Governo federal também age contra ato de racismo
Secretaria da Igualdade Racial manda investigar empresa de recursos humanos paulista
Após cerca de 20 minutos, a funcionária avisou que Íris não apareceria, seguindo orientação de seus advogados. O DIA tentou contato com os defensores, mas ninguém retornou as ligações.
No plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, Leci fez pronunciamento sobre o episódio: “Quero destacar episódio em que uma empresa usou o critério da cor da pele para apresentar candidatos a empregadores. Nosso mandato repudia veementemente qualquer ato de discriminação”, discursou a parlamentar.
E-ministro da Igualdade Racial, o deputado federal Edson Santos (PT-RJ) enviou ao Ministério da Justiça, à Procuradoria Geral da República, à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República denúncia contra a Resilar.
Informação sobre cor só para estatísticas
Para a ministra da Seppir, Luiza Bairros, o episódio prejudica os esforços da secretaria pela diversidade racial. Segundo ela, a prática de indagar a cor do candidato a emprego é antiga, mas antes vinha disfarçada sob a expressão “boa aparência” dos anúncios. A secretaria reivindica que a informação sobre a cor da pele conste nos registros de órgãos públicos e empresas privadas, como política de ação afirmativa. “Com esse dado, podemos mensurar o acesso das minorias aos serviços públicos e às oportunidades de emprego, por exemplo. Mesmo essa empresa poderia usar esses dados para avaliar quantos negros conseguiram empregos”, explicou a ministra.
Reportagem de Alessandro Ferreira e Daniel Carmona
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