terça-feira, 13 de setembro de 2011

Política de inclusão das pessoas com deficiência avançou - Lei de Cotas e incentivo à educação são ferramentas para inserção no trabalho

Maria Carolina Nomura, iG São Paulo 13/09/2011 05:58



No dia 21 deste mês, é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência. Apesar de ainda existir um longo caminho para a inclusão plena deste público na sociedade, algumas conquistas já podem ser comemoradas.
Para Vinicius Garcia, economista e pesquisador da Facamp (Faculdades de Campinas), que ficou tetraplégico em consequência de uma lesão medular, as últimas décadas registram avanços importantes, tanto na percepção da sociedade sobre a temática da deficiência como na conquista de direitos.
Foto: Danilo Chamas / Fotomontagem iG sobre SXCAmpliar
Mudanças na regulamentação trouxeram avanços importantes para o acesso das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho
“Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das da Pessoa com Deficiência - aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas - e deu a ela status de emenda constitucional, o que significou um importante instrumento para o aperfeiçoamento da legislação nacional. Reconhecer tais conquistas, porém, não significa que já atingimos uma situação ideal, pois ainda existe muito a ser feito”, afirma Garcia.
Conquistas
Flavio Gonzalez, gerente de Processos de Inclusão da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), concorda que nos últimos 20 anos o tema da inclusão evoluiu.
“A década de 90 trouxe avanços mais legislativos do que práticos, mas que foram fundamentais. A Constituição de 1988, e o reconhecimento dos direitos inerentes à pessoa , passaram a orientar diversas ações no combate à exclusão e discriminação. Em 1989, aprovou-se a lei 7.853, que caracterizou a discriminação ao trabalho da pessoa com deficiência como crime. Dois anos depois, em 1991, foi aprovada a Lei 8.213, a chamada Lei de Cotas, que, a exemplo do que acontece em inúmeros países, criou metas obrigatórias de contratação para empresas com 100 ou mais funcionários”, relata Gonzales.
O gerente acrescenta que, a partir do ano 2000, essas ferramentas legais passaram a surtir efeito prático, sobretudo após sua regulamentação pelo Decreto 3.296. “Com isso, até o momento mais de 300 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho em todo o país, o que é um avanço, mas cabe dizer que estamos ainda muito longe de resolver o problema”, afirma.
Trabalho e preconceito
Em sua tese de doutoramento pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Garcia aborda o tema da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Em sua pesquisa, um dos principais obstáculos que esses profissionais enfrentam ainda é a desinformação, e até preconceito, de muitos empregadores. 

Era o que sentia na pele o engenheiro Walter Pimentel, de 46 anos, todas as vezes em que buscou um trabalho. Ele tem atrofia no membro inferior direito, o que o obriga a usar uma muleta para andar. “Certa vez, ao fazer uma entrevista de trabalho, deixei a muleta no meu colo. O empregador não viu. Conversamos bastante e ficou tudo acertado para eu começar a trabalhar na semana seguinte. Quando me levantei para ir embora e ele viu que eu usava muletas, senti que quase voltou atrás. Felizmente, não chegou a fazê-lo”, conta.
Pimentel, que hoje é engenheiro eletricista de Furnas, foi contratado com base na Lei da Cotas. Ele diz que a realidade da pessoa com deficiência é muito dura. “O preconceito existe. Sou engenheiro e técnico, mas não posso atuar em diversos cargos. Por exemplo, não posso estar embarcado em uma plataforma de petróleo, porque alguém escreveu em algum lugar que pessoas com limitações físicas não podem trabalhar ali. Conheço minhas limitações, mas sei também das minhas competências”, afirma.
Novo olhar
Para Gonzales, da Avape, os direitos das pessoas com deficiência representam os direitos de todos. “Afinal, a cada 100 brasileiros, 14 têm deficiência. Aqueles que hoje não têm, poderão ver sua condição ou de um ente querido mudar amanhã. A deficiência é algo muito próprio da condição humana, uma possibilidade, entre tantas, sempre possível na vida de cada pessoa, de cada família.”
Gonzales espera que a sociedade aproveite o No Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, para refletir e aprender a olhar para qualquer pessoa reconhecendo nela o potencial e capacidade de que é dotado cada ser humano, e não para sua condição física, sensorial ou intelectual como limites intransponíveis para uma vida produtiva e capaz de realizações. 
 

domingo, 11 de setembro de 2011

Escravidão urbana ‘Caso Zara’ chama a atenção para mazela contemporânea que envolve 251 empregadores no Brasil, incluindo companhia de engenharia da Baixada, no Rio, e outras cinco empresas sediadas em áreas industriais


Rio - Casos recentes de violação dos Direitos do Trabalho — como o da confecção de Americana, no interior paulista, que fornecia peças à rede Zara produzidas por mão de obra mantida em condições que feriam a dignidade — trouxeram à tona a discussão do trabalho escravo contemporâneo. No País, o crime é proibido há mais de 100 anos. Mas, só nos últimos oito, cerca de 30 mil trabalhadores já foram resgatados em condições análogas à escravidão. Entre os 251 empregadores que integram a “lista suja” do Ministério do Trabalho (MTE), que pode ser consultada por qualquer cidadão, seis são de áreas urbanas e um deles é do Rio.

A Bell Construções, empresa sediada em Jardim Gramacho, Duque de Caxias, foi contratada pela companhia de telefonia Claro, em 2009, e levou 18 trabalhadores da Baixada para Vila Velha (ES) a fim de implantar cabos de fibra óptica. Segundo relatório do MTE, os operários foram mantidos por 20 dias em condições degradantes de alojamento: não havia cama, água potável nem locais adequados para preparo de refeições. Itens básicos de higiene, como pastas de dente e sabonete, não eram repostos. A jornada de trabalho começava às 7h e terminava após as 20h, ou seja, 13 horas ao todo, quando o permitido por lei são 8 horas.

Um dos trabalhadores era Marcelo Marques, morador de Nova Iguaçu. O operário é pai de duas crianças e relatou a O DIA as condições em que o grupo se encontrava: “No alojamento, o chuveiro era sobre o vaso sanitário, que vivia entupido. A gente não sabia se estava pisando na água do chuveiro ou na do vaso”.
Como a escravidão, geralmente, está relacionada à área rural, os próprios trabalhadores não se sentem vítimas. Para Alcimar Candeias, chefe da fiscalização no Espírito Santo, o operário não tem a cultura de reclamar e costuma ser honesto. “Mesmo em condições irregulares e sem retorno do empregador, ele cumpre seu trabalho até o final”, contou.

Após acordo judicial, a Bell Construções pagou multa de R$ 5 mil. A Claro, que não está na “lista suja”, foi punida em R$ 55 mil, por danos morais. Procurada, a empresa de telefonia informou “que cumpre fielmente a legislação trabalhista”. Em nota, a Bell negou ter fornecido condições degradantes de alojamento.

Bispos da IURD atacam Ana Paula Valadão e Edir Macedo diz que 99% dos cantores gospel são endemoniados



Eles se referem a um culto em que a líder do Diante do Trono “cai na unção” ao ser ungida por um pastor americano
Bispos da IURD atacam Ana Paula Valadão e Edir Macedo diz que 99% dos cantores gospel são endemoniados
Depois de causar polêmica ao comparar igrejas pentecostais com centro de umbanda, o bispo Edir Macedo e outros pastores da Igreja Universal do Reino de Deus causaram revolta nos fãs do grupo Diante do Trono. Isso porque em dois programas da IURD a cantora Ana Paula Valadão foi usada como exemplo de cantores evangélicos que são “possessos por demônios”.
Em um programa o líder da IURD afirmou que para ele 99% dos cantores gospel são endemoniados e perturbados. ”O diabo também promove dentro da Igreja grandes cantores, cantoras e que fazem grandes sucessos, mas aquele sucesso é justamente uma mensagem subliminar para iludir os crentes”, disse ele.
O bispo Marcio, que estava apresentando o programa com Edir Macedo, deu exemplo da cantora do DT que na última edição do Congresso Internacional de Louvor e Adoração Diante do Trono “caiu na unção” quando foi ungida por um pastor finlandês.
Na igreja Universal “cair na unção” é o mesmo que cair possesso por demônios e por esse motivo o vídeo deste dia de congresso na sede da Igreja Batista da Lagoinha foi divulgado durante o programa na IURDTV . No programa “Nosso Tempo” o bispo Romualdo Panceiro reprisou o vídeo duas vezes para frisar aos telespectadores que a cantora estava possuída e que por esse motivo não cantaria mais as canções do Diante do Trono.

Resposta

Em seu Twitter, a cantora Ana Paula Valadão respondeu as críticas afirmando para seus seguidores não se preocuparem “Não se preocupem comigo qto a essas críticas…estou em paz no meu Senhor!” e até ficou feliz com o ocorrido “Interessante ser criticada por me render corpo e alma em adoração na Presença de Deus…até me regozijo por isso…não me deixarei intimidar”

Record x Globo

Para alguns usuários da comunidade do Orkut destinada ao grupo Diante do Trono, as mensagens dos bispos da Universal são na verdade uma forma de tentar barrar a venda dos CDs dos artistas da Som Livre (empresa do grupo Globo), que por meio do selo Você Adora está investindo na contratação de cantores gospel, como foi o caso do DT.
Os fãs do grupo mineiro também tentam questionar o líder da IURD se os cantores que fazem parte do casting da Line Records (uma das maiores gravadoras do gospel do Brasil que é ligada a IURD) também são possuídos por demônios.
Assista:
Fonte: Gospel Prime

Suecos querem fazer da pirataria uma religião A ideia é deixar de serem criminalizados por copiarem músicas, DVDs, livros e outros arquivos e softwares


Uma nova seita está sendo criada na  pequena cidade de Uppsala, a 70 km da de Estocolmo, capital da Suécia. Chamada de Missionary Kopimistsamfundet [Igreja Missionária do Kopismo] seus adeptos usam a internet para discutir assuntos do mundo virtual, em especial sobre a compra de softwares tanto que um dos mandamentos seguidos por quase mil pessoas é “Não roubarás, copiarás”.
A ideia da seita é tratar de assuntos relacionados a tecnologia, os frequentadores do site trocam arquivos, textos, músicas e vídeos. A seita foi fundada pelo partido Pirata sueco com base do Kopimi (Copy Me), para ser o oposto do Copyright. Ou seja, eles defendem como religião a autorização para fazer cópia e pirataria de softwares e outros arquivos.
Isak Gerson, 19 anos, estudante de filosofia e defensor da religião do Kopimismo, fundou a igreja no ano passado com o objetivo de se proteger usando um parágrafo legítimo da constituição sueca: “Capítulo 2. § 1 cada cidadão tem garantida contra o governo a liberdade de religião: Liberdade, seja sozinho ou com outras pessoas, para praticar sua religião.”
Se for aceita como religião a pirataria vai deixar de ser considerada ilegal, já que eles estarão respaldados por essa lei. Nos “cultos” é pregado o  livre compartilhamento como algo sagrado. Nenhum deles compra livros, CDs ou DVDs, nem utiliza programas como Windows ou iTunes. Usam o sistema aberto Linux nos computadores e, para justificar os atos fora da lei, costumam afirmar que impedir a comunhão da cultura, ou cobrar por ela, é inaceitável.
Em maio deste ano, ele enviou ao governo sueco uma petição para que o Kopismo se torne de fato uma igreja reconhecida.“O pedido foi rejeitado no início de abril deste ano”, disse o fundador no seu perfil do Twitter @isakgerson. “Foi rejeitado porque a lei sueca exige uma comunhão religiosa que tenha uma maneira formalizada de rezar ou algum tipo de meditação.”
Ele entrou novamente com o pedido, dessa vez formalizando seus rituais oficiais, com direito a uma meditação sobre o compartilhamento de informações e o ato de copiar arquivos. Os seus sacerdotes passaram a se chamar “ops” e o Ctrl+C e o Ctrl+V foram definidos como símbolos sagrados. Mas tiveram novamente o pedido negado.
Fonte: Gospel Prime
Com informações Pavablog

Bispo Edir Macedo compara cultos pentecostais a centros espíritas // Marco Feliciano responde a comparação de cultos pentecostais a centros espíritas feita por Edir Macedo


Notícias Gospel Prime


O vídeo mostra cenas de cultos pentecostais e cenas de cultos afros lado a lado
Bispo Edir Macedo compara cultos pentecostais a centros espíritas
O bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, postou em seu blog um vídeo polêmico nesta semana, questionando se há diferença entre rituais de religiões afros e alguns cultos pentecostais.
De um lado do vídeo vemos imagens de eventos e cultos pentecostais como a ministração do pastor Marco Feliciano, onde um obreiro “rodopia no espírito” em direção ao pregador para lhe entregar uma profecia, o episódio aconteceu no Gideões Missionários da Ultima Hora, um dos maiores congressos missionários do Mundo promovido pela Assembleia de Deus em Camboriú – Santa Catarina, e do outro lado vídeos com sessões de umbanda.
Até imagens de um culto do controverso pastor Benny Hinn é inserido no vídeo que questiona alguns movimentos ditos pentecostais.

IURD x Pentecostalismo

No dia 25 de agosto o blog do bispo Edir Macedo mostrava o depoimento de um pastor que estava abrindo uma IURD na Austrália, toda igreja que se instala naquele país precisa fazer uma apólice de seguro, principalmente as igrejas pentecostais, pois a seguradora cobre eventuais acidentes que possam acontecer quando uma pessoa “cai no espírito” e acaba machucando outra pessoa ou mesmo se machucando.
No texto o líder da IURD dizia que essa prática é “um exemplo típico de desgraça causada aos incautos, por desconhecerem o verdadeiro batismo do Espírito Santo.”
Assista ao vídeo:
Fonte: Gospel Prime

Marco Feliciano responde a comparação de cultos pentecostais a centros espíritas feita por Edir Macedo


Entre as diferenças o pastor assembleiano cita que nas igrejas o único Deus é adorado, já nos cultos afros são anjos caídos
Marco Feliciano responde a comparação de cultos pentecostais a centros espíritas feita por Edir Macedo
O pastor Marco Feliciano usou seu site para responder aovídeo que o bispo Edir Macedo publicou em seu blogquestionando se há diferença entre os cultos pentecostais e cultos de religiões afros. O líder da Igreja Universal do Reino de Deus publicou uma montagem de vídeos dizendo que o chamado “cair no espírito” é semelhante a possessão demoníaca de centros espíritas.
Ao defender o pentecostalismo, Marco Feliciano, que inclusive aparece no vídeo postado por Macedo, tenta esclarecer que a maior diferença é que nos cultos pentecostais as pessoas são movidas pelo Espírito de Deus.
“Na questão dos cultos comparados pelo nobre Bispo, notamos sim semelhanças inúmeras, mas por que tanta semelhança? Vamos a explicação: O diabo tem poder isso é inegável, todavia Deus tem TODO o PODER!”, escreveu Feliciano que deu vários exemplos bíblicos de manifestações divinas que foram imitadas por magos e por pessoas possessas por espíritos malignos.
Respondendo a pergunta que dá nome ao vídeo de Macedo “Qual a Diferença?”, Feliciano diz que em primeiro lugar diferença é que nos cultos pentecostais o único Deus é adorado. “no nosso Adoramos ao Deus único e verdadeiro, no outro adoram a espíritos expulsos do céu que querem ser como deus, por isso imitam nosso culto”, escreve ele que se diz “pentecostal genuíno, criado no fogo de Jeová”.
Entre outras diferenças citadas pelo pastor da igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento estão: “no [culto] deles seus espíritos os chamam de cavalos, no nosso Deus nos chama de Ovelhas pois Ele é o  eterno pastor do salmo 23;  no nosso culto, tais manifestações geram vida, alegria, esperança, no outro as pessoas saem mais vazias e confusas do que quando chegaram;’no nosso ao terminar o culto, todos sabem o que aconteceu não tem duvidas! No deles as pessoas não sabem o que houve, ou onde estão, ou seja no nosso o Espírito que opera trabalha em conjunto com o homem no deles os espíritos dominam suas vontades”.
Fonte: Gospel Prime