quarta-feira, 13 de maio de 2009

COTAS PARA PESQUISA CIENTÍFICA

O QUE É?

Uma bolsa de iniciação científica de R$ 300 mensais para alunos beneficiários de cotas raciais ou sociais

QUEM POD. E PEDIR? Cotistas de universidades públicas inscritas no Pibic, programa de bolsas de iniciação científica do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

COMO SABER SE A MINHA UNIVERSIDADE ESTÁ NA LISTA? A relação das universidades públicas inscritas no Pibic está em http://www.cnpq.br/programas/pibic/relacao.htm

600 é a quantidade de bolsas de pesquisa disponíveis para o programa -que será lançado oficialmente pelo governo federal hoje


São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009. Folha de São Paulo, Cotidiano
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1305200912.htm

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1305200912.htm

TRABALHO ESCRAVO

PAÍS CONDENA POUCOS FAZENDEIROS, DIZ OIT
Apesar de atribuir ao Brasil papel de destaque por sua atuação no combate ao trabalho forçado, relatório global divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho criticou o baixo índice de condenações de proprietários rurais pela Justiça. Segundo a OIT, até maio de 2008 havia só uma condenação com privação de liberdade.
O Ministério do Trabalho, que participou do lançamento do documento no Brasil, explicou que em 2008 houve três decisões nesse sentido e, neste ano, há 27 condenações.
São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009. Folha de São Paulo. brasil

terça-feira, 12 de maio de 2009

Políticas de Ação Afirmativa em Benefício da População Negra

Políticas de Ação Afirmativa em Benefício da População Negra
no Brasil – Um Ponto de Vista em Defesa de Cotas

Por KABENGELE MUNANGA

Professor Titular do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo. Autor de
vários trabalhos na área de antropologia da população negra africana e afro-brasileira, entre
outros, Os Basanga de Shaba (1986); Negritude (1988), Estratégias e políticas de combate à
discriminação racial (1996) e Rediscutindo a mestiçagem no Brasil (1999)

VIDE O INTEIRO TEOR DO ARTIGO NO LINK:
http://lpp-uerj.net/olped/documentos/ppcor/0121.pdf

Cientistas desvendam história genética dos africanos

12 de maio de 2009
Nature

Ker Than
Uma ampla análise de DNA dos africanos revelou um quadro detalhado sobre a rica diversidade genética da África, bem como traços de sua história evolutiva e das migrações dos diferentes grupos. O trabalho pode ajudar cientistas a identificar as populações mais diversificadas, para novos estudos, e melhorar suas chances de localizar variações genéticas associadas a doenças.
Executado por uma equipe internacional de cientistas ao longo de quase uma década, o estudo sugere que os africanos se tenham originado de 14 grupos ancestrais que se misturaram livremente para resultar nas populações hoje existentes. Os pesquisadores também constataram que os negros dos Estados Unidos tendem a ter ancestrais do oeste da África, como seria de esperar tendo em vista a história do comércio de escravos.
Os pesquisadores baseiam seus resultados em amostras de DNA de mais de 100 negros norte-americanos e de 2,4 mil africanos de todo o continente. "O escopo dos dados é realmente extraordinário", diz Molly Przeworski, geneticista populacional da Universidade de Chicago, em Illinois, que não participou do trabalho. "Não sabíamos tanto quanto deveríamos sobre a genética populacional africana, e agora demos um passo importante nesse sentido".
Genes e idiomasOs seres humanos modernos evoluíram inicialmente na África cerca de 200 mil anos atrás, antes de migrar para outras partes do mundo. Hoje, a África apresenta mais de dois mil grupos étnicos e idiomáticos diferentes. Mas os estudos genéticos sobre os africanos estavam limitados a pequenos números ou a áreas restritas do genoma. Ainda que os geneticistas soubessem que os africanos demonstram mais diversidade genética dentro de seus grupos do que é comum entre não africanos, os detalhes das variações internas do genoma em muitas populações eram incertos.
Uma equipe comandada pela geneticista Sarah Tishkoff, da Universidade da Pensilvânia em Filadélfia, agora publicou um estudo que inclui amostras de DNA de 2.432 africanos, de 113 populações, entre as quais grupos na Nigéria, Camarões, Tanzânia, Quênia e Sudão, e mais amostras não asiáticas do Iêmen. Eles observaram as diferenças em 1.327 pontos do genoma e combinaram os resultados a dados genéticos existes sobre oito grupos africanos e 59 não africanos. Depois, conduziram análises estatísticas para combinar os indivíduos por semelhança genética e determinar seus antecedentes.
Os resultados confirmam que os africanos têm a maior diversidade dentro de uma mesma população, e sugere que se tenham originado de 14 grupos de ancestrais. A maioria das populações africanas parece mostrar traços genéticos de múltiplos grupos, o que sustenta indícios linguísticos e arqueológicos encontrados sobre migrações continentais que teriam resultado nessas misturas.
A análise também sugere que os nômades de diferentes regiões e culturas podem ser descendentes de uma mesma população ancestral. As pistas genéticas em geral são compatíveis com os dados de etnia e idioma, se bem existam exceções em casos de grupos que perderam ou substituíram seus idiomas. A revista Science publicou o estudo.
Mapa da diversidadeEmbora os resultados gerais não surpreendam, o estudo oferece visão detalhada da variação genética em grande número de populações africanas, diz Noah Rosenberg, geneticista da Universidade do Michigan em Ann Arbor, que pretende colaborar com Tishkoff. "Eles demonstram a grande diversidade que existe na África", diz.
A equipe também estudou o DNA de quatro populações de negros norte-americanos e descobriu entre 69% e 74% de antecedentes identificados com uma família linguística do oeste da África. A maioria dos indivíduos provavelmente apresenta antecedentes combinados de diversos grupos oeste-africanos, sugere a análise. Porque as diferenças são sutis, a equipe diz que sem mais dados genéticos pode ser difícil identificar as tribos específicas de origem dos norte-americanos negros.
David Reich, geneticista da escola de medicina da Universidade Harvard, em Boston, Massachusetts, diz que a pesquisa poderia ajudar cientistas a determinar que grupos africanos deveriam ser estudados mais a fundo posteriormente, a fim de capturar um panorama preciso sobre a profunda diversidade do continente.
"O estudo servirá como um mapa para viagens", disse Reich, que colaborou com Tishkoff. Ao tomar por objeto de estudo os grupos africanos mais divergentes, ele diz, os cientistas podem identificar um maior número de variantes genéticas conectadas a doenças.
12 de maio de 2009 • 16h35 • atualizado às 17h22

Decisão sobre cotas em universidades fica para próxima semana

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) transferiu para a reunião da próxima semana a votação do projeto que define cotas para ingresso nas universidades e escolas técnicas (PLC 180/08). A decisão foi tomada nesta quarta-feira (6) pelo presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para que o colegiado tenha tempo de examinar proposta aprovada recentemente na Câmara dos Deputados, que reserva 10% das vagas das universidades federais para deficientes físicos.
O projeto (PLC 180/08) direciona 50% das vagas das universidades públicas e das escolas federais de ensino técnico para alunos egressos da escola pública. No caso das universidades, os alunos deverão ter cursado o ensino médio integralmente nas escolas públicas. No caso das escolas técnicas, precisam ter cursado o ensino fundamental integralmente nas escolas públicas. A proposta também determina que metade dessa cota seja reservada para alunos oriundos de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita.
A matéria estabelece ainda que as vagas reservadas aos alunos egressos da escola pública sejam preenchidas por estudantes negros, pardos e indígenas na proporção de cada segmento na população do estado - e Distrito Federal- onde está localizada a instituição de ensino. Para esse cálculo, será levado em consideração o último censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Prevê também a matéria que, no prazo de dez anos, a contar da publicação da lei, o Executivo promoverá a revisão do programa. E determina ainda que as instituições de ensino superior terão o prazo de quatro anos para o cumprimento integral do disposto na lei, devendo implementar ao menos 25% da reserva de vagas a cada ano.
Ainda segundo o projeto, todos os estudantes que ingressarem nas universidades federais e nas escolas federais de ensino técnico de nível médio, mesmo aqueles que ocuparão as vagas reservadas, serão submetidos ao vestibular.
Para instruir a matéria, foram realizadas três audiências públicas - nos dias 18 de dezembro de 2008, 18 de março e 1º de abril de 2009. No Senado, a proposta também será examinada pelas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), tendo decisão final em Plenário.
Valéria Castanho e Iara Altafin, repórteres da Agência Senado
COMISSÕES / Constituição e Justiça06/05/2009 - 13h43. Agencia Senado