Há 50 anos morreu Billie Holiday, uma das maiores cantoras da música norte-americana.
Billie Holiday, que tinha na identidade o nome de Eleanora Fagan, nasceu no dia 7 de abril de 1915, em Baltimore. Vivendo com a mãe longe do pai, enfrentou uma série de dificuldades ainda menina: foi estuprada por um vizinho aos dez anos e aos 12 já estava trabalhando em uma casa de prostituição, onde ouviu gravações de Bessie Smith e Louis Armstrong pela primeira vez.
Começou a carreira em 1930, época em que ela e sua mãe haviam sido ameaçadas de despejo por causa de dívidas do aluguel de casa. O desespero colocou Billie nas ruas, em busca de dinheiro. Batendo na porta de uma boate, se ofereceu para ser dançarina, mas não teve sucesso. Foi quando o pianista da casa perguntou se ela sabia cantar. Billie soltou a voz em "Travelin All Alone" e ganhou um emprego.
Fazendo pequenos shows em casas noturnas, Billie atraiu a atenção do aclamado crítico e caçador de talentos Joe Hammond e conseguiu gravar seu primeiro disco, com a big band do compositor e clarinetista Benny Goodman. A "Lady Day" seguiu cantando com outras big bands e consagrou-se como uma das primeiras mulheres negras a subir ao palco com uma banda de brancos. No currículo, acrescentou trabalhos em orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson e Artie Shaw.
Sua carreira também ficou marcada pela parceria com o saxofonista Lester Young, que lhe deu o título de "Lady Day". Juntos, gravaram cerca de 50 músicas. Entre a segunda metade dos anos 30 e durante vários períodos dos anos 40 e 50, Young e Holiday dividiram o palco e o estúdio de gravações.
Já com sucesso rodeando seu nome, na década de 1940 Billie passou por momentos de depressão e se entregou às drogas. O vício refletiu também em sua voz. Toda sua história foi biografada no livro "Lady Sing the Blues", lançado em 1956. Dois anos depois, em 17 de julho de 1959, Billie Holiday morreu aos 44 anos, em Nova York, em decorrência de uma overdose de drogas.
Boas falas, ocorridas ante a pressão contra a invisibilidade.
Esta notícia, em alguma medida, lembra artigo "O fechamento de jornais e o jornalismo público" assinado por Beto Almeida (presidente da TV Cidade Livre de Brasília)no Carta Capital online.
Do fechamento de mais dois jornais -Tribuna da Imprensa e Gazeta Mercantil - ao desemprego crônico de jornalistas, aliado ao eterno aumento da concentração de informação na sociedade a queda do diploma.
No fim das contas, a falta de políticas públicas para a comunicação brasileira.
"O Brasil está em pior posição que o nível de leitura de jornal na Bolívia, país mais pobre da América do Sul."
Sandra Martins - jornalista