Fiéis prestam homenagens a São Jorge no dia do Santo Guerreiro
A data coincidiu com o sábado de Aleluia, os fiéis tiveram de adaptar as homenagens ao Santo Guerreiro.
Vinte e três de abril é o dia de São Jorge. Mas como a data coincidiu com o sábado de Aleluia, os fiéis tiveram de adaptar as homenagens ao Santo Guerreiro.
Por onde quer que se olhe, a cor é a vermelha. E grande parte dos devotos de São Jorge carrega no peito a imagem do santo. No Rio, uma igreja, no subúrbio, é a que faz a maior festa para comemorar o 23 de abril, dia do padroeiro daqueles que pedem graças difíceis de serem alcançadas. Mas a cerimônia deste sábado foi diferente.
O sábado da Semana Santa é considerado pela tradição cristã o dia de espera pela ressurreição de Cristo. A data requer reflexão e silêncio. Por isso, todas as missas que seriam celebradas hoje em homenagem a São Jorge foram canceladas pela arquidiocese do Rio.
Os fiéis reverenciaram a imagem do santo, entregaram flores, levantaram objetos para serem abençoados e rezaram baixinho. Durante várias vezes, o pároco foi até ao altar para um ato litúrgico, com orações especiais lembrando o sábado Santo e o dia do Santo Guerreiro.
“Há uma estreita relação entre a páscoa de Jesus e a festa de São Jorge, porque Cristo morreu e ressuscitou e São Jorge deu a vida pelo Cristo ressuscitado. Então, não há divergência entre uma coisa e outra”, afirma o pároco Marcelino Modelski.
O dia do santo sem celebração de missas deixou a festa diferente, mas em nada abalou a fé de católicos e não católicos.
“Eu sou da umbanda e vamos continuar com a mesma fé e sempre que puder estarei aqui”, diz uma mulher.
“Acho que a fé é mais importante. O povo católico vir a igreja acho que é mais importante”, diz um homem.
O Monsenhor Sérgio Costa Couto lembra que é grande a devoção a São Jorge, mas que as comemorações da Semana Santa são as maiores festas da igreja católica. E que nada pode se sobrepor à vigília do sábado Santo.
“Este dia se caracteriza por esta oração mais silenciosa, se caracteriza por este dia também de expectativa da Páscoa. Não há missa nenhuma até o horário da vigília que é sempre após o por do sol”, conta o Monsenhor Ségio Costa Couto, da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
“É claro que temos que respeitar. Cristo ainda continua morto, amanhã ele ressuscita, mas São Jorge está aí pra abençoar todo mundo”, diz um homem.
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