Decisão da Justiça Estadual de São Paulo determinou que um médico acusado de injúria racista pague a uma moradora de São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo) uma indenização por danos morais de 50 salários mínimos (R$ 20.700). Cabe recurso à determinação.
"Ele me xingou de preta filha da puta e atirou uma bandeja em mim", disse nesta quarta-feira à Folha a copeira Jeni Oliveira, 44.
Em setembro de 2007 ela trabalhava em um hotel de São José do Rio Preto e foi levar o café da manhã no quarto onde o médico José Antonio Sanches estava hospedado. Lá ocorreu o incidente.
"Ele chegou a atirar a bandeja com o café depois que eu pedi que assinasse um comprovante do serviço." Após a Polícia Militar chegar ao local, os dois foram levados à delegacia.
Na decisão do juiz Lavínio Paschoalão, o magistrado afirma que quando foi feito o boletim de ocorrência o médico admitiu à polícia "a conduta ofensiva". Na delegacia o médico apresentou documentos afirmando morar no Tocantins. Sanches não compareceu às audiências do processo.
"Ele não apresentou defesa, não foi localizado nos endereços que informou. Ele foi citado por edital", disse o advogado de Jeni, Luiz Barbosa Filho.
No entendimento do juiz, Sanches "ao proferir palavras injuriosas e discriminatórias produziu menosprezo à honra e imagem" da copeira. Jeni espera, com o dinheiro que poderá receber, "comprar um pedaço de chão" e parar de pagar aluguel.
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com o clínico-geral ontem, por meio de um número de telefone celular.
No Conselho Regional de Medicina do Tocantins, a atendente Erika Bezerra informou que o nome dele constava no cadastro do órgão, mas sem telefones comerciais de contato. Na lista telefônica de Palmas o nome de Sanches não aparece.
O crime de injúria com cunho racial prevê reclusão de um a três anos e pagamento de multa.
"Ele me xingou de preta filha da puta e atirou uma bandeja em mim", disse nesta quarta-feira à Folha a copeira Jeni Oliveira, 44.
Em setembro de 2007 ela trabalhava em um hotel de São José do Rio Preto e foi levar o café da manhã no quarto onde o médico José Antonio Sanches estava hospedado. Lá ocorreu o incidente.
"Ele chegou a atirar a bandeja com o café depois que eu pedi que assinasse um comprovante do serviço." Após a Polícia Militar chegar ao local, os dois foram levados à delegacia.
Na decisão do juiz Lavínio Paschoalão, o magistrado afirma que quando foi feito o boletim de ocorrência o médico admitiu à polícia "a conduta ofensiva". Na delegacia o médico apresentou documentos afirmando morar no Tocantins. Sanches não compareceu às audiências do processo.
"Ele não apresentou defesa, não foi localizado nos endereços que informou. Ele foi citado por edital", disse o advogado de Jeni, Luiz Barbosa Filho.
No entendimento do juiz, Sanches "ao proferir palavras injuriosas e discriminatórias produziu menosprezo à honra e imagem" da copeira. Jeni espera, com o dinheiro que poderá receber, "comprar um pedaço de chão" e parar de pagar aluguel.
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com o clínico-geral ontem, por meio de um número de telefone celular.
No Conselho Regional de Medicina do Tocantins, a atendente Erika Bezerra informou que o nome dele constava no cadastro do órgão, mas sem telefones comerciais de contato. Na lista telefônica de Palmas o nome de Sanches não aparece.
O crime de injúria com cunho racial prevê reclusão de um a três anos e pagamento de multa.
JOSÉ EDUARDO RONDON, da Agência Folha. 14/01/2009 - 22h22
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