05/07/2009 - 12:28 - EFE
Washington, 5 jul (EFE).- O ex-secretário de Estado americano Colin Powell teme que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tente abranger muitos temas ao mesmo tempo e tenha problemas para enfrentá-los. Powell - republicano, mas que deu seu apoio a Obama nas eleições passadas - recomendou que o líder leve em conta o custo e a burocracia gerados pelas medidas que quer tomar, disse em entrevista à "CNN".Obama se propôs a reformar o sistema de saúde e hasteou a bandeira de uma política energética baseada na rentabilidade das energias limpas, para evitar a dependência energética de outros países.No entanto, Powell, que foi secretário de Estado entre 2000 e 2004, recomendou que Obama mantenha o Governo "tão pequeno quanto for possível"."Acho que uma das precauções que o presidente deve ter (...) é que não se pode ter tantas coisas na mesa, porque não é possível absorver em sua totalidade. E não podemos pagar por tudo", disse Powell, que mostrou sua preocupação com a despesa orçada para este ano."Nunca achei que teríamos orçamentos multimilionários como os que estão sendo executados, estamos acumulando uma dívida enorme que, se nós não pagarmos, nossos filhos, netos e bisnetos terão que pagar", acrescentou.Powell defendeu manter ao mínimo a pressão fiscal sobre os cidadãos, algo que Obama "tem que começar a levar realmente a sério".Quanto à hispânica Sonia Sotomayor, candidata à Corte Suprema e que foi acusada de exercer discriminação positiva, depois que o Supremo contradisse uma de suas decisões, Powell disse que não se pode permitir que a qualifiquem de "racista".Powell rejeitou as qualificações de "racista ou racista inversa" contra Sotomayor, em referência aos comentários do líder conservador Newt Gingrich e de outros comentaristas, e disse confiar em que os membros do Senado avaliarão suas qualidades para o cargo nas audiências de confirmação que começarão em 13 de julho."Felizmente, os senadores que se sentarão nesta audiência no Comitê Judicial, após alguns dias deste tipo de tolice (...) examinarão suas qualidades", disse.O republicano disse que Sotomayor tem um ponto de vista "aberto e liberal, mas isso não é desqualificar", e afirmou que o expediente da juíza "parece estar equilibrado e tenta cumprir a lei".Powell considerou que os Estados Unidos ainda têm um problema com as minorias e criticou os republicanos que não são escolhidos para o cargo de fazer referência "imediatamente ao racismo".Ele mesmo foi acusado pelo comentarista Rush Limbaugh de apoiar Obama por ambos serem negros e também foi questionado por membros da ala mais conservadora de seu partido, como o ex-vice-presidente americano Dick Cheney, que colocou em xeque sua lealdade aos republicanos, após o apoio a Obama.
Washington, 5 jul (EFE).- O ex-secretário de Estado americano Colin Powell teme que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tente abranger muitos temas ao mesmo tempo e tenha problemas para enfrentá-los. Powell - republicano, mas que deu seu apoio a Obama nas eleições passadas - recomendou que o líder leve em conta o custo e a burocracia gerados pelas medidas que quer tomar, disse em entrevista à "CNN".Obama se propôs a reformar o sistema de saúde e hasteou a bandeira de uma política energética baseada na rentabilidade das energias limpas, para evitar a dependência energética de outros países.No entanto, Powell, que foi secretário de Estado entre 2000 e 2004, recomendou que Obama mantenha o Governo "tão pequeno quanto for possível"."Acho que uma das precauções que o presidente deve ter (...) é que não se pode ter tantas coisas na mesa, porque não é possível absorver em sua totalidade. E não podemos pagar por tudo", disse Powell, que mostrou sua preocupação com a despesa orçada para este ano."Nunca achei que teríamos orçamentos multimilionários como os que estão sendo executados, estamos acumulando uma dívida enorme que, se nós não pagarmos, nossos filhos, netos e bisnetos terão que pagar", acrescentou.Powell defendeu manter ao mínimo a pressão fiscal sobre os cidadãos, algo que Obama "tem que começar a levar realmente a sério".Quanto à hispânica Sonia Sotomayor, candidata à Corte Suprema e que foi acusada de exercer discriminação positiva, depois que o Supremo contradisse uma de suas decisões, Powell disse que não se pode permitir que a qualifiquem de "racista".Powell rejeitou as qualificações de "racista ou racista inversa" contra Sotomayor, em referência aos comentários do líder conservador Newt Gingrich e de outros comentaristas, e disse confiar em que os membros do Senado avaliarão suas qualidades para o cargo nas audiências de confirmação que começarão em 13 de julho."Felizmente, os senadores que se sentarão nesta audiência no Comitê Judicial, após alguns dias deste tipo de tolice (...) examinarão suas qualidades", disse.O republicano disse que Sotomayor tem um ponto de vista "aberto e liberal, mas isso não é desqualificar", e afirmou que o expediente da juíza "parece estar equilibrado e tenta cumprir a lei".Powell considerou que os Estados Unidos ainda têm um problema com as minorias e criticou os republicanos que não são escolhidos para o cargo de fazer referência "imediatamente ao racismo".Ele mesmo foi acusado pelo comentarista Rush Limbaugh de apoiar Obama por ambos serem negros e também foi questionado por membros da ala mais conservadora de seu partido, como o ex-vice-presidente americano Dick Cheney, que colocou em xeque sua lealdade aos republicanos, após o apoio a Obama.
EFE elv/an
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