terça-feira, 12 de maio de 2009

Decisão sobre cotas em universidades fica para próxima semana

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) transferiu para a reunião da próxima semana a votação do projeto que define cotas para ingresso nas universidades e escolas técnicas (PLC 180/08). A decisão foi tomada nesta quarta-feira (6) pelo presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para que o colegiado tenha tempo de examinar proposta aprovada recentemente na Câmara dos Deputados, que reserva 10% das vagas das universidades federais para deficientes físicos.
O projeto (PLC 180/08) direciona 50% das vagas das universidades públicas e das escolas federais de ensino técnico para alunos egressos da escola pública. No caso das universidades, os alunos deverão ter cursado o ensino médio integralmente nas escolas públicas. No caso das escolas técnicas, precisam ter cursado o ensino fundamental integralmente nas escolas públicas. A proposta também determina que metade dessa cota seja reservada para alunos oriundos de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita.
A matéria estabelece ainda que as vagas reservadas aos alunos egressos da escola pública sejam preenchidas por estudantes negros, pardos e indígenas na proporção de cada segmento na população do estado - e Distrito Federal- onde está localizada a instituição de ensino. Para esse cálculo, será levado em consideração o último censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Prevê também a matéria que, no prazo de dez anos, a contar da publicação da lei, o Executivo promoverá a revisão do programa. E determina ainda que as instituições de ensino superior terão o prazo de quatro anos para o cumprimento integral do disposto na lei, devendo implementar ao menos 25% da reserva de vagas a cada ano.
Ainda segundo o projeto, todos os estudantes que ingressarem nas universidades federais e nas escolas federais de ensino técnico de nível médio, mesmo aqueles que ocuparão as vagas reservadas, serão submetidos ao vestibular.
Para instruir a matéria, foram realizadas três audiências públicas - nos dias 18 de dezembro de 2008, 18 de março e 1º de abril de 2009. No Senado, a proposta também será examinada pelas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), tendo decisão final em Plenário.
Valéria Castanho e Iara Altafin, repórteres da Agência Senado
COMISSÕES / Constituição e Justiça06/05/2009 - 13h43. Agencia Senado

Uefa permitirá que árbitro interrompa jogos por ofensas racistas

terça-feira, 12 de maio de 2009, 16:02 Online

MIKE COLLETT - REUTERS

BUCARESTE - Árbitros receberão o poder de interromper o jogo e retirar os jogadores de campo por quanto tempo acharem necessário caso haja algum comportamento racista em partidas internacionais ou entre clubes organizadas pela Uefa. O Comitê Executivo do órgão controlador do futebol europeu decidiu nesta terça-feira permitir que os árbitros tomem "ações decisivas e fortes" se os jogos forem marcados por insultos racistas de torcedores. O projeto será agora analisado detalhadamente e novas diretrizes serão dadas aos árbitros após o próximo encontro do Comitê Executivo em Vilnius no início de julho. O secretário-geral da Uefa, David Taylor, disse à Reuters: "Temos trabalhado nesta ideia por um longo tempo e a hora chegou para permitir que árbitros parem, suspendam, ou abandonem o jogo por interferência externa de qualquer tipo". "Isto pode ser por 10 minutos, pode ser por mais tempo, dependendo das circunstâncias".

Ele acrescentou: "Queremos mandar um alerta claro que comportamento racista de qualquer tipo não será tolerado nos jogos da Uefa". Vários incidentes racistas, na maioria envolvendo coros de torcedores locais, têm manchado os jogos nos últimos dias e a Uefa tem sido criticada por impor penas relativamente pequenas".

Estadão.com.br. Esportes. Futebolhttp://www.estadao.com.br/noticias/esportes,uefa-permitira-que-arbitro-interrompa-jogos-por-ofensas-racistas,369664,0.htm