terça-feira, 11 de maio de 2010

Multa por descumprimento de cota: Inclusão social receberá investimento de R$ 47 mil em Belo Horizonte.

Multa por descumprimento de cota: Inclusão social receberá investimento de R$ 47 mil em Belo Horizonte.


A Coordenadoria Especial de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (CAADE) vai receber ainda neste mês, uma doação no valor de R$47 mil. A quantia, revertida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), “poderá fazer a diferença na luta pela inclusão profissional e social de pessoas com deficiência em Belo Horizonte”, espera a procuradora Ana Cláudia Gomes responsável pela iniciativa .



Segundo Flávio Oliveira, coordenador da CAADE, a verba já tem destino certo: a implantação de um Centro de Atendimento a Pessoas com Deficiência, e a compra de computadores.



“Pretendemos desenvolver cursos de informática, cursos de convivência e curso de noções de defesa dos direitos, visando a ampliação e equiparação dessas pessoas na sociedade”, ressalta Flávio Oliveira.



A empresa Engeforma será responsável pelo pagamento da verba à CAADE. Ela foi condenada pela 31ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte por não cumprir o acordo judicial firmado com o MPT referente ao preenchimento de cotas destinadas a pessoas com deficiência. “Além do pagamento da multa a empresa deverá comprovar o cumprimento total da cota “, explica Ana Cláudia Nascimento.



Até o momento a Engeforma contratou 18 pessoas com deficiência, mas segundo a procuradora do Trabalho, somente 15 se enquadram na reserva legal de emprego destinada ao preenchimento das cotas. Para a procuradora do Trabalho, a empresa só se adequou às normas estabelecidas depois do bloqueio dos bens, determinado pela Justiça.



Entenda o caso



O Ministério Público do Trabalho (MPT) representado inicialmente pelo procurador do Trabalho, já aposentado, José Diamir da Costa, moveu Ação Civil Pública contra a Engeforma Engenharia, solicitando a adequação da empresa à Lei nº 8.213, de 24/07/1991, que obriga empresas com mais de 100 empregados preencherem de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas.



A Engeforma chegou a assinar acordo judicial, pelo qual se comprometeu a contratar no prazo de 4 meses 11 pessoas com deficiência, o que representava 3%, do total de 350 empregados que possuía à época, porém não comprovou o cumprimento.



Frente a resistência da empresa ao cumprimento da cota, e o conseqüente descumprimento dos prazos, observados pelo MPT, a Vara do Trabalho decidiu pela aplicação de multa de R$47 mil, e o pelo bloqueio dos bens da empresa.





Fonte: Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região Minas Gerais, 11.05.2010

Morre a cantora e atriz Lena Horne em Nova York, aos 92 anos

10/05/2010 08h47 - Atualizado em 10/05/2010 11h08

Morre a cantora e atriz Lena Horne em Nova York, aos 92 anos
Bonita e com voz potente, Horne fez sucesso no teatro e no cinema.
Ela teve que enfrentar o preconceito por causa de sua cor de pele.
Do G1, com informações da EFE

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A cantora e atriz americana Lena Horne morreu neste domingo (9) em um hospital de Nova York aos 92 anos de causas não reveladas. Bonita e com voz potente, Horne fez sucesso no teatro e no cinema, mas teve que enfrentar o preconceito por causa de sua cor de pele.

Veja fotos da artista


Nascida em 1917, Horne começou sua carreira profissional na década de 1930 trabalhando como corista no emblemático Cotton Club, no bairro novaiorquino do Harlem, convertendo-se assim em uma das primeiras artistas negras contratadas por uma orquestra de músicos brancos de renome.


Ginny Mancini (esquerda), Lena Horne (centro) e
Liza Minnelli, em uma premiação de 1997 (Foto:
Aubrey Reuben / AP Photo)Pouco a pouco foi ascendendo até que conseguiu um contrato com a Metro Goldwin Mayer, sendo uma das primeiras artistas afroamericanas a estar no elenco de um grande estúdio. Em 1943, rodou o musical de sucesso “Tempestade de ritmos”.

Nos anos 1950, Horne foi incluída na “lista negra” Hollywood, elaborada pela corrente de direita do senado Joseph McCarthy, mas conseguiu sobreviver à “caça às bruxas”.

Depois de décadas aparecendo em clubes noturnos e na televisão, Horne deixou de lado sua carreira cinematográfica para dedicar-se ao teatro. Em 1980, protagonizou o espetáculo teatral "The lady and her music", que teve uma grande acolhida e permaneceu quase um ano na Broadway. Por seus trabalhos, Horne foi indicada a vários prêmios, inclusive ganhando um Tony (premiação máxima do teatro americano).


http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/05/morre-cantora-e-atriz-lena-horne-em-nova-york-aos-92-anos.html

Para xerife do Arizona, nova lei é “racista

Para xerife do Arizona, nova lei é “racista”
05/05/2010 10:07:12 AM
O xerife Clarence Dupnik, do Condado de Pima, está totalmente contra a lei.
Reprodução

O xerife Clarence Dupnik, do Arizona, é contra a nova lei.
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A controversa lei anti-imigrante do Arizona, aprovada há pouco mais de uma semana, continua gerando protestos. E não são só os imigrantes e seus defensores que estão encabeçando estas manifestações. Até mesmo um xerife do Arizona questiona a aplicação da lei.

O xerife Clarence Dupnik, do Condado de Pima, está totalmente contra a lei. Em entrevista à KGUN, afiliada da ABC em Tucson, Dupnik tachou a lei de “racista”, “nojenta” e “desnecessária”.

Assinada pela governadora Jan Brewer na sexta-feira (23), a lei chamada de SB 1070 criminaliza os imigrantes indocumentados do Arizona. A declaração pública da líder estadual de que não tolerará discriminação racial não convenceu. Isto porque, segundo a SB 1070, os policiais poderão prender todo aquele que suspeitarem estar indocumentado no país.

A atitude de Brewer provocou protestos pelo país afora. Até mesmo o prefeito de Fênix, capital do Arizona, não poupou críticas. Disposto a entrar com um processo judicial por inconstitucionalidade, Phil Gordon está ainda preocupado com a violência de grupos como afro-americanos e hispânicos. A reunião com os membros do Conselho Municipal de Fênix, realizada na terça-feira (27), não rendeu o apoio esperado.

O presidente dos Estados Unidos ordenou severa vigilância por parte do Departamento de Justiça Americano. Barack Obama teme que a SB 1070 viole os direitos civis dos imigrantes e desencadeie movimentos semelhantes aos das décadas de 50 e 60, quando os negros americanos e outros grupos chamados de minorias sofreram grande discriminação.

SB 1070 preocupa famosa
A recusa do xerife Dupnik em aplicar a SB 1070 tem uma explicação bem simples: a lei forçaria os policiais a se basear no perfil racial da pessoa durante as patrulhas em volta de Tucson. “Vamos continuar a fazer o que temos feito. Vamos parar e deter as pessoas para a Patrulha da Fronteira”, disse Dupnik, deixando bem claro que o trabalho nas fronteiras não vai parar.

A lei despertou manifestações até mesmo de famosos. Na quinta-feira (29), a mega star colombiana Shakira teve uma reunião privada com Phil Gordon, líderes e autoridades locais, expressando a preocupação com a SB 1070. Em entrevista coletiva, a cantora declarou. “Vim aqui para oferecer apoio e defender os direitos humanos. Me oponho a esta lei porque é uma violação aos direitos humanos e civis e vai contra a dignidade humana”, disse a vencedora do Grammy.

Mais tarde, a estrela da música latina se encontrou com famílias imigrantes e estudantes para discutir o impacto da lei sobre estes grupos. “Este país tem valores que sempre admirei e defendi. Estou preocupada com o impacto desta lei e como ela afetará as famílias latinas”.

A língua afiada do xerife Clarence Dupnik repetiu o que muita gente sabe. “Já temos autoridade para prender imigrantes ilegais. Nós os mantemos em custódia e os encaminhamos para a patrulha fronteiriça. Segundo ele, a lei acarretará mais impostos aos contribuintes, além de ser inconstitucional. “É um constrangimento nacional”, disse Dupnik, sobre a SB 1070.
Da redação do ComunidadeNews.com

http://www.comunidadenews.com/imigracao/para-xerife-do-arizona-nova-lei-e-racista-6103

LEVANTE DE MARINHEIROS Revolta da Chibata: filho de João Cândido fala sobre centenário

LEVANTE DE MARINHEIROS
Revolta da Chibata: filho de João Cândido fala sobre centenário



Assista ao vídeo com o filho de João Cândido

De frente para as águas da Baía de Guanabara, de costas para o antigo entreposto de pesca que lhe garantiu o sustento até o fim da vida, após a Revolta da Chibata, João Cândido Felisberto, desde 2008, não tem mais apenas as pedras pisadas do cais como monumento — como registra a letra de “Mestre sala dos mares”, de João Bosco e Aldir Blanc. A homenagem ao “Almirante Negro” está ali na Praça Quinze para lembrar, no centenário do levante, que a luta por melhores condições de trabalho e pelo fim dos castigos físicos na Marinha não foi em vão.

— Meu pai passou dois anos na Inglaterra, esperando a frota se modernizar, e conviveu com os sindicatos. Viu que a marujada de lá não apanhava. Na volta, uma semana depois da posse do (presidente) Marechal Hermes, um marinheiro levou 250 chibatadas. Ele e os companheiros deram um basta e assumiram a frota, dando um ultimato ao governo — conta Adalberto do Nascimento Cândido, o Candinho, de 71 anos, caçula do líder, detalhando a origem da revolta naquele longínquo 22 de novembro de 1910.






Anistia esquecida


O objetivo do levante foi atingido, mas a anistia esquecida pela Marinha, que prendeu e perseguiu João Cândido, levado até para o Hospital Nacional de Alienados — de onde recebeu alta graças a um laudo do psiquiatra Juliano Moreira, atestando que o marinheiro não tinha sinais de perturbação.

— Em 1912, ele foi absolvido, mas excluído da Marinha de Guerra. Tentou trabalho na Mercante, mas, quando descobriam quem ele era, tinha que desembarcar.




Patente foi devolvida em 2008


Considerado desertor pela Marinha, João Cândido só recebeu a anistia da União, que devolveu a ele e aos demais envolvidos na revolta a patente, 39 anos após sua morte, em 2008, quando o presidente Lula assinou a Lei 11.756. A indenização esperada pela família, no entanto, não foi concedida.

— A Marinha disse ao presidente que o Tesouro não tinha condições de pagar indenização póstuma a 2.300 marinheiros — explica o historiador Marco Morel.

Marco é neto do jornalista Edmar Morel, autor do livro que deu ao “Almirante Negro” o real valor histórico.

— Foi ele quem criou o nome Revolta da Chibata. Antes, referiam-se ao episódio como Revolta dos Marujos ou Revolução da Armada — diz Marco.

Candinho só descobriu a dimensão do feito do pai, gaúcho de Encruzilhada do Sul, pela obra, em 1959:

— Ele era reservado e nunca se queixou. Era homem de assumir as palavras.

Procurada no Rio e em Brasília, a Marinha não se manifestou sobre o assunto.

Pílulas de história:

1.O nome do líder negro continuará a navegar, uma de suas paixões. Na sexta-feira, a Petrobras lançou ao mar o primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, batizado de João Cândido, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE).

2.A perseguição ao líder da revolta o acompanhou até a morte. No dia do seu enterro, havia um carro de polícia em frente ao cemitério do Caju. João Cândido recebia uma pensão especial do governo de Porto Alegre, mas o benefício, não extensivo à viúva Ana do Nascimento, foi cortado.

http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4136876562919514101

Milton Gonçalves: Presidente negro no Brasil, só em filme

Milton Gonçalves: Presidente negro no Brasil, só em filme


A partir desta sexta-feira o Brasil terá seu primeiro presidente negro. Calma! Você não enlouqueceu, as eleições acontecem apenas em outubro e até agora não há nenhum candidato com essa característica. É que no filme “Segurança nacional”, uma das estreias do dia, Milton Gonçalves interpreta o Presidente Dantas. Só que para o ator, o que está prestes a acontecer nas telas ainda não passa de um sonho distante na vida real.

— Acho que não vou viver para ver um presidente negro no Brasil. Não tenho esta esperança. Vivemos num país de alienados. Além do mais, nós negros não estamos unidos neste sentido. Basta ver nas assembleias, prefeituras e câmaras municipais, somos sempre minoria — diz Milton Gonçalves, que em 1994 foi candidato ao governo do Rio, mas teve apenas 4,5% dos votos.

Para o ator, o exemplo de seu personagem nas telas pode ajudar a fazer as pessoas se acostumarem com a ideia.

— Porque não podemos ter um presidente negro? Somos 47% da população brasileira. Quem sabe este filme não causa uma revolução na cabeça das pessoas! — diz Milton, que completa: — Vale lembrar que quando filmamos o “Segurança nacional” ainda não tinha esta história de Barack Obama. Eu fiz o Dantas antes da onda que veio dos EUA.

Mas, como sonhar é livre, já que, ao menos no cinema, Milton faz um presidente, o ator tem na ponta da língua quais seriam suas providências caso mudasse para o Palácio da Alvorada.

— A primeira coisa seria enviar para o congresso um ato exterminando a imoralidade do país. Depois iria restaurar o ensino no Brasil. Por último ia mudar o código penal e acabar com essa história de fingir que prende, que julga. A Justiça e a polícia teriam que trabalhar e funcionar de verdade — diz o idealista Milton Gonçalves, que tem consciência de que dificilmente verá suas ideias virarem realidade: — Eu sei, mas não custa sonhar.

http://extra.globo.com/lazer/sessaoextra/posts/2010/05/07/milton-goncalves-presidente-negro-no-brasil-so-em-filme-289711.asp