quinta-feira, 8 de setembro de 2011

John Galliano é multado em 6 mil euros por insultos antissemitas


08/09/2011 08h50 - Atualizado em 08/09/2011 10h14


Decisão da corte francesa foi divulgada nesta quinta-feira (8).
Galliano chegou a ser detido em Paris, em fevereiro, após ofensas.

Do G1, com agências internacionais
O estilista John Galliano fotografado na chegada ao tribunal em Paris nesta quarta-feira (22).  (Foto: AFP)O estilista John Galliano é fotografado na chegada
ao tribunal de Paris, em junho (Foto: AFP)
Uma corte francesa multou o estilista inglês John Galliano em 6 mil euros (quase R$ 14 mil) depois de julgá-lo culpado por uma série de declarações antissemitas. Ele recebeu duas multas: uma de 2 mil e outra de 4 mil euros, por incidentes em outubro de 2010 e fevereiro de 2011, respectivamente.

A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (8).

O julgamento do estilista começou em junho, depois de ele ter sido detido pela polícia francesa em fevereiro. Na ocasião, foi acusado por um casal de fazer comentários racistas.

Junto à publicação de um vídeo em que oestilista diz amar Hitler, o incidente provocou o estouro de um escândalo e sua demissão do cargo de diretor da grife parisiense Dior.

Nascido em Gibraltar, em 1960, John Galliano comandava a marca desde 1996. Filho de um encanador inglês e de uma espanhola, foi considerado um dos estilistas mais inventivos de sua época, com criações ousadas e extravagantes.

Galliano se formou na famosa Saint Martin's School of Art de Londres, de onde saíram alguns dos estilistas mais importantes do século XX. Ele começou desfilando na Semana de Moda londrina. Em 1987, venceu o prêmio de melhor estilista britânico do momento. Mudou-se para Paris Em 1993, onde vive desde então.
O advogado do estilista John Galliano, Aurelien Hamelle, deixa o tribunal de Paris após anúncio da sentença de seu cliente: multa de 6 mil euros por insultos antissemitas (Foto: AP)O advogado do estilista John Galliano, Aurelien Hamelle, deixa o tribunal de Paris após anúncio da sentença de seu cliente: multa de 6 mil euros por insultos antissemitas (Foto: AP)

Dois anos mais tarde, foi contratado pelo presidente da prestigiosa LVMH, Bernard Arnault, como diretor de criação da Givenchy, outra das marcas de luxo mais célebres do mundo.

Declaração de Rodrigo Lombardi gera polêmica


Rodrigo Lombardi, de O Astro, está sendo acusado de racismo na internet.
O povo está comentando que ele foi preconceituoso ao fazer uma declaração no Domingão do Faustão durante a Dança dos Famosos.
O ator se referiu a um ídolo dele e não foi muito feliz na sua afirmação.
Disse o seguinte: “Tem um cara que eu sou muito fã desde criancinha e acho que foi ele que me fez ser artista, juntamente com meu pai. Era um cara que na sua época era negro, caolho, um metro e cinquenta, chamado Sammy Davis Jr., que quando entrava no palco saía com 2 m de altura, loiro, de olho azul”.
Lombardi estava visivelmente emocionado, pois disse que o avô morreu nesta semana.

MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Joaquim resiste Ao voltar ao STF após dois meses de licença, ministro identifica uma campanha para tirá-lo da Corte, mas garante que permanecerá no cargo até o limite de 70 anos


Adriana Nicacio
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O RETORNO
Ministro reúne assessores e diz que pressões ocorrem porque ele incomoda
Ao regressar ao Supremo Tribunal Federal na quarta-feira 31, depois de mais de dois meses de licença, o ministro Joaquim Barbosa, 56 anos, convocou assessores para uma conversa importante em seu gabinete. Na reunião de mais de duas horas de duração, o ministro manifestou um grande aborrecimento. Não bastasse ter perdido relatorias de processos rumorosos, afirmou ter percebido no tribunal um ambiente envenenado, principalmente por rumores sobre sua aposentadoria precoce. Disse enxergar uma “conspiração” para mandá-lo de vez para casa. Nos diálogos reservados, Barbosa desabafou: “Isso acontece com quem incomoda.” Aos que desejam vê-lo fora do Supremo, no entanto, Barbosa foi taxativo. Nas mesmas conversas particulares, o ministro garantiu que não tem intenção de se aposentar. Foi além. Disse que vai transformar o seu gabinete num bunker de resistência.“Só saio do Supremo antes dos 70 anos se eu morrer”, afirmou, referindo-se à idade limite para todos os servidores públicos. Quem conhece Barbosa sabe o que o move. Filho de um pedreiro com uma dona de casa, ele passou a sustentar a mãe e seus sete irmãos aos 16 anos, quando o pai foi embora. Deixou no passado seus dias de auxiliar gráfico para se tornar um dos 11 membros da mais alta Corte da Justiça brasileira. Hoje, Barbosa tem nas mãos uma das principais relatorias do STF, que trata do mensalão do PT, e prevê que, apesar das dificuldades, seu parecer estará pronto no início de 2012. Ele suspeita que talvez seja exatamente esse o motivo da boataria a seu respeito. O próprio ministro considera que estão criando pretexto para retirar do caminho “quem não agrada”.

A pressão para que Barbosa deixe o cargo é imensa. Mesmo que velada. Os outros ministros reclamam pelos corredores e dizem estar sobrecarregados com a doença do colega, que durante a licença ficou de fora da distribuição dos processos com pedidos de liminar. Os mais prejudicados seriam Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Além disso, depois que a ministra Ellen Gracie se aposentou, no início de agosto, o STF passou a contar com apenas nove ministros. E, embora tenha voltado a despachar no seu gabinete e a trabalhar em seus processos, ele avisou ao presidente Cezar Peluso que não tem data certa para participar das sessões plenárias. “São exaustivas e demoradas num momento delicado do meu pós-operatório”, explicou aos demais ministros. Pelo quórum reduzido, não será possível votar processos polêmicos no plenário, como a constitucionalidade das cotas raciais e a possibilidade de aborto dos anencéfalos. Apenas quando a presidente Dilma Rousseff indicar a sucessora de Ellen Gracie, os temas mais polêmicos poderão voltar à pauta. 

Outra frente de ataque contra Barbosa parte de advogados de clientes de peso. O advogado José Eduardo Alckmin – representante de Jader Barbalho e Cássio Cunha Lima – chegou a requerer a substituição de Barbosa da relatoria para que seus clientes pudessem assumir os mandatos no Senado o mais rapidamente possível. Os réus do mensalão também reclamam que o processo está atrasado. Temem que o julgamento às vésperas das eleições municipais os prejudique. 
O ministro já se afastou do STF por 138 dias desde dezembro de 2009 para se tratar dos problemas de coluna. Seus desafetos dizem que, caso os pedidos de licença somem 180 dias, ele será obrigado a passar por perícia médica e se aposentar. “É uma bobagem sem precedentes”, reagiu Barbosa quando soube da intriga. De fato, o cargo de titular do STF é regulamentado pela Constituição e o ministro só é forçado a sair em três casos: aos 70 anos, por crime, se condenado pelo Supremo, ou se sofrer impeachment do Senado. Por isso, doa a quem doer, Joaquim Barbosa garante que fica.
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Para Ministério do Trabalho, país já é aberto para mão de obra estrangeira


Por João Villaverde | De Brasília
O Brasil é um país aberto à entrada de trabalhadores estrangeiros e o ritmo superior a 16% de avanço na concessão de vistos de trabalho a imigrantes neste ano evidencia essa abertura, diz Paulo Sérgio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração (CNIG), órgão responsável pela concessão de vistos a trabalhadores estrangeiros.
Na semana passada, uma das ideias discutidas entre especialistas do Ministério da Fazenda para combater a elevação nos preços dos serviços, que pressionam a inflação, seria aumentar a importação de mão de obra. O Valor apurou que a proposta não foi apresentada ao Ministério do Trabalho, ao qual o CNIG é vinculado, ou a outro ministério. Trata-se apenas de uma ideia embrionária.
As normas que regem o CNIG foram construídas para evitar a sobreposição de empregos, isto é, que estrangeiros venham ao Brasil desempenhar funções para as quais trabalhadores brasileiros estão habilitados a ocupar. "A importação de mão de obra é analisada como a importação de bens e serviços", diz Almeida, "ou seja, só deve entrar no país se não tiver equivalente nacional."
No ano passado, 56 mil vistos de trabalho foram concedidos a estrangeiros. Este ano, o ritmo deve ser 20% maior. No primeiro semestre, o CNIG concedeu 26,5 mil autorizações para trabalhar no Brasil - 16,4% mais que em igual período do ano passado.
À frente do CNIG desde 2005, e presidente do conselho desde 2007, Almeida viu a concessão de vistos de trabalho dobrar no período - de 25 mil em 2005 para 56 mil no ano passado. Este ano, a previsão é chegar a 67 mil vistos. As autorizações podem ser concedidas ao mesmo trabalhador mais de uma vez, no caso de uma vaga temporária, como a de tripulante em embarcação estrangeira que vem mais de uma vez ao Brasil no mesmo ano.
Uma empresa estrangeira, que queira trazer ao país técnicos para prestação de serviços a uma companhia brasileira, precisa dar entrada em um ofício no CNIG, o que pode ser feito por via eletrônica ou por meio de documentos em papel.
Em média, o CNIG leva 23 dias para conceder o visto de trabalho, a partir do momento em que os documentos são protocolados no Ministério do Trabalho. Para casos de artistas ou desportistas, a concessão de visto ocorre em três ou quatro dias. Após a autorização, o CNIG envia uma nota eletrônica ao Itamaraty, que então dá sinal verde ao consulado do país de onde vem o trabalhador estrangeiro.
A partir do ano que vem, diz Almeida, os técnicos do conselho esperam trabalhar quase que exclusivamente com a certificação digital, de forma a acabar com o uso do papel. "É muito mais fácil, para a empresa estrangeira, operar apenas pela internet", afirma o presidente do CNIG.
Países que pertencem ao Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina), Chile e Bolívia mantêm um acordo de "livre intercâmbio" de mão de obra com o Brasil. Ou seja, trabalhadores desses países podem trabalhar legalmente no país sem precisar requisitar vistos no CNIG. Assim, segundo Almeida, "não é possível ampliar mais a importação de trabalhadores desses países, cujos salários são, em sua maior parte, inferiores aos pagos no Brasil".


'Escravos' em confecção abalam moda Rede Zara é investigada por manter fornecedores que exploram funcionários

São Paulo - Ministério Público do Trabalho de Campinas (SP) abriu inquérito para investigar denúncias de que fornecedores da rede Zara de roupas, do grupo espanhol Inditex, mantêm trabalhadores em condições análogas à escravidão. Auditores do Ministério do Trabalho fizeram inspeções em oficina de Americana, no interior paulista, e encontraram situações degradantes: alojamentos irregulares, falta de banheiros e dormitórios inadequados. 
Após denúncia anônima de trabalhador boliviano, os auditores acharam 52 funcionários emambiente insalubre, com jornada de 14 horas por dia e recebendo de R$ 0,12 a R$ 0,20 por peça confeccionada.

Segundo a fabricante Zara, o flagrante trata de “terceirização não autorizada”, que “atenta contra seu Código de Conduta e a qual o Grupo Inditex repudia absolutamente”. Em nota, a empresa informou que cerca de 50 fornecedores nacionais produzem peças para sua linha, com mais de 7 mil trabalhadores na produção.

“O Grupo Inditex agradece pelo desempenho do MTE brasileiro neste caso e pela sua disponibilidade em colaborar com a Inditex na promoção de melhores condições para a indústria têxtil no Brasil”, declarou a rede no comunicado. A Inditex destacou que as auditorias serão ampliadas para coibir o uso de mão de obra irregular.



http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2011/8/escravos_em_confeccao_abalam_moda_185668.html