S. Paulo – Na Carta/Denúncia os religiosos da Umbanda alertam que a 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, “poderá entrar para a história como mais um lamentável episódio na história do tratamento dispensada a negros e negras neste pais e principalmente pela forma seletiva de escolha de delegados para representar as comunidades tradicionais (Terreiros)".Segundo os religiosos Estados e Municípios importantes ficaram sem representantes. “Chegamos a conclusão que a conferência promovida pela Secretária Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir). Convocada de forma burocrática e restritiva, como também já deixou mais do que evidente que tem como prioridade à satisfação de grupos e não o ataque às desigualdades sociais e econômicas do País”, acrescenta a Carta. Veja, na íntegra a Carta/Denúncia dos religiosos da Umbanda II Conferência pela Igualdade Racial Estamos sendo lesados e excluídos em nossos direitos A Conferência Nacional de Promoção de Igualdade Racial, promovida pelo governo Lula, entrará para a história como mais um lamentável episódio na história do tratamento dispensado a negros e negros neste país e principalmente pela forma seletiva de escolha de delegados para representar as comunidades tradicionais (terreiros). Alguns Estados e Municípios de importância e de relevantes serviços prestados, ficaram sem representantes a sua altura e como São Paulo que, além de nomes duvidosos na lista não leva nenhum representante Umbandista. E olha que São Paulo é o maior pólo de templos Umbandista, onde quase a totalidade dos terreiros de candomblé tem origem e formação nos templos de Umbanda. Sem contar que é o maior centro de agressões por parte dos intolerantes. Chegamos a conclusão que a conferência promovida pela Secretária Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir). Convocada de forma burocrática e restritiva, como também já deixou mais do que evidente que tem como prioridade à satisfação de grupos e não o ataque às desigualdades sociais e econômicas do País. A Conferência entrará para História como um espetáculo marcado pela artificialidade e por promessas fantasiosas. O que podemos esperar se os próprios membros do governo promovem a exclusão, preconceito e seletividade na suas escolhas, privando a própria comunidade de escolher seus legítimos representantes. Nenhum processo poderá ser considerado legitimo e democrático se não for divulgado e promovido de forma a chegar aos conhecidos de todas as instituições e lideranças envolvidas na luta e defesa dos direitos sociais da Umbanda e do Candomblé. Secretária Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir), não esta exigindo das pessoas ou supostas lideranças a comprovação de seus vínculos e pior ainda, não estão conferindo a autenticidades da identidade jurídica destas supostas instituições. A Seppir e demais secretárias e órgãos públicos estão legalizando o crime de falsidade ideológica e oportunismo político ao permitir a participação de qualquer pessoa nas plenárias, fóruns, reuniões e conferências. E para piorar ainda mais este processo inadequado e injusto, na capital de São Paulo, quando da realização de uma reunião, convocada pela Secretária de Justiça e Cidadania, de repente, ela virou uma plenária e realizaram definições, com testemunho de representantes públicos. Uma verdadeira vergonha. Nesta reunião que virou plenária escolheram (3) representantes das comunidades tradicionais (terreiros) que irão a Brasília nos dias 06 e 07 de junho, como preliminar para a realização II Conferencia nacional pela igualdade racial. É inexplicável o que aconteceu e a forma como se realizou a tal reunião Plenária. Poderíamos dizer que é uma piada, mas não é! A coisa é seria. As principais instituições não estavam presentes e os que lá compareceram não estavam a par do processo, pois foram convidadas de última hora. A maioria das pessoas presentes, (amigo deste ou daquele) já sabia quem deveria escolher ou/e excluir do processo. Além de privar a Umbanda de uma representatividade já que poderia ao menos ter contemplado a Umbanda com uma vaga, escolheram os 3 representantes do Candomblé sem levar em conta critérios e valores que pudessem ser avaliados na hora da escolha. Vamos para Brasília! Obaaaaaaaaaaaaaaaaa. Não estamos julgando as pessoas escolhidas, mas o processo e a forma como se deu os encaminhamentos são no mínimo vergonhosos e escancara a exclusão e oportunismo. E pelo andar dos acontecimentos, podemos imaginar o que acontecerá em Brasília, que vai virar parque de diversão e alta promoção pessoal para algumas pessoas. Se o mesmo estiver acontecendo por outros Estados. Que nossos Orixás, voduns e Inkisi nos ajudem, pois estamos entregues a exclusão e à margem dos nossos direitos. No dia da reunião, em defesa da escolha de Pai Varela para representar a Umbanda do Estado de São Paulo, Pai Guimarães pediu questão de ordem, fez um pronunciamento emocionado e clamou por respeito e por igualdade de direito e participação. Mas suas palavras não foram suficientes para sensibilizar os presentes e foi fechada a questão. Estamos aguardando o posicionamento do Sr. Eduardo (representante da Secretária de Justiça e cidadania do estado de São Paulo) que se dizendo solidário e que ali era o local ideal para reclamações, que providenciaria a solução para a injustiça, colocando em pauta até a possibilidade de Pai Varela (foto) ir como Convidado especial. Estamos aguardando a solução desta questão. Não acreditamos, mas vamos dar um voto de confiança e esperar. No momento certo iremos dar continuidade a esta manifestação com novos informes. As instituições e lideranças que não foram convocadas ou estejam se sentido excluídas do processo, às margens de seus direitos, convidamos para se unirem a este manifesto acrescentando seu nome abaixo e enviando para sua lista de amigos. Tais fatos não podem mais acontecer.