazendo entre formadores de opinião progressistas, do autor britânico Thimoty Garton Ash ao humorista norte-americano Jon Stewart, passando pelos especialistas em relações exteriores Richard Haass e Peter Beinart, entre outros.Depois de oito anos do unilateralismo belicista da dupla republicana George W. Bush-Dick Cheney, o democrata Barack Obama angariou boa parte da boa vontade mundial e dos votos domésticos com uma plataforma multilateral, a promessa de um mundo em que os Estados Unidos dividem o centro de decisões com outros atores. Não um mundo em que o país "está preparado para liderar novamente".Obama repetiria as palavras dois dias depois, na cerimônia de posse de sua secretária de Estado, Hillary Clinton, na Chancelaria norte-americana. Os EUA "podem estar prontos para liderar novamente, mas e se o mundo não estiver mais disposto a seguir?", perguntou Garton Ash em artigo publicado dois dias depois da posse."E se o mundo acreditar que a América perdeu muito de seu direito moral de liderar nos últimos oito anos, não tem mais o poder que costumava ter e, de qualquer maneira, nós estamos caminhando para um sistema global multipolar, como o próprio Conselho Nacional de Inteligência de Washington prevê?", indaga-se o britânico, citando relatório da entidade, que reúne a comunidade de inteligência dos EUA, divulgado no fim do ano passado.É o que o autor Peter Beinart chama de "bolha de poder" do país, fazendo um paralelo com a bolha imobiliária norte-americana cujo fim deu origem à crise econômica atual. Tanto uma como a outra estouraram, defende ele, e Obama tem de aprender a viver nos novos tempos. "Bush e Dick Cheney eram como os proprietários de imóveis que se endividaram cada vez mais, certos de que eles poderiam se safar porque o valor de sua casa iria crescer para sempre", afirma.Mas os compromissos militares e ideológicos dos EUA cresceram muito além da capacidade do país de honrá-los, argumenta o autor de "The Good Fight - Why Liberals -And Only Liberals- Can Win the War on Terror and Make America Great Again" (A Boa Luta -Por Que os Progressistas -E Só os Progressistas- Podem Vencer a Guerra ao Terror e Fazer a América Grande Novamente, HarperCollins, 2006).Razões do estouro"E agora a bolha do poder estourou. Militarmente, movimentos guerrilheiros selvagens e espertos aprenderam a sangrar nosso dinheiro, nossas vidas e membros. Economicamente, os recursos estão escassos; é difícil pagar para transformar o Oriente Médio quando nós estamos afundados em débito, tentando recuperar o Meio-Oeste. E, ideologicamente, a democracia não parece mais o destino inevitável de toda a humanidade."Pela mesma linha segue Richard Haass, presidente do influente Council on Foreign Relations, centro de pensamento baseado em Nova York, cujo nome frequentou listas nos últimos dias para fazer parte da alta diplomacia obamista em formação. Para ele, o novo presidente vai enfrentar mais restrições do que qualquer de seus antecessores recentes."A era da unipolaridade americana acabou", afirma Haass. "Obama vai herdar um mundo no qual o poder em todas as suas formas -militar, econômica, diplomática e cultural- é mais igualmente distribuído do que nunca." Isso significa, acredita ele, que o ocupante da Casa Branca vai ter de lidar com um maior número de ameaças, vulnerabilidades e atores independentes que "podem resistir a se sujeitar ao desejo dos EUA".De mais a mais, nesse ponto a retórica do novo presidente lembrou a de seu antecessor. Como disse mais candidamente o humorista Jon Stewart em seu influente programa de TV, no dia seguinte à posse, ao exibir o trecho do discurso: "Nós já não ouvimos isso antes?"
São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009.
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:25 0 comentários
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"Nova Carta é muito mais inclusiva", diz antropólogo
Considerado um dos mais influentes intelectuais da Bolívia, o antropólogo e sacerdote jesuíta Xavier Albó afirma que a nova Constituição avança ao reconhecer o pluralismo étnico do país de maioria indígena. A seguir, a entrevista concedida à Folha, por telefone: (FM)
FOLHA - Quais as mudanças positivas da nova Constituição? XAVIER ALBÓ - Trata-se da marcação das linhas de uma quadra -porque a Constituição é sempre isso- que, em termos estruturais, é muito mais inclusiva do que as Constituições anteriores, principalmente com relação a todos os povos indígenas, originários, que iam entrando pouco a pouco desde a última Constituição, iam lhes dando coisinhas. A nova Carta diz que a democracia tem de ir junto com o respeito ao pluralismo. Não só de opinião, mas de saber que o país está formado, desde antes da conquista espanhola, por povos diferentes e que, no caso da Bolívia, representam a maioria.
FOLHA - Um dos pontos mais criticados é a criação de um sistema judicial dentro das comunidades indígenas, envolvendo castigos físicos e penas de morte. Qual a sua posição? ALBÓ - Um dos elementos do pluralismo é o pluralismo jurídico. Esta Constituição prevê três jurisdições: a ordinária, a do ambiente, ainda não desenvolvida, e a jurisdição dos povos indígenas. A última deixa claro que é apenas no território desses povos. E, ao dizer jurisdição indígena, é muito mais do que Justiça: o tema central é que há o direito com relação à administração da terra. E tudo dentro do marco da nova Constituição. A Carta deixa claro que não há pena de morte, que é preciso respeitar os direitos internacionalmente reconhecidos etc. Portanto, isso não tem relação com movimentos de multidão, linchamentos.
FOLHA - A Constituição prevê vários tipos de autonomia, como a departamental, que precisariam ser regulamentados. O sr. acha que a aprovação provocará mais confrontos entre governo e oposição? ALBÓ - Neste momento, houve mudanças qualitativas, melhorando o texto aprovado em 2007 com as reuniões de setembro e outubro, quando houve concessões positivas. Mas a contradição é que a oposição faz a campanha pelo "não". É um suicídio, porque, se o "não" vence, terão de atuar com a Constituição de 1967, que não tem nada de nada sobre autonomia. Parece que eles querem que a porcentagem do "sim" seja reduzida, mas sem que o "não ganhe.
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:20 0 comentários
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Bolívia vota hoje Constituição que causou convulsão no país
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:16 0 comentários
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JORNAL EXTRA: PÁGINA CONTENDO MATÉRIAS SOBRE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
O JORNAL EXTRA COLOCOU NO AR UMA PÁGINA CONTENDO MATÉRIAS SOBRE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. A PRIMEIRA DE UMA SÉRIE DE MATÉRIAS FALANDO SOBRE ESSE TEMA OFERECE AO PÚBLICO LEITOR ESCLARECIMENTOS SOBRE SITUAÇÕES E DIREITOS RELATIVOS À LIBERDADE DE CRENÇA E DE CULTO ALÉM DE UMA PESQUISA DE OPINIÃO.
PARA SABER MAIS CLIQUE AQUI:
http://extra.globo.com/especiais/religiao/
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:02 0 comentários
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