sexta-feira, 3 de abril de 2009

Site publica fotos do dia do assassinato de Martin Luther King

O site Life.com colocou, nesta sexta-feira (3), uma série de imagens sobre os acontecimentos ocorridos depois da morte do ativista e líder dos direitos civis nos EUA, Martin Luther King.
A série de 13 fotografias inclui imagens da limpeza do sangue fora do quarto de hotel em Memphis, Tennessee, no qual King foi morto. Também há imagens dos seus colegas dentro do quarto, instantes depois da morte do líder.
The Plane That Would Take Dr. King's Remains to Montgomery
An airplane dispatched by the U.S. government to retrieve Dr. King's body and return it to Montgomery, Alabama, waits on the tarmac in Memphis. "Here we were, two White guys in the Deep South right after the murder of the preeminent leader of the black community, and we're taking pictures. Voyeurs, in a sense. We were apprehensive about it. But when we got there, there were no big problems for us."
Photo: Henry Groskinsky/Time & Life Pictures
Apr 04, 1968
03/04/2009 - 18h22 . da France Presse, em Washington
Link:

Uma roda de conversa mais que oportuna: Psicologia e Relações Raciais


O Grupo de Trabalho Psicologia e Relações Raciais, do ConselhoRegional de Psicologia do Rio de Janeiro convida todos os psicólogospara seu evento: “Uma roda de conversa mais que oportuna: Psicologia eRelações Raciais”
Data: 29 de abril de 2009. Horário: 18 horasLocal: CRP-RJ / Rua Delgado de Carvalho, 53 - Tijuca
07/03/2009
Este grupo nasce da necessidade de aprofundar a discussão sobre a questão racial dentro da Psicologia de nosso estado. Este tema tem sido invisibilizado na sociedade brasileira, bem como na prática do profissional de psicólogos e psicólogas. Discutir o tema é abrir a possibilidade de emergência de nossas contradições para seu enfrentamento na busca de uma sociedade mais justa e menos produtora de sofrimento. Sejam bem vindos e bem vindas!
Veja o link:

quinta-feira, 2 de abril de 2009

3° Encontro Nacional de Quilombolas

Será realizado o 3° Encontro Nacional de Quilombolas:
Nos dias 04 e 05 de Abril - sábado e domingo
Das 9h às 18h
Local: Capela Ecumênica da Uerj
Ed. Rua São Francisco Xávier - 525/Maracanã


Realização: Associação de Moradores do Campinho (AMOC)

Apoio: DeNegrir Coletivo de Estudantes Negros/as da UERJ.

Colóquio Internacional Tolerância e Direitos Humanos


22/4/2009 à 26/4/2009
Faltam 20 dias para o início do evento. Duração: 5 dias
O Colóquio Internacional Tolerância e Direitos Humanos: Diversidade e Paz será realizado entre os dias 22 e 26 de abril, em São Paulo. O evento será promovido pelo Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), pelo Programa França-Brasil e pelo Serviço Social do Comércio (Sesc).
A conferência de abertura do evento será apresentada por Anita Waingort Novinsky, professora do Departamento de História da FFLCH, fundadora e coordenadora do LEI e presidente do Museu da Tolerância.
O embaixador Sérgio Paulo Rouanet apresentará a conferência "Direitos Humanos". O historiador Gerárd Nahon (França) falará sobre o tema "Prelúdio à tolerância: Menahem Meiri (1249-1316). "Dignidade humana contra o preconceito e a intolerância" será o tema do jurista Dalmo de Abreu Dallari.
A conferência "A Dignidade humana - o papel da sociedade civil: a Cruz Vermelha e a Fundação Pro Dignitate" será apresentada por Maria de Jesus Barroso Soares, presidente da Fundação Pro Dignitate (Portugal). "A Violência silenciosa: o eclipse do `ethos´ humano no mundo contemporâneo" será o tema do psicanalista Gilberto Safra (Brasil).
O sociólogo Carlos Alberto Torres (Argentina) falará sobre "Globalização Neoliberal e Direitos Humanos". O embaixador e jurista Celso Lafer, presidente da FAPESP, abordará o tema "Tolerância e os desafios dos direitos humanos". O evento terá ainda uma série de mesas-redondas com especialistas brasileiros e estrangeiros.
2/4/2009
Mais informações: Agência FAPESP: www.sescsp..org.br

terça-feira, 31 de março de 2009

Cidade Salvador 460 anos: merece presente melhor

Sem sombra de dúvida, 460 anos representam um marco na existência de uma cidade. Mas, antes de comemorar, devemos fazer uma reflexão sobre o caminho que foi percorrido para chegar até aqui.

Na história da sua formação, a cidade de Salvador já nasce para servir como base transatlântica ao projeto de mundialização capitalista português. Os novos moradores não se contentaram em tomar a terra e tentaram escravizar os nativos indígenas para utilizar sua mão-de-obra, o que ao longo dos anos se traduziu em um violento e permanente genocídio da população indígena. A elite mercantilista optou, então, pela rentabilidade do tráfico de escravos, ferozmente trazidos da África, e que conferiram grande parte da riqueza cultural da nossa cidade. Uma cultura única, que costumam chamar de axé. A cidade abençoada pelos orixás é o terceiro destino turístico do País, mas o que o turista vê não é o que o soteropolitano vive. O turista vê que uma energia especial emana do sorriso do povo. O soteropolitano convive com a exclusão, com privações e terríveis situações cotidianas.

Salvador, então, no alto de seus 460 anos, mostra-se cruel a uma grande parte de seu povo.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede o acesso da população ao emprego, educação, saúde e habitação, dos bairros mais privilegiados da cidade equivale ao da Noruega, enquanto o mesmo índice relacionado ao subúrbio é pior que o da Namíbia, país africano entre os mais pobres do continente. O racismo, em Salvador (cidade mais negra fora da África), fica ainda mais evidente no Carnaval: um verdadeiro apar theid separa a população branca, dentro das cordas, e a negra, fora delas ou segurando-as.

No campo da educação, a situação tem melhorado nos últimos anos, em virtude dos programas do governo federal, mas está longe do ideal. Segundo o IBGE, em pesquisa de 2006, a média indica que os brancos alcançam apenas o ensino médio e os pretos e pardos sequer chegam ao ensino fundamental. Entre a população economicamente ativa da cidade, 56,6% têm 11 ou mais anos de estudos; 18,2% têm oito a dez anos; 17,7%, quatro a sete anos; e 7,4%, menos de três anos ou nenhum grau de instrução.

Ainda, de acordo com o IBGE, 54,8% da cidade é feminina. As mulheres que construíram esta cidade também lideram os lares e engrossam os números do trabalho informal, o que contribui para perpetuar a precariedade das condições de vida das famílias soteropolitanas.

Tudo isso referendado pelo poder público. A cidade do futuro é também a cidade do presente, que se faz cotidiana com a matéria do passado: essa é a razão da densidade cultural que impregna Salvador e a faz significativa. Melhorar a qualidade de vida dos soteropolitanos depende, cada vez mais, da capacidade dos governantes de ouvir, enxergar e suprir as reais necessidades da população.

MARTA RODRIGUES - Vereadora, líder da bancada do PT na Câmara.

http://www.atarde.com/