16/05/2011 18h59 - Atualizado em 16/05/2011 21h25
Acusado de abuso, chefe do FMI vai ficar preso em ilha em Nova York
Processado por abuso sexual contra camareira, Strauss-Kahn nega crimes.
Ele deve ficar preso até a próxima audiência, marcada para sexta-feira (20).
Diante do tribunal, Strauss-Kahn negou todas as acusações.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Acusado de abuso, chefe do FMI vai ficar preso em ilha em Nova York
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, vai ficar preso em uma cadeia na nova-iorquina Rikers Island, informaram as autoridades carcerárias nesta segunda-feira (16).
Acusado de abuso sexual contra uma camareira de hotel, Strauss-Kahn ficou em um centro de detenção perto do Tribunal Criminal de Manhattan desde sua prisão até agora.
A transferência dele para a ilha deveria ocorrer ainda nesta segunda.
A prisão de Rikers Island fica em um ilha perto do aeroporto de LaGuardia e é bastante citada em filmes policiais, como um lugar para o qual suspeitos à espera de julgamento ou criminosos cumprindo pequenas penas são mandados.
Mais cedo nesta sexta, uma juíza negou pedido de fiança para Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro.
Os advogados de defesa de Strauss-Kahn haviam proposta que ele fosse solto mediante pagamento de fiança de US$ 1 milhão, mas a proposta foi recusada.
A juíza Melissa Jackson argumentou que a prisão deveria ser mantida porque havia "risco de fuga". Strauss-Kahn deve ficar sob custódia até a próxima sexta-feira (20), quando ocorre nova audiência.
A acusação havia pedido a manutenção da prisão do francês, ocorrida no sábado. Ele foi retirado de um avião que partia para Paris no aeroporto John F. Kennedy no sábado e processado um dia depois.
A promotoria argumentou que há indícios de que Strauss-Kahn tenha se envolvido em "pelo menos" um caso semelhante antes, o que faz crer que uma investigação é necessária.
Eles também disseram temer que ele fugisse para a França caso fosse solto, uma vez que a França não extradita cidadãos seus para os EUA. Caso ele viajasse para a França, não haveria mecanismos legais para garantir sua volta.
A pena máxima para as sete acusações apresentadas contra ele é de 74 anos e três meses de prisão.
Strauss-Kahn nega
A defesa insistiu na tese em que Strauss-Kahn não estaria no hotel na hora do suposto abuso, e afirmou que tem uma testemunha de que ele não "fugiu" do local.
Os advogados do francês -que era cotado para concorrer à Presidência de seu país em 2012- também afirmaram que ele está cooperando com as investigações.
Benjamin Brafman, um dos advogados do chefe do FMI, disse estar "decepcionado" por não ter conseguido sua condicional, mas afirmou que "a batalha só está começando".
A defesa estava estudando se recorreria da decisão da juíza de não aceitar o pagamento de fiança.
A prisão do diretor-gerente do fundo causou incertezas nos mercados da zona do euro e dúvidas sobre se ele terá condições de prosseguir à frente do organismo.
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