quinta-feira, 20 de maio de 2010

Universidade federal latino-americana terá aulas em português e espanhol

20/05/2010 08h20 - Atualizado em 20/05/2010 08h20

Universidade federal latino-americana terá aulas em português e espanhol

Cursos terão professores e alunos do Brasil e do exterior.
Primeiros seis cursos começam em agosto.

Do G1, em São Paulo

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) terá aulas em português e em espanhol dependendo do professor que ministrar cada disciplina. Para poder assistir às aulas, todos os estudantes terão aulas de línguas no primeiro ano de curso, segundo o reitor da universidade, Hélgio Trindade.

Na terça-feira (18), a universidade anunciou a abertura de 300 vagas em seis cursos de graduação em agosto deste ano. Metade das vagas para estudantes e para professores serão oferecidas para brasileiros e a outra metade será aberta para alunos e profissionais de outros países latino-americanos.

O campus atenderá, no primeiro semestre, alunos do Brasil, do Paraguai, da Argentina e do Uruguai. Em 2011, estudantes de outros países latino-americanos, da América Central e o México passarão a ser aceitos na universidade.

Os primeiros cursos da universidade serão ciências biológicas - ecologia e biodiversidade (manhã), relações internacionais e integração (tarde), economia, integração e desenvolvimento (noite), sociedade, estado e política na América Latina (tarde), engenharia ambiental de energias renováveis (manhã) e engenharia civil de infraestrutura (manhã).

Criada em janeiro deste ano, a Unila funciona atualmente em uma sede provisória do Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) atua como instituição tutora da universidade. De acordo com Trindade, a universidade está preparada para receber os estudantes. "O parque tecnológico tem um ambiente de pesquisa e ensino, tem laboratórios e salas disponíveis para aulas e áreas administrativas", disse Trindade.

A seleção dos estudantes brasileiros para os cursos do segundo semestre deste ano serão feitas pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 para selecionar os candidatos a uma vaga em universidades federais. As inscrições do SiSU do meio do ano ocorrerão entre 10 e 14 de junho.

Já os estudantes estrangeiros serão selecionados, primeiramente, pelos ministérios de educação de seus respectivos países pelas notas que tiveram no ensino médio. Depois disso, a universidade irá fazer uma nova seleção entre esses candidatos, também a partir do desempenho de cada um no ensino médio. "Levaremos em conta o desempenho em disciplinas relacionadas aos cursos que escolherem na universidade", disse Trindade.

Para 2011, a universidade pretende criar um novo mecanismo para selecionar os estudantes estrangeiros.

A partir de março de 2011, a universidade deverá passar a abrir vagas em outros 13 cursos e abrir mais 1.700 vagas, de acordo com Trindade.

Mais informações sobre a universidade podem ser obtidas no site www.unila.ufpr.br.


http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/05/universidade-federal-latino-americana-tera-aulas-em-portugues-e-espanhol.html

quarta-feira, 19 de maio de 2010

EUA e Brasil querem parceria para promover igualdade racial



EUA e Brasil querem parceria para promover igualdade racial
18 de maio de 2010 09h38

vernos e da sociedade civil do Brasil e dos Estados Unidos participam esta semana da Reunião para Implementação do Plano de Ação Conjunta para Eliminação da Discriminação Etnorracial e Promoção da Igualdade, em Atlanta, nos Estados Unidos (EUA). O plano bilateral foi lançado há dois anos e passa agora por uma fase de avaliação.

Os encontros preparatórios já começaram em Washington e revelam a intenção do governo americano de ampliar a parceria com o Brasil. Os EUA também pretendem estabelecer planos de ação com a Colômbia e a Venezuela, países que, como o Brasil, têm uma população afrodescendente significativa.

"Temos muito a aprender uns com os outros. Assim como o Brasil, não chegamos aonde queremos na promoção da igualdade racial. Precisamos aumentar a interlocução da sociedade civil dos nossos países. É ouvindo a população que poderemos definir as ações prioritárias", diz o chefe do Escritório para o Brasil e Hemisfério Sul do Departamento de Estado dos EUA, Milton Drucker.

Para ele, o tema do encontro desta semana deveria ser um "convite para agir", disposição que reflete a insatisfação já manifestada por representantes da sociedade civil brasileira quanto ao ritmo de implementação das ações conjuntas.

O plano bilateral prioriza áreas como a educação, saúde e justiça ecológica. O Departamento de Estado, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, calcula em "milhões de dólares" o investimento americano previsto para o intercâmbio de experiências e programas de parceria entre governos, sociedade civil e empresas privadas.

"Os pesquisadores brasileiros, por exemplo, têm avançado muito no estudo da anemia falciforme, que acomete principalmente a população afrodescendente. Já nos Estados Unidos temos trabalhado muito na sensibilização da polícia contra o preconceito e contra a ação baseada na aparência. São experiências que podem ser aproveitadas mutuamente", afirma Milton Drucker.

"Nos Estados Unidos, temos hoje uma economia estagnada. Vocês, por outro lado, estão criando novos empregos. Precisamos sensibilizar as empresas a adotar, no Brasil, os programas de diversidade que desenvolvem aqui. E não porque são boazinhas, mas porque aumentar a diversidade resulta em empresas mais dinâmicas, criativas e que crescem mais", diz.

O chefe do Escritório para o Brasil e Hemisfério Sul do Departamento de Estado dos EUA não acredita na imposição de modelos de políticas públicas, mas ressalta a importância das ações afirmativas para a promoção da igualdade racial.

Drucker evita fazer comentários sobre as cotas nas universidades, pois considera o tema "delicado politicamente". No entanto, o diplomata americano - que já trabalhou duas vezes no Brasil - ressalta que o sistema foi necessário nos EUA, mesmo após o fim da segregação racial legalmente constituída.

Segundo ele, nos últimos anos, o número de instituições de ensino americanas que adotam esse sistema diminuiu porque a entrada de estudantes negros nas universidades atingiu patamares considerados satisfatórios. "O problema de acesso ao ensino superior no Brasil deve ser resolvido como os brasileiros acharem melhor. Seja com cotas, ações afirmativas ou universidades para negros, modelos que foram adotados aqui em variados momentos", afirma.


http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4436727-EI306,00-EUA+e+Brasil+querem+parceria+para+promover+igualdade+racial.html

terça-feira, 18 de maio de 2010

Deputado diz que Escravatura ainda é um processo inacabado

13/05/10 - 11:32 > DIREITOS HUMANOS
Deputado diz que Escravatura ainda é um processo inacabado

Agência Brasil
BRASÍLIA - Se completam hoje (13) os 122 anos da Abolição da Escravatura no Brasil e ao ver do deputado Carlos Santana (PT-RJ),que presidiu na Câmara a comissão especial que analisou o Estatuto da Igualdade. "A abolição é um processo inacabado", diz Santana, ao salientar que o negro, mesmo participando ativamente da política nacional, enfrenta barreiras que fazem com que sua representatividade no Congresso seja inócua.

Para o deputado, noo Brasil de hoje, a dificuldade de inserção da população negra na universidade é semelhante à que existia há mais de meio século nos Estados Unidos, país onde a segregação racial sempre foi muito forte. Ele aponta o sistema de cotas como a forma mais eficiente para promover o acesso dos negros ao ensino superior.

Por que há pouco a comemorar em 13 de maio?

Carlos Santana - O sistema de cotas para o acesso de negros à universidade foi uma das grandes conquistas, apesar da contestação de parte da sociedade que não assume sua face racista. Chegamos aos 122 anos da Abolição, e ela continua inacabada diante da realidade de opressão e do racismo na qual se encontram os afrodescendentes que, no Brasil, ainda estão na base da pirâmide econômica, morando nas favelas, nas palafitas, têm um péssimo ensino, salário menor e sofrem o extermínio causado pela violência. Depois de todo esse tempo, o jovem negro corre 130% mais risco de ser assassinado do que o jovem branco, e as desigualdades ainda são maiores que em 1888. As últimas aferições mostram que, a cada hora, um jovem negro é assassinado no Brasil.

Quais os principais avanços conquistados pela população afrodescendente até agora?

Carlos Santana - A aprovação do Estatuto da Igualdade Racial na Câmara dos Deputados foi um grande passo, um salto positivo, apesar da permanente investida dos ruralistas e da indiferença do Senado Federal, que não se empenha e emperra a transformação do texto em lei. Entendo que o Estatuto é o reconhecimento de que houve 350 anos de escravidão e, entre outras conquistas, reconhecer as religiões de origem africana. No Brasil, o racismo é gritante, incubado, mas com a vigência do Estatuto da Igualdade Racial, cuja comissão especial tive a honra de presidir, teremos um importante instrumento legal para prosseguir na luta para conquistar as reivindicações da população negra. Infelizmente, a estagnação do estatuto no Senado não nos incentiva a comemorar o 13 de maio.

Quais os principais entraves para a aprovação do estatuto pelos senadores?

Carlos Santana - Lá ainda existem integrantes dos setores conservadores da sociedade que representam a antiga visão dos senhores feudais. Para os senadores, o lobby dos ruralistas é mais forte que o clamor dos afrodescendentes. Além disso, a mídia, além de não esclarecer sobre o estatuto, também trabalha contra a aprovação do texto.

Quais mudanças na legislação ajudaram a reparar injustiças contra os afrodescendentes?

Carlos Santana - Apesar de a luta contra o racismo ainda estar longe de seu fim, continuamos obtendo vitórias, como a definição do racismo como crime inafiançável e a criação das cotas universitárias, e temos como aliado o governo Lula, que promove a inclusão dos negros brasileiros. Com a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, que espero aconteça em breve, teremos o incentivo à contratação de negros em empresas, o reconhecimento da capoeira como esporte, a reclusão de até três anos para quem praticar racismo na internet, o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana, o estímulo às atividades produtivas da população negra no campo e a obrigatoriedade de os partidos apresentar 10% de candidatos negros nas eleições.


http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=5&id_noticia=327029

Justiça acata denúncia de racismo contra PMs

FOLHA DE S. PAULO | COTIDIANO (C7)
JUDICIÁRIO | JUDICIÁRIO

Justiça acata denúncia de racismo contra PMs

Juíza ordenou que os 4 policiais acusados de agredir motoboy até matá-lo fiquem presos; eles agora são réus em ação penal

Promotoria acusa os militares de homicídio doloso (intencional) triplamente qualificado, preconceito racial e fraude processual

AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça aceitou a denúncia contra os quatro policiais militares acusados de matar o motoboy Alexandre Menezes dos Santos, 25, em 8 de maio, em Cidade Ademar (zona sul de SP), e determinou que eles permaneçam presos. Eles agora são réus numa ação penal.
Os promotores Maurício Lopes e Marcelo Rovere acusaram os PMs de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) triplamente qualificado, racismo e fraude processual.
Na ocasião da morte, segundo testemunhas, o motoboy foi espancado por meia hora depois que fugiu dos PMs em uma moto que estava sem placas. Os policias afirmam que não tinham a intenção de matá-lo.
Na sua decisão, a juíza Tânia Magalhães da Silveira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, ordenou que eles fiquem presos preventivamente porque acredita que, livres, poderão atrapalhar o andamento da ação penal -eles já estão presos administrativamente desde o dia 9 no Presídio Militar Romão Gomes. A juíza vai agora analisar as provas.
A defesa diz que recorrerá da decisão e que a Promotoria usa de "vedetismo".
Para a Promotoria, Carlos Magno dos Santos Diniz, Ricardo José Manso Monteiro, Márcio Barra da Rocha e Alex Sandro Soares Machado assumiram o risco de matar Santos ao agredi-lo por meia hora.
Sobre a denúncia de racismo, dizem que, se o caso ocorresse num bairro rico ou com uma pessoa branca -Santos era negro-, a ação seria diferente.
"Não se tem notícia de que abordagem semelhante se faça por policiais militares no Jardim Europa com aquele que eventualmente trafegue em uma Lamborghini sem placas.
A ação, além de desastrosa, foi movida por preconceito racial e social", diz trecho da denúncia.
Segundo o promotor Christiano Jorge Santos, autor do livro "Crimes de Preconceito e de Discriminação", desde 1995, nenhum policial foi condenado por racismo no Brasil. Ele não atua nesse caso específico.

Arma
O motoboy Santos estava em uma moto sem placas quando fugiu de uma abordagem no dia 8. Parado, foi agredido pelos PMs, segundo a mãe dele, Maria Aparecida Menezes, que viu as agressões. Os PMs dizem ter encontrado um revólver com o motoqueiro. Para os promotores, a arma foi forjada -daí a acusação de fraude.
Os comandantes do batalhão em que os policiais trabalhavam foram afastados. O governador Alberto Goldman (PSDB) disse que a atitude dos PMs foi "criminosa". O governo indenizará a família de Santos.
No mês passado, o motoboy Eduardo Luís dos Santos, 30, morreu após ser agredido por policiais na Casa Verde (zona norte). Doze PMs estão presos.

FOLHA ONLINE
Leia a íntegra da denúncia contra os PMs
www.folha.com.br/101373

http://www.stj.myclipp.inf.br/default.asp?smenu=noticias&dtlh=126113&iABA=Not%C3%ADcias&exp=


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Rio: templo evangélico reúne integrantes do Bope

Rio: templo evangélico reúne integrantes do Bope
04 de novembro de 2007 01h59 atualizado às 10h06

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Inaugurado na sede do Bope, templo evangélico reúne cerca de  50 policiais da unidade que se revezam entre  o fuzil e a Bíblia Foto: Paulo Araújo/O Dia

Templo evangélico é inaugurado na sede do Bope, no Rio
Foto: Paulo Araújo/O Dia

Era uma operação no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Acuados no beco, quatro garotos armados. Os mesmos que, minutos antes, se esgueiravam pelas vielas empinando fuzis e fugindo dos estilhaços das granadas que lançavam no Caveirão. Cabia ao experiente soldado M., 37 anos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), o direito à primeira rajada. Calado, M. sinalizou, cedeu a vez a um colega e assistiu às mortes.

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O testemunho ainda emociona o soldado. Passados quatro meses do episódio, ele é um dos quase 50 membros dos Caveiras de Cristo. Homens de preto, integrantes da tropa de elite da PM, evangélicos, que se reúnem todos os dias no terceiro andar da unidade para uma missão: orar. "Sempre fui sombrio, sinistro. Atirar em alguém era como pegar uma barata e pisar. Naquele dia, no Alemão, cheguei ao Bope, guardei meu armamento, tomei meu banho e fui para casa chorando. A imagem dos garotos não saía da minha cabeça. Estava incomodado. Como Deus dá vida e eu tiro a vida? Precisava mudar", conta o soldado.

Os cultos dos caveiras não diferem do usual: leituras bíblicas, testemunhos, clamações de "amém" e até banda de louvor. Sentados lado a lado, os homens de preto oram, dão as mãos e profetizam dias mais calmos para a guerra urbana. "Vivemos uma luta do bem contra o mal. E o bem vai vencer. Eu me considero um soldado do Senhor. Acredito que só Jesus Cristo salva", afirma o comandante do Bope, coronel Pinheiro Neto, no culto de inauguração do espaço físico da congregação, na quarta-feira.

Batizado na igreja católica e, recentemente, na condição de "aspirante" a evangélico, o oficial teve papel fundamental, dando aval para que a sala de oração fosse construída. A congregação fica num andar conhecido como Vale dos Ossos - apelidado por causa dos esqueletos das construções.

É a última sala do corredor. Ao entrar, os policiais se deparam com um painel com pintura de nuvens. A obra, de um dos colegas de farda, tem a citação bíblica "Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa" (Atos 16:31). "Deus tem uma maneira de chamar todo mundo", relata o terceiro-sargento Valmir de Souza Silva, 33 anos.

Curiosamente, o mentor da sede evangélica, o policial reformado Joaquim Thomé, 60 anos, foi reprovado no primeiro teste que fez para o Bope, em 1990. Além de ser caveira, ele sonhava em criar a congregação. Quatro anos depois, acabou transferido para a unidade. "Talvez, se tivesse sido aprovado logo, não teria me engajado tanto no evangelismo."

Incursões de fé na favela
Trocar o fuzil pela Bíblia e pregar para quem, no dia-a-dia, é alvo. Empenhado no que considera uma missão de vida, o sargento Valmir dos Santos, 42 anos, acredita que é possível conciliar atividades tão complexas e diferentes. Pastor há 13 anos, ele busca nos ensinamento do Evangelho a resposta para o que parece incompatível.

"Na lei de Deus, você vai encontrar situações em que os servos tiveram que fazer uso de armamentos. Davi matou o gigante Golias e não foi condenado por isso. Muitas vezes, o PM é mal interpretado", explica ele, citando a passagem do livro Samuel.

Para a antropóloga Elizabete Ribeiro Albernaz, 29 anos, que faz tese de mestrado sobre o Movimento Evangélico na Polícia Militar, as pregações nos cultos do Bope são pontuadas por termos que reproduzem o contexto de violência no qual estão submetidos os policiais.

"Confesso que fiquei espantada com o fato de eles terem esse movimento. É uma tropa que está envolvida com armamento mais pesado, cenário truculento. Nas orações, percebi que a palavra guerra é muito citada. O Evangelho acaba suprindo a carência de quem é exposto ao contexto de conflito", analisa ela, que, para pesquisa, já entrevistou 40 PMs de vários batalhões.

A maioria dos Caveiras de Cristo se converteu após escapar de confrontos. Experiências fortes, que se transformaram em sinais divinos para quem viu a morte de perto.

"Meu encontro com Deus aconteceu há quase 10 anos. Eu e um amigo fomos verificar um informe no Morro do Turano, no Rio Comprido. Só que nos deparamos com dois caras armados. Houve confronto e o parceiro acabou atingido no peito duas vezes por tiro de ponto 30. Não sabia dos seus ferimentos e o ouvi chamar meu nome. Fui até onde ele estava e me deparei com seu corpo. Depois, conversando com uma médica, ela me disse que era impossível ele ter falado, porque morreu instantaneamente. Enxerguei aquilo como chamado de Deus", conta o cabo André Moura, 36 anos.

Há sete anos no Bope, o soldado João de Carvalho, 32 anos, teve a conversão ligada a outro motivo: a vida desregrada. "Estava sem expectativa. Bebia, ia para festas, era infeliz. Quando você é tocado, pensa em um monte de besteiras, mas não quer aceitar que é Deus falando".

A PM tem mais de 250 pastores e 13 mil congregados. "O Bope é uma operação de salvar vidas", comentou o presidente da União dos Evangélicos da PM do Rio (Uepmerj), pastor Liodir Barreto, durante culto na unidade


http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2045765-EI5030,00.html