terça-feira, 2 de junho de 2009

XVI Congresso do MNU - convite SP

O Movimento Negro Unificado é uma organização negra pioneira na luta do negro no Brasil, já desde a Ditadura Militar, sendo criado no dia 18 de junho de 1978, e lançado publicamente no dia 7 de julho do mesmo ano nas escadarias do Teatro Municipal, na Praça Ramos - Centro da Cidade de São Paulo.

Tivemos como motivo imediato a prisão, tortura e morte do trabalhador, pai de família, Robson Silveira da Luz, acusado de roubar frutas numa feira, tendo sido preso e torturado no 44º Distrito Policial de Guaianazes, sob a responsabilidade do delegado Alberto Abdala, vindo a falecer em conseqüências a violência das agressões. E a discriminação racial sofrida por 4 garotos do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê.Fomos a primeira organização a realizar um ato público vitorioso no centro da Cidade de São Paulo na época da Ditadura Militar.Estimulamos a criação de grupos de combate ao racismo nas categorias de trabalhadores em todo o país. Nos partidos progressistas, na universidades públicas e privadas, nos terreiros de candomblés e umbandas, nas escolas de samba, favelas e prisões.Fomos pioneiro no trabalho com os Remanescentes de Quilombos, no final dos anos oitenta, no Cafundó, na região de Sorocaba, com os Calungas em Goiás, no início dos anos noventa, no Rio das Rãs - Ba, a partir de 1992, no Vale do Ribeira, onde existem 17 quilombos, Campos Novos em Santa Catarina, Quilombo dos Silva em Porto Alegre - RS, e outros em PE,MA,RJ,MG,PR,CE,PI.Encabeçamos as principais marchas do Movimento Negro (13 de maio de 1988, 20 de novembro de 1995 e mais recentemente, em 2005).Realizamos em 1988, na cidade de Recife-PE, o X Encontro Norte Nordeste, especificamente sobre educação, de onde elaboramos um livro, que com certeza ajudou a inspirar a criação da Lei 10.639.Estivemos em Durban em 2001, entre os brasileiros éramos a organização com maior número de participantes, somos uma das principais entidades proponentes do Congresso Nacional de Negras e Negros do Brasil .Ao longo da nossa história acumulamos importantes vitórias no combate ao racismo, à violência policial, na luta das domésticas pela garantia de seus direitos trabalhistas.Tivemos a honra há 17 anos atrás encabeçarmos o 1º SENUN-Seminário Nacional dos Universitários Negros, de apoiar recentemente o ENJUNE - Encontro Nacional da Juventude Negra.Estamos relembrando história não para nos vangloriarmos, mas para convidá-los a participarem conosco da ABERTURA DO NOSSO XVI CONGRESSO NACIONAL DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO, onde com certeza estaremos debatendo novos rumos para a luta do negro no Brasil.Pontos como Reparação Histórica e Projeto Político do Povo Negro Para o Brasil serão debatidos no nosso Congresso e, com certeza poderemos contribuir melhor para o fortalecimento do Congresso Nacional de Negras e Negros do Brasil.Um grande abraço a todas e todos.MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO
Postado por MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO - MNU às
6/01/2009 11:14:00 PM
fontes:
http://mnu.blogspot.com
http://afroblogs.blogspot.com/
josé ricardo

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Governo deixou cota para negros sem defesa no TJ

Publicada em 01/06/2009 às 07:54

Eliane Maria - Extra
RIO - A votação realizada no Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio há uma semana - e que ameaça pôr em risco o vestibular de 71 mil estudantes no estado - poderia ter tido um resultado diferente dos 13 a 7, que garantiram uma liminar favorável ao deputado Flávio Bolsonaro (PP), suspendendo os feitos da lei de cotas. Assim como o parlamentar, um representante da Procuradoria Geral do Estado (PGE) também estava presente ao plenário, mas não defendeu a reserva de vagas.
Flávio Bolsonaro defendeu sua representação de inconstitucionalidade contra a Lei 5.346/2008, que prevê cotas nas universidades estaduais, alegando que seria discriminatória por beneficiar alunos negros.
De acordo com Lauro Schuch, vice-presidente da OAB seção Rio, o governo do estado também poderia ter feito sua defesa:
- Era possível, sim, que a Procuradoria fizesse a defesa, porque há o interesse do Estado no julgamento. Critérios questionados
Em entrevista à TV na terça-feira, o presidente do TJ, desembargador Luiz Zveiter, justificou a decisão: "O argumento principal é que não havia reserva de cotas para pessoas carentes. Por exemplo, um negro que estivesse fazendo um vestibular teria essa cota de reserva mesmo que não fosse carente".
O critério de carência, porém, está previsto no primeiro artigo da lei. Informação que poderia ter constado da defesa do representante da PGE, que, segundo nota oficial do governo do estado, preferiu não se manifestar em plenário. Hoje, a PGE irá se pronunciar no processo, durante julgamento de recurso, às 13h.