terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Independência do Sudão do Sul é aprovada com 98,83% dos votos


07/02/2011 14h39 - Atualizado em 07/02/2011 14h43

Independência do Sudão do Sul é aprovada com 98,83% dos votos

Separação do país africano foi definida em referendo em 9 de janeiro.
Mais cedo, o presidente do Sudão havia anunciado que acataria a decisão.

Do G1, com agências internacionais
A independência do Sudão do Sul foi aprovada em referendo com 98,83% dos votos, informou nesta segunda-feira (7) a Comissão Eleitoral.
Mais cedo, o presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir, disse que acataria a decisão de independência do sul.
A votação ocorrida em 9 de janeiro estava prevista em um acordo de 2005 que encerrou décadas de guerra civil entre o norte e o sul do país.
As declarações de Bashir aplacaram temores de que o norte estaria relutante em permitir a independência do sul, uma região rica em petróleo.
Sudaneses do sul da etnia Toposa celebram neste sábado (5) a decisão de separar o país em dois, na cidade de Kapoeta. (Foto: AFP)Sudaneses do sul da etnia Toposa celebram neste sábado (5) a decisão de separar o país em dois, na cidade de Kapoeta. (Foto: AFP)
A maior parte das reservas petrolíferas sudanesas fica no sul, mas a infraestrutura está no norte, o que obrigará a uma cooperação econômica entre os dois países e deve tornar um conflito armado prejudicial para ambos os lados.
Depois do anúncio oficial do resultado do referendo, governos de todo o mundo e entidades multilaterais como a União Africana e a ONU devem reconhecer a independência do sul do Sudão, a qual deve ser formalizada em 9 de julho.
Bashir deixou claro que ninguém terá dupla nacionalidade (do norte e do sul), apesar de esse princípio estar permitido na Constituição - o que mostra a relação desconfortável que os dois países terão após a separação.
Ainda há disputas bilaterais a respeito da demarcação da fronteira - área na qual há grandes reservas de petróleo -, de concessão de cidadania, de divisão dos preciosos recursos hídricos do Nilo e das reservas de petróleo, e da posse da região de Abyei, reivindicada por ambas as partes.


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