sábado, 10 de setembro de 2011

Como é escolher o Islã em um país sem vista para Meca


Cada vez mais brasileiros se tornam muçulmanos. E adaptam suas necessidades a um cotidiano que não prevê seus costumes

Verônica Mambrini, iG São Paulo 10/09/2011 06:05





Foto: Edu Cesar/FotoarenaAmpliar
A comerciante paulistana Alexsandra, 33, converteu-se aos 20
Nos países do mundo árabe, é fácil saber para que lado está Meca: é para onde se vira a maioria islâmica durante as cinco orações diárias, que, aliás, muitas vezes são anunciadas em espaços públicos. Em São Paulo, às vezes é difícil até saber de que lado se pega o ônibus certo. Então a relativamente pequena, mas significativamente crescente comunidade islâmica às vezes precisa improvisar. “Tem gente que se guia pelo mapa do Google, tem gente que se guia pela bússola”, conta Alexsandra Alves de Brito, 33, convertida ao islamismo desde os 20.

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O número de brasileiros que, como Alexsandra, decidiu ser muçulmano, cresceu 25% na última década. Em algumas comunidades, como a do Rio de Janeiro, 85% dos frequentadores de mesquitas são convertidos. Ou revertidos, como eles preferem. Em Salvador, são 70%.

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A imagem de uma religião extremista, sisuda e complicada vem dando lugar a uma mais simpática e atraente à sociedade brasileira. Para Paulo Hilu da Rocha Pinto, autor de “Islã – Religião e Civilização – uma abordagem antropológica”, dois fatores puxam a mudança: a novela O Clone, exibida pela Globo entre 2001 e 2002, e o ataque às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, em 2001. “Na novela, o Islã chega com um perfil de pessoas alegres, que gostam de festa, devotadas a família. No caso da repercussão do ataque de 11 de Setembro, na América Latina, onde existe uma marca forte de oposição e denúncia a políticas americanas, teve um efeito forte.”

Mulher e machismo
A cabeleireira Pamela Juliana Gomes Pereira, 29, revertida há seis meses, conheceu o Islamismo quando morava na Suíça. Voltou há um ano e meio, e passou a frequentar uma mesquita. “Já vivenciei várias religiões”, diz a cabeleireira, que tem na família espíritas, católicos, umbandistas e evangélicos. Separada, ela tem um filho de 9 anos e sua maior preocupação era como isso seria visto. “Não tem problema nenhum, a mulher não deixa de ter valor por isso. Pode ser que um homem árabe não se interesse por uma mulher como eu, mas pela cultura árabe, não por causa do Islã.” Ela afirma que enfrenta preconceitos que ligam o Islã ao machismo. “Eles acham que há submissão aos homens, que vou apanhar do marido”, desabafa.

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Embora o islamismo ainda seja visto de mãos dadas com a cultura árabe, os laços começam a afrouxar. “Para os convertidos, a cultura árabe e o Islã são coisas bem diferentes”, diz Paulo.

A comerciante Alexsandra foi atraída para o Islã exatamente pela perspectiva feminina. “O que me chamou a atenção foi a valorização da mulher. Na sociedade brasileira, a mulher é muito vulgarizada, tem que atrair os homens. No Islã, a mulher tem que ser recatada, bem educada. Até falar baixo faz parte dos costumes”, diz Alexsandra. Convertida há 13 anos, casou com um muçulmano e tem dois filhos, de 13 e 5 anos. “Meus filhos já nasceram muçulmanos”, conta. Antes ela era protestante, da igreja Assembléia de Deus.



Foto: Arquivo pessoalAmpliar
A professora Priscilla, convertida há quatro anos, continua pintando os cabelos - que às vezes ficam sob o véu
Dia a dia
Neste ano, Pamela viveu seu primeiro Ramadã, mês em que o fiel deve fazer jejum da alvorada ao pôr do sol. “Não foi fácil. Como minha família não é muçulmana, tive que cozinhar sem colocar comida na boca”, conta. “Minha mãe é evangélica, achou absurdo ficar sem comer. Meu filho compreendeu melhor.”

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Alexsandra adaptou sua rotina de orações à vida profissional. “Se você trabalha num local onde não é possível praticar a oração, você faz três vezes, por exemplo. Quem pode, faz as cinco. Nada que te prejudique na sua vida pessoal”, diz a comerciante.

Na mesquita que ela frequenta, em São Paulo, a maioria é de muçulmanos de origem libanesa. “Os sermões e as orações são em árabe, com tradutor. Mas é bom praticar no seu idioma. Tem que saber o que está falando”, diz. Em comunidades com muitos convertidos, há orações e aulas sobre Islã diretamente em português.

A professora Priscilla Pavan Manso, 28 anos, converteu-se há 4 anos. Desde os 12 anos ela pinta os cabelos, e não deixou de fazê-lo depois da conversão. “Como brasileira, eu falo alto. Na cultura árabe, mulher tem que falar baixo, mas religião não se confunde com personalidade”, afirma Priscilla. “Tenho amigos muçulmanos que saem comigo para passear, jantar, ir no shopping. Eu não mudei.”

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Apesar de não beber e não comer carne de porco, ela não deixa de sair com os amigos de antes da conversão. “A religião não pode te afastar das pessoas. Meu noivo não é muçulmano, e eu o conheci concomitantemente com a religião. Ele respeita e concordou em noivar comigo diante do sheik, mesmo sendo católico.”

Mas como acontece com quase todo convertido, é preciso lidar com preconceitos. “As pessoas fazem piadinhas: dizem que sou mulher-bomba, que eu vou apanhar de marido, ser a quarta mulher do meu esposo. Mas se fosse uma religião opressora, eu não conseguiria tocar minha vida.”

Roupas
Priscila também prefere não usar o véu diariamente. “Quando apareci com o véu em casa, minha mãe quase arrancou. Meu sheik diz que é quando eu sentir que meu coração está preparado. Uso a bata e os véus na hora das orações”, diz.

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Como Priscila, Pamela também evita a discriminação da família e das clientes usando o hijab – o véu muçulmano – apenas na mesquita. Em seu primeiro ano seguindo as novas regras, ela ainda teme o verão: as roupas, que já eram discretas, passaram a cobrir o corpo um pouquinho mais. “Eu fico pedindo a Deus que me dê força para aguentar calor nesse verão. Até agora, foi tranquilo.”

Já Alexsandra transformou a adaptação em negócio - vende hijabs, está importando a abaya, vestido típico para o dia a dia, e deve trazer em breve “burquínis”, para praia e piscina. “As mulheres não usavam aqui por não achar, mas agora está mais fácil”, diz.

A forma de cobrir o corpo e os cabelos não é determinada pelo Alcorão, livro sagrado do Islã. No dia a dia, Alexsandra é prática: usa jeans, saias e blusas de manga comprida, como camisas. “Apesar das muçulmanas terem suas vestes estereotipadas, o Islã não determinou um corte, um estilo ou uma cor específica. Desde que a mulher cumpra a lei alcorânica, qualquer coisa é válida”, afirma a tradutora Marcela Tieppo, 20 anos, que mantém desde 2009 o blog A Mulher no Islam.

Quando foi tirar a foto 3x4, para o RG, o funcionário disse que Alexsandra não podia usar o lenço. “Eu perguntei se as freiras tiravam, e acabaram permitindo”, lembra. “Hoje já se adota a prática de levar um certificado de que você realmente é muçulmano. As pessoas às vezes olham torto e hostilizam. Mas isso acontece com qualquer um que seja diferente.”


http://delas.ig.com.br/comportamento/como-e-escolher-o-isla-em-um-pais-sem-vista-para-meca/n1597202166227.html

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Projeto de templo muçulmano em NY teve de ser alterado Obra, bem próxima às Torres Gêmeas, foi considerada por muitos cidadãos americanos como provocação, devido à orientação religiosa dos terroristas


POR JOÃO RICARDO GONÇALVES
Rio - Só dois quarteirões separam o principal alvo do 11 de Setembro, o World Trade Center, em Nova York, de um prédio de cinco andares que abrigava uma loja até ser atingido por pedaços dos aviões. O local virou epicentro de uma polêmica que exigiu a intervenção até do presidente americano, Barack Obama: a construção de um centro comunitário da mesma orientação religiosa que os terroristas deturparam, o islamismo. O projeto ainda está vivo, mas foi forçado a mudar de perfil, já que a obra foi considerada por muitos americanos como provocação.

Previsto pelo menos desde 2009, o centro, chamado Park 51, ganhou a atenção do mundo semanas antes do aniversário de 9 anos do 11 de Setembro, depois que autoridades de Nova York deram autorização para a reforma. O local já vinha sendo usado para cultos muçulmanos, até começar a ser contestado. O nome que chegou a ser cogitado para o espaço, Córdoba House, também não ajudou, já que lembra a grande mesquita erguida pelos muçulmanos que ocuparam a Espanha. 

Um pastor evangélico radical americano, Terry Jones, aproveitou a chamada ‘Mesquita do Marco Zero’ para convocar uma queima de alcorões (exemplares do Livro Sagrados muçulmano).
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Autoridades como Obama tentaram fazer o fanático perceber que a ideia só fomentaria a intolerância inter-religiosa e colocaria soldados americanos no Afeganistão em risco de represálias. Inicialmente ele acatou o pedido, mas em março acabou cumprindo a ameaça e queimou um Alcorão.

Por causa de toda controvérsia, os empresários responsáveis têm passado mais tempo tentando mudar a imagem do projeto e angariando fundos do que dando sequência as obras. Hoje, eles admitem até que o centro será menor que a construção de 16 andares e US $ 100 milhões prevista inicialmente. O antigo imã da mesquita, Feisal Abdul Rauf, tido como radical por alguns americanos, também não faz mais parte do projeto. “Não temos nada a ver com o 11 de Setembro, que desfigurou nossa religião”, disse o principal empreendedor do Park 51, Sharif El-Gamal.
Gravações revelam despreparo e surpresa 
As gravações das conversas entre torres de controle, os pilotos e as autoridades militares durante os sequestros dos aviões do 11 de Setembro foram divulgadas pela primeira vez de forma integral ontem.
O documento, publicado pela revista Rutgers Law Review, mostra momentos de despreparo, desespero e surpresa. Em uma das conversas, por exemplo, um funcionário de controle de voo diz aos militares, com atraso: “Temos um problema, temos um avião sequestrado se dirigindo para Nova York, e precisamos que vocês, pessoal, lancem alguns F-16 (caça) ou algo assim para nos ajudar”. Os áudios também revelam um dos sequestradores avisando que teria uma bomba a bordo, e um piloto que viu o voo 93, que caiu na Pensilvânia, “balançando” para evitar que os passageiros chegassem à cabine do piloto para deter os terroristas.
Autoridades investigam suspeitas de novos ataques
A três dias do 10º aniversário do 11 de Setembro, autoridades dos Estados Unidos informaram que estão investigando uma ameaça “crível” de ataque terrorista que teria Nova York ou Washington como alvos. 

Segundo a rede de TV ‘Fox News’, que cita fontes oficiais do governo americano, investigadores obtiveram informações de atividades de quem acreditam que sejam “possíveis suspeitos” ligados à rede terrorista Al Qaeda, responsável pelos sequestros de aviões em setembro de 2001.
Uma das fontes afirmou à emissora que a ameaça “é bastante específica para provocar preocupação”, e outra se limitou a dizer que ela está sendo “investigada”.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

John Galliano é multado em 6 mil euros por insultos antissemitas


08/09/2011 08h50 - Atualizado em 08/09/2011 10h14


Decisão da corte francesa foi divulgada nesta quinta-feira (8).
Galliano chegou a ser detido em Paris, em fevereiro, após ofensas.

Do G1, com agências internacionais
O estilista John Galliano fotografado na chegada ao tribunal em Paris nesta quarta-feira (22).  (Foto: AFP)O estilista John Galliano é fotografado na chegada
ao tribunal de Paris, em junho (Foto: AFP)
Uma corte francesa multou o estilista inglês John Galliano em 6 mil euros (quase R$ 14 mil) depois de julgá-lo culpado por uma série de declarações antissemitas. Ele recebeu duas multas: uma de 2 mil e outra de 4 mil euros, por incidentes em outubro de 2010 e fevereiro de 2011, respectivamente.

A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (8).

O julgamento do estilista começou em junho, depois de ele ter sido detido pela polícia francesa em fevereiro. Na ocasião, foi acusado por um casal de fazer comentários racistas.

Junto à publicação de um vídeo em que oestilista diz amar Hitler, o incidente provocou o estouro de um escândalo e sua demissão do cargo de diretor da grife parisiense Dior.

Nascido em Gibraltar, em 1960, John Galliano comandava a marca desde 1996. Filho de um encanador inglês e de uma espanhola, foi considerado um dos estilistas mais inventivos de sua época, com criações ousadas e extravagantes.

Galliano se formou na famosa Saint Martin's School of Art de Londres, de onde saíram alguns dos estilistas mais importantes do século XX. Ele começou desfilando na Semana de Moda londrina. Em 1987, venceu o prêmio de melhor estilista britânico do momento. Mudou-se para Paris Em 1993, onde vive desde então.
O advogado do estilista John Galliano, Aurelien Hamelle, deixa o tribunal de Paris após anúncio da sentença de seu cliente: multa de 6 mil euros por insultos antissemitas (Foto: AP)O advogado do estilista John Galliano, Aurelien Hamelle, deixa o tribunal de Paris após anúncio da sentença de seu cliente: multa de 6 mil euros por insultos antissemitas (Foto: AP)

Dois anos mais tarde, foi contratado pelo presidente da prestigiosa LVMH, Bernard Arnault, como diretor de criação da Givenchy, outra das marcas de luxo mais célebres do mundo.

Declaração de Rodrigo Lombardi gera polêmica


Rodrigo Lombardi, de O Astro, está sendo acusado de racismo na internet.
O povo está comentando que ele foi preconceituoso ao fazer uma declaração no Domingão do Faustão durante a Dança dos Famosos.
O ator se referiu a um ídolo dele e não foi muito feliz na sua afirmação.
Disse o seguinte: “Tem um cara que eu sou muito fã desde criancinha e acho que foi ele que me fez ser artista, juntamente com meu pai. Era um cara que na sua época era negro, caolho, um metro e cinquenta, chamado Sammy Davis Jr., que quando entrava no palco saía com 2 m de altura, loiro, de olho azul”.
Lombardi estava visivelmente emocionado, pois disse que o avô morreu nesta semana.

MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Joaquim resiste Ao voltar ao STF após dois meses de licença, ministro identifica uma campanha para tirá-lo da Corte, mas garante que permanecerá no cargo até o limite de 70 anos


Adriana Nicacio
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O RETORNO
Ministro reúne assessores e diz que pressões ocorrem porque ele incomoda
Ao regressar ao Supremo Tribunal Federal na quarta-feira 31, depois de mais de dois meses de licença, o ministro Joaquim Barbosa, 56 anos, convocou assessores para uma conversa importante em seu gabinete. Na reunião de mais de duas horas de duração, o ministro manifestou um grande aborrecimento. Não bastasse ter perdido relatorias de processos rumorosos, afirmou ter percebido no tribunal um ambiente envenenado, principalmente por rumores sobre sua aposentadoria precoce. Disse enxergar uma “conspiração” para mandá-lo de vez para casa. Nos diálogos reservados, Barbosa desabafou: “Isso acontece com quem incomoda.” Aos que desejam vê-lo fora do Supremo, no entanto, Barbosa foi taxativo. Nas mesmas conversas particulares, o ministro garantiu que não tem intenção de se aposentar. Foi além. Disse que vai transformar o seu gabinete num bunker de resistência.“Só saio do Supremo antes dos 70 anos se eu morrer”, afirmou, referindo-se à idade limite para todos os servidores públicos. Quem conhece Barbosa sabe o que o move. Filho de um pedreiro com uma dona de casa, ele passou a sustentar a mãe e seus sete irmãos aos 16 anos, quando o pai foi embora. Deixou no passado seus dias de auxiliar gráfico para se tornar um dos 11 membros da mais alta Corte da Justiça brasileira. Hoje, Barbosa tem nas mãos uma das principais relatorias do STF, que trata do mensalão do PT, e prevê que, apesar das dificuldades, seu parecer estará pronto no início de 2012. Ele suspeita que talvez seja exatamente esse o motivo da boataria a seu respeito. O próprio ministro considera que estão criando pretexto para retirar do caminho “quem não agrada”.

A pressão para que Barbosa deixe o cargo é imensa. Mesmo que velada. Os outros ministros reclamam pelos corredores e dizem estar sobrecarregados com a doença do colega, que durante a licença ficou de fora da distribuição dos processos com pedidos de liminar. Os mais prejudicados seriam Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Além disso, depois que a ministra Ellen Gracie se aposentou, no início de agosto, o STF passou a contar com apenas nove ministros. E, embora tenha voltado a despachar no seu gabinete e a trabalhar em seus processos, ele avisou ao presidente Cezar Peluso que não tem data certa para participar das sessões plenárias. “São exaustivas e demoradas num momento delicado do meu pós-operatório”, explicou aos demais ministros. Pelo quórum reduzido, não será possível votar processos polêmicos no plenário, como a constitucionalidade das cotas raciais e a possibilidade de aborto dos anencéfalos. Apenas quando a presidente Dilma Rousseff indicar a sucessora de Ellen Gracie, os temas mais polêmicos poderão voltar à pauta. 

Outra frente de ataque contra Barbosa parte de advogados de clientes de peso. O advogado José Eduardo Alckmin – representante de Jader Barbalho e Cássio Cunha Lima – chegou a requerer a substituição de Barbosa da relatoria para que seus clientes pudessem assumir os mandatos no Senado o mais rapidamente possível. Os réus do mensalão também reclamam que o processo está atrasado. Temem que o julgamento às vésperas das eleições municipais os prejudique. 
O ministro já se afastou do STF por 138 dias desde dezembro de 2009 para se tratar dos problemas de coluna. Seus desafetos dizem que, caso os pedidos de licença somem 180 dias, ele será obrigado a passar por perícia médica e se aposentar. “É uma bobagem sem precedentes”, reagiu Barbosa quando soube da intriga. De fato, o cargo de titular do STF é regulamentado pela Constituição e o ministro só é forçado a sair em três casos: aos 70 anos, por crime, se condenado pelo Supremo, ou se sofrer impeachment do Senado. Por isso, doa a quem doer, Joaquim Barbosa garante que fica.
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