05/05/2010 - 19h55
Morre presidente da Nigéria
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Umaru Yar'Adua, morreu na manhã desta
quarta-feira (5) na residência oficial de Aso Rock
Atualizada às 20h45
O porta-voz da Presidência da Nigéria informou há pouco que o presidente do país africano morreu por volta das 21h (horário local) desta quarta-feira (5). As informações são da agência Associated Press e os jornais locais já confirmaram o óbito.
Umaru Yar’Adua, 58, morreu na residência oficial de Aso Rock. O presidente sofria de problemas no coração e nos rins.
O vice-presidente Goodluck Jonathan já havia assumido o poder no último dia 9 de fevereiro devido aos problemas de saúde de Yar’Adua. Jonathan assumiu a presidência durante a ausência de três meses do presidente, que deixou o cargo em 24 de novembro de 2009 para tratamento médico em uma clínica saudita.
Em janeiro, durante o tratamento, Yar’Adua afirmou à BBC: “No momento, estou passando por tratamento e estou melhorando com o tratamento. Espero que muito em breve haverá um progresso tremendo, que vai me permitir voltar para casa”. O presidente voltou à Nigéria em 24 de fevereiro, mas se manteve afastado do cargo e não apareceu mais em público.
Disputa pelo poder
Em março desse ano, milhares de nigerianos marcharam até os portões do palácio presidencial para exigir o fim da presidência de Yar'Adua, para que Jonathan pudesse assumir o cargo oficialmente.
O retorno secreto do presidente após tratamento na Arábia Saudita levantou temores de que seu círculo de assistentes, liderado por sua esposa Turai, tentaria manter a influência sobre a nação mais populosa da África e minar o poder de Jonathan.
A disputa de poder no país de 140 milhões de habitantes e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo poderia paralisar o governo, ameaçar um programa de anistia na região petrolífera no delta do rio Niger, e forçar reformas em diversos setores, como o bancário e o de petróleo e gás natural.
"Nós queremos que o presidente invisível seja revogado. Estamos cansados de um presidente que não podemos ver, que não pode governar. Queremos vê-lo," disse aos manifestantes Babatunde Ogala, um político da capital comercial, Lagos, e um dos organizadores do protesto.
"Se não podemos vê-lo queremos outra pessoa que tenha a permissão para governar. Por que um membro da sociedade secreta está controlando nosso país," disse na época.
O grupo também defendia a dissolvição e substituição de outros membros do governo e a implementação de reformas eleitorais, o que poderia antecipar eleições presidenciais.
Governo conturbado
Yar'Adua havia assumido o poder em 2007, em um país atingido por vasta corrupção, e ganhou a admiração popular por ser o primeiro líder a declarar publicamente seus bens. No entanto, o entusiasmo com sua Presidência diminuiu com a falta de mudanças.
Durante seu mandato, ele tentou dar fim à violência no Delta do Níger, região rica em petróleo. O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger atacava instalações petrolíferas, sequestrava funcionários das companhias e lutava contra tropas do governo desde janeiro de 2006, no que qualificava de manifestação contra a pobreza na região.
Lula cumprimenta presidente nigeriano, Umaru Yar´Adua, durante visita ao Brasil (29/07/2009)
Visita recente ao Brasil
O presidente Lula recebeu Umaru Yar'Adua no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF), em julho do ano passado. Durante a visita, foram assinados acordos de parceria bilateral na área de pesquisas e patentes de biotecnologia, cooperação esportiva e energia.
A viagem de Yar'Adua foi a segunda visita de um chefe de Estado nigeriano ao Brasil desde a posse de Lula. Em 2005, o então presidente Olusegun Obasanjo esteve em Brasília para participar das celebrações do Sete de Setembro. Lula, por sua vez, foi duas vezes à Nigéria, em 2005 e em 2006.
A Nigéria é o principal parceiro comercial do Brasil na África. Em 2008, o intercâmbio comercial foi de US$ 8,2 bilhões. O Brasil é o segundo maior importador de produtos nigerianos no mundo, sendo que a Nigéria é o maior fornecedor de petróleo do país.
*Com informações das agências internacionais
http://g1.globo.com/
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Morre presidente da Nigéria
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:08 0 comentários
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Adoção de bebê negro por Sandra Bullock gera polêmica nos EUA
04/05/2010 - 22h14
Adoção de bebê negro por Sandra Bullock gera polêmica nos EUA
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da Efe, em Los Angeles
A adoção de um bebê por Sandra Bullock e seu ex-marido, Jesse James, gerou polêmica nos Estados Unidos pela origem afro-americana da criança e por sua aparição em uma revista em meio a supostos casos de infidelidades do ex-esposo, informou hoje a CNN.
Apesar de Sandra ter recebido apoio público desde a divulgação das supostas relações extramatrimoniais de James, que levaram o casal ao divórcio, a notícia da adoção de Louis Bardo Bullock causou polêmica.
O site Black Voices qualificou a situação de "caso curioso" e afirmou que o fato de estrelas como Madonna e Angelina Jolie optarem por adotar crianças negras gera "perguntas e suspeitas". E questiona: "Por que querem um bebê negro em vez de um branco, se também há [brancos] para adoção?".
Reprodução
A atriz Sandra Bullock revelou na semana passada que adotou um bebê em segredo
Em março, várias mulheres anunciaram publicamente que foram amantes de James e, embora ele nunca tenha confirmada a veracidade das acusações, Sandra pediu o divórcio.
Na semana passada, a revista "People" mostrou pela primeira vez uma foto da atriz com seu bebê, o que, para alguns, foi uma estratégia de relações públicas.
Uma enquete aberta aos leitores do site Clutch sobre o oportunismo da apresentação à imprensa de Louis constatou que, apesar de as pessoas serem a favor da adoção, consideram "suspeito o momento em que [a imagem] foi divulgada".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u730051.shtml
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:55 0 comentários
Marcadores: Notícias
Censo 2010 perguntará cor e raça de todos os brasileiros
05/05/2010 10h35 - Atualizado em 05/05/2010 11h13
Censo 2010 perguntará cor e raça de todos os brasileiros
Questões podem ser respondidas pela web como ‘último recurso’, diz IBGE.
Censo começa em três meses e terá pergunta sobre relação homoafetiva.
Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília
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A coleta de informações para o Censo 2010 começa em três meses e traz novidades como perguntas sobre cor e raça e relação homoafetiva. Desta vez também haverá a possibilidade de o questionário ser respondido pela internet, embora esta opção seja utilizada como "último recurso", segundo o IBGE.
A partir de 1º de agosto, recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) visitarão 58 milhões de domicílios em busca de um retrato atualizado da sociedade brasileira. Serão coletados dados sobre as características dos domicílios, relações de parentesco, fecundidade, educação, renda, trabalho, cor, raça e religião.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/05/censo-2010-perguntara-cor-e-raca-de-todos-os-brasileiros.html
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 12:06 0 comentários
Marcadores: Discriminação, Notícias, Política
Propaganda enganosa em novo dilema racial
Propaganda enganosa em novo dilema racial
Autor(es): # Renata Mariz
Correio Braziliense - 04/05/2010
Levantamento mostra que a participação de afrodescendentes em peças publicitárias cresceu de 3% para 13% em 20 anos, mas elas ainda apresentam os modelos de forma estereotipada, como o atleta ou o artista exótico
Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press
Eduardo, modelo: “Muita gente liga e pergunta: ‘você que é o negro’?”
Mal desfez o casamento com um homem que a impedia de trabalhar, a personagem de Taís Araújo na novela Viver a vida, da Rede Globo, já voltou à ativa. Na trama, a modelo internacional não para de receber convites para fotos e desfiles. A vida real, porém, é bem diferente da trajetória de Helena, a primeira protagonista negra de uma novela das oito. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a proporção de profissionais de pele escura na publicidade brasileira saltou de 3% para 13% num período de 20 anos. E os papéis representados nas peças ainda se restringem, em quase metade dos casos, a estereótipos clássicos, como o trabalhador braçal, a mulata sexualizada ou o carente social.
Os dados foram coletados pelo pesquisador Carlos Augusto de Miranda e Martins durante seu trabalho de mestrado no Núcleo de Estudos Interdisciplinares do Negro Brasileiro, ligado à Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Ele avaliou todas as peças publicitárias de 1985 a 2005 na revista Veja — escolhida por ter alta arrecadação com anúncios. “Não posso deixar de reconhecer que houve um avanço, só que muito tímido, em relação à presença dos negros. Mas a imagem depreciativa apresentada continua colaborando para a naturalização do preconceito. É o atleta com a mensagem clara de que a habilidade do negro se restringe a funções ligadas à força física ou o artista exótico, de cabelo trançado e roupas excêntricas”, lamenta Martins.
A pesquisa aponta que, no período analisado, os anúncios com estereótipos clássicos diminuíram de 75% para 43%, enquanto a publicidade tida como neutra, por não apresentar contexto, subiu de 12% para 50%. “Note que esses dois movimentos culminam na queda da proporção das peças com abordagem positiva, de 13% para 7%”, afirma. Para Martvs Antônio Alves, subsecretário de ações afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a publicidade ainda tem uma “visão racista”. “Não passa de falácia quando os produtores do setor afirmam que não há negro no mercado de trabalho”, diz. A Associação Brasileira de Agências de Publicidade foi procurada, mas não retornou as ligações do Correio.
O Estatuto da Igualdade Racial, um marco regulatório atualmente estagnado no Senado Federal, previa reserva de 20% para negros em programas de televisão e peças publicitárias. Um acordo na Câmara para garantir a aprovação do projeto, entretanto, retirou o item do texto. Para o frei David Santos, diretor executivo da Educafro, a alteração representou um retrocesso no tema. “A negação do negro, do indígena, do diferente na publicidade é latente e difícil de ser combatida”, afirma. Segundo Santos, as poucas mudanças que ocorreram são decorrentes das pressões(1) feitas pelo movimento negro.
Para o carioca Eduardo Nascimento, 23 anos e há cinco em Brasília, o fato de ser negro restringe seu trabalho às vezes. O modelo conta que, de fato, a maior parte das oportunidades de trabalho é para brancos. Mas quando o requisito é o contrário, ele se dá bem. “Logo lembram de mim. Muita gente liga e pergunta: ‘você que é o negro’?”, afirma, bem-humorado. Entre campanhas promocionais, desfiles, fotos e vídeo, Eduardo enxerga uma tendência de maior procura pelo seu perfil. “Vejo que muitas vezes querem diversificar.”
Um reflexo histórico e o preconceito, na avaliação de Zulu Araújo, são os principais fatores da pequena participação do negro na publicidade. “Apesar de termos uma variedade de povos, parte significativa da população identifica o belo no perfil do eurodescendente. Não deixa de ser uma consequência do passado de escravidão”, diz o presidente da Fundação Cultural Palmares.
The new black
Motivado pela Educafro, uma rede de cursos pré-vestibular para pessoas negras e carentes, o Ministério Público firmou com os organizadores da São Paulo Fashion Week, no ano passado, um acordo para que 10% dos modelos do evento fossem negros. Inspirado nessa iniciativa, o Ministério Público do Trabalho, no Distrito Federal, abriu um processo de investigação para verificar se há preconceito no mercado da moda brasiliense. Algumas audiências com pessoas do setor já foram realizadas.
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/5/4/propaganda-enganosa-em-novo-dilema-racial
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:29 0 comentários
Marcadores: Discriminação, Notícias
Tintin corre o risco de não ser editado na sua terra natal, a Bélgica.
28-04-2010 - 13:27h
Tintin «racista» pode não ser editado
Uma aventura do herói belga no Congo corre o risco de não ser publicado no país natal
Tintin corre o risco de não ser editado na sua terra natal, a Bélgica. Em causa está uma das suas aventuras, tida como racista, a segunda escrita por Hergé em finais da década de 20 do século passado.
O ajudante de Tintin numa aventura no Congo, negro, é visto como «estúpido e sem qualidades», lamenta à BBC Bienvenu Mbutu, um congolês a viver na Bélgica e que quer impedir a publicação do livro. «Faz crer que os negros são subdesenvolvidos», acrescentou Mbutu.
A decisão do tribunal belga era esperada hoje mas foi adiada para 5 de Maio. Em jogo está também a possibilidade de edição, com um aviso sobre conteúdo racista.
Já há três anos o livro tinha acendido muitas críticas devido aos estereótipos raciais. Na altura, a comissão britânica para a Igualdade Racial pediu que o texto fosse banido, já que continha um imaginário e palavras de conteúdo racista. O livro é agora vendido junto de literatura mais adulta e com um aviso.
Como exemplo há um excerto em que uma mulher negra diz a Tintin «Homem branco muito bom. Senhor branco é um grande homem juju!». Hergé, que morreu em 1983, explicou que o livro foi um «pecado» de juventude e que reflectia os preconceitos da época (1920). Uma aula de geografia de Tintin aos africanos sobre a Bélgica presente no texto foi mais tarde substituída por uma aula de matemática.
Bienvenu Mbutu espera então pelo dia 5 de Maio, mas já ficaria contente pela presença do mesmo aviso sobre conteúdos racistas existente na edição britânica.
http://diario.iol.pt/internacional/tintin-racismo-belig/1158572-4073.html
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 06:23 0 comentários
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