sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


27/01/2011 17h00 - Atualizado em 27/01/2011 17h50

Homem moderno emigrou da África há menos de 100 mil anos, diz estudo

Vestígios achados na península arábica são provas, segundo cientistas.
Descoberta será divulgada na revista 'Science'.

Da France Presse
Homo sapiens emigrou da África há menos de 100 mil anos, muito antes do que se pensava até agora, revelam ferramentas descobertas na península arábica, segundo trabalho que será publicado na edição desta semana da revista científica "Science".
A presença do homem moderno na península arábica pode remontar há 125.000 anos, segundo a equipe internacional de pesquisas chefiada por Hans-Peter Uerpmann, da Universidade Eberhard Karls em Tübingen, Alemanha.
Homo sapiens 1Artefatos encontrados na península arábica eram usados como machados. (Foto: Copyright Science / AAAS)
O período no qual o homem moderno começou a emigrar do continente africano e a cronologia de sua dispersão pelo Mediterrâneo e ao longo da costa da península arábica têm sido tema de debate há tempos.
No entanto, a maioria dos vestígios e rastros descobertos até o momento leva a crer que esta migração ocorreu há 60 mil anos.
A equipe de cientistas, chefiada por Simon Armitage do Royal Holloway da Universidade de Londres, descobriu um conjunto de ferramentas no sítio arqueológico de Jebel Faya, em particular sílexes talhados em ambos os lados para cortar ou cavar, machados sem empunhadura e raspadeiras.
Homo sapiens 2Sítio arqueológico de Jebel Faya, local onde os artefatos foram achados. (Foto: Copyright Science / AAAS)
Os cientistas começaram a escavar em 2003 e inicialmente encontraram artefatos da Idade do Ferro, do Bronze e do Neolítico, mas depois descobriram estas ferramentas que remontam ao Paleolítico médio, período que se estende de 300.000 até 30.000 anos atrás.
Os arqueólogos recorreram a uma técnica chamada luminiscência por estímulo óptico, que permite medir há quanto tempo um objeto não está exposto à luz. Assim determinaram que estas ferramentas de pedra remontam a um período que vai de 100 mil a 125 mil anos.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CELSO DE MELLO - Decano fala sobre pauta do STF em rádio de Tatuí

Decano fala sobre pauta do STF em rádio de Tatuí

O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, falou sobre os principais assuntos que devem ser discutidos pela corte durante 2011, com exclusividade, à CRTV, em Tatuí (SP), cidade natal do ministro.
Em entrevista ao repórter André Aguiar, na terça-feira (18/1), Celso de Mello afirmou que os ministros do Supremo vão analisar temas que tratam de direitos de milhões de pessoas, como o aborto em casos de anencefalia do feto, também chamado de antecipação terapêutica de parto, a união civil homossexual, o sistema de quotas étnicas, raciais ou sociais em universidades públicas e a aplicabilidade do alcance da Lei da Ficha Limpa.
O decano também falou sobre o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti e sobre a possível criação de uma agência reguladora da mídia, ideia que surgiu no governo federal. A entrevista pode ser vista na íntegra em: http://www.crtv.tv.br/index.php?id_video=1295447518


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SALVADOR - PROMOTOR DE JUSTIÇA - Almiro Sena deve ser novo secretário estadual de Justiça

Exclusivo: Almiro Sena deve ser novo secretário estadual de Justiça

Divulgação
Promotor Almiro Sena
É forte a possibilidade de o governador Jaques Wagner anunciar nas próximas horas o nome do promotor de Justiça baiano Almiro Sena, ligado à Promotoria de Combate ao Racismo, para a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), conforme já havia antecipado este Política Livre. A confirmar.

http://www.politicalivre.com.br/index.php/2011/01/exclusivo-almiro-sena-deve-ser-novo-secretario-estadual-de-justica/

MPF recomenda que Big Brother Brasil respeite direitos humanos (UI)


MPF recomenda que Big Brother Brasil respeite direitos humanos (UI)


bbb-olhos
(Última Instância) O MPF (Ministério Público Federal) enviou à Rede Globo de Televisão um documento oficial em que recomenda que a emissora respeite os direitos humanos na edição número 11 do programa Big Brother Brasil.
"A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão lembra que, em 2010, o programa foi alvo de mais de 400 reclamações de cidadãos denunciando casos de homofobia, incitação à violência, apelo sexual, inadequação no horário de exibição e violação da dignidade da pessoa humana", diz o site jurídico Última Instância, que lembra também que nesse mesmo ano a Rede Globo foi obrigada a exibir comunicado explicando as formas de contágio do HIV após um dos participantes afirmar que os heterossexuais não correm risco de se infectarem com o vírus da Aids.
O diretor do programa, J.B. Oliveira, o Boninho, causou polêmica ao dizer que seriam liberadas as agressões entre os participantes na edição deste ano.

Leia as recomendações do MPF à Rede Globo sobre o BBB 11:

- observar a própria autoregulamentação da emissora ( Princípios & Valores da TV Globo no Vídeo - Tit. 1 - A Missão da TV Globo e Tít. II Crianças), expedida em dezembro de 2009, na qual assume a missão de exibir conteúdos de qualidade que atendam às finalidades artística, cultural, informativa, educativa e que contribuam para o desenvolvimento da sociedade;
- adotar medidas preventivas necessárias para evitar a veiculação de práticas de violações de direitos humanos, tais como tratamento desumano ou degradante, preconceito, racismo e homofobia;
- dar cumprimento integral à classificação indicativa atribuída ao programa (não recomendado para menores de 14 anos), nos termos da Portaria 1220/2007 do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça (DEJUS);
- adequar a exibição do programa a horário de menor exposição a crianças e adolescentes, observada a classificação indicativa atribuída ao programa BBB11 nos estados em que há divergência de fuso horário e também em razão do horário de verão, nos termos da decisão do Superior Tribunal de Justiça, nos autos do Mandado de Segurança nº 14041/DF.

http://ligabrasileiradelesbicaspr.blogspot.com/2011/01/mpf-recomenda-que-big-brother-brasil.html

Ritos fúnebres africanos desafiam modernidade no Caribe colombiano


Ritos fúnebres africanos desafiam modernidade no Caribe colombiano
17 de janeiro de 2011  10h08  atualizado às 10h56


Na Colômbia, onde se concentra a segunda maior comunidade de origem africana da América Latina, atrás apenas do Brasil, os ritos fúnebres que foram preservados pelos descendentes de escravos seguem desafiando a modernidade.
O cenário é San Basilio de Palenque, o primeiro povoado libertado da América situado a 50 km de Cartagena das Índias, onde no último fim de semana a cadência dos tambores anunciou a morte de Cha-ine, a mulher mais velha do povoado que, aos 103 anos, se uniu aos orixás.
Inés Ortega Cassiani, conhecida por como Cha-ine, foi um expoente da consagração da cultura de Palenque, onde dedicou toda sua vida à dança e ao canto, além de liderar com sua arte os ritos de vida e de morte.
O povoado se despediu de Cha-ine com o "lumbalu", a principal cerimônia fúnebre originária da etnia banto na África.
"É o ritual com o qual contribuímos para que essa alma que se desprende do corpo seja conduzida e chegue ao outro mundo", explicou à agência EFE o professor de Etnolinguística e promotor cultural da localidade, Manuel Pérez.
O "lumbalu" sintetiza o universo corporal e simbólico dos habitantes do povoado e representa a coesão entre a música, a dança, a vida e a morte destes descendentes de negros escravos que foram levados à América pelos colonizadores europeus entre os séculos XVI e XVIII.
Seu empenho em manter vivas as tradições e transmiti-las de geração para geração permitiu que San Basilio de Palenque se mantivesse quase intacto.
"Foi graças à resistência que exercemos durante anos para nos manter puros que conseguimos fazer com que o que foi deixado por nossos ancestrais africanos perdurasse", avaliou Pérez.
O povoado se manteve isolado por muitos anos, desde que alguns escravos, cansados da exploração dos espanhóis, fugiram de cidades do então vice-reinado de Nueva Granada e se refugiaram nos Montes de María, onde fundaram Palenque, conhecido hoje como San Basilio, e permaneceram afastados do mundo até 1971.
No entanto, Pérez, que diz sentir "um orgulho enorme por ser autêntico", vê com preocupação a ameaça que recaiu sobre sua cultura pelo fato de que muitos "palenqueros", asfixiados pela pobreza, começam a deixar o povoado em busca de oportunidades.
"Estamos em risco, visto que hoje é muito comum que o palenquero saia para trabalhar e fique fora por muito tempo", lamentou Pérez.
O líder acredita que a força espiritual que os guiou ajude a preservar a cultura, apesar da modernidade e da globalização, fatores que "podem contribuir para que em algum momento os costumes sejam perdidos".
Pérez explica sua inquietação à EFE enquanto homens, mas principalmente mulheres, dançam e cantam ao redor do corpo de Cha-ine. Muitas choram e expressam sua dor com gritos: desta forma, se queixam à falecida por tê-las abandonado no mundo dos vivos.
Esses gritos se confundem com os cantos do "lumbalu", enquanto os amigos mais próximos da morta se consolam com a ingestão de "força", um forte rum destilado de forma rudimentar em um alambique. Assim, entram em uma atmosfera de êxtase e chegam ao transe coletivo.
San Basilio de Palenque foi o primeiro povoado criado na América por negros escravos libertados e preserva quase intacta sua cultura e idioma.
O povoado foi declarado em 2005 Obra Prima do Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o que contrasta com a pobreza extrema na qual vivem seus 2,5 mil habitantes, que não contam com serviços públicos básicos.
Embora Palenque atraia muitas pessoas e instituições internacionais por sua grande riqueza cultural, o Estado colombiano vira as costas. Ali não há um médico permanente, os meios de comunicação são praticamente inexistentes, a água é de má qualidade e a assistência social é precária.