sábado, 21 de novembro de 2009

O Dia da Consciência Negra em São Paulo

O lado B da notícia > 20/11/2009 - 11h01 - 20 de novembro20/11/2009 - 11h01
Dia é celebrado com eventos na Praça da Sé, na capital paulista. Site da Brasileiros acompanha

Diogo Mesquita, da Praça da Sé, em São Paulo

Tamanho do texto: A A AEnviar por e-mail Fale com a gente Seria impossível explicar o Brasil sem falar sobre as diversas culturas que constituem o país. Nesse dia 20 de novembro, uma dessas culturas, talvez a mais importante, tem seu dia de reverências e homenagens.

A Praça da Sé é o principal centro de homenagens no Dia da Consciência Negra em 2009, na cidade de São Paulo. O evento já começou animado antes das 9 horas da manhã, com uma bela roda de capoeira. Depois, a Praça abriu espaço para a passagem das congadas que, com um batuque contagiante, convidou os espectadores e curiosos a entrarem na Catedral da Sé. Compostas por mulhers, homens e crianças e seus adereços coloridos e música típica, as congadas remetem à raíz da cultura negra. Uma de cada vez, as oito congadas de São Paulo e de Minas Gerais entraram acompanhadas do publico na Catedral.

Em seguida, por volta das 10 horas, foi a vez do Coral Familia Alcântara, de Minas Gerais, se apresentar na Praça. A festividade para o Dia da Consciência Negra irá durar todo o dia. Às 11 horas, está prevista uma missa, e depois o publico será convidado a prestigiar artistas e DJs que se apresentarão em palco montado na Praça.

12h30 - Às 11 h foi iniciada na Catedral da Sé a missa ritualística afrobrasileira, integrada por grupos típicos de Moçambique e congada, para abençoar o Dia da Consciência Negra. Em seguida, foi a vez do Coral da OSESP entoar a missa com muito batuque e alcalanto, sob o comando do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca. Com a Catedral cheia, muita gente já se instalou em frente ao palco montado na Praça, onde um telão transmite a missa e mais tarde receberá artistas como Luiz Melodia e Elza Soares. Nem o forte sol afugentou o público, que comparece em bom numero. Ao final da missa, muitos aplausos e cumprimentos entre os participantes evidencia o caráter festivo e consciente do dia. Após as missas na catedral, o dia continua com vários shows na Praça.

14h45 - Ao meio-dia em ponto o grupo Ilê Aiyê e as dez rainhas da noite da beleza negra entraram no palco com muitas batucadas e um som que remete à cultura africana. No telão ao fundo, muitas imagens do Brasil e dos brasileiros foram mostradas. As Congadas, que fizeram a introdução do dia festivo, agora saem às ruas com seus tambores e som contagiante. No palco da Praça da Sé, o show é uma verdadeira viagem ao continente africano. Após a apresentação do grupo, foi a vez de outro som original da cultura negra animar o público presente, o hip hop, com Kamau, o dj King e Gog, que veio especialmente de Brasília para a apresentação. Nem os primeiros pingos de chuva no centro de são Paulo foram capazes de tirar a animação dos presentes. Em meio à tanta festa, até se esquece que o principal objetivo hoje é a conscientização. Segurando um cartaz com os dizeres "Cota é preconceito racial", Luiz Alexandre da Silva lembrou da importância da data. "Na minha opinião, um dia para lembrar os negros é uma forma de racismo. Não existe o Dia da Consciência Branca", disse Silva, que trabalha de dublê. Ele ainda falou que passada a festa deste dia 20, a doença do preconceito ira continuar. "A Constituição diz que somos todos iguais, é preciso haver uma maior integração", finalizou. E o dia segue animado na Praça da Sé.

17h50 - O hip hop terminou e, ao final, ficou a mensagem de que o ano tem 365 dias, ou seja, o 20 de novembro não é uma data que irá mudar a realidade só pela clebração. É preciso que aconteça uma mudança radical na cabeça de todos. A próxima a subir no palco foi Vívian Marques e seu funk dos anos 1970/1980. O samba não podia faltar nesse dia e pontualmente às 16h o Quinteto Branco e Preto assumiu o centro das atenções e transformou a Praça da Sé em uma imensa roda de samba de raíz, com participações especiais de Inah, Germano Mathias e o carioca Murilão. Em seguida, a dj Vívian Marques irá mostrar mais um pouco de seu funk/soul por aproximadamente 30 minutos, aquecendo a plateia para a esperada apresentação de Luiz melodia, marcada para 18h.


http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/o-lado-b-da-noticia/noticias/1117/

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PAMBAZUKA NEWS 24: O JOGO DAS RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL E O EMBATE COM A BRANQUITUDE



O reconhecido semanário eletrônico e plataforma para justiça social em África

Pambazuka News (Edição Português): ISSN 1757-6504

Pambazuka News é o reconhecido semanário eletrônico e plataforma para justiça social em África com comentários afiados e profundas análises sobre política e assuntos contemporâneos, desenvolvimento, direitos humanos, refugiados, questões de gênero e cultura em África.

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Destaques desta edição
EDITORIAL
- O jogo das relações raciais no Brasil e o embate com a branquitude

ARTIGOS PRINCIPAIS
– Ações afirmativas no Brasil
- Representações Sociais e Racismo no Brasil
- Racismo e Desigualdade na ordem do dia
-É possível tornar positiva a nossa identidade, quando somos o Outro fragmentado?

COMENTÁRIOS E ANÁLISES
- O marketing do racialismo explícito
- Consciência Negra ainda que tardia
- Somente a verdade
- Brasil, um país de todos? Implicações jurídicas da falácia da democracia racial

SUMÁRIO DA EDIÇÃO INGLÊS
- Pambazuka News 457: Zimbábue: o jogo terrível de Tsvangirai

SUMÁRIO DA EDIÇÃO FRANCÊS
- Pambazuka News 123: As pistas falsas da revolução verde em África

LIVROS & ARTE
- Angola: Luanda acolhe a 10ª Edição do BAI Arte

OBSERVATÓRIO DE FORÇAS EMERGENTES EM ÁFRICA
- Brasil: Embrapa amplia número de novos projetos na África

MULHERES & GÊNERO
- República Democrática do Congo: RD Congo alberga edição de 2010 da Marcha Mundial de Mulheres

ELEIÇÕES E GOVERNABILIDADE
- Moçambique: Eleições em Moçambique: fim da bipolarização?

CORRUPÇÃO
- Angola: Duas ou três coisas sobre o “Angolagate”
- Moçambique: Amnistia Internacional denuncia vários casos de impunidade da polícia

DESENVOLVIMENTO
- Tunísia: BAD lança fundo de apoio a diásporas africanas

SAÚDE & HIV e AIDS/SIDA
- Cabo Verde: Comunidade internacional juntou-se ao combate à epidemia de dengue

EDUCAÇÃO
- Brasil: Justiça do Rio mantém sistema de cotas nas universidades

RACISMO E XENOFOBIA
- Brasil: Conferência defende cota para negros na TV
- Brasil: Vilma Reis fala em CPI da Câmara
- Brasil: ONU lança campanha contra estigma e preconceito no país

MÍDIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO
-Zambia: Jornalista do Zâmbia é inocentada de acusação de pornografia

NOTÍCIAS DA DIÁSPORA
- Brasil: Exposição fotográfica resgata raízes quilombolas em Minas Gerais
- Brasil: Rio de Janeiro antecipa comemorações do Dia da Consciência Negra
- Brasil: Ação afirmativa - curso treina para concursos públicos

CONFLITOS E EMERGÊNCIAS
- Nigéria: Exército nigeriano refuta acusações de rebeldes


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1 Editorial
O JOGO DAS RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL E O EMBATE COM A BRANQUITUDE
Alyxandra Gomes Nunes
A diáspora é considerada por intelectuais, acadêmicos e ativistas africanos como a sexta região da África, e sendo o Brasil o país fora do continente com o maior número de população afro-descendente, esta edição do Pambazuka News vem a lume com o objetivo de levar aos nossos leitores alguns pontos de vista por trás das lutas dos direitos dos negros no Brasil, principalmente no que tange as implementações de ações afirmativas em diversas instâncias governamentais e da sociedade civil, em especial no campo da educação superior.

“A reemergência dos movimentos negros a partir de metade dos anos 1970 fez com que o combate do racimo se transformasse em questão nacional. Principalmente na última década, podemos citar várias ações afirmativas no âmbito do governo voltadas para a população negra como a criação do sistema de cotas nas universidades brasileiras e da fundação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que promoveu o surgimento de órgãos estaduais, como a Sepromi, e também municipais.” Luiza Bairros.

No Brasil, o mês de novembro foi determinado por organizações negras como o mês da consciência negra, e o dia 20, dia de morte de Zumbi dos Palmares - líder negro do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, um emblema da luta por uma república democrática de fato para todos – é o dia da consciência negra, consequentemente muitos eventos acontecem de norte a sul, leste a oeste do país. Esse mês foi escolhido por organizações negras que combatem ao racismo e a exclusão racial no Brasil para apresentar um contraponto à narrativas tradicionais que exultam o papel das elites brancas do Brasil colônia como os libertadores do povo negro escravizado.

O mito da democracia racial tem servido a função histórica de mascarar uma série de desigualdades que afetam desproporcionalmente a população negra brasileira, além de criar muros invisíveis que dificultam o enfrentamento diário ao racismo e barreiras que atingem desde a criança no útero de sua mãe negra (que frequentemente não tem acesso a tratamento de saúde adequado), passando por preconceitos que se manifestam no quotidiano escolar, em inúmeras circunstâncias nas quais discutir ou ensinar sobre religiões de matriz africana, como o Candomblé, ainda significa falar de diabo, consequentemente o embate com pentecostalistas se instaura. Os obstáculos também se manifestam também na negação de acesso ao emprego ou ao conhecimento da História da África e do negro nos conteúdos curriculares de todos o níveis. Apenas muito recentemente, em 2003, foi instituída a obrigatoriedade do ensino de estudos africanos, com a lei 10.639/03, em toda estrutura educacional nacional.

Não obstante, um movimento tem acontecido recentemente no campo dos diferentes movimentos negros: o conceito de solidariedade negra - que tem suas raízes plantadas na tradição de resistência negra que marca a história de africanos e seus descendentes desde os primórdios do tráfico transatlântico - tem sido instrumental na orientação de projetos educacionais de iniciativa popular e pesquisas acadêmicas.

Um movimento nacional de educadores têm investido seu tempo e trabalho para criar mecanismos para o acesso e permanência de mais jovens negros e negras na universidade. Organizações negras também gerenciam cursos preparatórios para os exames de acesso a universidades públicas voltados para negros e carentes no Brasil, um reflexo da amplitude do comprometimento dessas organizações em forjar novos espaços para uma coletividade negra que ainda sofre os pesados efeitos de séculos de escravização.

O estabelecimento de instituições como o projeto educacional da Cooperativa Steve Biko em Salvador, da organização Educafro sediada em São Paulo, da escola do Ilê Ayê, da escola criativa do Olodum, dos projetos de extensão do Ceafro, dos pré-vestibulares populares no Rio de Janeiro, dos grupos de capoeira pelo país, ou mesmo recentemente, as articulações e projetos desenvolvidos pela Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), do Feconezu em Campinas, Gelédés, Crioula, dentre tantos outros, são manifestações contemporâneas do legado da solidariedade negra que busca responder às aspirações de um setor historicamente negligenciado da população brasileira, e que permanece alijado do projeto de nação brasileira.

Finalmente, a demanda por ações afirmativas no Brasil cresceu na última década, o que tornou possível a implementação em nível federal de ações que favoreçam a entrada de um número mais expressivo de afro-descendentes em instituições ainda dominadas pela elite branca nacional: instituições federais de ensino superior e o ministério das relações exteriores no campo da diplomacia, por exemplo. Porém, várias dessa iniciativas estão sendo ameaçadas em função da reação adversa das elites brancas que se posicionam veemente contra leis que busquem sanar desigualdades raciais, sob a alegação de que tais leis são inconstitucionais e inadequadas para a realidade brasileira.

“O racismo é um fenômeno elástico. Na medida em que são conseguidas conquistas de um lado, ele se modifica e apresenta novas formas de se manifestar. Os negros são maioria no país e empoderá-los pode significar uma inversão grande de distribuição do poder, hoje exercido pelos brancos. E ninguém abre mão do poder de graça. Setores conservadores da sociedade batalham para que isso não aconteça. Por isso afirmo que o racismo é uma questão de poder.” Luiza Bairros

Nosso desejo com este número especial é que os leitores o Pambazuka News, tanto brasileiros quanto estrangeiros, entrem na roda dos debates sobre relações raciais no Brasil, exclusão racial, opressão no Brasil, e o enfrentamento deste setor da população contra os privilégios da branquitude.

Uma vez que os discursos tradicionais insistem em negar a existência do racismo e do preconceito racial no Brasil, essas questões precisam ser denunciadas e debatidas, assim também como pesquisadas e divulgadas, pois organizações governamentais têm buscado uma aproximação com a África, mas não tem buscado de fato uma aproximação com os dilemas raciais internos.

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Trabalhador branco ganha quase o dobro do negro



20/11 - 07:03 - Agência Estado



ImprimirEnviarCorrigirNotícias SMSFale ConoscoA remuneração média de trabalhadores brancos foi 90,7% maior que a de negros e pardos em setembro, último dado disponível, aponta estudo do economista Marcelo Paixão baseado na Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que reúne dados sobre as seis maiores regiões metropolitanas do País. Desde o início da crise econômica global, o auge da desigualdade entre os dois grupos no mercado de trabalho tinha sido registrado em fevereiro, quando a renda dos brancos era 102% superior.

"Acho que qualquer queda de desigualdade é para ser comemorada. O que não se pode é ser exagerado no grau de otimismo, porque não vejo nos indicadores motivos para supor que esse ritmo de redução da desigualdade vá se manter nos próximos meses", diz Paixão, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser).

Formado em economia e doutor em sociologia, o professor tem algumas hipóteses para a redução registrada até setembro, um ano após o início da crise (em setembro de 2008, os brancos ganhavam 101% a mais). Uma delas é a retomada de investimentos na construção civil, que recebeu incentivos do governo. A participação dos pretos e pardos no setor é majoritária (59,9%). Outra explicação seria a maior presença deste grupo em setores informais, em tese menos afetados pela crise. Dados da PME mostram que o peso do setor formal era de 65% entre os brancos do sexo masculino, e de 60% entre os pretos e pardos - já entre as mulheres, era de 58% (brancas) e 47% (pretas e pardas).

"No momento em que a crise atingiu o seu momento mais complicado, as desigualdades aumentaram. Ao longo do ano, à medida em que o País foi conseguindo resistir de maneira mais forte do que se supunha, houve um declínio nas desigualdades, que ainda são muito profundas e dificilmente vão ser superadas apenas com medidas de características mais gerais", avalia o professor.

Em setembro deste ano, a maior desigualdade foi registrada na região metropolitana de Salvador, onde a remuneração dos brancos era 136% maior que a de pretos e pardos, seguido por Recife (96,5% maior), Rio (96,1%), Belo Horizonte (95,3%), São Paulo (91,5%) e Porto Alegre (51,9%). No conjunto das seis regiões metropolitanas, a taxa de desemprego das mulheres pretas e pardas foi de 11,2%, mais que o dobro da taxa dos homens brancos (5,3%).

Para Paixão, há "forte persistência da preservação de abismos" no Brasil. "Uma política de expansão do crédito e mais frouxa do ponto de vista fiscal não tem por objetivo combater desigualdades sociais nem raciais", diz ele. "Elas podem até ter esse efeito indireto, mas o ideal seria que fossem combinadas com ações afirmativas e políticas de valorização de grupos que estão historicamente numa situação de muita desvantagem. Na medida em que forem alvo de uma política positiva, essas desigualdades poderão cair de forma mais consistente."

A publicação lançada ontem será mensal, acompanhando a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Hoje, em vários municípios brasileiros, incluindo São Paulo e Rio, é o feriado do Dia da Consciência Negra.



http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/11/20/trabalhador+branco+ganha+quase+o+dobro+do+negro+9134968.html

Novela de novo Helena apanhou de Tereza em Viver a Vida por ser negra?



17/11/2009
Fotos:Globo
Depois eu é que não tenho mais o que fazer No site A Tarde, a colunista Cleidiana Ramos apontou que a cena em que Helena (Taís Araújo) apanha de Tereza (Lília Cabral) casou um desconforto nos líderes dos movimentos negros, ainda mais na semana que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra.

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Na cena, Helena se ajoelha e pede perdão para Tereza que, enfurecida pelo acidente da filha, dá um tapa na moça. Os críticos não enxergaram a história, mas sim uma branca humilhando uma negra. Depois sou eu que não tenho mais o que fazer da vida? Dá-me paciência, Senhor!

Por isso que o Brasil continua essa porcaria com gente mesquinha que arruma confusão para tudo. Eu que sou um bichano crítico não perdoo a péssima qualidade da novela, agora achar pêlo em ovo não dá. A cor não desmoraliza ninguém, mas as atitudes sim. Então, senhores líderes dos movimentos sociais, levantem-se das cadeiras confortáveis de suas ONGs e defendam os reais interesses das pessoas, sem inventar o que não existe.

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Edição: Blog do Gato Fonte: Blog do Gato

http://www.vooz.com.br/blogs/helena-apanhou-de-tereza-em-viver-a-vida-por-ser-negra-22394.html

Histórico: entenda o significado do Dia da Consciência Negra



18/11/2009 - 11:12 (atualizada em 18/11/2009 17:15)
Além de lembrar a morte de Zumbi, a data também abriu espaço para reflexões diferentes do dia da Abolição da Escravatura
Da Redação

Nesta sexta-feira, 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra. A data é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e relembra o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, que atuou como um símbolo da resistência do negro à escravidão.

>> Especial: Dia da Consciência Negra

Não se sabe muito sobre a história de Zumbi, pois os muitos dos registros a respeito dele foram feitos por portugueses que colonizaram o Brasil e podem ter sido distorcidos. Os africanos chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos a partir da metade do século 16.

A influência cultural dos negros no Brasil também é motivo de discussões nessa data. Um exemplo desse sincretismo é a Bahia, onde são usadas cerca de 5 mil palavras de origem africana.

A celebração vem desde 1971, por iniciativa de ativistas do grupo Palmares, no Rio Grande do Sul. Sete anos depois, o movimento negro brasileiro passou a celebrar a data nacionalmente. Por fim, em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei 10.639 e incluiu o Dia da Consciência Negra no calendário escolar. Os municípios são livres para escolher se o transformam em feriado (ou ponto facultativo).

Até então, a única data que propunha uma reflexão a respeito da condição do negro na sociedade era o dia da Abolição da Escravatura, 13 de maio, que é criticado por representar o que na época foi um interesse da população branca, e não um reconhecimento de injustiças com os negros.


http://www.abril.com.br/noticias/brasil/historico-entenda-significado-importancia-dia-consciencia-negra-513108.shtml