quinta-feira, 16 de julho de 2009

FRANÇA Comércio aos domingos tem 1ª aprovação


São Paulo, quinta-feira, 16 de julho de 2009

DA REUTERS

A Assembleia Nacional francesa (Câmara Baixa do Parlamento) aprovou ontem o projeto de lei que relaxa restrições ao trabalho dominical no país e impulsionou a agenda de reformas do presidente Nicolas Sarkozy.A mudança, que ainda precisa passar pelo Senado, autoriza lojas de três das maiores cidades do país -Paris, Marselha e Lille- e de outras 500 localidades "turísticas" a abrir aos domingos.As pessoas, no entanto, não poderão ser obrigadas a trabalhar no domingo e, se o fizerem, ganharão dobrado neste dia. Hoje, podem abrir apenas mercados, pela manhã, e parte do comércio turístico.

SUPREMA CORTE: JUÍZA INDICADA POR OBAMA EVITA FALAR DE ABORTO


São Paulo, quinta-feira, 16 de julho de 2009

A juíza Sonia Sotomayor resistiu ontem à pressão dos senadores republicanos e evitou fazer comentários sobre o aborto. Durante a sabatina no Senado, Sotomayor disse que nunca foi questionada por Obama sobre o tema. Afirmou que não poderia responder questões "abstratas" e que teria de observar a legislação para o caso específico que lhe coubesse julgar.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Brasil - Mensagem do VI Congresso de Entidades Negras Católicas

13.07.09 - BRASIL

Na cidade histórica de São Luís ‐ MA, aconteceu, entre os dias 8 a 11 de julho de 2009, o VI CONENC sobre o tema Refletindo o rosto negro da Igreja de Medellín à Aparecida, que reuniu 150 agentes de pastoral representantes de 16 Estados (RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, CE, BA, MA, PA, PI, RO, DF, TO e GO), tendo contado com a participação de irmãos da Polônia, dos Estados Unidos, da Itália e do Quênia.
O CONENC tem se constituído no espaço para a reflexão, avaliação, articulação e construção de diretrizes para diversos grupos da Pastoral Afro‐Basileira (PAB), em relação à discussão da negritude no Brasil.
Nestes dias de esperança ativa, fé criativa e inovadora, pudemos rever os objetivos e a missão da PAB, o seu compromisso evangelizador à luz de Medellín a Aparecida, interagindo com a teologia que brota das manifestações afrobrasileiras e respeitando a diversidade sócio‐cultural e religiosa.
Os momentos de espiritualidade (mushaká) e os eventos culturais ajudaram a criar um clima de fraternidade e interação entre os participantes.
Motivados pelas reflexões sobre a situação atual da comunidade negra na sociedade e na Igreja concluímos que os vários desafios e prioridades da PAB são:
• Dar visibilidade aos negros e negras dentro da Igreja e na sociedade;• Superar a discriminação de gênero e promover o protagonismo das mulheres;• A necessidade de uma catequese que contemple a cultura, a história e a realidade dos afrobrasileiros;• O posicionamento e o apoio à luta das comunidades tradicionais negras (quilombolas, mocambos, comunidades negras rurais e terras de preto), no processo de titulação de suas terras e do desenvolvimento sustentável;• Intensificar o diálogo interreligioso, principalmente com as religiões de matriz africana;• Incentivo à participação da juventude negra nas atividades da PAB;• Incentivo e promoção das vocações à vida presbiteral e religiosa de afrobrasileiros (as);• Participação política dos agentes da PAB e envolvimento nas discussões sobre as políticas públicas e de ação afirmativa;• Fortalecer e ampliar o trabalho de base;• Acompanhar o processo de implantação da lei 10.639 e 11.645• Ampliar a atuação e participação nos espaços litúrgicos;• Erradicar o preconceito, o racismo e intolerância na Igreja e na sociedade;• Uso das ferramentas de comunicação, para interação entre os grupos, regionais e Secretariado Nacional.
Considerando os desafios deste VI CONENC, emanados das discussões dos grupos de trabalho, pretendemos assumir como prioridades: a revisão da metodologia da PAB, o apoio à luta das comunidades quilombolas, o desenvolvimento de uma catequese inculturada e o diálogo inter‐religioso.
Agradecendo a Olorum (Deus), à equipe organizativa e aos parceiros do VI CONENC, na certeza de nos encontrarmos no VII CONENC em 20012, no Estado do Paraná.* Congresso de Entidades Negras Católicas
Ao publicar em meio impresso, favor citar a fonte e enviar cópia para: Caixa Postal 131 - CEP 60.001-970 - Fortaleza - Ceará - Brasil

I Festival de Ações Afirmativas

Olá
Eu e um grupo de professores e pesquisadores da UERJ, IFRJ e UFF estaremos no dia 20 de julho, a partir das 13 horas, no I Festival de Ações Afirmativas em São Gonçalo para apresentação do Projeto de Pesquisa TERRITÓRIOS, CULTURA E IDENTIDADES NAS COMUNIDADES DE TERREIRO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E SUAS VERTENTES NA CIDADE DE SÃO GONÇALO – REGIÃO METROPOLITANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS CASAS DE CULTO AFRO-BRASILEIRAS E SUAS DEMANDAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS para o presidente da Fundação Cultural Palmares, lideranças religiosas do candomblé e da umbanda de São Gonçalo e público em geral.
Para tanto o referido evento conta com a parceria e organização de diversos terreiros de matriz africana de tradição na cidade. A programação cultural, antes mesmo da apresentação do projeto, contará com Exposição de fotos e artefatos, Roda de Capoeira, Canto Coral Afro, Workshop de Dança Afro e diversas oficinas. Tudo isso ocorrerá no Egbe Ile Iyá Omidaye Ase Obalaio, à Rua Dalmir da Silva, Lote 8 (frente) e Rua João Soares, lote 10 (fundos) no bairro do Sacramento, São Gonçalo – RJ.
Maiores informações de acesso, Iyá Márcia d´Oxum, telefones: 3708.4873 ou 8557.9008.
Contamos com sua presença e divulgação!
Abraços Fraternos
Hungbono Marco de Yemoja (Dirigente Religioso do Xwe To Vodun Nae – Porto Novo - São Gonçalo-RJ)
Professor/Pesquisador da UERJ

Posse de Jorge Coutinho

Convite para a posse de Jorge Coutinho a Presdiente do PMDB AFRO NACIONAL
Cély Leal 21-2236.0579 21-9326.1776
Data: dia 22 de julho, quarta-feira, às 18:30H.
Local: SEDE DA ABI, rua Araújo Porto Alegre, n. 71, 9o. anadr, Centro, RJ.
Jorge Coutinho é novo presidente do PMDB AfroBrasília (14/04/2009) - Jorge Coutinho (RJ) foi nomeado hoje, 14, o novo presidente do PMDB Afro, em reunião realizada no gabinete da presidente nacional do partido, Íris de Araújo (GO), em que foi assinada a ata da segunda executiva provisória do Núcleo Afro do partido.Antigo militante, desde a época do velho MDB, Coutinho foi formalmente convidado pela presidente do PMDB a presidir o Núcleo Afro do PMDB. Ao aceitar a tarefa, Coutinho afirmou que “será uma honra poder participar, no meu partido de coração, das discussões políticas e dos debates sobre as questões socioeconômicas e culturais que atingem a população negra”.Também esteve presente no ato de assinatura, o representante o PMDB Afro/ Paraná, Saulo Dorval. “Agora é a hora de agrupar a militância na luta e no combate à discriminação racial, em busca de soluções afirmativas de inclusão do povo negro”, disse.Denise Miranda e Roberta Ramos (ACS/PMDB)
Os negros são empurrados para os morros que se transformam nos guetos que hoje nos habituamos a chamar de favelas ou comunidade carentes. Claro que nas favelas não vivem, hoje, somente negros. Os nordestinos brancos, que para a aqui vieram em busca do eldorado, foram também empurrados para essas bolhas.Qualquer movimento da comunidade negra em busca de uma melhor qualidade de vida é encarado “pela elite de todos os matizes” como um perigo para a democracia, ao estado de direito e a nossa tão cantada e decantada democracia racial. Ao negro, diferentemente de como socialmente é visto o judeu, é negado o direito natural de lutar pela sua liberdade. Afinal o negro “deve saber o seu lugar” e continuar a esperar a tutela da sociedade branca que um dia há de encontrar uma solução: talvez após o extermínio de milhares de jovens negros nos morros e nas prisões ou depois das esterilização de milhares de mulheres negras por todo o Brasil.Os adversários da cotas adoram citar números e pesquisas. Aprendi com o passar do tempo que a verdade depende do ponto de vista do interlocutor e a análise dos resultados de uma pesquisa pode ser manipulado por quem a lê, segundo seus próprios interesses. Mas uma coisa os “anti-racistas” signatários do manifesto não dizem; POR QUE SERÁ QUE 9O% DOS FAVELADOS SÃO NEGROS? POR QUE A MAIORIA ABSOLUTA DOS JOVENS QUE MORREM EM CONFRONTO COM A POLÍCIA SÃO NEGROS? POR QUE, ENTRE AQUELES QUE HOJE ESTÃO NAS PRISÕES BRASILEIRAS, A MAIOR PARCELA É COMPOSTA DE NEGROS?Gostaria que esses senhores e senhoras, doutores, intelectuais, empresários e artistas bem sucedidos, ao se colocar contra as cotas viessem a público para propor soluções que contribuam para por fim ao estado de miséria a que vem sendo relegada milhares de homens e mulheres negros e mestiços.Querem esses senhores que esperemos a utopia que virá um dia da sociedade igualitária dentro da economia de mercado que hoje domina as relações sociais, comerciais e de trabalho no mundo?Senhores e senhoras, “113 anti-racistas contra a leis raciais”, diga-nos: até quando vamos esperar, aprisionados nos guetos brasileiros chamados favelas? Quando a utopia irá nos aquinhoar? Quando seremos encarados nas filas dos cinemas, dos teatros, dos terminais rodoviários, das entrevistas de emprego, na mídia, como iguais nesta sociedade desigual que é a sociedade brasileira?Celebrar nossos heróis é resultando de intensa luta ideológica frente ao pensamento dominante nos corações e mentes pautados pela mídia que atende aos interesses da elite branca que há quinhentos anos dirige os destinos do Brasil. Até a nossa religiosidade somos levados a renegar sob a lógica das religiões dominantes de que são práticas bárbaras e demoníacas. Nossos pais e mães de santo são perseguidos e “apedrejados”. Sem identidade religiosa, sem identidade cultural, sem referência histórica e sem a prerrogativa da luta por dias melhores o que nos resta? Esperar a utopia que nos será oferecida pela sociedade branca e excludente, que deve decidir o que podemos ou não podemos fazer?Hoje, lutar pela dignidade do povo negro significa ser racista, ser antidemocrático, ser transgressor, ser perigoso para o sistema e para a democracia.Frente a esta perspectiva, nós, os negros, vivemos e continuaremos vivendo tutelados pelos brancos desde a princesa Isabel. A solução para o problema negro está nas mãos dos brancos. Ao negro cabe continuar “sabendo” e restrito ao “seu lugar”.Pergunto: quando iremos constituir a verdadeira nação brasileira? Quanto tempo irá durar a invisibilidade do negro dentro da sociedade brasileira? Busquemos uma solução enquanto é tempo.
*Jorge Coutinho é presidente PMDB Afro Nacional