quinta-feira, 8 de setembro de 2011

'Escravos' em confecção abalam moda Rede Zara é investigada por manter fornecedores que exploram funcionários

São Paulo - Ministério Público do Trabalho de Campinas (SP) abriu inquérito para investigar denúncias de que fornecedores da rede Zara de roupas, do grupo espanhol Inditex, mantêm trabalhadores em condições análogas à escravidão. Auditores do Ministério do Trabalho fizeram inspeções em oficina de Americana, no interior paulista, e encontraram situações degradantes: alojamentos irregulares, falta de banheiros e dormitórios inadequados. 
Após denúncia anônima de trabalhador boliviano, os auditores acharam 52 funcionários emambiente insalubre, com jornada de 14 horas por dia e recebendo de R$ 0,12 a R$ 0,20 por peça confeccionada.

Segundo a fabricante Zara, o flagrante trata de “terceirização não autorizada”, que “atenta contra seu Código de Conduta e a qual o Grupo Inditex repudia absolutamente”. Em nota, a empresa informou que cerca de 50 fornecedores nacionais produzem peças para sua linha, com mais de 7 mil trabalhadores na produção.

“O Grupo Inditex agradece pelo desempenho do MTE brasileiro neste caso e pela sua disponibilidade em colaborar com a Inditex na promoção de melhores condições para a indústria têxtil no Brasil”, declarou a rede no comunicado. A Inditex destacou que as auditorias serão ampliadas para coibir o uso de mão de obra irregular.



http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2011/8/escravos_em_confeccao_abalam_moda_185668.html

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