sábado, 20 de março de 2010

nscrições abertas para curso on-line de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos

nscrições abertas para curso on-line de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos

Estão abertas as inscrições para o curso Direitos Humanos e Mediação de Conflitos, oferecido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) em parceria com o Instituto de Tecnologia Social. O curso é integralmente à distância e gratuito. O objetivo desse curso é trabalhar os conceitos de direitos humanos e mediação de conflitos, sob a perspectiva da diversidade, contribuindo para a conscientização, a compreensão e a efetivação dos seus conceitos.

Essa formação pretende contribuir para que lideranças comunitárias, militantes de movimentos sociais e membros de pastorais e comunidades religiosas promovam os direitos humanos e atuem na resolução dos conflitos em suas comunidades

O curso é composto por 10 módulos que ficarão permanentemente disponíveis:
Módulo 1: Direitos Humanos e conflitos;
Módulo 2: Violência e não-violência nos Direitos Humanos;
Módulo 3: Direito à vida, à alimentação e à saúde;
Módulo 4: Direito à moradia, à terra e à cidade;
Módulo 5: Direito à educação, direito ao trabalho e à seguridade social;
Módulo 6: Formas não-violentas de resolução de conflitos;
Módulo 7: Inserindo na luta a não-violência ativa;
Módulo 8:Mediação passo-a-passo;
Módulo 9: Experiências de mediação popular no Brasil;
Módulo 10: Solidários na diversidade e iguais no acesso à Justiça.

Ao final da programação do curso, é realizado um teste e, dependendo do desempenho, é emitido o certificado (carga horária de 60h).

Inscrições pelo link: http://cursos.educacaoadistancia.org.br/course/category.php?id=7

sexta-feira, 19 de março de 2010

Prefeitura de SP lança cartilha para combater racismo

Prefeitura de SP lança cartilha para combater racismo
19 de março de 2010 | 11h 23
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RENAN CARREIRA - Agencia Estado
A Coordenadoria Especial dos Assuntos da População Negra (Cone) de São Paulo, ligada à Secretaria Municipal de Participação e Parceria (SMPP), lança na tarde de hoje uma cartilha para "definir os variados tipos de racismo e orientar sobre como se deve agir em relação a cada um deles", de acordo com a coordenadora da Cone, Maria Aparecida de Laia.

Intitulado "Como Reconhecer e Como Lidar com o Racismo em suas Diversas Formas", o documento faz parte das comemorações do primeiro ano de existência do Centro de Referência de Combate ao Racismo, um dos serviços da coordenadoria, inaugurado em 21 de março de 2009 - mesma data em que se celebra o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.

A tiragem da cartilha é de, aproximadamente, 3 mil exemplares. A distribuição desse material será feita no Centro de Referência e nas diversas ações da Cone. "Pela primeira vez, a cidade conta com um Centro de Referência de Combate ao Racismo, um local preparado para acolher e proteger vítimas do preconceito. Também é a primeira vez que a comunidade negra tem um conselho na administração pública", afirma o secretário municipal de Participação e Parceria, Ricardo Montoro, para quem o lançamento desse compêndio se soma ao trabalho que é feito na capital paulista de garantia de direitos e combate ao preconceito.

O documento é bastante didático. Por exemplo, explica o que é racismo, cita as três formas básicas em que ocorre e traz fatos do cotidiano a fim de esclarecer as situações de preconceito. Também apresenta uma crítica em três pontos que, segundo a coordenadora Maria Aparecida, em algum momento, refletem na vida da população negra a discriminação racial: os meios de comunicação, que "inviabilizam" o acesso de negros, a polícia, "para quem todo negro é suspeito", e a autoestima, situação em que o próprio negro não desenvolve a afirmação no que diz respeito à identidade étnico-racial.

A coordenadora da Cone lembra ainda que a cartilha traz estratégias para prevenção do racismo e da discriminação racial que devem ser desenvolvidas de três maneiras. Junto à sociedade, na mudança das crenças, tabus e valores culturais envolvendo a população negra, junto a instituições, promovendo modelos de não-discriminação racial e a favor de ações afirmativas, e junto ao indivíduo, fomentando atitudes que ajudem na quebra do ciclo da discriminação.

Shows

Para marcar o aniversário do Centro de Referência e o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, no domingo (21), a Academia Brasileira de Black Music (ABBM), em parceria com a Cone e com a Secretaria do Estado da Cultura, lançará o evento "Pela paz, São Paulo é show". O ato, na Praça da Sé, a partir das 15 horas, contará com shows previstos de Ed Motta, Banda Black Rio, Sandra de Sá, Vanessa Jackson, Sebastian, Trilha Sonora do Gueto e Thaíde.

Os organizadores pedem que o público leve um quilo de alimento não-perecível - exceto sal e açúcar - ou doe dinheiro, destinado às vítimas das enchentes em São Paulo e do terremoto no Haiti. Mais informações por meio dos telefones (11) 3113-9750 / 3452-9329.

Serviço

Lançamento de cartilha pela Cone. Sede da SMPP. Rua Líbero Badaró, 119, centro, São Paulo. Aberto ao público. Início às 14 horas, com relato de uma pessoa que sofreu discriminação e palestra dos advogados Hédio Silva Jr., presidente do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), e Christiano Jorge Santos, vencedor do Prêmio Luta Pela Igualdade Racial, concedido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)/Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios, em 2008.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,prefeitura-de-sp-lanca-cartilha-para-combater-racismo,526540,0.htm

Carrefour indeniza vítima de racismo em Osasco-SP

Carrefour indeniza vítima de racismo em Osasco-SP
19 de março de 2010 | 10h 14
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AE - Agencia Estado
Januário Alves de Santana, vigilante negro espancado por seguranças no estacionamento do Carrefour de Osasco, no interior paulista, recebeu indenização da empresa. Ele foi acusado de roubar o próprio carro. Ocorrido há sete meses, o episódio de racismo virou caso de polícia e foi apontado por entidades de defesa dos Direitos Humanos como exemplo de intolerância contra negros no País. O contrato do acordo extrajudicial proíbe a divulgação do valor.

O comunicado conjunto da indenização, assinado entre Carrefour e Santana, será divulgado hoje pelo advogado de defesa do vigilante. "É uma forma de mostrar que, com diálogo, as duas partes podem sair satisfeitas. A empresa assumiu seu papel e resolveu o problema da melhor forma possível", avaliou o advogado de defesa, Dojival Vieira. "O que não significa que se trata de um ?final feliz?. Entendemos que um flagrante tão cruel da discriminação racial no País, na verdade, nunca deveria ter ocorrido", lamentou.

A divulgação da indenização representa o fim da negociação com a rede de supermercados, que começou em setembro. "A empresa demonstrou disposição em resolver o caso rapidamente", disse o advogado.

Santana, de 39 anos, foi espancado por seguranças terceirizados do Carrefour em agosto do ano passado, confundido com ladrão após estacionar sua EcoSport prata - pagava em 72 prestações de R$ 789 - na loja. Além do pedido formal de desculpas, o Carrefour demitiu funcionários envolvidos no caso e rompeu o contrato com a Empresa Nacional de Segurança Ltda., empregadora dos acusados de terem espancado o vigilante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,carrefour-indeniza-vitima-de-racismo-em-osasco-sp,526518,0.htm

Site reúne o maior acervo da Cultura Negra Brasileira

18.03.2010 às 11:08:00 - 70 clicks
Site reúne o maior acervo da Cultura Negra Brasileira

Por Redação
reprodução

Rio de Janeiro (O Repórter) - O brasileiro Filó Filho e a inglesa Vik Birkbeck há três décadas andam com uma câmera nas mãos, captando imagens de manifestações, depoimentos e qualquer outro evento ligado à cultura negra brasileira.
Com olhares diferentes sobre um mesmo foco e com o objetivo de tornar o acervo de fácil acesso ao público, os dois digitalizaram todo o material e criaram o site www.cultne.com.br. São cerca de mil horas de imagens, gravadas originalmente em VHS e disponíveis para visualização e download.
No site é possível encontrar cenas raras, como as visitas de Nelson Mandela e de Desmond Tutu ao Rio de Janeiro, depoimentos de personalidades como Pelé, Abdias do Nascimento, Gilberto Gil, Lélia Gonzales, Paulo Moura, Ruth de Souza, Zezé Motta e Grande Otelo, além da campanha feita para o centenário da Abolição em 1988.
Há também registros dos bastidores da gravação do clipe de Michael Jackson, com o Olodum, na Bahia em 1996, registrados por Vik; e do show de James Brown no Rio de Janeiro, em 1988, exibido no programa Radial Filó, apresentado por Filó Filho, na extinta TV Rio, na década de 80.
Na noite de lançamento, haverá exibição dos videos: A Marcha e a Farsa / Making of Centenário da Abolição / Ed Motta na Renascença Clube: Festa Cor da Pele / As Divas Negras no Cinema Brasileiro;
Após a sessão, Antônio Pitanga, Antônio Pilar, Carmem Luz, Ras Adauto, Yedo Ferreira e Angélica Basthi conversam com o público.
Nos dias 24, 25 e 26, o ciclo de palestras e debates continua no Cinema Nosso (Rua do Resende, 80 – Lapa), com entrada gratuita. Entre as presenças confirmadas estão, além de Vik (Enúgbarijo Comunicações, que significa “boca coletiva”, em iorubá) e Filó (Cor da Pele Produções), Antônio Pitanga, Zulu Araújo (presidente da Fundação Palmares), Carmen Luz (diretora do Centro Coreográfico) e Ras Adauto (cineasta brasileiro radicado em Berlim, que criou a Enúgbarijo Comunicações com Vik).
No dia 27, o evento será encerrado com a festa Usafricarib, no Estrela da Lapa (Avenida Mem de Sá 69 – Lapa), com ingressos à venda no local. A programação na íntegra está disponível no site.
O projeto é uma realização do Celub (Centro de Cultura Urbana) e tem o patrocínio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro.

Carta aberta dos professores do IUPERJ

De: Irineu Belo
Para: Terceiro Setor Grupo <3setor@yahoogrupos. com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 18 de Março de 2010 23:06:55
Assunto: [ 3setor ] Fwd: Carta aberta dos professores do IUPERJ


De: Marcelo Jasmin
Data: 16 de março de 2010 16:26
Assunto: Carta aberta dos professores do IUPERJ

Prezados colegas da comunidade científica e amigos do IUPERJ

Pedimos a sua atenção e leitura para a carta aberta dos professores (em anexo) sobre a crise que ameaça a existência institucional do IUPERJ que acaba de completar 40 anos.

Enviamos também o artigo do Prof. Luiz Werneck Vianna, já veiculado pela imprensa, sobre o mesmo assunto.

Agradecemos desde já,

Atenciosamente,

Diana Lima
Marcelo Jasmin
Ricardo Benzaquen

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Rio de Janeiro, 15 de março de 2010.

Prezados colegas e amigos do IUPERJ,

Voltamos, nós do IUPERJ, a recorrer aos colegas das Ciências Sociais e da Academia em geral. Dirão alguns decerto que se trata da continuada crise que os ocupou em nosso apoio, em momento crítico há seis anos atrás. Sim, é a mesma, só que agravada ao seu mais extremo limite, pois agora o que está em jogo é o encerramento das atividades da instituição.

Nestes últimos anos, a situação da Universidade Candido Mendes, mantenedora do IUPERJ, só fez deteriorar-se. Nos últimos dois anos, não recebemos 9 salários dos 26 devidos e vários direitos trabalhistas não são honrados desde 1999. Em 2010 não temos qualquer perspectiva de que receberemos salários ao longo de todo o ano letivo. Ora, como não temos recursos próprios, que fazer para evitar um desfecho que nos é catastrófico?

Estamos negociando com o Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, a formação de uma Organização Social, entidade que propiciaria aporte de recursos públicos, inclusive orçamentários, e privados para o Instituto: trata-se da única alternativa capaz de garantir a sobrevivência institucional. Ocorre, porém, que não são poucos os obstáculos nesse caminho, até mesmo uma argüição de inconstitucionalida de das OS no Supremo Tribunal Federal. Se superados todos os obstáculos, vale lembrar, só alcançaremos resultados tangíveis em 2012, não obstante o apoio manifestado por diversas agências governamentais.
Incerto e longo, o caminho não será percorrido sem o apoio e a solidariedade da comunidade científica, os quais, diga-se a bem da verdade, jamais nos foram negados. O alerta aos poderes públicos só se efetivará de fato com crescentes manifestações de preocupação com o destino do IUPERJ.

O IUPERJ é sua história, o empenho de seus estudantes, funcionários e professores nestes últimos 40 anos; seus programas de Ciência Política e Sociologia, respectivamente com graus 6 e 7 na avaliação da CAPES e ambos totalmente gratuitos; as 281 teses de doutorado e 471 dissertações de mestrado aqui defendidas; o fato de que 41% de seus doutores egressos ensinam e pesquisam em universidades públicas e 23% o fazem em instituições particulares; os 40 doutores do exterior aqui diplomados; os 11 grupos de pesquisa ora cadastrados no CNPq. É por tudo isso que acreditamos numa solução institucional e decidimos iniciar o ano letivo mesmo sem salários.

Queremos continuar a fazer o que sempre fizemos. A instituição é maior que cada um de nós. Tudo faremos para tentar salvá-la, mas nem tudo está ao nosso alcance. Por isso, pedimos, e é este o verbo, o apoio dos colegas.

Adalberto Moreira Cardoso Argelina Maria Cheibub Figueiredo
Carlos Antonio Costa Ribeiro Cesar Augusto C. Guimarães
Diana Nogueira de Oliveira Lima Fabiano Guilherme M. Santos
Frédéric Vandenberghe Jairo Marconi Nicolau
João Feres Júnior José Maurício Domingues
Luiz Antonio Machado Silva Luiz Jorge Werneck Vianna
Marcelo Gantus Jasmin Marcus Faria Figueiredo
Maria Regina S. de Lima Nelson do Valle Silva
Renato de Andrade Lessa Renato Raul Boschi
Ricardo Benzaquen de Araújo Thamy Pogrebinschi

O IUPERJ vale uma missa?
A moderna pós-graduação em Ciências Sociais no Rio de Janeiro nasceu no Museu Nacional e no IUPERJ em fins dos anos 1960. Veio à luz em momento pouco propício â o recrudescimento do regime político autoritário, que culminou com a edição do AI-5, em 1969. Na mesma época, em São Paulo, fundava-se o CEBRAP, centro de pesquisas criado por professores da USP compulsoriamente aposentados, que assim repetiam, pouco tempo depois, o triste destino dos professores da Faculdade Nacional de Filosofia da UFRJ, da Fundação Osvaldo Cruz e do ISEB.
Banidos de seus lugares tradicionais, os cientistas sociais reinventam seus papéis e se tornam criadores de instituições, tal como o CEBRAP e o IUPERJ. Insulados em suas novas agências, sua reação ao regime autoritário se vai realizar a partir de uma intervenção critica, em que o tema de fundo será o da inquirição das raízes históricas do autoritarismo brasileiro e o do diagnóstico das desigualdades sociais reinantes. Paradoxalmente, esse insulamento dos intelectuais, em meio a um clima de repressão das liberdades civis e públicas, estimulou sua reaparição na esfera pública e no processo de formação da opinião. Ao abrigo das disputas políticas diretas, desvinculados da vida partidária, exercendo a vocação do seu ofício e se expressando como intérprete do interesse geral e não como representante do particularismo de indivíduos e grupos, acabam por conquistar uma espécie de mandato implícito, com respaldo na ciência, para
falarem em nome da sociedade.

Daí uma importante mutação quanto aos intelectuais do período pré-64: se, antes, sob a democracia, seus vínculos com as instâncias da sociedade civil, como partidos, sindicatos e a vida associativa, eram, em geral, estabelecidos individualmente, no contexto autoritário se instituem como corpus, apresentando- se com a linguagem da ciência. A constituição dessa nova identidade conhece, então, uma extraordinária difusão, de que a ANPOCS (Associação Nacional da Pós-graduação em Ciências Sociais) e outras instituições são exemplares, congregando, anualmente, cada vez um número maior de filiados.
Nesses corpus, sob controvérsias, sedimentam-se opiniões, diagnósticos que são selecionados pela mídia ou partidos, e eventualmente, dependendo da oportunidade e/ou relevância, canalizados para a esfera pública. Foi assim que, sob o regime ditatorial, a pós-graduação brasileira e os centros de pesquisa isolados, sempre no registro do trabalho científico especializado, estabeleceram suas redes de comunicação com o mundo exterior, mantendo preservada a sua autonomia quanto aos demais atores sociais, principalmente os partidos políticos. Essa não foi, é claro, uma estratégia consciente, embora muito bem
sucedida para os fins a que se dispunha, qual seja a de instituir uma agenda razoável para o assentamento da questão democrática e da social.

Assim, pode-se sustentar, sem triunfalismos patéticos, que a história da resistência ao autoritarismo e a da conquista da democracia não pode ser contada desconhecendo o papel desempenhado por essas novas agências de intelectuais, inclusive â e, em certos momentos, principalmente â, pelas instituições de pós-graduação, como é o caso do IUPERJ, que, entre outras características, estimulou a formação e abrigou as primeiras secretarias da ANPOCS.

O IUPERJ começa sua história com foco no tema das instituições políticas democráticas, rejeitando as concepções que as entendiam como formas vazias de conteúdo. Sua ênfase, desde sempre, foi a de que âo substantivoâ deveria encontrar canais institucionais livres, a fim de se expressar na esfera pública como demandas a serem realizadas. Com essa orientação, abriu sua agenda para as questões sociais, dedicando-se à pesquisa e à formação especializada dos seus alunos em temas estratégicos à nossa sociedade, tais como sindicatos, violência, profissões, pobreza e marginalidade, raça e gênero. Seus pesquisadores, nessas duas frentes de trabalho, produziram dezenas de trabalhos, publicados pelas principais editoras do país, e participaram da orientação de centenas de pesquisas, para fins de teses de doutorado ou de dissertações de mestrado â um repertório respeitado nacional e internacionalmente. Ademais, conservando seu
caráter de instituto orientado para as diferentes linhas de especialização que se afirmam nas Ciências Sociais, o IUPERJ mantém e aprimora a tradição institucional de privilegiar a cultura humanista e o pensamento clássico brasileiro em Ciências Sociais, patente na sua lista de publicações e nas teses defendidas.

Essa é uma história de êxitos e a opinião pública reconhece e valoriza essa instituição. Mas, passados 40 anos, ela se encontra sob o risco iminente de acabar por absoluta falta de recursos para a preservação dos seus quadros de professores e funcionários. O fim tem data marcada, que está próxima. A ironia dessa história, de uma instituição que se apresentou para a sociedade como capaz de ajudá-la a resolver seus problemas, é que, agora, o problema é ela própria.

Luiz Werneck Vianna
Professor-pesquisad or do IUPERJ,
Ex-presidente da ANPOCS