terça-feira, 7 de julho de 2009

Onda de violência recomeça na China, dizem agências de notícias


07/07/09 - 05h01 - Atualizado em 07/07/09 - 05h12

Polícia tenta frear manifestações com bombas de gás. Não há informações sobre feridos ou presos.

Do G1, com agências internacionais *
Uma nova onda de violência recomeçou em Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang, na China, informam as agências internacionais de notícias, com base na mídia estatal oficial, nesta terça-feira (7). Os protestos seriam liderados por muçulmanos da etnia uigur. Há dois dias a região é palco de confrontos que deixaram ao menos 156 mortos, mais de 1.000 feridos e 1.434 presos. As agências dizem que as forças de segurança controlaram os distúrbios com bombas de gás, depois que centenas de manifestantes passaram a destruir lojas e veículos enquanto marchavam em direção ao centro da cidade.

A agência oficial “Xinhua” informou que os manifestantes estariam armados com pedras, paus e até facas, e provocando o caos pelas ruas.
Os protestos recomeçaram com um grupo de mulheres, que chegaram a cercar jornalistas estrangeiros autorizados por Pequim a cobrir as manifestações. Algumas mulheres se aproximaram dos policiais, e tentaram impedir que a tropa progredisse pelas ruas, informou um porta-voz do governo regional.
manifestação inicial aconteceu em um bairro de população majoritariamente uigur, onde o governo regional havia preparado um encontro entre habitantes e jornalistas. Depois, o protesto teria se espalhado por outros bairros de Urumqi, segundo a mídia internacional. De acordo com a Xinhua, o primeiro confronto ocorreu depois que uma mulher uigur se aproximou com seu filho do grupo de repórteres, chorando e implorando a liberdade do marido, aparentemente detido após os protestos de domingo (5). Outros uigures se somaram ao protesto e a polícia interveio, acrescentou a Xinhua.
Na tentativa de frear a onda de manifestações, as
autoridades locais cortaram as linhas de telefone fixo e o acesso à internet em Urumqi. “Cortamos a conexão de internet em algumas áreas com o objetivo de sufocar as revoltas rapidamente, e prevenir a expansão da violência a outros locais”, reconheceu Li Zhi, chefe do Partido Comunista da China (PCCh) na cidade, à agência Xinhua. O dirigente comunista chinês não detalhou até quando se prolongará a medida na região.

* Com informações das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters

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