Senado dos EUA rejeita medida para legalizar jovens imigrantes ilegais
Só 55 senadores votaram a favor, enquanto 41 se mostraram contra.
'Dream Act' busca a legalização de estudantes imigrantes.
Senadores republicanos bloquearam neste sábado (18), nos EUA, o projeto de lei conhecido como Dream Act, que busca a legalização de estudantes imigrantes no país.
Os patrocinadores do projeto precisavam de 60 votos para proceder à votação, mas só 55 senadores votaram a favor, enquanto 41 se mostraram contra, o que significa que a iniciativa já não será aprovada este ano.
Descartado
Com a derrota, o projeto fica descartado no futuro próximo, faltando poucos dias para que, em janeiro, comece a legislar o novo Congresso, com maior presença dos republicanos contrários à norma.
O Dream Act propõe uma via para a cidadania de jovens imigrantes ilegais que chegaram aos EUA com menos de 16 anos de idade e viveram de forma contínua no país durante pelo menos cinco anos, entre outros requisitos, como cursar dois anos de universidade e inscrever-se nas Forças Armadas.
A lei visava a proporcionar status migratório condicional às pessoas que chegaram aos Estados Unidos antes de completar 16 anos, sob certas condições e que terminassem dois anos de estudos superiores ou entrassem no Exército, antes de tentar tornar-se cidadãos americanos.
A reforma teria favorecido imediatamente 726.000 jovens, segundo cálculos do Instituto de Polícia Migratória.
'Anistia'
Os republicanos rejeitavam o Dream Act alegando que suas falhas permitiriam beneficiar dois milhões de imigrantes ilegais, o que equivaleria a uma "anistia".
O fracasso da iniciativa é um duro revés para a Casa Branca e para os grupos pró-imigrantes que tinham advogado a favor da medida.
Os reitores de mais de 73 universidades do país também respaldaram a iniciativa e quase 400 professores universitários que estudam temas relacionados com a imigração assinaram um comunicado apoiando o projeto de lei.
Altos funcionários da Casa Branca como Barack Obama se pronunciaram a favor do Dream Act.
O secretário de Educação de EUA, Arne Duncan, declarou na sexta-feira que, a aprovação do projeto representaria "um tremendo benefício ao país com a contribuição de milhares de jovens estudantes".
Obama chamou este sábado de "decepcionante" que o projeto tenha fracassado. "Simplesmente não havia razão para não aprovar esta importante lei. É decepcionante que o senso comum não tenha prevalecido hoje", disse o presidente em um comunicado.
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