quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Combate à Intolerância Religiosa é tema de entrevista no Portal da Cidadania

Combate à Intolerância Religiosa é tema de entrevista no Portal da Cidadania
fevereiro 3, 2010 por SEDIHC
Categoria: Entrevista
No dia 21 de janeiro foi comemorado o Dia Mundial da Religião. No Brasil, na mesma data, é celebrado o Dia de Combate à Intolerância Religiosa. Em uma entrevista especial para o Portal da Cidadania, Vondusi-He Pai Neto de Azile abordou o preconceito às religiões de matrizes africanas como uma das chagas sociais mais enraizadas no país.

Confira:

Portal da Cidadania: Quando você pensa em Dia de Combate à Intolerância Religiosa, o que vêm à cabeça?

Vondusi-He Pai Neto de Azile: É importante para se discutir aquilo que é diferente. A maioria das pessoas acha que culto afro é sinônimo de algo ligado a demônios. Nossa tradição celebra divindades africanas, um processo surgido nos quilombos. Foi uma revolução para a época, mas que hoje serve para o fortalecimento e preservação das nossas raízes.

Portal da Cidadania: As pessoas não entendem direito o sentimento e a religiosidade do tambor de mina, que é a sua crença, como foi fazer essa opção?

Vondusi-He Pai Neto de Azile: Não foi uma escolha, nem uma imposição familiar. Em todas as religiões, existe um deus único, mas Deus se manifesta de várias formas. Hoje em dia, percebo que os jovens são resistentes em assumir sua identidade religiosa. Comigo não foi assim.

Portal da Cidadania: Na sua opinião, como nasce a discriminação religiosa?

Vondusi-He Pai Neto de Azile: A idéia da existência do diabo é um dogma oriundo do mito da criação. A fé cristã é um grande entrave porque é imposta até em colégios. Nossa religião busca o contato com os ancestrais, com o sagrado. A sociedade brasileira é pluralista etnicamente, mas a cor da pele ainda é um estigma. Por exemplo, o branco chama de fitoterapia o que a benzedeira faz com ervas para curar doenças. O que existe, essencialmente, é um desrespeito e o maior deles é a expressão “macumbeiro” que remete à rituais satânicos.

Portal da Cidadania: Essa confusão teve repercussão, recentemente, com o caso do menino de São Vicente de Férrer que tinha agulhas pelo corpo…

Vondusi-He Pai Neto de Azile: Esse é um exemplo da ignorância. Fomos à imprensa pois não temos relação alguma com esse caso. Para nós, a criança é divina. É a forma mais pura do ser humano. Nós respeitamos o próximo, a natureza, os mais velhos. Somos a favor da vida.

Portal da Cidadania: Existe uma concepção de que as religiões de matriz africana são condescendentes com a homossexualidade, fato repudiado pelas religiões com base na fé cristã. Há verdade nisso?

Vondusi-He Pai Neto de Azile: Não existe erro em manifestar o amor. Em nosso terreiro todos são bem vindos, principalmente as minorias. Para nós, cada pessoa é um indivíduo especial, independente de suas escolhas ou orientação sexual.

Portal da Cidadania: Falamos muito de diferenças mas, na sua opinião, há algum ponto em comum entre as religiões?

Vondusi-He Pai Neto de Azile: Todo tipo de fé busca dar algum tipo de conforto para a alma humana. Acredito que aí está a solução para as mazelas humanas. Um terreiro, uma missa ou um culto pode servir como terapia ou apoio psicológico. O ponto comum é a conexão, o elo com Deus. Aliás, fazemos muitos rituais ecumênicos com a Igreja Católica. Alguns santos da Igreja personificam nossas divindades. Só mudam os nomes.

*Vondusi-He Pai Neto de Azile é Coordenador de articulação Política do Fórum Estadual de Religiões de Matrizes Africanas, Coordenador Regional do CARMA e Coordenador de religiosidade do CEN-MA.



Vodunsi-hê Neto de Azile (Sakpatasi)
Coordenador Regional da CARMAA - Nordeste
Fórum Estadual de Religiões de Matrizes Africanas do Maranhão -FERMA
0*98 8852 6598

QUAND LE CINEMA FRANCAIS BLANCHIT ALEXANDRE DUMAS QUANDO O CINEMA FRANCÊS BRANCO ALEXANDRE DUMAS

QUAND LE CINEMA FRANCAIS BLANCHIT ALEXANDRE DUMAS

source : Emmanuel Goujon et Serge Bilé / Journalistes et écrivains


On ne peut qu’être admiratif devant le talent de Gérard Depardieu qui a, dans sa longue et riche carrière, incarné, avec une facilité déconcertante, de grands personnages historiques à la perfection : de Danton à Vatel, de Christophe Colomb à Vidocq.

Un côté caméléon et une aisance prodigieuse qui pourraient, à eux seuls, expliquer le choix du réalisateur Safy Nebbou de lui confier le rôle de l’écrivain Alexandre Dumas dans son film "L’Autre Dumas", sorti ces jours-ci. Un choix néanmoins étonnant, au moment où la France se gargarise de diversité et de promotion des minorités visibles.

Que personne n’ait trouvé à redire à ce tour de passe passe est encore plus surprenant. Que n’aurait-on pas dit, à l’inverse, si, pour les besoins d’un film, Denzel Washington avait incarné Jean Moulin, si Pascal Legitimus avait donné son visage à Molière, et si Sonia Rolland s’était prise pour Jeanne D’arc ?
Peu de gens le savent aujourd'hui, mais le célèbre écrivain avait un père métis: Thomas Alexandre Davy-Dumas de la Pailleterie, fils d'une esclave et d'un petit propriétaire de Saint-Domingue. Grâce à son courage au combat, il devint général sous la révolution et fut même considéré un moment comme un rival potentiel du général Bonaparte.
Alexandre Dumas se décrivait, d’ailleurs, lui-même, dans ses "Mémoires", comme un "nègre", avec des "cheveux crépus", et un "accent légèrement créole". Tout l’inverse, à l’évidence, de… Gérard Depardieu.

En gommant ces traits, le film de Safy Nebbou occulte un aspect essentiel de la vie de l’auteur du Comte de Monte Cristo : le racisme. En 2002, lors du transfert des cendres de Dumas au Panthéon, Jacques Chirac, avait rappelé que ce "fils de mulâtre, sang mêlé de bleu et de noir" avait dû "affronter les regards d’une société française" qui "lui fera grief de tout : son teint bistre, ses cheveux crépus, à quoi trop de caricaturistes de l’époque voudront le réduire".

Le cinéma a pris, par le passé, la liberté de confier des rôles de Noirs à des acteurs blancs qu’on prenait soin de grimer. "L’Autre Dumas" s’inscrit dans cette veine négationniste qui, quand elle ne blanchit pas, occulte, de la mémoire collective, les grands hommes issus de l’Outre-Mer : le Chevalier de Saint Georges, Gaston Monnerville, Félix Eboué. Sans parler de ces grands oubliés que sont les Tirailleurs Sénégalais qui ont pourtant "sauvé" la France.

En blanchissant Dumas, le film de Safy Nebbou rate une occasion de combler une lacune chez ceux qui le verront et qui ignorent, pour la plupart, que l’auteur des "Trois Mousquetaires" était un "nègre". Ce "détail" risquait-il de troubler les spectateurs voire d’affecter la commercialisation de l’œuvre quand on sait que, pour le cinéma tricolore, un acteur français, métis ou noir, n’est pas "bankable" ?

Safy Nebbou avait, avec ce film, l’opportunité également de donner un signal fort, à l’heure où ce pays s’embourbe dans un débat sur l'identité nationale, faisant sournoisement la part belle à tout ce qui est "blanc et catholique". Une insulte à Dumas, dont le génie, tout français qu’il était, plongeait, profondément, ses racines Outre-Mer et en Afrique.

Là, où il repose, et où la couleur de la peau n'a, fort heureusement, plus beaucoup d'importance, Alexandre Dumas ne doit pas pour autant se retourner dans sa tombe. Il en a vu d'autres. Mais, il est regrettable, qu’aujourd’hui, sur cette terre de France, la couleur soit encore un problème au point qu'on préfère la… gommer.

Emmanuel Goujon et Serge Bilé / Journalistes et écrivains

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QUANDO O CINEMA FRANCÊS BRANCO ALEXANDRE DUMAS

Fonte: Emmanuel Goujon e Serge Bile / Jornalistas e Escritores


Só se pode admirar o talento de Gérard Depardieu, que em sua longa e variada carreira, tocou com a facilidade de tirar o fôlego, grandes figuras históricas à perfeição de Danton Vatel, Christopher Columbus Vidocq.

Um camaleão e uma riqueza prodigiosa, que só poderia explicar a escolha do diretor nebbou confiar o papel do escritor Alexandre Dumas em seu filme "The Other Dumas", lançado nestes dias. A escolha surpreendente, no entanto, quando a França gargles diversidade e promoção das minorias visíveis.

Essa pessoa encontrou a falha com este acontecimento Hocus é ainda mais surpreendente. O que devemos dizer não, pelo contrário, se, para fins de um filme, Denzel Washington havia jogado Jean Moulin, Pascal Légitimus se dera cara a Molière, e se Sonia Rolland tinha tomado a Jeanne D'arc?
Poucas pessoas sabem isso hoje, mas o escritor famoso era um pai mestiço: Thomas-Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie, filho de um escravo e um pequeno agricultor de Saint-Domingue. Graças à sua coragem em batalha, tornou-se geral na revolução e foi mesmo considerado por um momento como uma potencial rival da General Bonaparte.
Alexandre Dumas descreve-se, aliás, ele próprio, em suas "memórias" como um "negro" com "cabelo crespo" e um "pouco sotaque crioulo". Muito pelo contrário, é claro, de ..., Gérard Depardieu.

Ao apagar estas linhas, o filme nebbou obscurece um aspecto essencial da vida do autor de O Conde de Monte Cristo: o racismo. Em 2002, durante a transferência de cinzas Dumas para o Panteão, Jacques Chirac, lembrou que "filho de mulato de sangue misturado com azul e preto" tinha a "cara dos olhos de uma sociedade francesa", que "ele vai reivindicar de todos: a sua tez morena de cabelo, crespo, o que muitos cartunistas da época quer reduzi-lo.

O filme teve no passado, a liberdade de atribuir o papel de atores negros para brancos, que teve o cuidado de grime. "A parte Dumas Outro 'neste sentido que a negação, quando não Blanch, oculta, a memória colectiva dos grandes homens de Ultramar: Chevalier de Saint George, Tennessee Ernie Ford, Felix Eboue . Sem mencionar os grandes esquecidos que os escoteiros são senegaleses que ainda "salva" a França.

No branqueamento de Dumas, o filme nebbou perde uma oportunidade de preencher uma lacuna para aqueles que vêem e sabem, em sua maior parte, o autor de "Três Mosqueteiros" foi um "negro". Este "detalhe" que pode perturbar os espectadores ou de afetar a comercialização do trabalho, quando sabemos que, para as luzes do cinema, um ator francês, raça preta ou parda, não é "negociáveis"?

Nebbou teve com este filme, também a oportunidade de dar um sinal forte num momento em que este país está atolado em um debate sobre a identidade nacional, que maliciosamente parte bonita de tudo que é branco e Católica. Um insulto à Dumas, cujo gênio, enquanto ele era francês, mergulhou profundamente enraizado no exterior e em África.

Aqui ele é, e onde a cor da pele tem, felizmente, muito mais importante, Alexandre Dumas não significa de viragem na sua sepultura. Ele viu os outros. Mas é lamentável que hoje, nesta terra de França, a cor ainda é um problema desenvolvido ... nós preferimos apagar.

Emmanuel Goujon e Serge Bile / Jornalistas e Escritores

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

RECONHECIENTO, JUSTO… AINDA QUE TARDIO

RECONHECIENTO, JUSTO… AINDA QUE TARDIO


Por: Juliano Gonçalves Pereira - via e-mail

É inegável reconhecermos que a cultura da história brasileira possui certa paixão e tendência para mártires. Ficamos empolgados quando temos acesso às biografias dos tidos heróis brasileiros que dedicaram suas vidas em favor da liberdade e da democracia, da consolidação de nossa identidade múltipla e da construção de um cenário brasileiro que respeitasse as características de Estado nacional. Aprendemos na escola a valorizar estes brasileiros e os reconhecemos facilmente nos livros por seus exemplos de luta resistência, perseverança e claro, vitória.



Tudo isso pode ser atribuído a Abdias do Nascimento, o único problema é que esse ícone é contemporâneo e Negro, o que torna entendível porque esse grande homem ainda não teve reconhecimento que merece no Brasil. Carlos Alberto Medeiros descreve no livro “”25 Anos do Movimento Negro”, que poucos brasileiros podem ostentar uma biografia tão equivalente como a de Abdias do Nascimento. Aos 92 anos temos no Brasil um arquivo vivo de incomparável valor. Natural de Franca/SP, carioca por adoção Abdias lutou na revolução constitucionalista de 1932; participou da fundação da Frente Negra Brasileira, instituição de imensurável importância para o povo negro brasileiro e sintomaticamente esquecida pela historiografia oficial; lutou contra a ditadura do estado novo, sendo preso em 1937 quando panfletava contra o regime autoritário do Estado Novo; fundou o Teatro Experimental do Negro em 1944 depois de se indignar com a peça O Imperador Jones que tinha como protagonista um homem branco pintado de negro, o movimento do teatro mudou o imaginário latino americano fazendo críticas e enfrentamento intelectual da forma como a sociedade mundial naquele período tratava os negros; diaspórico por militância e opção político existencial foi responsável por influenciar reflexões para o fim lutas importantíssimas para o mundo como o fim do aparthait na África do Sul e da segregação racial nos Estados Unidos. Inteligente, versátil, crítico e contestador entendeu que é movimentando que estruturamos as melhores ferramentas para acabar com o racismo, a discriminação e o preconceito racial no Brasil.



Pela arte quer seja na forma pictórica, ou pelo teatro, Abdias do Nascimento denunciou o racismo inseriu poder ao negro no imaginário brasileiro ainda na primeira metade do século XX, momento complicado para essa pauta na história, pois vivíamos o calor da expansão ideologia de democracia racial de Gilberto Freyre. Participou diretamente da luta O Petróleo é Nosso que resultou na criação da Petrobrás; foi perseguido pelo regime militar em 1964 tendo que se exilar nos Estados unidos e na África. Sua trajetória na carreira na política, como deputado federal, senador e secretário de estado também nos ensina de forma direta que democracia se faz com presença e participação. As iniciativas brasileiras de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial tem certamente influências concisas de Abdias do Nascimento.



A indicação do prêmio Nobel da Paz a Abdias do Nascimento certamente pegará muitos brasileiros e brasileiras de surpresa, negros e não negros, que provavelmente nunca ouviram falar desse homem. Mas bastarão buscar saber um pouco mais sobre a vida de Abdias e descobrirão seu legado de luta, vitória, inclusão sócio/racial, justiça e inteligência, que nos faz entender que a luta por um país justo e igualitário necessariamente precisa passar pela luta de combate ao racismo, ao preconceito e a discriminação racial, e que ainda podemos democratizar os espaços de discussão, quer seja político, educacional, religioso ou social para um debate horizontal e intelectual e assim consolidarmos a paz no Brasil na América, na África e no mundo.
POSTADO POR BLOG DU BLACK


http://blogdublack.blogspot.com/2010/02/e-inegavel-reconhecermos-que-cultura-da.html

"Ele nem é tão negro", diz Fernanda sobre Uilliam

08/02/2010 - 00h41
"Ele nem é tão negro", diz Fernanda sobre Uilliam
MAURICIO STYCER
Crítico do UOL

O BBB não é novela de Gloria Perez para exibir “merchandising social” em prol de uma ou outra causa positiva, mas essa décima edição, com a entrada em cena de dois gays e uma lésbica assumidos, além de alguns simpatizantes, acabou sendo útil na discussão franca de um tabu sobre sexualidade.

Fica a sugestão para, no futuro, tentar tratar, com o mesmo impacto, de outro tabu – o racismo. O tema costuma pairar sobre o BBB como uma nuvem, mas raramente chove. Parece haver uma cota fixa para negros na casa, sempre preenchida. Mas talvez por conta do perfil dos escolhidos e do zelo da edição ainda não ocorreu a faísca que leve os confinados a enfrentar o problema abertamente.

Nesta décima edição, a cota dedicada aos negros coube a Uilliam – barman, ator e professor de dança, baiano radicado em São Paulo. Ao escolher Michel e Fernanda para um castigo logo no início do programa, ele deu uma dica que o assunto o incomoda, mas sua frase não mereceu a devida atenção. Questionado por Tessália por que elegeu o ruivo e a loira para vestir uma fantasia de sapo por vários dias, Uilliam disse que queria ver dois “sapos albinos”.

Neste sábado, durante a festa, Uilliam foi o assunto principal numa roda com a participação de Lia, Fernanda, Cadu e Dourado. Lia disse considerar Uilliam do mesmo time de Tessália, o grupo dos “falsos”. Dourado o chamou de “fake”. Fernanda falou, com tédio, do discurso de sabor humanista que o professor de dança tem defendido na casa.

Ainda na festa, num outro tititi sobre o mesmo Uilliam, Fernanda e Anamara também criticaram o candidato. A baiana disse que se decepcionou com o rapaz. A conversa evoluiu para a questão racial, levando as duas a refletir se Uilliam poderia estar usando a seu favor no jogo o fato de ser negro. Depois de Maroca falar isso explicitamente, Fernanda disse algo que, curiosamente, Mr. Edição não exibiu para o público no programa de domingo: “E ele nem é tão negro”.

Em ambas as conversas, os antagonistas lembraram, suspeitando das intenções do candidato, que Uiliam já deu a entender que foi vítima de racismo, que já falou da infância pobre e das muitas dificuldades que passou.

Um dia antes de ser indicado ao paredão com seis votos – o maior número até agora neste BBB – Uilliam já havia sentido o golpe. Ao menos, parte dele. Em conversa com Michel e Alex, no sábado, ele falou sobre Cadu: “Ele é um burro. Só tem músculos, não tem cérebro”. Alex foi atrás: “Ele (Cadu) é o pescoço, não é a cabeça. Eu cortaria a cabeça”. E Michel completou: Lia é a “cabeça”.

Em conversa com Angélica, na festa, Uilliam deu outro sinal que já notou o clima quente. Angélica observou que muitas pessoas mudaram o jeito de se relacionar com ela. Uilliam disse que sempre foi o mesmo e observou que as pessoas não mudam, mas interpretam. “Tem muita gente aqui que é mais ator que eu”. Também comentou que algumas pessoas na casa não conseguem tocá-lo. Não foi além disso.

Surpreso com os seis votos, Uilliam foi convidado por Bial a comentar a votação. “Acho que em tempos de Carnaval, as máscaras caem”, disse, sem avançar muito.

Em tempo: Para terminar com algo mais leve, foi imperdível ver Michel na festa em momento Woody Allen: “Tenho medo que me achem um canalha ou que meus pais se sintam decepcionados com as minhas atitudes aqui dentro”.



Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL. Jornalista desde 1986,
já trabalhou no "Jornal do Brasil", "Estadão", "Folha de S.Paulo", "Lance!",
"Época" e "CartaCapital", entre outros.
Fórum UOL Televisão - Mauricio Stycer
Blog do Mauricio Stycer

Competidor negro é uma atração nos jogos do Canadá

Competidor negro é uma atração nos jogos do Canadá
Publicação: 07 de Fevereiro de 2010 às 00:00
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São Paulo (AE) - Um dos poucos competidores negros em Vancouver, no Canadá, Kwame Nkrumah-Acheampong faz questão de realçar que é diferente. Usa nas provas um traje tigrado, que justifica o apelido de “Leopardo da Neve”. Primeiro atleta na história de Gana a disputar os Jogos Olímpicos de Inverno, o ex-guia de safári na África obteve a vaga sem o apoio do governo de seu país.

Aos 35 anos, Kwame surpreende por seu pouco tempo no esqui. Conheceu a neve há 10 anos e começou no esporte há apenas cinco, quando foi trabalhar como recepcionista em uma estação em Milton Keynes, na Inglaterra. Começou a treinar em pistas indoor e logo ingressou no circuito mundial, especializando-se no slalom.

Nascido na Escócia, quando o pai fazia um mestrado na Universidade de Glasgow, ainda pequeno foi morar em Gana, terra de seus pais. Logo cedo, começou a trabalhar como guia de safáris e foi para a Inglaterra terminar os estudos em turismo. Hoje, quando não está competindo, vive na cidade de Mamfe Akwapim, em Gana, com a mulher e os dois filhos. Lá, a temperatura média anual é de 30 graus e pode superar os 50 durante o verão.

Com patrocínio mínimo de pequenas empresas, Kwame depende da boa vontade alheia para disputar os Jogos. Sua preparação será de apenas um mês, e graças à ajuda do departamento de turismo de Vancouver, que forneceu acomodações, transporte e auxílio de logística. Ele estreia no dia 21. “Até agora nós não recebemos um centavo, das autoridades de Gana, o que tornou a vida quase impossível”, declarou Richard Harpham.

Em seu site , o time de esqui de Gana lançou um SOS para achar pessoas dispostas dar abrigo a alguns membros da equipe.


http://tribunadonorte.com.br/noticia/competidor-negro-e-uma-atracao-nos-jogos-do-canada/139808