quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Gal Costa cria polêmica no Twitter: 'Como na Bahia as pessoas são preguiçosas'

19.01.11 às 19h46


Gal Costa cria polêmica no Twitter: 'Como na Bahia as pessoas são preguiçosas'

Rio - Gal Costa criou polêmica no Twitter, nesta quarta-feira ao criticar os baianos. "Como na Bahia as pessoas são preguiçosas! Técnico do ar-condicionado não pode terminar otrabalho porque está com dor de cabeça. Essa é a Bahia!", escreveu a cantora.
Foto: Reprodução Internet
Após receber muitas críticas, Gal resolveu se despedir do microblog. "Gente, chega! Acabou o assunto da preguiça. Não se pode falar nada aqui que tudo vira polêmica. Sou baiana e falo porque posso. Vou sair. Tchau.", escreveu. 

Mais tarde a cantora voltou a acessar sua conta para informar que sairia de vez do Twitter. "Claro que não estou generalizando. Tomei a decisão de ficar distante do twitter porque não aguento a intolerância das pessoas e a grosseria. Obrigada aos que me seguem e me respeitam como artista e ser humano. São educados e delicados. A delicadeza é joia rara no mundo de hoje. Tô fora! Um beijo com carinho, amor e delicadeza para os q preservam estes sentimentos. Adeus."

LEI Nº 11.635, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007 - Institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

Presidência da República


Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos





LEI Nº 11.635, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007.



Institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.





O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:



Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 21 de janeiro.



Art. 2o A data fica incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.



Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



Brasília, 27 de dezembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.



LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Gilberto Gil



Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.12.2007

Dilma precisa explicar suas convicções, diz ministro do Vaticano

19/01/2011 - 08h54


Dilma precisa explicar suas convicções, diz ministro do Vaticano

UIRÁ MACHADO

DE SÃO PAULO



Alçado repentinamente à condição de um dos principais nomes da Igreja Católica no mundo, dom João Braz de Aviz, arcebispo de Brasília, afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa explicar melhor o que pensa a respeito de certos assuntos caros à igreja.



"Não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir."



Arcebispo de Brasília comandará um dos 'ministérios' do Vaticano



Segundo Aviz, 63, as posições sobre o aborto que Dilma expressou durante as eleições não necessariamente representam o que acontecerá sob seu governo: "Durante a campanha é uma coisa, e na prática o caminho às vezes é outro".



No dia 4, a igreja anunciou que o papa Bento 16 nomeou dom João prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.



Ele deve assumir o cargo, um dos nove "ministérios" da Igreja Católica, em fevereiro.



Sérgio Lima/Folhapress





Na entrevista a seguir, Aviz também comenta o crescimento das igrejas evangélicas e critica o fato de algumas denominações terem "compromisso fortíssimo com a arrecadação de dinheiro".



Folha - Qual a sua avaliação a respeito do debate sobre o aborto durante as eleições?



João Braz de Aviz Foi um pouco ruim, porque a discussão dos bispos e de pessoas leigas ligadas à igreja apareceu com a exclusão de um partido [o PT]. Ou seja, havia uma definição de posição político-partidária muito clara [a favor do PSDB], e a Igreja Católica não sustenta isso.



Do outro lado, o que está à flor da pele é que uma imensa parte da população brasileira não aceita essa enxurrada de propaganda a favor do aborto que é feita de modo impositivo. Há um movimento de legalizar o aborto e considerá-lo um direito humano, o que é uma coisa muito difícil de a gente compreender.



Portanto, a posição dos bispos até estava correta, mas o que houve de dificuldade foi identificar apenas em um partido essa posição e aproveitar esse fato para uma escolha política.



No geral, o sr. considera que as eleições correram bem?



O que se viu foi sobretudo um processo político muito maduro. O crescimento de um terceiro elemento [o PV, de Marina Silva] que não se identifica com as duas principais forças me parece muito positivo. Há um crescimento da consciência política e do diálogo democrático.



O sr. imagina que a igreja terá alguma dificuldade de diálogo com o governo Dilma?



Claro que a gente sempre espera que o diálogo seja muito bom. Mas a verdade é que não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir.



O que sabemos é que Dilma mostrou flexibilidade com relação a temas importantes para a igreja. Mas também sabemos que políticos fazem isso: durante a campanha é uma coisa, e na prática o caminho às vezes é outro.



O que o sr. espera dela com relação a isso?



Eu espero que as posições dela se aproximem das posições da igreja. Para isso, precisamos conhecer melhor o que pensa a Dilma presidente em relação a certos temas.



Não só o aborto, que teve destaque na disputa eleitoral, mas também quanto ao PNDH-3 [Plano Nacional de Direitos Humanos], que traz posições contudentíssimas para a igreja. Há aspectos muito bonitos com relação à questão social, mas temos aborto, homossexualismo, um monte de coisa que precisamos ver como vai ficar.



Eventuais diferenças não inviabilizariam o diálogo?



Para que exista um bom diálogo, é fundamental que ela diga exatamente o que pensa para podermos avançar a partir daí. O fundamental é dar ao outro a oportunidade de ser ele mesmo, para o diálogo continuar. Se a posição dela for outra, tenho direito a uma atitude diferente.



Até o momento, não sabemos como será, pois ela assumiu a posição do ex-presidente Lula, que é impossível moralmente. Ele diz que tem uma posição pessoal como homem de fé e outra como presidente, como homem de Estado. Ora, a gente tem apenas uma moral, e não duas.



Muitas igrejas têm bancada no Congresso. Qual sua opinião sobre a separação entre religião e política e a possibilidade de mistura entre os dois campos?



A separação entre igreja e Estado foi uma conquista e representa uma grande vantagem democrática em relação ao passado, quando havia a imposição da religião sobre o Estado.



O problema é que muitas vezes não fica claro se estão usando a afirmação do caráter laico do Estado para dizer que ele é ateu e que o cidadão religioso não tem lugar na discussão política. Aí já é complicado, porque é preciso haver liberdade religiosa e respeito a essas posições.



Esse equilíbrio é que ainda não apareceu, e o debate acaba sendo recheado por posições já tomadas de antemão.



Mas não podemos considerar que a experiência religiosa esteja reduzida apenas à dimensão da consciência ou à dimensão pessoal, como se não tivesse nenhuma função social. Por isso é que a Igreja Católica está recuperando a atenção à política.



Como o sr. vê o forte crescimento das igrejas evangélicas, em especial entre as classes mais baixas?



Muitos desses movimentos religiosos mais modernos não exprimem uma fidelidade à doutrina do Evangelho como ela é --escolhem apenas partes e, às vezes, assumem compromissos com coisas que não são corretas. Por exemplo, há igrejas que têm compromisso fortíssimo com a arrecadação de dinheiro.



Por que essas igrejas têm tido mais êxito entre os pobres do que a Igreja Católica?



Não sei dizer uma razão particular. Sei que, hoje, essas igrejas usam os meios de comunicação de maneira muito forte, com motivações psicológicas... Isso tem uma força sobre as pessoas, que têm uma dimensão religiosa grande no coração.



Mas a Igreja Católica não segue essa estrada. Há muito de proselitismo por trás [de outras igrejas], não só de verdade. E nosso caminho [da Igreja Católica] não é o proselitismo, é o testemunho.



O sr. poderia citar alguma em particular?



Prefiro não citar nenhuma. O importante é mencionar o fenômeno. As pessoas sabem que isso existe.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/862625-dilma-precisa-explicar-suas-conviccoes-diz-ministro-do-vaticano.shtml

STF:Battisti poderá ser extraditado se decreto presidencial contrariar tratado

Notícias STF Imprimir Terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Battisti poderá ser extraditado se decreto presidencial contrariar tratado


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a analisar o processo de Extradição (Ext 1085) do italiano Cesare Battisti no próximo mês, quando terminam as férias coletivas dos ministros da Corte. Durante entrevista coletiva concedida nesta tarde (18), no Rio de Janeiro, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, afirmou que caberá ao Tribunal examinar se a permanência de Battisti no Brasil, como determinou o governo federal, está de acordo com os termos do tratado. “Se o Supremo Tribunal Federal decidir que não está nos termos do tratado, ele vai ter que ser extraditado", afirmou.



No último dia de seu mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto no qual nega ao governo italiano o pedido de extradição do ex-ativista. Imediatamente, a defesa de Battisti apresentou petição ao STF solicitando a expedição imediata de alvará de soltura. Já o governo da Itália apresentou petição requerendo que Battisti permanecesse preso até que o Plenário do STF examine o caso. Após determinar o desarquivamento do processo de extradição e anexar as duas petições aos autos, o ministro Cezar Peluso decidiu manter a prisão do italiano e remeteu o processo para análise do relator, ministro Gilmar Mendes.


VP/EH

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=169698&tip=UN

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bancos suíços devolverão dinheiro sujo

17/01/2011 - 08h12


Bancos suíços devolverão dinheiro sujo


MARIO CESAR CARVALHO

ENVIADO ESPECIAL À SUÍÇA



A Suíça quer sepultar de vez a imagem de que seus bancos lavam mais branco.



Uma lei inédita no mundo entra em vigor no dia 1º de fevereiro com o objetivo de ajudar os países pobres a receber de volta dinheiro desviado por políticos corruptos que foram depositados em bancos suíços.



O primeiro país beneficiado pela nova legislação é o Haiti. O país receberá US$ 5,7 milhões que pertencem ao ex-ditador Jean-Claude Duvalier e estão nos bancos suíços desde 1986. "Baby Doc", como era conhecido, viveu 25 anos exilado em Paris e ofereceu doar o dinheiro bloqueado na Suíça assim que o terremoto que completou um ano devastou aquele país.



As autoridades suíças recusaram a oferta. Alegam que o dinheiro não pertence à família Duvalier, mas sim à população do Haiti, de quem os recursos foram desviados.



A Suíça quer limpar seus bancos de dinheiro sujo por uma estratégia de sobrevivência --a Comunidade Europeia não aceita mais a antiga liberalidade dos bancos suíços nem a clientela quer saber de dinheiro de corrupto ou de traficante no mesmo banco em que ela tem conta.



Os bancos suíços têm hoje depósitos que somam cerca de US$ 3 trilhões (o dobro da riqueza produzida no Brasil em um ano) e recebem um terço das fortunas que são depositadas fora do país de quem a detém.



Devolver dinheiro de ditadores corruptos não é uma novidade na Suíça.



Desde 1986, quando Ferdinando Marcos deixou o poder nas Filipinas após uma ditadura de 21 anos, o país tenta se livrar da pecha de porto seguro para dinheiro sujo de políticos. No caso de Marcos, um processo que durou 17 anos terminou com a devolução de US$ 684 milhões às Filipinas em 2003.



As Filipinas puxaram lista de países que hoje inclui Nigéria, Angola, Peru e Cazaquistão.



A Nigéria é o número um da lista em volume de dinheiro: recebeu US$ 700 milhões de volta da Suíça, dos cerca de US$ 4 bilhões que foram saqueados pelo general Sani Abacha, considerado um cleptomaníaco mesmo entre ditadores africanos. Abacha retirava valores do Banco Central da Nigéria em carros-fortes, enchia um avião e enviava-o à Suíça.



O total de recursos desviados que voltou ao país de origem já alcança US$ 1,7 bilhão --a Suíça é o país que mais devolveu dinheiro, segundo o Banco Mundial.



O Haiti será o primeiro beneficiado por uma razão humanitária: o país não tem um Ministério da Justiça operante nem condições de contratar um escritório na Suíça para acompanhar o processo.



A nova lei visa esse tipo de país --os "falidos", termo que o Banco Mundial aplica a 17 nações pobres. A lei será usada também para os casos em que o dono do dinheiro sujo na Suíça tem força política em seu país para que a remessa não seja investigada.



Uma figura jurídica relativamente nova foi usada para facilitar a volta do dinheiro. É a chamada inversão do ônus da prova. Quem tem de provar que o dinheiro tem origem legal é o político investigado, e não a Suíça.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/861564-bancos-suicos-devolverao-dinheiro-sujo.shtml