sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dilma estuda criar Ministério dos Direitos Humanos



BRASÍLIA - Na reforma administrativa que o governo federal pretende implementar a partir do ano que vem, o Palácio do Planalto estuda criar o Ministério dos Direitos Humanos. Além da secretaria que hoje trata do assunto, atualmente ocupada pela ministra Maria do Rosário, a nova pasta abarcaria outras três: Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Secretaria Nacional da Juventude. O governo planeja incluir na futura estrutura a Fundação Nacional do Índio (Funai), vinculada hoje ao Ministério da Justiça.
Os critérios considerados pelo governo, além da economia gerada pelo enxugamento da máquina, envolvem ainda o desempenho e a relevância das secretarias a serem extintas. E também o entendimento de que são ações compatíveis com os direitos humanos e que continuariam contemplados nesse novo ministério.
Secretarias têm ações limitadas e poucas verbas
Hoje com status de ministério, as secretarias de Políticas para as Mulheres - ocupada por Iriny Lopes - e a de Igualdade Racial - comandada por Luiza Bairros -, na nova estrutura, continuariam com esses nomes. O mesmo ocorreria com a Secretaria Nacional da Juventude, ocupada por Severine Carmem Macedo, e vinculada à Secretaria Geral da Presidência. Essas três estruturas se juntariam às outras três já criadas nos Direitos Humanos: Criança e do Adolescente, Pessoas com Deficiência e a de Promoção dos Direitos Humanos.
A Funai é um caso à parte - sua desvinculação do Ministério da Justiça não seria fácil. Os próprios indígenas são reticentes a qualquer mudança na fundação e reagem com ações ostensivas quando contrariados. Um exemplo foi a exclusão da saúde dos índios do órgão e a criação de uma secretaria no âmbito do Ministério da Saúde. Um processo que levou anos.
Vinculadas à Presidência da República, as secretarias de Direitos Humanos, de Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres têm ações limitadas e orçamentos pequenos. As três têm mais poderes de articulação do que propriamente de ações na ponta. Essa é a principal mudança na criação do Ministério dos Direitos Humanos. A pasta ganharia poderes para agir. Por exemplo: poderia ter autonomia, e recurso, para criar centros de referências nessas áreas.
Mudanças visam enxugar máquina do governo
A centralização em torno dos direitos humanos se dá por se tratar de uma área que ganha cada vez mais espaço no governo da presidente Dilma Rousseff. Ela tem apreço pelo tema. E também por ter suas políticas sempre cobradas e lembradas nas viagens e encontros internacionais.
A desenvoltura da ministra Maria do Rosário, ao menos até agora, tem agrado à presidente Dilma Rousseff. Sua atuação para assegurar a votação e a instalação da Comissão da Verdade - que vai investigar crimes cometidos durante a ditadura militar, tema caro à presidente -, é elogiada no Palácio do Planalto.
Luiza Bairros pode continuar. Já Iriny dificilmente ficará. Até porque ela deve ser candidata à prefeitura de Vitória (ES), pelo PT. A questão principal, no entanto, é a decisão de enxugamento da estrutura e não a definição de nomes para a nova pasta.
 
 

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/10/13/dilma-estuda-criar-ministerio-dos-direitos-humanos-925579232.asp#ixzz1akiaqeX3
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SEPPIR - Nota sobre a matéria “Reforma ameaça ministras mulheres”


Nota sobre a matéria “Reforma ameaça ministras mulheres”

Data10/10/2011
Ao contrário do que especula a reportagem da Folha de S. Paulo (edição de 09-10-2011, pg A10), a ministra Luiza Bairros, que não foi ouvida pela repórter Ana Flor, nunca manifestou desejo de deixar a Seppir e já expressou publicamente suas críticas a uma visão simplista que limita as complexidades relacionadas à promoção da igualdade racial ao volume de recursos orçamentários disponíveis. Acrescente-se ainda que, como a ministra escreveu no artigo “O Estatuto é pra Valer”, amplamente divulgado em julho deste ano, o PPA 2012-2015 conferiu nova feição aos planos de governo ao incorporar o programa de Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial.
 
Coordenação de Comunicação SEPPIR

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Após polêmica, Caixa coloca ator negro no papel de Machado de Assis


Campanha que teve escritor negro interpretado por ator branco gerou protestos em redes sociais e críticas da Secretaria da Igualdade Racial; assista aos filmes

iG São Paulo 11/10/2011 12:25



A Caixa Econômica Federal retomou nesta segunda-feira a campanha publicitária que havia sido sido suspensa, por ter gerado protestos em redes sociais e críticas da Secretaria de Igualdade Racial. O filme, em comemoração ao aniversário dos 150 anos da instituição, tinha o negro Machado de Assis interpretado por um branco:


Após a polêmica, o ator que interpreta o escritor foi trocado por um negro. Assista à segunda versão do filme:

Procurada, a Caixa não quis comentar a troca.

Racismo em boate de Niterói gera indenização de R$ 4 mil

10.10.11 às 15h10
Rio - Um segurança  de uma casa noturna de Niterói vai receber R$ 4 mil de indenização por dano moral de um cliente que o insultou com palavras racistas. O denunciante conta que, ao tentar separar uma briga entre dois jovens, um deles o chamou de “macaco” e “crioulo escravo”. A decisão é da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que manteve a sentença de primeiro grau.

Para o relator do processo, desembargador Sergio Lucio de Oliveira e Cruz, houve o crime de injúria por preconceito. "Importa dizer, ainda, que a alegação do réu de xingar seu ofensor, numa tentativa de livrar-se das agressões, é digna de lástima e demonstra que a conduta adotada foi pautada na total ausência de respeito ao ser humano. De tudo o que foi dito e apurado, constatam-se presentes os requisitos ensejadores da responsabilidade civil: conduta injuriosa, nexo de causalidade e dano de natureza moral", destacou.

http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2011/10/racismo_em_boate_de_niteroi_gera_indenizacao_de_r_4_mil_198221.html

Atriz iraniana é condenada a 1 ano de prisão e 90 chibatadas, diz site Segundo oposição, Marzie Vafamehrha foi presa por participar de um filme crítico ao governo do Irã iG São Paulo | 10/10/2011 15:24

 iG São Paulo | 10/10/2011 15:24


Foto: Reprodução
Marzie Vafamehrha, em cena do filme "Teherane Man Haray"

A atriz iraniana Marzie Vafamehrha foi condenada a um ano de prisão e 90 chicotadas por participar de um filme crítico ao governo, afirmou o site opositor Kalameh nesta segunda-feira.
Segundo o site, a sentença foi decretada no domingo por um tribunal de Teerã e o advogado da atriz apresentou um recurso à instância judicial superior.
Mulher do cineasta Naser Taghvai, Marzie teria sido detida no final de junho por atuar no filme “Teherane Man Haray” (“Minha Teerã à Venda”, em tradução livre).
A produção conta a história de uma jovem atriz que tem seu trabalho banido no Irã e tenta viajar para a Austrália.
Produzido por uma empresa australiana e dirigido pela iraniana Granaz Musavi, que mora na Austrália, o filme foi premiado no Festival de Cinema de Adelaide em 2009, mas proibido no Irã.
Taghvai declarou ao site Kalameh que outros artistas envolvidos no filme também foram presas, mas somente Marzie foi condenada. Segundo o cineasta iraniano, o filme contava com a permissão do Ministério de Cultura e Orientação Islâmica.
"Marzie está em uma prisão de Garchak, uma província de Teerã. O local é um antigo galinheiro que não apresenta as mínimas condições de higiene", completou o marido da atriz.
Taghvai acrescentou que o filme, antes vendido por menos de US$ 1 no mercado negro iraniano, agora está custando US$ 6.

Com AP e EFE