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A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira sua decisão de apoiar uma proposta que pressiona os EUA a aceitar gays e lésbicas assumidos a servir militarmente o país. A proposta foi tema de negociações envolvendo a Casa Branca, o Pentágono, o Congresso e grupos de direitos dos gays.

A atual política, chamada "Don't ask, don't tell' ["não pergunte, não conte", em tradução livre], impede os gays de servirem ao Exército assumindo abertamente sua sexualidade. A política, instituída em 1993, foi um compromisso entre aqueles que queriam que gays pudessem servir abertamente no serviço militar e aqueles que queriam uma proibição completa aos gays.

Essa política continuaria em vigor até que o Pentágono termine um estudo sobre o assunto, em dezembro.

As negociações foram mantidas em um momento em que a Câmara dos Representantes deve votar, no final desta semana, um projeto de orçamento para o Departamento de Defesa que provavelmente inclui uma emenda para rejeitar essa política, com restrições.

O governo Obama endossou a emenda à proposta nesta segunda-feira em carta aos líderes do Congresso, em nome de Peter Orszag, Diretor do Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca.

Orszag escreveu aos três membros do Congresso envolvidos nas negociações que o governo "é da opinião de que a emenda à proposta atende às preocupações levantadas pelo secretário de Defesa e o chefe da Junta de Chefes de Equipe".

Os três membros são o chefe do Comitê de Serviços Armados no Senado, o democrata Carl Levin; o senador independente Joe Lieberman; e o deputado democrata Patrick Murphy.

Obama declarou-se contrário à política "não pergunte, não conte" ainda no final do ano passado, e prometeu eliminá-la durante um discurso para milhares de gays e lésbicas durante um evento do maior grupo gay do país, o Human Rights Campaign, em Washington, em 2009


http://www1.folha.uol.com.br/mundo/740210-casa-branca-apoia-proposta-de-permitir-que-gays-assumidos-atuem-como-militares.shtml