Por: FABRICIO VIEIRA A vida de John Coltrane pode não ter sido muito longa. Todavia, os 40 anos vividos pelo saxofonista americano acabaram por se revelar suficientes para que uma das obras mais densas e complexas do jazz fosse criada. OUTRAS PERSPECTIVASCineasta desvenda carreira de John Coltrane
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Desvendar o percurso do celebrado músico é a proposta do documentário "The World According to John Coltrane", que acaba de receber versão nacional.
A missão do diretor Robert Palmer não era das mais simples: abordar a extensa carreira de Coltrane (1926-1967) em um filme não muito longo, com cerca de uma hora de duração.
Para compor esse painel, o diretor convocou músicos que conviveram ou foram influenciados por ele. Os saxofonistas Wayne Shorter e Roscoe Mitchell, o pianista Tommy Flanagan e o baterista Rashied Ali estão entre os que dão seus depoimentos.
Infelizmente, o acervo de imagens de Coltrane tocando não é muito rico.
O filme procurou aproveitar cenas de diferentes períodos, dando ênfase ao saxofonista exibindo alguns de seus clássicos, como "Impressions" e "Naima".
Se há um destaque, são as raras imagens de uma apresentação de 1966, no Newport Jazz Festival, cerca de um ano antes de sua morte.
Podemos ver ali o músico no auge de suas explorações sonoras, em meio a um solo dissonante e arrebatador, que expressa toda a radicalidade do free jazz, no qual mergulhou a partir de 1965.
Apesar de ter se dedicado à música durante toda a vida, Coltrane apenas realizou suas primeiras gravações como líder quando já estava com 30 anos.
Ou seja, teve apenas uma década para edificar uma obra caracterizada pela constante necessidade de ruptura, marcada pela superação dos limites e das convenções do jazz.
Um dos pontos em relevo no filme é o interesse de Coltrane por outros universos sonoros, além do jazz.
"Escutava música hindu, oriental, de templos budistas, japonesa, africana e até mesmo brasileira. Ele gostava muito de música espiritual, de culto. Dizia que queria pesquisar os sons do mundo, que cada lugar tinha algo a acrescentar [à sua música]", revela Alice Coltrane, viúva do saxofonista.
Como o documentário foi realizado originalmente no começo da década de 1990, alguns de seus personagens já morreram, como os músicos Alice Coltrane (1937-2007) e Rashied Ali (1935-2009).
http://www.geledes.org.br/variedades/cineasta-desvenda-carreira-de-john-coltrane.html
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 07:24
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