quinta-feira, 20 de maio de 2010

Livro mostra estudo que aponta ascensão dos negros na Polícia Militar

Livro mostra estudo que aponta ascensão dos negros na Polícia Militar

Redação SRZD | Cultura | 14/05/2010 13:05

Primeiro estudo no estado focando o policial afrodescendente na corporação, o livro " O negro na Polícia Militar: crime, cor e carreira no Rio de Janeiro", do jornalista e professor da PUC-Rio, Carlos Nobre, foi lançado, no último dia 12 de maio, na Câmara de Vereadores, pela Editora Multifoco, da Lapa.


O autor ficou dois anos estudando policiais negros em cinco unidades da corporação: Batalhão de Policiamento Turístico (Bptur), Grupamento de Apoio em Áreas Especiais (Gpae Pavão-Pavãozinho e Cantagalo), 12º. BPM(Niterói), 19º. BPM (Copacabana) e Quartel-General(Centro).

Uma das constatações mais significativas do estudo ( foram ouvidos 49 praças e oficiais negros através de entrevistas com duração de duas horas) é que a PM é a instituição estatal no Rio que quem mais emprega negros. Pelo menos, 60% da tropa (oficias e praças) são afrodescendentes, segundo Nobre. Se levados em conta somente os praças, o percentual de afrodescendentes sobe para 66%.

Os negros na PM, segundo o estudo, realizado entre 2000-2001, chegam a 42% dos oficiais da corporação, um proporção quase que igualitária entre brancos e negros na instituição que controla a ordem pública. Segundo Nobre, os negros descobriram uma porta de ascensão na PM fluminense e se tornaram grandes nomes da instituição

O livro apresenta ainda algumas constatações tais como: cerca de75 % dos entrevistados acreditam que na Polícia Militar não existe racismo, mas sim uma espécie de "racismo velado". Neste tipo de racismo, não se discrimina claramente o outro.

No entanto, os policiais negros, em sua grande maioria, acham que lá fora, na sociedade, o racismo é maior e mais persistente. Como policiais, acreditam, já foram discriminados por negros e estarem atuando numa profissão que controla o cidadão nas ruas.

Os policiais negros confessam ao pesquisador que, nas ruas, o negro é mais discriminado pelos próprios policiais ( sejam brancos ou negros) , isto é, eles, os negros são os mais suspeitos de cometerem crimes. Segundo os ouvidos, este estereótipo criminoso vem dos tempos da escravidão e infelizmente é seguido até hoje como padrão por muitas organizações policiais.

Em relação à segurança pública, os oficiais negros em sua maioria não têm dúvidas em apontar o coronel negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira como o policial que revolucionou a PM, pois, introduziu muitas novidades (policiamento comunitário, policiamento turístico, estudos de criminalidade etc) na corporação.

O reconhecimento da importância de Nazareth Cerqueira não foi feita apenas pelos policiais negros, mas também por brancos, como ex-comandante da PM, Sérgio da Cruz, ex-aluno de Cerqueira, que via nele, um policial sofisticado e de idéias transformadoras, que acabaram mudando a forma da corporação atuar pós ditadura militar.

Os oficiais negros, em termos ideológicos, seguem três correntes, ou seja, são a linha repressiva (ataques diretos ao narcotráfico uso da força etc) ou da linha prevencionistas, que respeitam os direitos humanos, vêm a criminalidade como foco social e acham que a repressão não resolve sozinha a questão da criminalidade, ou mimetistas, uma espécie de fusão entre as duas primeiras.


http://www.sidneyrezende.com/noticia/86293+livro+mostra+estudo+que+aponta+ascensao+dos+negros+na+policia+militar

Relatoria do Direito Humano à Educação investiga casos de intolerância religiosa no Rio de Janeiro

Relatoria do Direito Humano à Educação investiga casos de intolerância religiosa no Rio de Janeiro
©UNESCO

A Relatoria do Direito Humano à Educação deu início ontem (4/5) a missão de investigação sobre casos de intolerância religiosa em escolas do Rio de Janeiro.

A viagem integra a missão nacional “Educação e Racismo no Brasil”, a ser realizada em 2010 em vários estados. Além da problemática da intolerância religiosa contra estudantes, famílias e profissionais de educação vinculados ao candomblé, à umbanda e a outras religiões de matriz africana, a missão nacional 2010 abordará outros casos de racismo no cotidiano das unidades educacionais (das creches a universidades) e a situação da educação em áreas remanescentes de quilombos.

A missão sobre intolerância religiosa no Rio de Janeiro ocorre até amanhã (6/6) e ouvirá lideranças religiosas, estudantes e familiares, pesquisadores(as) e autoridades do Ministério Público e da Segurança Pública. Ontem, a equipe da Relatoria foi recebida em audiência pela Secretária Estadual de Educação Teresa Porto e por sua equipe e visitou terreiros de candomblé na região metropolitana. A missão conta com o apoio da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro.

“Submetida a um pacto de silêncio, a discriminação e violência históricas contra pessoas adeptas de religiões de matriz africana sofre de profunda invisibilidade no debate educacional. As denúncias apontam que ela vem aumentando em decorrência do crescimento de determinados grupos neopentecostais nas periferias das cidades e de seu poder midiático; da ambigüidade das políticas educacionais com relação à defesa explicita da laicidade do Estado e do insuficiente investimento na implementação da lei 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira em toda a educação básica”, afirma Denise Carreira, Relatora Nacional de Educação.

Entre as denúncias que chegaram à Relatoria de diversas regiões do país encontram-se casos de violência física (socos e até apedrejamento) contra estudantes; demissão ou afastamento de profissionais de educação adeptos de religiões de matriz africana ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe; proibição de uso de livros e do ensino da capoeira em espaço escolar; desigualdade no acesso a dependências escolares por parte de lideranças religiosas, em prejuízo das vinculadas a matriz africana; omissão diante da discriminação ou abuso de atribuições por parte de professores e diretores, etc. Essas situações, muitas vezes, levam estudantes à repetência, evasão ou solicitação de transferência para outras unidades educacionais, comprometem a auto-estima e contribuem para o baixo desempenho escolar.

As informações da missão ao Rio de Janeiro e de outros estados farão parte do relatório nacional, que será apresentado pela Relatoria ao Congresso Nacional, ao Conselho Nacional de Educação, ao Ministério Público Federal, às autoridades educacionais, aos organismos das Nações Unidas e às instâncias internacionais de direitos humanos.

O que é a Relatoria?

Com o apoio institucional da Unesco, do Programa de Voluntários das Nações Unidas, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e da Procuradoria Federal do Direito do Cidadão, a Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação é uma iniciativa da Plataforma DHESCA (Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais), uma articulação de trinta organizações e redes nacionais de direitos humanos. Conta com o apoio político da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. As duas últimas missões da Relatoria abordaram “A Educação e a Violência Armada: violação dos direitos educativos no Complexo do Alemão” (com apoio do Unicef) e “A Educação nas Prisões Brasileiras”.

Inspirada nos Relatores Especiais da ONU, a Plataforma possui mais cinco relatorias nacionais: saúde, moradia, alimentação, meio ambiente e trabalho. A atual Relatora eleita em 2009 é Denise Carreira, feminista, coordenadora do programa diversidade, raça e participação da Ação Educativa e ex-coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A assessoria é exercida pela educadora Suelaine Carneiro, ativista do movimento de mulheres negras e integrante da organização Geledés Instituto da Mulher Negra.


http://www.unesco.org/pt/brasilia/single-view/news/office_of_the_special_rapporteur_of_the_human_right_to_education_is_investigating_religious_intolera/back/20950/cHash/ee2aa5631e/


Invasão de imigrantes vira problema social na África do Sul

20/05/2010 14h02 - Atualizado em 20/05/2010 14h25

Invasão de imigrantes vira problema social na África do Sul

Estrangeiros são 10% da população, sendo que muitos vivem na miséria.
Maior comunidade é de zimbabuanos com 3 milhões de pessoas.

Rafael Pirrho, Thiago Dias e Zé Gonzalez Do GloboEsporte.com, em Joanesburgo

A terra da Copa do Mundo é também a terra das oportunidades para todo um continente. Ano após ano milhões de africanos cruzam a fronteira da África do Sul, a maior economia da região. Antes mesmo de conforto ou luxo, buscam muitas vezes apenas um emprego e uma perspectiva. A maior comunidade é a dos zimbabuanos, que fugiram da grave crise econômica que devastou o país e elevou o desemprego a inacreditável taxa de 95%. Estima-se que cerca de 3 milhões morem atualmente na África do Sul. Significa que um quarto da população do Zimbábue se mudou para o vizinho.

Acampamento de zimbabuanos na cidade sul-africana de MusinaAcampamento de zimbabuanos na cidade sul-africana de Musina (Foto: Rafael Pirrho/G1)

Há também milhares de nigerianos, moçambicanos e congoleses, entre outros. Estima-se que 10% dos 49 milhões de habitantes da África do Sul sejam estrangeiros. O movimento migratório tornou-se um problema social na África do Sul, país onde o desemprego atingiu 24% segundo a última estatística, de 2009. Muitos sul-africanos acusam os imigrantes de espalharem doenças como a Aids e de roubarem seus empregos, como mostrou uma pesquisa coordenada pelo Instituto de Imigração do Sul da África. De fato é muito comum ver estrangeiros como domésticas ou garçons. Trata-se de uma mão-de-obra em geral mais barata e muito dedicada.

A violência contra os imigrantes parou com a proximidade da Copa do Mundo, mas acho que vai voltar depois. Muitos sul-africanos ainda nos culpam pelos problemas do país"
Senga Thotho, imigrante congolês

A tensão chegou ao ponto máximo em 2008, quando ataques xenofóbicos em várias cidades do país deixaram 62 mortos e outros 13 mil desabrigados. Um zimbabuano de 20 anos, morador de Polokwane (uma das sedes da Copa do Mundo), relembra o dia em que sofreu o ataque.

"Um grupo de pessoas invadiu minha casa e pediu para que eu mostrasse minha identidade sul-africana. Disse que não tinha e eles começaram a me agredir com pedras, socos e chutes. Consegui fugir, mas eles me pegaram de novo e me bateram muito até eu ficar coberto de sangue no chão. Só me deixaram porque acharam que eu estava morto", descreve.

Igreja Metodista no centro de Joanesburgo abriga cerca de 3 mil zimbabuanosIgreja Metodista de Joanesburgo abriga 3 mil
zimbabuanos (Foto: Rafael Pirrho/G1)

O congolês Senga Thotho aposta que os ataques poderão se repetir em breve.

"Foi tudo organizado e com a conivência da polícia. A violência contra os imigrantes parou com a proximidade da Copa do Mundo, mas acho que vai voltar depois. Muitos sul-africanos ainda nos culpam pelos problemas do país ", conta.

Thotho vive em um quarto de 12 metros quadrados próximo ao estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Uma moradia suja e mal conservada, como é regra entre os imigrantes africanos que chegam ao país para tentar um futuro melhor.

Os refugiados se acomodam em qualquer canto da Igreja. Há muitas crianças no grupoOs refugiados se acomodam em qualquer canto
da Igreja (Foto: Rafael Pirrho/G1)

Uma Igreja Metodista no centro de Joanesburgo tornou-se símbolo desta desordem. São quase três mil zimbabuanos vivendo permanentemente lá - um prédio de cinco andarem com poucos pontos de luz, vidros e portas quebrados, sujeira, bastante hostil a quem tenta visitá-lo.

"É impressionante ver tanta gente vivendo nessas condições, mas elas me dizem que aqui é melhor que o Zimbábue", explica Sedi Mbelani, psicóloga que atende crianças que moram na igreja.

Small Street, no centro de Joanesburgo, concentra milhares de refugiadosSmall Street, no centro de Joanesburgo, reúne
milhares de refugiados (Foto: Rafael Pirrho/G1)

Em junho de 2009, a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou relatório sobre a situação alarmante dos imigrantes na África do Sul. Mas pouca coisa mudou desde então. O MSF dá assistência a 2,3 mil pessoas todo mês. Só de 1o de março de 2010 até agora recebeu 71 sobreviventes de violência sexual na cidade de Musina, que faz fronteira com o Zimbábue e é a principal porta de entrada dos zimbabuanos. Todos os dias cerca de 300 passam por lá.

"Os imigrantes arriscam suas vidas quando cruzam a fronteira e os estupros promovidos por gangues ocorrem em números chocantes. Muitos passam a vida em Johanesburgo, onde continuam tendo a saúde ameaçada e ainda enfrentam incertezas sobre seu futuro no país", explica Mickael Le Paih, chefe de missão do MSF na África do Sul.


http://g1.globo.com/especiais/africa-do-sul-2010/noticia/2010/05/invasao-de-imigrantes-vira-problema-social-na-africa-do-sul.html


Universidade federal latino-americana terá aulas em português e espanhol

20/05/2010 08h20 - Atualizado em 20/05/2010 08h20

Universidade federal latino-americana terá aulas em português e espanhol

Cursos terão professores e alunos do Brasil e do exterior.
Primeiros seis cursos começam em agosto.

Do G1, em São Paulo

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) terá aulas em português e em espanhol dependendo do professor que ministrar cada disciplina. Para poder assistir às aulas, todos os estudantes terão aulas de línguas no primeiro ano de curso, segundo o reitor da universidade, Hélgio Trindade.

Na terça-feira (18), a universidade anunciou a abertura de 300 vagas em seis cursos de graduação em agosto deste ano. Metade das vagas para estudantes e para professores serão oferecidas para brasileiros e a outra metade será aberta para alunos e profissionais de outros países latino-americanos.

O campus atenderá, no primeiro semestre, alunos do Brasil, do Paraguai, da Argentina e do Uruguai. Em 2011, estudantes de outros países latino-americanos, da América Central e o México passarão a ser aceitos na universidade.

Os primeiros cursos da universidade serão ciências biológicas - ecologia e biodiversidade (manhã), relações internacionais e integração (tarde), economia, integração e desenvolvimento (noite), sociedade, estado e política na América Latina (tarde), engenharia ambiental de energias renováveis (manhã) e engenharia civil de infraestrutura (manhã).

Criada em janeiro deste ano, a Unila funciona atualmente em uma sede provisória do Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) atua como instituição tutora da universidade. De acordo com Trindade, a universidade está preparada para receber os estudantes. "O parque tecnológico tem um ambiente de pesquisa e ensino, tem laboratórios e salas disponíveis para aulas e áreas administrativas", disse Trindade.

A seleção dos estudantes brasileiros para os cursos do segundo semestre deste ano serão feitas pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 para selecionar os candidatos a uma vaga em universidades federais. As inscrições do SiSU do meio do ano ocorrerão entre 10 e 14 de junho.

Já os estudantes estrangeiros serão selecionados, primeiramente, pelos ministérios de educação de seus respectivos países pelas notas que tiveram no ensino médio. Depois disso, a universidade irá fazer uma nova seleção entre esses candidatos, também a partir do desempenho de cada um no ensino médio. "Levaremos em conta o desempenho em disciplinas relacionadas aos cursos que escolherem na universidade", disse Trindade.

Para 2011, a universidade pretende criar um novo mecanismo para selecionar os estudantes estrangeiros.

A partir de março de 2011, a universidade deverá passar a abrir vagas em outros 13 cursos e abrir mais 1.700 vagas, de acordo com Trindade.

Mais informações sobre a universidade podem ser obtidas no site www.unila.ufpr.br.


http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/05/universidade-federal-latino-americana-tera-aulas-em-portugues-e-espanhol.html

quarta-feira, 19 de maio de 2010

EUA e Brasil querem parceria para promover igualdade racial



EUA e Brasil querem parceria para promover igualdade racial
18 de maio de 2010 09h38

vernos e da sociedade civil do Brasil e dos Estados Unidos participam esta semana da Reunião para Implementação do Plano de Ação Conjunta para Eliminação da Discriminação Etnorracial e Promoção da Igualdade, em Atlanta, nos Estados Unidos (EUA). O plano bilateral foi lançado há dois anos e passa agora por uma fase de avaliação.

Os encontros preparatórios já começaram em Washington e revelam a intenção do governo americano de ampliar a parceria com o Brasil. Os EUA também pretendem estabelecer planos de ação com a Colômbia e a Venezuela, países que, como o Brasil, têm uma população afrodescendente significativa.

"Temos muito a aprender uns com os outros. Assim como o Brasil, não chegamos aonde queremos na promoção da igualdade racial. Precisamos aumentar a interlocução da sociedade civil dos nossos países. É ouvindo a população que poderemos definir as ações prioritárias", diz o chefe do Escritório para o Brasil e Hemisfério Sul do Departamento de Estado dos EUA, Milton Drucker.

Para ele, o tema do encontro desta semana deveria ser um "convite para agir", disposição que reflete a insatisfação já manifestada por representantes da sociedade civil brasileira quanto ao ritmo de implementação das ações conjuntas.

O plano bilateral prioriza áreas como a educação, saúde e justiça ecológica. O Departamento de Estado, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, calcula em "milhões de dólares" o investimento americano previsto para o intercâmbio de experiências e programas de parceria entre governos, sociedade civil e empresas privadas.

"Os pesquisadores brasileiros, por exemplo, têm avançado muito no estudo da anemia falciforme, que acomete principalmente a população afrodescendente. Já nos Estados Unidos temos trabalhado muito na sensibilização da polícia contra o preconceito e contra a ação baseada na aparência. São experiências que podem ser aproveitadas mutuamente", afirma Milton Drucker.

"Nos Estados Unidos, temos hoje uma economia estagnada. Vocês, por outro lado, estão criando novos empregos. Precisamos sensibilizar as empresas a adotar, no Brasil, os programas de diversidade que desenvolvem aqui. E não porque são boazinhas, mas porque aumentar a diversidade resulta em empresas mais dinâmicas, criativas e que crescem mais", diz.

O chefe do Escritório para o Brasil e Hemisfério Sul do Departamento de Estado dos EUA não acredita na imposição de modelos de políticas públicas, mas ressalta a importância das ações afirmativas para a promoção da igualdade racial.

Drucker evita fazer comentários sobre as cotas nas universidades, pois considera o tema "delicado politicamente". No entanto, o diplomata americano - que já trabalhou duas vezes no Brasil - ressalta que o sistema foi necessário nos EUA, mesmo após o fim da segregação racial legalmente constituída.

Segundo ele, nos últimos anos, o número de instituições de ensino americanas que adotam esse sistema diminuiu porque a entrada de estudantes negros nas universidades atingiu patamares considerados satisfatórios. "O problema de acesso ao ensino superior no Brasil deve ser resolvido como os brasileiros acharem melhor. Seja com cotas, ações afirmativas ou universidades para negros, modelos que foram adotados aqui em variados momentos", afirma.


http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4436727-EI306,00-EUA+e+Brasil+querem+parceria+para+promover+igualdade+racial.html