terça-feira, 6 de outubro de 2009

Problema já custou ao Brasil condenação na OEA

Problema já custou ao Brasil condenação na OEA

Luciana Abade, Jornal do Brasil

BRASÍLIA - O Brasil foi um dos primeiros países a ratificar a Convenção Internacional pela Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, em 27 de março de 1968. Quase 40 anos depois, no dia 21 de outubro de 2006, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos condenou o Brasil por racismo, no episódio conhecido como caso Simone.

Em 1997, em São Paulo, Simone André Diniz procurava um emprego e encontrou uma oferta para uma vaga de empregada doméstica em um anúncio de jornal. O anúncio, no entanto, destacava como uma das exigências que a candidata fosse de preferência branca. Quando ligou para se candidatar a vaga e informou que era negra, Simone ouviu que não preenchia os requisitos.

O caso foi denunciado à Delegacia de Investigações de crimes raciais, onde foi instaurado inquérito policial. Mesmo com o anúncio como prova e o próprio depoimento da contratante confirmando o fato, a denúncia foi considerada inconsistente. Em seguida, o Ministério Público do Estado de São Paulo requereu o arquivamento do inquérito sob o argumento de que o caso não configurava crime de racismo. A Justiça acolheu o pedido e arquivou o caso, que foi denunciado pelo Instituto do Negro Padre Batista e pelo Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional à OEA.

Recomendações

No relatório final, além dos reparos à vítima, a OEA recomendou que o Brasil adotasse e instrumentalizasse medidas de educação dos funcionários de Justiça e da polícia a fim de evitar ações que impliquem discriminação nas investigações, no processo ou na condenação civil ou penal das denúncias de discriminação racial e de racismo. Recomendou também que o país promovesse um encontro com representantes da imprensa brasileira com objetivo de firmar um compromisso para evitar a publicidade de anúncios de cunho racista. O governo do estado de São Paulo instituiu um grupo de trabalho para estudar o cumprimento das recomendações.

A pesquisa Direitos Humanos e as práticas de racismo, de Ivair Augusto dos Santos, destaca que relatórios internacionais já constataram a existência de racismo no Brasil mesmo antes da condenação do caso Simone. Como exemplo o pesquisador lembra a visita, em 2005, do relator especial sobre Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância das Nações Unidas.

Segundo Santos, ao final da missão o emissário da ONU constatou que não era fácil tomar conhecimento do racismo no Brasil porque a evolução das mentalidades é análoga a das declarações oficiai. Ficam ocultas pelo discurso da mestiçagem biológica e cultura até tornar-se invisível. O relator da ONU registrou que a população negra no Brasil que continuou sendo vítima de racismo e discriminação é a mais desfavorecida.

01:53 - 30/09/2009


http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/09/30/e30099764.asp


Princesa negra da Disney causa polémica


Cinema
por LUÍS FILIPE RODRIGUES, com The Times29 Abril 2009

'The Princess and the Frog' estreia-se em Novembro nos EUA. Há um ano o filme foi acusado de ser demasiado preconceituoso. Agora, está a ser criticado por o príncipe encantado não ser também um afro-americano.
Barack Obama, o primeiro presidente afro-americano na história dos EUA, foi eleito em Novembro do ano passado. Dentro de alguns meses, em Novembro de 2009, estrear-se-á nos cinemas a primeira princesa negra da história da Disney. E se a chegada dos Obamas à Casa Branca foi muito aplaudida, o mesmo não está a ocorrer com o filme The Princess and the Frog, que tem sido criticado desde que foi anunciado há já alguns anos.
A mais recente controvérsia? Tiana, a princesa afro-americana interpretada por Anika Noni Rose, não se apaixonará por um príncipe negro, mas antes por um latino. James Collier, do blogue anti-racista Acting White foi um dos primeiros a criticar esta decisão. "Talvez a Disney não queria que as futuras mães da América branca tenham contacto tão cedo com a ideia de um pretendente negro", escreveu, apesar dos estúdios norte-americanos estarem a promover uma relação inter-racial.
Apesar de ainda não se saberem muitos detalhes sobre a história, esta não é sequer a primeira controvérsia em torno do filme. Há perto de um ano, por exemplo, o jornal britânico The Independent garantia que o guião original tinha sido rejeito por ser demasiado preconceituoso. Além da acção decorrer em Nova Orleães, a protagonista começou por se chamar Maddy, um nome muito próximo do Mammy com que os americanos se dirigiam às suas escravas. Por outro lado, num primeiro momento a princesa foi uma empregrada doméstica. Agora é uma empresária do sector da restauração.
Contudo, estas não são as únicas críticas apontadas a esta animação. É que para alguns comentadores, a Disney está a aproveitar-se da actual obamania para colocar uma primeira princesa negra nos grandes ecrãs. De facto, a personagem de Tiana vai estrear-se nos cinemas apenas um ano após a eleição do mais recente inquilino da Casa Branca, e sete décadas depois do aparecimento da Branca de Neve, a primeira princesa da Disney. No entanto, o projecto começou desenvolvido a meio desta década, quando George W. Bush era o presidente dos EUA.
Mas se é verdade que as eleições de 2008 não influenciaram esta história, a Disney acredita que a obamania pode ter um efeito positivo nas bilheteiras. As duas últimas princesas da Disney, Pocahontas (1995) e Mulan (1998), também pertenciam a minorias e renderam mais de 300 milhões de dólares (cerca de 230 milhões de euros). De acordo com o The Times, a Disney espera agora bater estes recordes.

Ecclestone: "seria fantástico uma mulher negra e judia pilotando"F-1

29/04/2009 - 07h35
Da Redação
Bernie Ecclestone, homem-mor da Fórmula 1 atualmente, esteve em Barcelona (Espanha) nessa semana - onde no dia 10 de maio acontecerá a 5ª etapa do Mundial 2009. O empresário aceitou convite do RACC - Real Clube de Automobilismo da Catalunha.Ecclestone atendeu a imprensa espanhola e comentou os principais assuntos do momento na Fórmula 1. Entre eles, a audiência da equipe McLaren no Conselho Mundial da FIA, nesta 4ª, e o início bastante competitivo da temporada deste ano.Com relação aos favoritos ao título de pilotos: "não tenho", disse o dirigente. "Isso porque tudo é possível nesse momento e o campeonato está muito aberto", falou.Sobre a reunião do Conselho Mundial: "pode acontecer qualquer coisa na FIA. Mas acredita que esse caso será tratado de maneira justa. O que fizeram (equipe McLaren) de ruim foi não dizer a verdade. Estou apenas relatando algo, não opinando".Ecclestone, de 78 anos, ainda não planeja sua aposentadoria. "No momento em que perceber que não posso levar adiante esse projeto, me aposento. Como sempre fiz", afirmou.Sobre o que é melhor para a F-1, Bernie disse: "só afirmei que seria fantástico ter uma mulher negra e judia pilotando"

Estréia do espetáculo de Débora Almeida - solo a partir de depoimentos de Mulheres Negras e o Mito de Iansã


- vimos oferecer um calendário que pode ser impresso e divulgado para que as pessoas do Rio de Janeiro não fiquem sem conhecer o que de precioso está acontecendo na cidade.


Espetáculo Assinado por Débora Almeida, mostra depoimentos de Mulheres Negras e o Mito de Iansã. Será apresentado todas as sextas feiras do mês de outubro a partir de 02/10/09 (exceto dia 23/10/09) e segue até 06/11/09, sempre às 21 horas no Teatro Gláucio Gil – ingressos a R$ 10,00
Ficha TécnicaAtuação, encenação e dramaturgia Débora AlmeidaSupervisão cênica Aduni BentonCoreografia Gal QuaresmaAssistência corporal Denis GonçalvesCenário Derô MartinFigurino Jerry FernandoIluminação Jorge RaibottTrilha sonora Samantha Rennó e Raquel CoutinhoProjeto Gráfico e Fotografia André MantelliMaquiagem Simone AmaralOperador de Som Rodrigo DiasOperador de Luz Cléssio ArrudaMúsicos Sax Mônica Ávila Violão Pedro Portela Tambores JonguiMúsica Incidental (Ma Pieu) Maurício RibeiroCostureira Lucinha PessoaAssistentes de Produção Catia Alexandre e Rosangela PereiraApoio Simone Amaral Silva e Alexandre AssumpçãoAssessoria de Imprensa Mauro VianaDireção de Produção Débora Almeida

Seminário debate cobertura da mídia sobre ações afirmativas

Terça-feira, 6 de Outubro de 2009

Seminário debate cobertura da mídia sobre ações afirmativas

O evento acontecerá nos dias 14 e 15 de outubro na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na rua Araújo Porto Alegre 71, Centro, Rio de Janeiro, entre 14h e 18h com entrada franca.

Os organizadores do evento lançaram um manifesto (trecho abaixo) a propósito do tema geral deste encontro, que tem na produção, entre outros, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio) do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro; o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro da cidade do Rio de Janeiro (Comdedine); a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da prefeitura carioca.

" Na TV, a campanha anticotas não se restringe aos noticiários. Recentemente a TV Globo veiculou uma novela em que o personagem negro defensor dessas medidas (cotas para negros nas universidades) acabava revelando-se desonesto, um jovem rico se fazendo passar por pobre para obter vantagens. Não por acaso, seu autor, Aguinaldo Silva, assinou o manifesto contrário (às cotas) entregue ao Presidente do STF. Conhecendo-se o poder das telenovelas brasileiras como disseminadoras de atitudes e comportamentos, consumidas como são por pessoas que sequer costumam ler jornais, pode-se imaginar o tremendo impacto dessa mensagem de propaganda sobre as mentes dos telespectadores"!



http://justicaedesenvolvimento.blogspot.com/2009/10/seminario-debate-cobertura-da-midia.html