sábado, 7 de março de 2009
NOVA CANTORA NA PRAÇA: REBECA TÁRIQUE
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:27 0 comentários
Marcadores: Lançamento livros e Exposições
NENHUM ESPAÇO
Os ruídos e tensões que acontecem em algumas cidades brasileiras, mas principalmente em Salvador, durante o carnaval, continuaram este ano, sem emitir sinais de que as instituições negras estejam avançando na direção da superação de manipulações e controles.Talvez saibamos muito sobre o carnaval e pouco sobre nós mesmos. E por essa razão artigos e debates não conseguem alcançar uma perspectiva que permita discernir o que convém, neste momento, a uma população que precisa se organizar politicamente para enfrentar a exclusão e o racismo. O tema da co-responsabilidade , ou seja, do equívoco de muitas de nossas práticas, mal aflora ainda nas discussões. Afinal, qual a nossa contribuição ao êxito de Zombalino, rei da Kizomba, personagem `incorporado´ por um grotesco palhaço fantasiado de africano, em cima do caminhão de conhecido bloco de trio? O rei da Kizomba, em trajes africanos e empunhando um cetro, zombava impunemente da massa negra. O carnaval mostrou mais uma vez como somos débeis e impotentes para enfrentar a mentira, o escárnio e a força dos poderosos. A "homenagem" aos blocos afros em Salvador acabou se transformando numa expressão de sua dominação quase total. Uma significativa doação governamental aos blocos afros e afoxés poderia reverter essa expressão ideológica da dominação racial? Não creio. Se nossa luta é por emancipação política, nenhuma doação governamental será suficiente para assegurar a coesão e nossa capacidade de ação, que é afinal o que decide no jogo político. Precisamos fazer a nossa parte. Que começa por não esquecermos que a questão racial é, antes de tudo, uma questão política. Nossa atual perplexidade, no carnaval e fora dele, parece relacionada ao fato de que não compreendemos bem os termos em que se dá a luta política. Se um evento da magnitude do carnaval em Salvador pode ajudar a desnudar os mecanismos de dominação da população negra, porque os blocos afros e os afoxés, que reúnem milhares de filiados, não aprofundam esse debate político nos bairros populares? O que nos impede de reunir forças suficientes para deslanchar o debate político e bloquear práticas desumanizadoras? Se essa mobilização não for ao menos tentada ao longo do ano, de que modo a massa negra vai poder diferenciar no carnaval a homenagem do escárnio? Por que aqueles que dominam iriam eximir-se do exercício de seu poder durante o carnaval? É em nome dessa coerência que os brancos (ou pardos que se vêem brancos, como é o caso de Durval Lélis e tantos outros) desfilam uma África às avessas. Não se pode deixar nenhum espaço à luta pela liberdade.
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:15 0 comentários
Marcadores: Discriminação
Intolerância religiosa: MPF aciona Rede Record e TV Gazeta por ofensas a religiões afro
Na última quinta-feira (05), o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) ajuizou ação civil pública, na qual consta um pedido de liminar para que as TVs Record e Gazeta não tenham mais em suas grades programas que possam ofender as religiões de matriz africana. Em caso de descumprimento da decisão judicial, o Ministério Público pede a aplicação de multa diária de R$ 10 mil.A ação pede, ainda, que tanto a Rede Record quanto a TV Gazeta sejam condenadas a pagar indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 13,6 milhões, no caso da emissora de Edir Macedo, e R$ 2,4 milhões no da Gazeta, o que corresponde ao valor de 1% do faturamento das emissoras. O valor seria revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. Segundo informa o site do Ministério Público Federal, a procuradora regional dos Direitos do Cidadão Adriana da Silva Fernandes, autora da ação, afirma que alguns programas veiculados pelas duas emissoras usam de palavras ofensivas contras tais religiões, com adjetivos tais quais "encosto", demônios, "espíritos imundos" e "feitiçaria", sempre intercalados com o vocábulo "macumba". Em abril do ano passado, ainda segundo o MPF, o Ministério das Comunicações aplicou multa de R$ 1.012,32 para cada emissora por ofensas às religiões afro, fato que não teria cessado as discriminações praticadas. No texto da ação, o Ministério Público diz que o respeito aos valores éticos e sociais da pessoas e da família devem ser levados em consideração e que não existe "liberdade de comunicação absoluta", devendo esta estar em compasso com outros direitos do cidadão. "O abuso praticado pelas rés contraria a dignidade da pessoa humana,(...) bem como os próprios objetivos de construção de uma sociedade livre, justa e solidária, com a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação", disse.De acordo com a procuradora, as emissoras são responsáveis por tais ofensas, a partir do momento que assinam contrato com produtoras independentes. "A Record e a Gazeta são responsáveis pelas ofensas às religiões de matriz africana desferidas reiteradamente pelos programas religiosos veiculados em sua grade de programação", finalizou. A reportagem do Portal Imprensa entrou em contato com Rede Record e TV Gazeta. A Record não tem posição oficial sobre o tema, visto que o departamento jurídico ainda avalia a ação. Já a assessoria de TV Gazeta ainda aguarda um posicionamento.
Fonte: Thaís Naldoni/Portal Imprensa. 06/03/09
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:09 0 comentários
Marcadores: Discriminação, Notícias
sexta-feira, 6 de março de 2009
Encontro do CETRAB em São Gonçalo
Encontro do CETRAB em São GonçaloData: 14/03/09
Horário: 14:00Local: C.E. Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo Programação13:30 Abertura das Exposições A Expressão do Axé Fotografias Jorge Ferreira Candomblé Cultura de Resistência Ile Omidaye Fotografias Marco Velásquez14 hApresentação Institucional do CETRAB Dolores Lima Coordenadora Executiva do CETRAB14:10 h Mesa Intolerância ReligiosaAspectos Jurídicos da Intolerância Religiosa sob a ótica do Direito PenalDr. Warner Ramos Ferreira – Chefe de Gabinete da Polícia Unificada Aspecto Legais da intolerancia religiosa na cidade do rio de janeiro no ano de 2008 Dr. Luiz Fernando Martins da Silva Advogado A importância social e política do reconhecimento dos terreiros de candombléProf Marco José - UREJ
14:50 h Mesa Resgatar para Preservar “Cosmovisão a visão de Mundo do Povo Yoruba” Prof. Marcelo Monteiro – Professor de Cultura Yoruba“De Odudua a Aganju” Prof. Luiz Fernando Machado Ferreira - Professor de Cultura Yoruba 15:30 h - Oficina “A mensagem Milagrosa das água” Iyalorixa Iva d’Oxum - Presidente do Centro Social Omi Tunji“A importância da preservação do Meio Ambiente para o Culto aos ancestrais e orixás’”
Iyalorixa Márcia d’Oxum – Ministra de Culto Religiosa do Egbe Ile Iya Omidaye Ase ObalayoAtividade “Ecológica Salvando Odã “Um tur na bio diversidade do espaço Sagrado – Juventude Verde 16 h Homenagem à Carlos Alberto Caó16: 20 h Atividades culturais – “Dança” e “Coral “ – Composto por membros de várias Comunidades de Terreiros de São GonçaloChá Beneficente [servido a partir das 17 horas]
Endereço: Rua Dalmir da Silva lote 8, frente e Rua João Soares lote 10, fundosBairro Sacramento, São Gonçalo, RJ Tel : (21) 2724-5612 / (21) 3708-4873 Como chegar: Para quem vem do Rio_ Central do Brasil [pegar a Vam que vem para Santa Isabel ou Ônibus 549 viação Fagundes _ pedir para saltar em Sacramento no campo de futebol em frente ao deposito de gás( entrar na rua ao lado)]Realização: CETRAB, Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo , Centro Social Omin Tunji, Ase Idasile Ode Apoio: S7 Comunicações
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 18:03 0 comentários
Marcadores: Eventos
quinta-feira, 5 de março de 2009
Morre no Rio de Janeiro Barrosinho, o inventor da ‘maracatamba’
Trompetista, fundador da Black Rio, criou mistura de maracatu com samba.Velório acontece no cemitério São João Batista, no Rio.
O trompetista João Carlos Barroso, o Barrosinho, um dos fundadores da Banda Black Rio e criador do gênero “maracatamba” – que misturava maracatu com samba – morreu no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, devido à falência múltipla de órgãos, na madrugada deta quinta-feira (5). O músico dinha 65 anos, e estava internado há 20 dias. O corpo será velado na capela do cemitério São João Batista, e o enterro será às 17h desta quinta (5), no mesmo local. Barrosinho nasceu em Campos (RJ) e começou a estudar música aos 6 anos de idade, com o incentivo do pai, o saxofonista Benedito Gomes Barroso. Modou-se para o Rio de Janeiro no início da década de 1960 e tocou em bandas de baile e gafieira. Depois de tocar com músicos como Sivuca, Hermeto Pascoal e Robertinho Silva, foi convidado por Oberdan Magalhães para entrar para o grupo Abolição, liderado por Dom Salvador. Com a mudança de Salvador para Nova York, Barrosinho fundou a Banda Black Rio com Oberdan e outros músicos. Barrosinho ainda tocou e gravou com Tim Maia, Maysa, Gilverto Gil, Raul Seixas e outros. Em 1988, lançou seu primeiro álbum solo: “Maracatamba”, com músicas compostas no gênero que inventou, misturando maracatu com samba. Se último disco é “Praça dos músicos”, lançado em 2008.
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Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 23:15 0 comentários
Marcadores: Notícias
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