sábado, 7 de março de 2009

NOVA CANTORA NA PRAÇA: REBECA TÁRIQUE


Rebeca Tárique da Silva Menezes: esse é o nome de uma cantora nova no mercado, mas que traz nas suas músicas uma ancestralidade e força das raízes Africanas. Teve como fonte de inspiração a cantora Marinêz Ex. Banda Reflexus, sua tia, com quem convive desde a infância e aprendeu muito do que sabe.
"Nasci e me criei ouvindo minha tia cantar, ela é minha verdadeira ídola. Aprendi a amar a minha cultura e minha raça através das músicas gravada na Banda Reflexus e foi por conta disso que eu desejei ser cantora", diz ela. Nascida em 9 de fevereiro de 1987, quando criança, dizia que quando crescesse queria ser igual à tia, coisa de criança que fez valer no seu trabalho musical. De Salvador da Bahia, sua terra natal, tomou pra si algumas outras referências como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e seu Padrinho Mateus Aleluia do grupo cachoerano Tincoães.
Jovem negra feminista milita no movimento negro na Entidade CEN- Coletivo de Entidades Negras aonde ocupa a função de Diretora Nacional de Juventude, espaço onde pôde revelar seu talento. Sua primeira apresentação foi na Caminhada da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, quando foi vista em cima de um trio entoando sua voz marcando para centenas de pessoas. Em seguida, vieram as apresentações no Lançamento de uma entidade de estudantes negros da Universidade Federal da Bahia- Brasil, Diáspora e uma série de outros convites surgiram e a cantora já estreou no carnaval baiano puxando três blocos afros no circuito batatinha.
Rebeca Tárique, como é mais conhecida, agora está com duas músicas de trabalho: "Cantos e Encantos" e "Até Oxalá vai a Guerra" que foi também a música oficial da IV Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa (Caminhada contra intolerância religiosa e pelo Respeito às religiões de Matrizes Africanas), realizado no dia 23 de novembro de 2008 e tema do Documentário sobre a derrubada do Terreiro Oyá Onipó Neto em Salvador.
É de se notar que a artista, além de não negar suas raízes, faz da música seu instrumento de trabalho e militância, além de explicitar que tem Orixá na cabeça, é filha de Oyá e está pronta pra brilhar.
Tradução para Inglês:
Rebeca Tárique da Silva Menezes: this is the name of a new singer on the market, but it brings in his music a force of ancestry and African roots. As a source of inspiration was the singer Marinez Ex Banda Reflexus, his aunt, who lives from childhood and learned much of what you know. "I was born and grew up listening to me sing my aunt, she is my true idol. I learned to love my culture and my race through the songs recorded in Banda Reflexus and was due to what I wanted to be a singer," she says. Born February 9, 1987, as a child, said that when you grow up wanted to be equal to the aunt, who did things for children assert in their musical work. Here in Salvador da Bahia, her native land, took them for some other references as Carlinhos Brown, Margareth Menezes and his group Godfather Matthew Hallelujah cachoerano Tincoães. Young black women active in the black movement in the body of CEN-Collective Entities where Black plays the role of National Director of Youth, where space could prove his talent. His first appearance was in Black Woman's Journey Latin American and Caribbean, as was seen on top of a trio Beating your voice to mark hundreds of people. Then came the presentations at the launch of a body of black students of the Federal University of Bahia, Brazil, Diaspora, and a number of other calls came in and the singer has debuted Bahian carnival afros pulling three blocks in the circuit chip.
Rebeca Tárique, as is known, is now working with two songs: "chants and charms" and "So I hope the war will" which was also the official song of the Fourth Walk for Life and Religious Freedom (Walking against religious intolerance and the to arrays of African religions), held on November 23, 2008 and subject of the documentary on the defeat of Oya Terreiro Neto ONIP in Salvador. It should be noted that the artist, and not deny their roots, their music is the instrument of work and activism, and explain that you have Orixá head, is the daughter of Oya and is ready for shine.

NENHUM ESPAÇO

OPINIÃO
01/03/2009
Nenhum espaço = Edson Lopes Cardoso:
edsoncardoso@ irohin.org. br
Os ruídos e tensões que acontecem em algumas cidades brasileiras, mas principalmente em Salvador, durante o carnaval, continuaram este ano, sem emitir sinais de que as instituições negras estejam avançando na direção da superação de manipulações e controles.Talvez saibamos muito sobre o carnaval e pouco sobre nós mesmos. E por essa razão artigos e debates não conseguem alcançar uma perspectiva que permita discernir o que convém, neste momento, a uma população que precisa se organizar politicamente para enfrentar a exclusão e o racismo. O tema da co-responsabilidade , ou seja, do equívoco de muitas de nossas práticas, mal aflora ainda nas discussões. Afinal, qual a nossa contribuição ao êxito de Zombalino, rei da Kizomba, personagem `incorporado´ por um grotesco palhaço fantasiado de africano, em cima do caminhão de conhecido bloco de trio? O rei da Kizomba, em trajes africanos e empunhando um cetro, zombava impunemente da massa negra. O carnaval mostrou mais uma vez como somos débeis e impotentes para enfrentar a mentira, o escárnio e a força dos poderosos. A "homenagem" aos blocos afros em Salvador acabou se transformando numa expressão de sua dominação quase total. Uma significativa doação governamental aos blocos afros e afoxés poderia reverter essa expressão ideológica da dominação racial? Não creio. Se nossa luta é por emancipação política, nenhuma doação governamental será suficiente para assegurar a coesão e nossa capacidade de ação, que é afinal o que decide no jogo político. Precisamos fazer a nossa parte. Que começa por não esquecermos que a questão racial é, antes de tudo, uma questão política. Nossa atual perplexidade, no carnaval e fora dele, parece relacionada ao fato de que não compreendemos bem os termos em que se dá a luta política. Se um evento da magnitude do carnaval em Salvador pode ajudar a desnudar os mecanismos de dominação da população negra, porque os blocos afros e os afoxés, que reúnem milhares de filiados, não aprofundam esse debate político nos bairros populares? O que nos impede de reunir forças suficientes para deslanchar o debate político e bloquear práticas desumanizadoras? Se essa mobilização não for ao menos tentada ao longo do ano, de que modo a massa negra vai poder diferenciar no carnaval a homenagem do escárnio? Por que aqueles que dominam iriam eximir-se do exercício de seu poder durante o carnaval? É em nome dessa coerência que os brancos (ou pardos que se vêem brancos, como é o caso de Durval Lélis e tantos outros) desfilam uma África às avessas. Não se pode deixar nenhum espaço à luta pela liberdade.

Intolerância religiosa: MPF aciona Rede Record e TV Gazeta por ofensas a religiões afro

Na última quinta-feira (05), o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) ajuizou ação civil pública, na qual consta um pedido de liminar para que as TVs Record e Gazeta não tenham mais em suas grades programas que possam ofender as religiões de matriz africana. Em caso de descumprimento da decisão judicial, o Ministério Público pede a aplicação de multa diária de R$ 10 mil.A ação pede, ainda, que tanto a Rede Record quanto a TV Gazeta sejam condenadas a pagar indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 13,6 milhões, no caso da emissora de Edir Macedo, e R$ 2,4 milhões no da Gazeta, o que corresponde ao valor de 1% do faturamento das emissoras. O valor seria revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. Segundo informa o site do Ministério Público Federal, a procuradora regional dos Direitos do Cidadão Adriana da Silva Fernandes, autora da ação, afirma que alguns programas veiculados pelas duas emissoras usam de palavras ofensivas contras tais religiões, com adjetivos tais quais "encosto", demônios, "espíritos imundos" e "feitiçaria", sempre intercalados com o vocábulo "macumba". Em abril do ano passado, ainda segundo o MPF, o Ministério das Comunicações aplicou multa de R$ 1.012,32 para cada emissora por ofensas às religiões afro, fato que não teria cessado as discriminações praticadas. No texto da ação, o Ministério Público diz que o respeito aos valores éticos e sociais da pessoas e da família devem ser levados em consideração e que não existe "liberdade de comunicação absoluta", devendo esta estar em compasso com outros direitos do cidadão. "O abuso praticado pelas rés contraria a dignidade da pessoa humana,(...) bem como os próprios objetivos de construção de uma sociedade livre, justa e solidária, com a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação", disse.De acordo com a procuradora, as emissoras são responsáveis por tais ofensas, a partir do momento que assinam contrato com produtoras independentes. "A Record e a Gazeta são responsáveis pelas ofensas às religiões de matriz africana desferidas reiteradamente pelos programas religiosos veiculados em sua grade de programação", finalizou. A reportagem do Portal Imprensa entrou em contato com Rede Record e TV Gazeta. A Record não tem posição oficial sobre o tema, visto que o departamento jurídico ainda avalia a ação. Já a assessoria de TV Gazeta ainda aguarda um posicionamento.
Fonte: Thaís Naldoni/Portal Imprensa. 06/03/09

sexta-feira, 6 de março de 2009

Encontro do CETRAB em São Gonçalo

Encontro do CETRAB em São GonçaloData: 14/03/09
Horário: 14:00Local: C.E. Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo Programação13:30 Abertura das Exposições A Expressão do Axé Fotografias Jorge Ferreira Candomblé Cultura de Resistência Ile Omidaye Fotografias Marco Velásquez14 hApresentação Institucional do CETRAB Dolores Lima Coordenadora Executiva do CETRAB14:10 h Mesa Intolerância ReligiosaAspectos Jurídicos da Intolerância Religiosa sob a ótica do Direito PenalDr. Warner Ramos Ferreira – Chefe de Gabinete da Polícia Unificada Aspecto Legais da intolerancia religiosa na cidade do rio de janeiro no ano de 2008 Dr. Luiz Fernando Martins da Silva Advogado A importância social e política do reconhecimento dos terreiros de candombléProf Marco José - UREJ
14:50 h Mesa Resgatar para Preservar “Cosmovisão a visão de Mundo do Povo Yoruba” Prof. Marcelo Monteiro – Professor de Cultura Yoruba“De Odudua a Aganju” Prof. Luiz Fernando Machado Ferreira - Professor de Cultura Yoruba 15:30 h - Oficina “A mensagem Milagrosa das água” Iyalorixa Iva d’Oxum - Presidente do Centro Social Omi Tunji“A importância da preservação do Meio Ambiente para o Culto aos ancestrais e orixás’”
Iyalorixa Márcia d’Oxum – Ministra de Culto Religiosa do Egbe Ile Iya Omidaye Ase ObalayoAtividade “Ecológica Salvando Odã “Um tur na bio diversidade do espaço Sagrado – Juventude Verde 16 h Homenagem à Carlos Alberto Caó16: 20 h Atividades culturais – “Dança” e “Coral “ – Composto por membros de várias Comunidades de Terreiros de São GonçaloChá Beneficente [servido a partir das 17 horas]


Endereço: Rua Dalmir da Silva lote 8, frente e Rua João Soares lote 10, fundosBairro Sacramento, São Gonçalo, RJ Tel : (21) 2724-5612 / (21) 3708-4873
Como chegar: Para quem vem do Rio_ Central do Brasil [pegar a Vam que vem para Santa Isabel ou Ônibus 549 viação Fagundes _ pedir para saltar em Sacramento no campo de futebol em frente ao deposito de gás( entrar na rua ao lado)]Realização: CETRAB, Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo , Centro Social Omin Tunji, Ase Idasile Ode Apoio: S7 Comunicações

quinta-feira, 5 de março de 2009

Morre no Rio de Janeiro Barrosinho, o inventor da ‘maracatamba’

Trompetista, fundador da Black Rio, criou mistura de maracatu com samba.Velório acontece no cemitério São João Batista, no Rio.
O trompetista João Carlos Barroso, o Barrosinho, um dos fundadores da Banda Black Rio e criador do gênero “maracatamba” – que misturava maracatu com samba – morreu no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, devido à falência múltipla de órgãos, na madrugada deta quinta-feira (5). O músico dinha 65 anos, e estava internado há 20 dias. O corpo será velado na capela do cemitério São João Batista, e o enterro será às 17h desta quinta (5), no mesmo local. Barrosinho nasceu em Campos (RJ) e começou a estudar música aos 6 anos de idade, com o incentivo do pai, o saxofonista Benedito Gomes Barroso. Modou-se para o Rio de Janeiro no início da década de 1960 e tocou em bandas de baile e gafieira. Depois de tocar com músicos como Sivuca, Hermeto Pascoal e Robertinho Silva, foi convidado por Oberdan Magalhães para entrar para o grupo Abolição, liderado por Dom Salvador. Com a mudança de Salvador para Nova York, Barrosinho fundou a Banda Black Rio com Oberdan e outros músicos. Barrosinho ainda tocou e gravou com Tim Maia, Maysa, Gilverto Gil, Raul Seixas e outros. Em 1988, lançou seu primeiro álbum solo: “Maracatamba”, com músicas compostas no gênero que inventou, misturando maracatu com samba. Se último disco é “Praça dos músicos”, lançado em 2008.
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