sábado, 1 de janeiro de 2011

Rio-2016 mostra sua cara e lança em Copacabana a logomarca dos Jogos


31/12/2010 22h33 - Atualizado em 01/01/2011 00h05

Rio-2016 mostra sua cara e lança em Copacabana a logomarca dos Jogos

Processo de seleção envolveu 139 agências de publicidade de todo o país

Por Danielle RochaRio de Janeiro
A menos de duas horas da chegada de 2011, o Rio de Janeiro deu um salto de quase seis anos rumo ao futuro. Diante da multidão reunida na praia de Copacabana para a virada do ano, as Olimpíadas Rio-2016 ganharam uma cara: a logomarca dos Jogos foi divulgada pelo Comitê Organizador. Confira a imagem que simboliza o maior evento da história do esporte brasileiro:
Logo Olimpíadas 2016 Rio 2016
- A marca é muito estética , inovadora e criativa. É possivel ver várias coisas nela: rio, montanha, sol, Copacabana. O que mais me impressiona é que é um desenho leve, que parece flutuar na água - elogiou Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, que viajou ao Rio de Janeiro para o lançamento na noite do réveillon.
O lançamento teve início em Copacabana quando a cantora Daniela Mercury interrompeu seu show de Ano Novo para chamar ao palco dois atletas do salto em distância: a campeã olímpica Maurren Maggi e o jovem Caio Cezar Fernandes. Em seguida, três vídeos foram mostrado nos quatro telões instalados na praia: um sobre o dia em que o Rio foi escolhido como sede dos jogos; outro sobre Caio Cezar; e finalmente o que revelou a logomarca.
Olimpíadas 2016 Rio 2016Nuzman, Rogge e Paes (os três à esquerda) em
Copacabana (Foto: Ag. Estado)
Três bandeirões de 1.200 metros quadrados cada foram abertos sobre a multidão que estava na areia, mostrando a logo para o mundo inteiro.
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador mal conseguia conter a euforia:
- É uma noite de alegria para todos nós e, desta vez, com 2 milhões de pessoas como testemunhas do logo olímpico de 2016. A equipe que trabalhou na marca merece os aplausos. Foi um segredo inacreditavelmete guardado a sete chaves por 400 pessoas. Não tenho dúvidas de que logo vai cair no gosto de todos - explicou.
Em nota oficial, o Comitê explicou o conceito da marca, que representa pessoas de mãos dadas num formato que lembra o Pão de Açúcar, cartão postal do Rio:
- Ela traduz com inspiração o espírito olímpico e seus atletas, o Rio e os cariocas, sua natureza, sentimentos e aspirações. Sabe que são as pessoas que tornam o Rio de Janeiro uma cidade única e fazem dos Jogos Olímpicos um acontecimento realmente grandioso. Por isso, é uma marca essencialmente humana - explicou, em nota oficial, o Comitê Organizador.
O processo de escolha durou nove meses, e 139 agências de publicidade se inscreveram – todas brasileiras. Uma comissão julgadora de 12 pessoas selecionou oito agências finalistas: quatro do Rio, duas de São Paulo e duas de Curitiba. A vencedora foi a carioca Tátil, com 20 anos de experiência no mercado e uma equipe de 105 funcionários.
Bandeira Olimpíadas 2016 Rio 2016O bandeirão anuncia a logomarca na praia de Copacabana (Foto: Divulgação / COB)
Fred Gelli, sócio-diretor de criação da Tátil, festejou a vitória.
- Uma marca que não tiver a capacidade de envolver uma experiência profunda e sensorial não chega ao coração das pessoas. O propósito representado nos aros olímpicos invadiu nossa equipe e foi o combustível para a gente chegar até aqui hoje. Esse é o sonho de qualquer designer porque é a marca mais reconhecida no mundo e vai ser vista por milhões de pessoas no planeta, da 5ª Avenida em Nova York até um vilarejo no Himalaia - afirmou Fred.
Os integrantes da comissão julgadora são Carlos Nuzman, Leonardo Gryner (Diretor Geral do Comitê Organizador), Beth Lula (Gerente de Marcas), Ricardo Cota (Subsecretário estadual de Comunicação Social), Marcela Muller (Coordenadora de Comunicação Social da Prefeitura), Jeanine Pires (Assistente do Ministério do Esporte), e os especialistas Michael Payne, Brad Copeland, Theodora Mantzaris, Scott Givens e Roberto Fernandez.
A imagem passou os últimos dias guardada em uma sala a portas fechadas. O acesso ao local era permitido a apenas 11 pessoas, que precisaram passar pela leitura da impressão digital. Quem podia entrar tinha de assinar um contrato de confidencialidade, e dentro da sala não era permitido o uso de internet ou aparelhos que registrem imagens. Tudo para guardar o segredo até o último momento.


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