sexta-feira, 21 de maio de 2010

Apresentadora comete gafe e faz 'saudação nazista' em programa

20/05/2010 20h00 - Atualizado em 20/05/2010 20h29

Apresentadora comete gafe e faz 'saudação nazista' em programa

Ela se confundiu ao tentar fazer referência à série 'Star Wars'.
Cena foi ao ar durante um programa ao vivo da emissora 'ITV'.

Do G1, em São Paulo

A apresentadora britânica Holly Willoughby, de 29 anos, cometeu uma gafe (assista) durante um programa ao vivo da “ITV” na quarta-feira (19). Depois de se atrapalhar ao dizer a palavra “forecasters” (meteorologistas), ela tentou fazer uma piada e disse: "que a força esteja com você" e ergueu o braço, em um gesto parecido com uma saudação nazista.

Segundo o porta-voz da “ITV”, a apresentadora se confundiu ao tentar fazer uma referência à série “Star Wars”. De acordo com reportagem do jornal britânico "Mirror", essa não foi a primeira vez que Holly se envolveu em polêmica. Em 2004, enquanto dançava em um programa infantil, um de seus seios acabou ficando à mostra.


http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2010/05/apresentadora-comete-gafe-e-faz-saudacao-nazista-em-programa.html


quinta-feira, 20 de maio de 2010

El mito de la democracia racial

itorial |17 Mayo 2010 - 9:00 pm

El mito de la democracia racial

HACE UN AÑO CELEBRAMOS EN este mismo espacio la iniciativa gubernamental, liderada por el vicepresidente Francisco Santos, de elaborar un proyecto de ley para destinar el 5% de los subsidios estatales a beneficiar a los afrodescendientes, según recomendaciones de la Comisión Intersectorial para el Avance de la Población Afrocolombiana, Palenquera y Raizal.

Estábamos, como ahora, en plena Semana de la Afrocolombianidad. Un festejo ya rutinario en el que desfilan las cifras, por lo general bastante negativas, y se hacen promesas. Al día de hoy, por lo mismo, no hay noticias del proyecto de ley. Las paupérrimas condiciones de vida de un gran porcentaje de afrodescendientes tampoco mejoran.

Y es que, como afirmó hace pocos meses la relatora de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos de las minorías negras, Gay McDougall, la solución no proviene necesariamente de la aprobación de un nuevo proyecto de ley.

Luego de recorrer el país McDougall constató que, no obstante la avanzada legislación que tiene Colombia para proteger los derechos de las comunidades afro, “ésta no se está aplicando”. Por el contrario, las comunidades afrocolombianas enfrentan “una situación de racismo y discriminación”. En sus declaraciones a la prensa, la funcionaria alertó insistentemente sobre el despojo de tierras de que son víctimas, la imposibilidad del retorno debido a la presencia de bandas criminales y la eliminación sistemática de sus líderes.

No es la primera vez que los colombianos escuchamos estas denuncias. Durante los últimos años varios medios de comunicación, entidades académicas y grupos de la sociedad civil han reproducido múltiples testimonios sobre las circunstancias en que las comunidades negras del Pacífico han perdido sus tierras y puesto en peligro sus vidas tratando de recuperarlas. Pero sus asesinatos no generan mayor indignación.

Las múltiples celebraciones en el marco del Bicentenario de nuestra independencia deberían servir como excusa para reconocer que nuestra historia no está exenta de tensiones raciales y que la discriminación es una realidad tangible, que no será combatida con medidas paliativas ni con buenas intenciones. Tal y como señala el Observatorio de Discriminación Racial (ODR), de la Universidad de los Andes, en nuestro país hizo carrera el mito de la democracia racial, según el cual “en Colombia no hay racismo porque, a diferencia de Sudáfrica o Estados Unidos, todas las razas y culturas se fundieron para siempre en una síntesis feliz”.

Repetido hasta el cansancio por gobernantes y funcionarios, el mito permitió que se hiciera caso omiso de la indiferencia estatal. Un abandono material y simbólico, que se traduce en las alarmantes estadísticas que serán noticia a lo largo de esta semana. Según el último censo de 2005, 44 de cada 1.000 niñas negras mueren antes de cumplir su primer año de vida, es decir una tasa de mortalidad que duplica la del resto de la población. Las afrocolombianas viven, en promedio, 11 años menos que las demás mujeres del país. Y un afrocolombiano tiene 84% más probabilidades de ser desplazado que un mestizo.

En Colombia existen otras situaciones de pobreza, desplazamiento y exclusión. Pero la realidad de las comunidades afrodescendientes es la más alarmante. El racismo puede explicar el incumplimiento de las leyes, la utilización de medidas tímidas contra la discriminación y la actitud indolente de la sociedad ante la tragedia que viven hoy algunas comunidades negras. Haría falta una voluntad política fuerte, que más allá de los proyectos de ley y las oportunistas declaraciones, se comprometa a reconocer y combatir desde distintos frentes las arraigadas prácticas de discriminación racial en nuestra nación.


http://www.elespectador.com/articulo-203678-el-mito-de-democracia-racial

Livro mostra estudo que aponta ascensão dos negros na Polícia Militar

Livro mostra estudo que aponta ascensão dos negros na Polícia Militar

Redação SRZD | Cultura | 14/05/2010 13:05

Primeiro estudo no estado focando o policial afrodescendente na corporação, o livro " O negro na Polícia Militar: crime, cor e carreira no Rio de Janeiro", do jornalista e professor da PUC-Rio, Carlos Nobre, foi lançado, no último dia 12 de maio, na Câmara de Vereadores, pela Editora Multifoco, da Lapa.


O autor ficou dois anos estudando policiais negros em cinco unidades da corporação: Batalhão de Policiamento Turístico (Bptur), Grupamento de Apoio em Áreas Especiais (Gpae Pavão-Pavãozinho e Cantagalo), 12º. BPM(Niterói), 19º. BPM (Copacabana) e Quartel-General(Centro).

Uma das constatações mais significativas do estudo ( foram ouvidos 49 praças e oficiais negros através de entrevistas com duração de duas horas) é que a PM é a instituição estatal no Rio que quem mais emprega negros. Pelo menos, 60% da tropa (oficias e praças) são afrodescendentes, segundo Nobre. Se levados em conta somente os praças, o percentual de afrodescendentes sobe para 66%.

Os negros na PM, segundo o estudo, realizado entre 2000-2001, chegam a 42% dos oficiais da corporação, um proporção quase que igualitária entre brancos e negros na instituição que controla a ordem pública. Segundo Nobre, os negros descobriram uma porta de ascensão na PM fluminense e se tornaram grandes nomes da instituição

O livro apresenta ainda algumas constatações tais como: cerca de75 % dos entrevistados acreditam que na Polícia Militar não existe racismo, mas sim uma espécie de "racismo velado". Neste tipo de racismo, não se discrimina claramente o outro.

No entanto, os policiais negros, em sua grande maioria, acham que lá fora, na sociedade, o racismo é maior e mais persistente. Como policiais, acreditam, já foram discriminados por negros e estarem atuando numa profissão que controla o cidadão nas ruas.

Os policiais negros confessam ao pesquisador que, nas ruas, o negro é mais discriminado pelos próprios policiais ( sejam brancos ou negros) , isto é, eles, os negros são os mais suspeitos de cometerem crimes. Segundo os ouvidos, este estereótipo criminoso vem dos tempos da escravidão e infelizmente é seguido até hoje como padrão por muitas organizações policiais.

Em relação à segurança pública, os oficiais negros em sua maioria não têm dúvidas em apontar o coronel negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira como o policial que revolucionou a PM, pois, introduziu muitas novidades (policiamento comunitário, policiamento turístico, estudos de criminalidade etc) na corporação.

O reconhecimento da importância de Nazareth Cerqueira não foi feita apenas pelos policiais negros, mas também por brancos, como ex-comandante da PM, Sérgio da Cruz, ex-aluno de Cerqueira, que via nele, um policial sofisticado e de idéias transformadoras, que acabaram mudando a forma da corporação atuar pós ditadura militar.

Os oficiais negros, em termos ideológicos, seguem três correntes, ou seja, são a linha repressiva (ataques diretos ao narcotráfico uso da força etc) ou da linha prevencionistas, que respeitam os direitos humanos, vêm a criminalidade como foco social e acham que a repressão não resolve sozinha a questão da criminalidade, ou mimetistas, uma espécie de fusão entre as duas primeiras.


http://www.sidneyrezende.com/noticia/86293+livro+mostra+estudo+que+aponta+ascensao+dos+negros+na+policia+militar

Relatoria do Direito Humano à Educação investiga casos de intolerância religiosa no Rio de Janeiro

Relatoria do Direito Humano à Educação investiga casos de intolerância religiosa no Rio de Janeiro
©UNESCO

A Relatoria do Direito Humano à Educação deu início ontem (4/5) a missão de investigação sobre casos de intolerância religiosa em escolas do Rio de Janeiro.

A viagem integra a missão nacional “Educação e Racismo no Brasil”, a ser realizada em 2010 em vários estados. Além da problemática da intolerância religiosa contra estudantes, famílias e profissionais de educação vinculados ao candomblé, à umbanda e a outras religiões de matriz africana, a missão nacional 2010 abordará outros casos de racismo no cotidiano das unidades educacionais (das creches a universidades) e a situação da educação em áreas remanescentes de quilombos.

A missão sobre intolerância religiosa no Rio de Janeiro ocorre até amanhã (6/6) e ouvirá lideranças religiosas, estudantes e familiares, pesquisadores(as) e autoridades do Ministério Público e da Segurança Pública. Ontem, a equipe da Relatoria foi recebida em audiência pela Secretária Estadual de Educação Teresa Porto e por sua equipe e visitou terreiros de candomblé na região metropolitana. A missão conta com o apoio da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro.

“Submetida a um pacto de silêncio, a discriminação e violência históricas contra pessoas adeptas de religiões de matriz africana sofre de profunda invisibilidade no debate educacional. As denúncias apontam que ela vem aumentando em decorrência do crescimento de determinados grupos neopentecostais nas periferias das cidades e de seu poder midiático; da ambigüidade das políticas educacionais com relação à defesa explicita da laicidade do Estado e do insuficiente investimento na implementação da lei 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira em toda a educação básica”, afirma Denise Carreira, Relatora Nacional de Educação.

Entre as denúncias que chegaram à Relatoria de diversas regiões do país encontram-se casos de violência física (socos e até apedrejamento) contra estudantes; demissão ou afastamento de profissionais de educação adeptos de religiões de matriz africana ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe; proibição de uso de livros e do ensino da capoeira em espaço escolar; desigualdade no acesso a dependências escolares por parte de lideranças religiosas, em prejuízo das vinculadas a matriz africana; omissão diante da discriminação ou abuso de atribuições por parte de professores e diretores, etc. Essas situações, muitas vezes, levam estudantes à repetência, evasão ou solicitação de transferência para outras unidades educacionais, comprometem a auto-estima e contribuem para o baixo desempenho escolar.

As informações da missão ao Rio de Janeiro e de outros estados farão parte do relatório nacional, que será apresentado pela Relatoria ao Congresso Nacional, ao Conselho Nacional de Educação, ao Ministério Público Federal, às autoridades educacionais, aos organismos das Nações Unidas e às instâncias internacionais de direitos humanos.

O que é a Relatoria?

Com o apoio institucional da Unesco, do Programa de Voluntários das Nações Unidas, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e da Procuradoria Federal do Direito do Cidadão, a Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação é uma iniciativa da Plataforma DHESCA (Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais), uma articulação de trinta organizações e redes nacionais de direitos humanos. Conta com o apoio político da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. As duas últimas missões da Relatoria abordaram “A Educação e a Violência Armada: violação dos direitos educativos no Complexo do Alemão” (com apoio do Unicef) e “A Educação nas Prisões Brasileiras”.

Inspirada nos Relatores Especiais da ONU, a Plataforma possui mais cinco relatorias nacionais: saúde, moradia, alimentação, meio ambiente e trabalho. A atual Relatora eleita em 2009 é Denise Carreira, feminista, coordenadora do programa diversidade, raça e participação da Ação Educativa e ex-coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A assessoria é exercida pela educadora Suelaine Carneiro, ativista do movimento de mulheres negras e integrante da organização Geledés Instituto da Mulher Negra.


http://www.unesco.org/pt/brasilia/single-view/news/office_of_the_special_rapporteur_of_the_human_right_to_education_is_investigating_religious_intolera/back/20950/cHash/ee2aa5631e/


Invasão de imigrantes vira problema social na África do Sul

20/05/2010 14h02 - Atualizado em 20/05/2010 14h25

Invasão de imigrantes vira problema social na África do Sul

Estrangeiros são 10% da população, sendo que muitos vivem na miséria.
Maior comunidade é de zimbabuanos com 3 milhões de pessoas.

Rafael Pirrho, Thiago Dias e Zé Gonzalez Do GloboEsporte.com, em Joanesburgo

A terra da Copa do Mundo é também a terra das oportunidades para todo um continente. Ano após ano milhões de africanos cruzam a fronteira da África do Sul, a maior economia da região. Antes mesmo de conforto ou luxo, buscam muitas vezes apenas um emprego e uma perspectiva. A maior comunidade é a dos zimbabuanos, que fugiram da grave crise econômica que devastou o país e elevou o desemprego a inacreditável taxa de 95%. Estima-se que cerca de 3 milhões morem atualmente na África do Sul. Significa que um quarto da população do Zimbábue se mudou para o vizinho.

Acampamento de zimbabuanos na cidade sul-africana de MusinaAcampamento de zimbabuanos na cidade sul-africana de Musina (Foto: Rafael Pirrho/G1)

Há também milhares de nigerianos, moçambicanos e congoleses, entre outros. Estima-se que 10% dos 49 milhões de habitantes da África do Sul sejam estrangeiros. O movimento migratório tornou-se um problema social na África do Sul, país onde o desemprego atingiu 24% segundo a última estatística, de 2009. Muitos sul-africanos acusam os imigrantes de espalharem doenças como a Aids e de roubarem seus empregos, como mostrou uma pesquisa coordenada pelo Instituto de Imigração do Sul da África. De fato é muito comum ver estrangeiros como domésticas ou garçons. Trata-se de uma mão-de-obra em geral mais barata e muito dedicada.

A violência contra os imigrantes parou com a proximidade da Copa do Mundo, mas acho que vai voltar depois. Muitos sul-africanos ainda nos culpam pelos problemas do país"
Senga Thotho, imigrante congolês

A tensão chegou ao ponto máximo em 2008, quando ataques xenofóbicos em várias cidades do país deixaram 62 mortos e outros 13 mil desabrigados. Um zimbabuano de 20 anos, morador de Polokwane (uma das sedes da Copa do Mundo), relembra o dia em que sofreu o ataque.

"Um grupo de pessoas invadiu minha casa e pediu para que eu mostrasse minha identidade sul-africana. Disse que não tinha e eles começaram a me agredir com pedras, socos e chutes. Consegui fugir, mas eles me pegaram de novo e me bateram muito até eu ficar coberto de sangue no chão. Só me deixaram porque acharam que eu estava morto", descreve.

Igreja Metodista no centro de Joanesburgo abriga cerca de 3 mil zimbabuanosIgreja Metodista de Joanesburgo abriga 3 mil
zimbabuanos (Foto: Rafael Pirrho/G1)

O congolês Senga Thotho aposta que os ataques poderão se repetir em breve.

"Foi tudo organizado e com a conivência da polícia. A violência contra os imigrantes parou com a proximidade da Copa do Mundo, mas acho que vai voltar depois. Muitos sul-africanos ainda nos culpam pelos problemas do país ", conta.

Thotho vive em um quarto de 12 metros quadrados próximo ao estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Uma moradia suja e mal conservada, como é regra entre os imigrantes africanos que chegam ao país para tentar um futuro melhor.

Os refugiados se acomodam em qualquer canto da Igreja. Há muitas crianças no grupoOs refugiados se acomodam em qualquer canto
da Igreja (Foto: Rafael Pirrho/G1)

Uma Igreja Metodista no centro de Joanesburgo tornou-se símbolo desta desordem. São quase três mil zimbabuanos vivendo permanentemente lá - um prédio de cinco andarem com poucos pontos de luz, vidros e portas quebrados, sujeira, bastante hostil a quem tenta visitá-lo.

"É impressionante ver tanta gente vivendo nessas condições, mas elas me dizem que aqui é melhor que o Zimbábue", explica Sedi Mbelani, psicóloga que atende crianças que moram na igreja.

Small Street, no centro de Joanesburgo, concentra milhares de refugiadosSmall Street, no centro de Joanesburgo, reúne
milhares de refugiados (Foto: Rafael Pirrho/G1)

Em junho de 2009, a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou relatório sobre a situação alarmante dos imigrantes na África do Sul. Mas pouca coisa mudou desde então. O MSF dá assistência a 2,3 mil pessoas todo mês. Só de 1o de março de 2010 até agora recebeu 71 sobreviventes de violência sexual na cidade de Musina, que faz fronteira com o Zimbábue e é a principal porta de entrada dos zimbabuanos. Todos os dias cerca de 300 passam por lá.

"Os imigrantes arriscam suas vidas quando cruzam a fronteira e os estupros promovidos por gangues ocorrem em números chocantes. Muitos passam a vida em Johanesburgo, onde continuam tendo a saúde ameaçada e ainda enfrentam incertezas sobre seu futuro no país", explica Mickael Le Paih, chefe de missão do MSF na África do Sul.


http://g1.globo.com/especiais/africa-do-sul-2010/noticia/2010/05/invasao-de-imigrantes-vira-problema-social-na-africa-do-sul.html