quarta-feira, 23 de junho de 2010

Kfouri para Kaká: “É a Fifa que proíbe religião no futebol, não eu

Kfouri para Kaká: “É a Fifa que proíbe religião no futebol, não eu”

Bob Fernandes, Portal Terra

DURBAN - Esse é um assunto delicado e sério: religião. Tão delicado e sério que é um tabu, quase todos o evitam para escapar à ira de quem crê e também de quem não acredita. Assunto tão delicado e sério que a FIFA proibiu manifestações religiosas coletivas em campo. Isso depois de a Seleção ter orado no gramado do Ellis Park ao final da Copa das Confederações de 2009, Brasil 3, EUA 2, há um ano. Na terça-feira, 22, o maior astro do Brasil, Kaká, trouxe o polêmico tema religião para dentro da Copa do Mundo.

Em resposta a uma notícia dada pelo mais importante jornalista esportivo brasileiro, Juca Kfouri, o meia disse que Kfouri o estaria atacando “por ele ser um cristão e pregar a palavra de Jesus”, enquanto o jornalista é, confessadamente, “um ateu”.

Notando que não havia tantos pruridos e tabus nos tempos (1958, 62 e 70) em que as religiões dos brasileiros nas seleções eram afro-brasileiras; o candomblé, a macumba, este blogueiro, que não é ateu, buscou conversar com o ateu confesso, Juca Kfouri, alvo das palavras de Kaká numa entrevista coletiva transmitida para todo o mundo.

Kfouri que não evita o tema. Ao contrário, tem sido crítico ao que chama de “merchandising religioso”.

É evidente que o mesmo interesse teria, tenho, de ouvir Kaká sobre assunto tão delicado, sério e polêmico. Fica aqui o convite, para quando ele queira.

Vamos à conversa:

-Juca, você informou, com base em suas fontes médicas, que o Kaká poderia estar jogando no sacrifício, como fez o tenista Guga com sua contusão nos quadris, e que isso poderia vir a encurtar sua carreira. A contusão que o Kaká teve, ou tem, é no púbis, mas não é sobre isso que vamos conversar, e sim sobre um assunto muito falado mas pouco debatido, embora já posto em pauta pela própria FIFA ao proibir manifestações coletivas de religiosidade. Falemos sobre esse tema sério e delicado, quase um tabu, que é a Fé, a Religião, e o futebol?

-Falemos, mas antes, o Kaká. Um, o Guga, teve problemas no quadril, o outro no púbis, mas é a mesma dificuldade para se recuperar, tal o ponto em que as coisas chegaram. Guga foi operado e mesmo assim não deu. Há sérias dúvidas se adianta operar o Kaká, aliás como ele mesmo reconheceu na mesma entrevista de terça-feira depois de ter dito, na mesma entrevista, que não tinha dores no púbis…

-O Kaká respondeu dizendo que você se volta contra ele, usa sistematicamente uma “artilharia” porque você é um ateu enquanto ele crê, prega a palavra do Senhor. Você é ateu? Não crê mesmo na Palavra do Senhor?

-Fui formado no Catolicismo, estudei o Catecismo, fui batizado, fiz primeira comunhão, fui crismado, meu primeiro casamento foi na igreja e, de fato, não tenho Fé alguma. Até lamento, porque sei que a Fé conforta as pessoas diante da ideia da morte.

-Mas você nem por um momento,em nenhum instante difícil na vida, admitiu que o Messias já esteve entre nós? Que o Filho cá esteve para nos Salvar?

-Não. Já houve homens formidáveis, generosos, dispostos a dar a vida por Justiça, e talvez Jesus Cristo tenha mesmo sido um deles, mas como foram Gandhi, Mandela…e outros.

-Você já leu, ao menos estudou alguma coisa da Palavra? Você sabe que são quatro os evangelhos canônicos, e que eles são os únicos aceitos como autênticos pela maioria dos cristãos? Ou você nunca sequer passou pelo assunto?

-Passar, passei, mas mais pelo interesse literário mesmo…

-A Bíblia, Juca, é, pode ser uma fonte de sabedoria, você admite?

-Claro, entendida em seu simbolismo.

-Partindo desse pressuposto, de que a Bíblia pode iluminar até um ateu confesso como você, gostaria de propor alguns dos Salmos, das Palavras, para que você perceba se, em ao menos alguma coisa, Elas não se aplicam a você ou, no mínimo, ao que você vive, percebe. Pode ser?

-Vamos lá.

-Comecemos por Lucas 17:1 “Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!”

-Não é o que a História da Humanidade demonstra. Invariavelmente os que causam escândalos se dão bem, infelizmente.

-Em seguida, o mesmo Lucas, no 17:3 “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.”

-Veja que também não tem sido esta a prática dos evangélicos da Seleção,como o Jorginho, por exemplo, que vive fazendo provocações. Ou como o Lúcio, que deu no braço do Drogba. Eu não tenho visto este pessoal, o bispo Macedo, a bispa Sônia, oferecerem o outro lado do rosto…

-Uma leitura detalhada de Salmos entre o 35:1 e o 35:7… certamente não foi isso, mas o Kaká poderia perfeitamente tê-los lido antes de dirigir-se a ti. Ouça-os, por favor, e diga-nos se não. Você não poderia ser aí o sujeito ausente, não se enxerga aí?

Salmos 35:1 Contende, Senhor, com os que contendem comigo; peleja contra os que contra mim pelejam.

Salmos 35:4 Sejam confundidos e cobertos de vexame os que buscam tirar-me a vida; retrocedam e sejam envergonhados os que tramam contra mim.

Salmos 35:5 Sejam como a palha ao léu do vento, impelindo-os o anjo do Senhor.

Salmos 35:6 Torne-se-lhes o caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do Senhor os persiga.

Salmos 35:7 Pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida.

-Não me enxergo, não. Seria me dar muita importância. Nem eu quero mal, muito menos ao Kaká.

-Não te preocupa, em especial, o Salmo 35: 8? “Venha sobre o inimigo a destruição, quando ele menos pensar; e prendam-no os laços que tramou ocultamente; caia neles para a sua própria ruína”.

-É deveras messiânico, não? De alguém que se imagina O Escolhido, O Filho de Deus! Não, não me assusta, até porque não sou inimigo dos religiosos, minha querida tia Nadir Kfouri foi reitora da PUC paulista e tenho, por exemplo, profundos respeito e admiração por D.Paulo Evaristo Arns. Não sou “contra”, apenas peço que não misturem religião com futebol. A Fifa e eu, aliás. É só isso. E foi a FIFA que proibiu religião no futebol, não eu.

-Parece-me que muitas de suas críticas são não contra a religiosidade de boa parte dos jogadores da Seleção, evangélicos ao menos uma dezena ou mais deles, e são críticas, sim, contra a explicitação ostensiva da Fé? É mais ou menos isso?

-Exatamente. Contra o que chamo de merchandising religioso. Um porre!

-À luz desse raciocínio e da aceitação por ambos -você sendo um ateu e eu não- de que a Bíblia pode ser uma fonte de sabedoria, o que lhe parecem, por exemplo, as palavras vocalizadas por Mateus?

-Quais das Palavras? Qual Mateus?

-Por exemplo, Mateus 6:2 “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.” E também Mateus 6:4 “Para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”

-Acho brilhante, verdadeiramente inspiradas no que se possa chamar de “cristão”. Mas quem faz assim, desse pessoal que vive alardeando sua generosidade ou, entre os chefes, explorando a Fé e a ignorância alheias? Não critico os que têm Fé, mas sim os que vivem explorando a Fé e os que realmente têm Fé…

-E ainda segundo Mateus, o 6:5 “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”. Ou ainda o Mateus 6:6 “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.

-É exatamente isso e você não imagina quantas mensagens citando estas Palavras eu recebo quando há este tipo de polêmica. Polêmica que o Kaká levantou exatamente para mudar o foco da notícia.

-Levando-se em conta a proibição de manifestações religiosas de qualquer Fé em campo e esse debate, ou a ausência dele, recordo outras Palavras de Mateus “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”, ou ainda, no 6:8 : “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”.

-De novo voltamos ao tema. Para quem crê, se Alguém tudo Sabe por que tanta insistência? Se temos dois times de crentes em campo a pedir, o que, não aos olhos do Senhor, mas aos olhos dos que pedem, o que eles imaginam que se passará? Por que o Senhor escolheria a uns e não aos outros?

-Por Fim, Juca, você não teme, nem por uma fração de segundo, o exposto, por exemplo, no Salmo 41:10? “Tu, porém, Senhor, compadece-te de mim e levanta-me, para que eu lhes pague segundo merecem”.

-Honestamente, por arrogante que pareça, não quero que ninguém tenha pena de mim… não caí para ser levantado e não devo nada a ninguém. Respeito a Fé de quem a tem e quero que me deixem em paz com a minha descrença.

18:26 - 23/06/2010

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/06/23/e23068023.asp


MP questiona anúncio de cerveja por suposta ofensa a argentinos Segundo AmBev, campanha em questão já foi encerrada.

22/06/2010 16h15 - Atualizado em 22/06/2010 16h20


Publicidade tem conteúdo ofensivo, segundo cidadão argentino.

Do G1, em São Paulo

O Ministério Público Federal de Minas Gerais recomendou à AmBev retirar do ar uma campanha publicitária da cerveja Skol que ofenderia os cidadãos argentinos. Na peça publicitária, um homem, vestido com a camisa da seleção argentina de futebol, ao abrir uma lata de cerveja, é por ela chamado de “maricón”.

Segundo o MP, a recomendação para suspender a campanha foi feita por um cidadão argentino residente em Belo Horizonte, “para quem a campanha teria nítido conteúdo ofensivo e discriminatório”.

“De acordo com a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), de fato, a propaganda da Skol possui duplo caráter discriminatório, tanto em relação à nacionalidade quanto por seu caráter homofóbico, já que o termo ‘maricón’, ‘também no léxico hispânico, significa maricas, homem efeminado, aquele que é homossexual, medroso, covarde’”, diz o MP em nota.

Procurada pelo G1, no entanto, a AmBev informou que a campanha em questão já havia sido encerrada antes da recomendação do MP.

O Ministério Público informou que abriu inquérito para apurar o assunto. Além da recomendação para suspender o anúncio, o MP também pediu a suspensão das latas com a expressão mencionada e pediu ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) que avalie o assunto e tome as medidas cabíveis.

O G1 procurou o Conar para falar sobre o assunto, mas não conseguiu contato


http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/06/mp-questiona-anuncio-de-cerveja-por-suposta-ofensa-argentinos.html

terça-feira, 22 de junho de 2010

Luxemburgo investiga email xenófobo contra 100 mil portugueses

Luxemburgo investiga email xenófobo contra 100 mil portugueses

por Cláudia Garcia, Publicado em 18 de Junho de 2010
Governo luxemburguês abriu um inquérito para investigar email "insultuoso" dirigido aos 100 mil emigrantes portugueses
Um email "xenófobo" e "racista" dirigido aos portugueses, entre outras nacionalidades, está a circular no Luxemburgo. A mensagem original partiu da Alemanha e pode ter ligação a um grupo neonazi. Mas só recentemente é que o conteúdo chegou ao Luxemburgo, quando "foram acrescentadas algumas frases relacionadas com Portugal" e o nome do país, todo ele escrito em caixa alta. A mensagem partiu de um membro da polícia de trânsito Grand-Ducale, foi assinada e, posteriormente, "reencaminhada para várias pessoas", explicou ao i o deputado do partido Os Verdes Camille Gira que já apresentou um requerimento ao Ministério do Interior.

"Mais de mil portugueses já receberam o email e muitos outros já sabem do que se passa", diz José Campinho, director de informação de uma agência de comunicação no Luxemburgo e responsável pela difusão da notícia no site news352. Inês Henrique Diaz, 32 anos, consultora fiscal noLuxemburgo já leu o email e considera o conteúdo "um ataque a outros países e ao seu povo". Apesar de não se sentir visada no "estereótipo" traçado no email, frisou que não é a primeira vez que sente discriminação, principalmente da polícia. No entanto, acredita que há um esforço "do governo para evitar a exclusão dos portugueses".

O email sugere ironicamente que os luxemburgueses "partam ilegalmente" para o "Paquistão, Afeganistão, Iraque, Nigéria, Turquia ou Portugal". E que façam o mesmo que os emigrantes fazem, segundo o email, no Luxemburgo: "Exija que todos os formulários, pedidos e outros documentos sejam traduzidos para a sua língua. Peça imediata e incondicionalmente uma carta de condução, uma autorização de residência e tudo o que lhe vier à cabeça." A mensagem, que está a chocar a comunidade emigrante, deixou o cônsul indignado. "Não estou a dizer que deve haver discriminação contra esses países, mas incluir Portugal no grupo de nigerianos, paquistaneses e afegãos...", defende José Rosa. Porém, não pensa tomar qualquer atitude no imediato.

Camille Gira recebeu o email, com remetente anónimo, e agiu na hora. Na terça-feira, 15 de Junho, apresentou um requerimento no Parlamento, dirigido ao ministro do Interior, Jean-Marie Halsdorf. "Será que o ministro considera tolerável a circulação desta mensagem? E que dimensão será dada a este caso?", questionou. O Ministério do Interior, que tutela a Grand-Ducale, respondeu com a abertura de um inquérito. Também o Ministério Público está a par da situação, assim como do nome do "membro da direcção da polícia" que fez circular a mensagem.

O embaixador português, Manuel Pessanha Viegas, já reagiu e garantiu a José Campinho que na próxima semana vai enviar uma nota às autoridades oficiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros luxemburgueses, chamando atenção para os "termos completamente inaceitáveis do email". A mensagem acusa os emigrantes de não fazerem qualquer esforço para se integrarem, nem para falar o idioma. No final, o recado é o habitual: "Se estiver de acordo com este email reencaminhe--o." Quem não concordar deve fazer as malas e "viajar" para aqueles países.

Proibido em Paris aperitivo polêmico em bairro muçulmano

Proibido em Paris aperitivo polêmico em bairro muçulmano

PARIS — Um aperitivo polêmico a base de "vinho e embutidos", que grupos de extrema direita, soberanistas, feministas e militantes laicos radicais haviam convocado para a sexta-feira, em um bairro parisiense de forte população muçulmana, foi proibido pela polícia.

O aperitivo gigante em Goutte d'Or, um bairro popular do norte de Paris, que forças políticas de esquerda qualificaram de "racista" e "provocador", foi proibido pelo comando da polícia de Paris.

"O chefe de polícia decidiu proibir por decreto a manifestação declarada e qualquer outro projeto de contra-manifestação previsto neste mesmo bairro em 18 de junho à noite", anunciou a prefeitura, em um comunicado.

A polícia justificou sua decisão de que "esta iniciativa na via pública cria graves riscos de distúrbios à ordem pública".

A decisão da polícia, à qual apelaram várias destas forças políticas de esquerda, pôs fim, pelo menos em termos legais à controversa lançada pela rede social Facebook difundida pelo denominado "Bloco soberanista", um grupo de extrema direita.

Este grupo fez eco ao convite público a um "aperitivo gigante com vinho e embutidos" na Goutte d'Or para a próxima sexta-feira.

Partidos de esquerda interpretaram a convocação como uma provocação contra os muçulmanos, que não comem carne de porco, nem tomam bebidas alcoólicas.

Os impulsionadores da iniciativa, proposta para sexta-feira, dia santo para os seguidores do Islã, se queixam de que as ruas deste bairro "estejam ocupadas, sobretudo nesse dia da semana, por adversários de nossos vinhos e nossos produtos de charcutaria", segundo uma das organizadoras, que não quis dar seu nome verdadeiro, identificando-se como Sylvie François.

Tom semelhante adotou o fundador da 'Riposte Laique' (Resposta Laica), Pierre Cassen, que se apresenta como um grupo de esquerda antirreligiosa.

"As ruas deste bairro são ocupadas por muçulmanos que não respeitam as leis da República", disse Cassen ao canal de TV i-Telé, antes de afirmar que rejeita a "ofensiva fascista islamita na França".

Os vereadores comunistas deste bairro pediram imediatamente à polícia de Paris que proíba a iniciativa, pois é uma "manobra grosseira que cheira a racismo".

O prefeito de Paris, o socialista Bertrand Delanoe, expressou "preocupação" com semelhante convocação e pediu que se "tomem todas as medidas necessárias para evitar qualquer excesso".

A França, país de tradição laica, que abriga a maior comunidade muçulmana da Europa, com seis milhões de pessoas, proibiu em 2004 o uso de "signos religiosos ostensivos" como o véu islâmico nos colégios secundaristas.

O atual governo de direita impulsiona a proibição do uso da burca e do niqab, véus integrais islâmicos, em instituições públicas e na rua, embora só 2.000 mulheres os usem

http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iVVjNOSOpH9Xngo-BrCnbQeh4NJw

ONU lança vídeo com depoimentos contra o estigma e o preconceito no Brasil

Vídeo complementa Campanha "Igual à Você", iniciativa que dá voz e notoriedade aos direitos humanos de estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas.


Brasília, 18 de junho de 2010 - Igualdade de direitos e um chamamento à sociedade brasileira para o tema das discriminações que homens, mulheres e crianças vivem diariamente no Brasil. Esses são os objetivos da campanha "Igual a Você", lançada pela ONU em 2009 e que agora ganha um vídeo especial.

O vídeo "Fragmentos", que será lançado hoje, traz uma compilação de depoimentos colhidos durante a produção da Campanha Igual à Você. Os testemunhos apresentados destacam as experiências de discriminação e preconceito específicas vividas por representantes das populações retratadas na Igual à Você (estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas).

Mais do que retratar os desafios, o vídeo Fragmentos traz mensagens de esperança e de compromisso com os direitos humanos expressos na voz dos participantes da Campanha Igual à Você.

O lançamento será realizado a partir das 13h, no Estande da ONU no VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, realizado em Brasília, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães. Após a apresentação, participantes do Vídeo Fragmentos e representantes das Nações Unidas participarão de um diálogo com o público presente.

Visibilidade para os direitos humanos
"Igual a Você" – uma iniciativa contra o estigma e o preconceito dá voz e visibilidade aos direitos humanos das populações alvo da campanha. Produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, os filmes e spots para rádio apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração às diversidades de idade, raça, cor e etnia. O vídeo Fragmentos apresenta uma coletânea de depoimentos colhidos ao longo da produção da Campanha e que reforçam a mensagem de luta contra o preconceito e em prol dos direitos humanos.

A campanha é uma oportunidade de sensibilização da sociedade brasileira para o respeito às diferenças, que caracterizam cada um dos grupos sociais inseridos na campanha, reafirmando a igualdade de direitos.


Assinatura da campanha

O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas.

Acesse a Campanha:

www.onu-brasil.org.br ou http://www.youtube.com/user/UNAIDSBr

Informações à Imprensa:

ACNUR
Luiz Fernando Godinho
(61) 3044.5744 / 8187 0978

UNESCO no Brasil
Rebeca Otero
(61) 2106 3567

UNIFEM Brasil e Cone Sul
Isabel Clavelin
(61) 3038.9287 / 8175.6315

UNAIDS
Naiara Garcia e Jacqueline Cortes
(61) 9196 9232 e 9304 2654

UNODC
Marcos Ricardo dos Santos
(61) 3204.7206 / 9149.0973


UNAIDS Brasil
EQSW 103/104 - Lote 1 - Bloco C
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Tel. +55 61 3038 9220
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